Ciências do Desenvolvimento Humano - Dissertações - CCBS Higienópolis (a partir de 2024)
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- DissertaçãoAdaptação transcultural do instrumento de capacitação parental para comunicação e manejo de comportamentos disruptivos de crianças com Transtorno do Espectro AutistaMussaque, Antónia João (2024-12)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Familiares e cuidadores de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) enfrentam uma série de dificuldades no cuidado, tratamento e desenvolvimento da autonomia de suas crianças. Dentre as dificuldades, as mais apontadas por familiares ou cuidadores de crianças com TEA, constam os comportamentos desafiadores, a dificuldade de se comunicar e interagir com os outros. Estes e outras questões são fatores que impedem o desenvolvimento de habilidades sociais necessárias na interação social e familiar. Estudos apontam ainda que os comportamentos desafiadores e os déficits na comunicação criam dificuldades de aprendizagem e reintegração social da criança ao mesmo tempo que afetam significativamente a vida dos familiares em termos emocionais e econômicos. Sabe-se que a saúde, o bem estar de crianças atípicas depende em grande parte do cuidado e intervenção por parte dos que cuidam, visto que alguns serão eternamente dependentes do cuidado de terceiros. Para que este cuidado se efetive e seja qualitativo, familiares e cuidadores precisam de ferramentas certas e significativas que atendam as demandas comportamentais relativas à condição TEA. Assim, para lidar com estas e outras questões comportamentais da criança com TEA é necessário buscar maior compreensão, agregar habilidades de manejar os comportamentos e ensinar habilidades funcionais requeridas no processo de ensino e aprendizagem para o desenvolvimento em todas as áreas da criança. A capacitação parental baseada nos princípios da Análise do Comportamento Aplicada, do inglês Applied Behavior Analysis (ABA), é um programa baseado em evidências que pode ser útil na redução dos comportamentos desafiadores na aprendizagem de habilidades funcionais importantes na interação com os pares, socialização, comunicação verbal ou não verbal e de forma geral contribuir para o desenvolvimento e autonomia da criança com TEA. Neste processo, os familiares se constituem em agentes promotores da generalização, integração e do desenvolvimento da criança com TEA. Esta pesquisa tem por objetivo realizar adaptação transcultural para o contexto angolano, tendo como modelo o programa brasileiro de capacitação familiar para comunicação e manejo de comportamento disruptivo em indivíduos com TEA e por intermédio da análise do público alvo e dos juízes especialistas verificar a qualidade e a aplicabilidade da adaptação para a capacitação de familiares ou cuidadores de crianças com TEA em Angola. - DissertaçãoAdolescentes com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade: autopercepção do acompanhamento parental das rotinas escolares no ambiente familiarCabral, Patrícia Moraes (2024-02-28)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) pode levar a impactos negativos no desempenho escolar e maiores riscos para a ocorrência de problemas emocionais e comportamentais. As dificuldades, assim como os sintomas de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade, podem ser agravadas ou atenuadas dependendo da parentalidade exercida pelos pais ou cuidadores. Por exemplo, o engajamento parental em atividades escolares, como monitoramento e estimulação adequada, contribui para o desenvolvimento de habilidades acadêmicas nas crianças e adolescentes com TDAH. Estudos anteriores exploraram tanto a percepção de pais ou cuidadores sobre impactos do TDAH para eles próprios ou para as crianças e adolescentes com TDAH, quanto a autopercepção dos adolescentes com TDAH sobre suas dificuldades. Contudo, existem poucos estudos que exploram a percepção de adolescentes com TDAH sobre o suporte parental que eles recebem em relação à rotina escolar. Diante disto, o presente estudo visou explorar a percepção de adolescentes com TDAH sobre o acompanhamento parental de rotinas escolares no ambiente familiar e sua associação com o nível de conhecimento dos pais sobre o transtorno e problemas emocionais e comportamentais dos adolescentes. O estudo adotou um desenho transversal e exploratório. Participaram do estudo 24 adolescentes com TDAH e seus pais/cuidadores responsáveis, divididos de acordo com a faixa etária: Grupo 1: 12 adolescentes de 11 a 14 anos; e Grupo 2: 12 adolescentes de 15 a 17 anos. Os participantes foram recrutados através de mídias digitais, como Instagram e Facebook, seguindo critérios de conveniência. Os instrumentos de coleta de dados foram: Questionário de Capacidades e Dificuldades/Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ); Questionário de Conhecimento e Opinião Parental sobre Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade; Questionário de Verificação de Acompanhamento Escolar; Questionário de caracterização sociodemográfica da amostra; e Formulário de Classificação socioeconômica. Os resultados evidenciaram que há concordância entre a percepção dos pais e adolescentes sobre suas capacidades e dificuldades está bem alinhada, e há um aumento na convergência com os adolescentes mais velhos. O baixo monitoramento dos pais favorece o desenvolvimento de problemas relacionados à saúde mental dos adolescentes com TDAH, apesar de o nível de conhecimento dos pais acerca do TDAH não estar relacionado com a forma de auxílio oferecida por eles. Os dados apresentados confirmam a necessidade do envolvimento parental no contexto acadêmico dos adolescentes. - DissertaçãoAssociação entre empregabilidade e saúde mental em adultos com Transtorno do Espectro AutistaLourenço, Daiane Patrícia Lisboa (2024-09-23)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por dificuldades na interação social e comunicação. Pessoas com TEA geralmente enfrentam desafios na saúde mental e no acesso a serviços. Este estudo explorou a associação entre empregabilidade e saúde mental em 50 adultos com TEA, divididos em 30 empregados com suporte e 20 sem vínculo empregatício. Foram utilizados o Inventário de Autoavaliação para Adultos (ASR), um questionário sociodemográfico e o Critério de Classificação Econômica BRASIL (ABEP). Análises incluíram o teste de Mann-Whitney, correlação de Spearman e teste de Cohen. Os resultados mostraram que adultos empregados apresentaram melhores resultados de saúde mental, com níveis mais baixos de ansiedade e depressão e menor isolamento social. Empregados tiveram média de ansiedade/depressão de 67,07 (desvio padrão = 10,28) comparado a 73,4 (desvio padrão = 10,5) dos sem vínculo empregatício (U = 395.500, p = 0,006, d de Cohen = 0,32). Para o isolamento, a média foi de 69,7 (desvio padrão = 10,56) para empregados e 74,7 (desvio padrão = 10,14) para sem vínculo (U = 399.000, p = 0,005, d de Cohen = 0,33). Maior número de amigos (r= 0,43, p < 0,05) e maior índice de funcionamento adaptativo (r= 0,48, p < 0,05) correlacionaram-se positivamente com a satisfação no emprego. Participantes satisfeitos com os serviços de saúde mental apresentaram menores índices de problemas de atenção (r= -0,64, p < 0,05) e de problemas depressivos (r= -0,62, p < 0,05). Maiores índices de depressão associaram-se com menor satisfação no emprego (r= -0,40, p < 0,05). Níveis mais altos de escolaridade, acesso a serviços de saúde mental e suporte no ambiente de trabalho correlacionaram-se positivamente com melhor saúde mental entre os empregados. Os achados destacam a importância de políticas de emprego inclusivas e acomodações adequadas no local de trabalho para apoiar a saúde mental de adultos com TEA. Pesquisas futuras devem conduzir estudos longitudinais para estabelecer relações causais e examinar os efeitos a longo prazo do emprego na saúde mental. Estudos com amostras maiores e mais diversificadas em termos de raça, etnia, níveis socioeconômicos e gênero são recomendados para explorar o impacto de outras variáveis na saúde mental. - DissertaçãoAtendimento Educacional Especializado na Rede Municipal de Ensino Paulistana : características do professor, práticas pedagógicas e relações com a autoeficácia docentePerez, Joice Pereira (2024-02-28)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
De acordo com o censo escolar do INEP, desde o ano de 2004 o número de estudantes público da Educação Especial matriculados na rede regular de ensino vem superando o número de matrículas nas Escolas Especializadas, trazendo novos desafios à Educação Especial Inclusiva para a garantia de permanência e aprendizagem dos estudantes. A compreensão das práticas e estratégias de ensino utilizadas pelos professores, suas lacunas e barreiras pode contribuir para fomentar políticas públicas que promovam a qualificação do atendimento a este público. Este estudo tem como objetivo caracterizar o Atendimento Educacional Especializado (AEE), descrevendo o perfil acadêmico dos professores, suas práticas pedagógicas, barreiras que dificultam o trabalho, senso de autoeficácia para práticas inclusivas e suas relações com perfil dos estudantes público do AEE. Estudo quantitativo, transversal, exploratório e correlacional. A amostra contou com 61 professores designados nas Salas de Recursos Multifuncional do Atendimento Educacional Especializado, das unidades educacionais do ensino fundamental da Diretoria Regional de Educação Pirituba/Jaraguá, da Rede Municipal da cidade de São Paulo. Os instrumentos utilizados foram: questionário sociodemográfico (perfil de formação dos professores e caracterização dos estudantes público do AEE) e a Escala de Eficácia Docente para Práticas Inclusivas. Foram realizadas análises descritivas de frequências e análises inferenciais de correlação de Pearson, utilizando-se alpha < 0,05 para significância. Os resultados mostraram maior senso de autoeficácia em professores com mais formações, maior tempo de experiência no magistério e maior idade, corroborando com achados de estudos internacionais. A colaboração e articulação entre os professores, evidenciou correlações positivas para autoeficácia docente, sugerindo novas configurações ao AEE que superem a modalidade em contraturno. O perfil dos estudantes evidenciou a maioria com TEA e melhor autoeficácia dos professores junto aos estudantes com maior idade e maior frequência a sala de recursos multifuncionais. Foram identificadas barreiras para a inclusão, como a falta de recursos humanos, de especialização pedagógica e presença de barreiras atitudinais da equipe, as quais apresentaram correlações negativas com a autoeficácia docente. Este estudo descreve e evidencia aspectos que necessitam de atenção nas políticas públicas educacionais voltadas para a inclusão, para que possam atuar em uma melhor qualificação do trabalho docente realizado no AEE. - DissertaçãoAvaliação de desenvolvimento de crianças que passaram a primeira infância em distanciamento social causada pelo covid-19Paes, Bárbara Pepe (2024-02-05)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O desenvolvimento infantil pode ser caracterizado como mudanças em diversas áreas que possibilitam que o indivíduo seja capaz de realizar tarefas mais complexas. Existem alguns marcos com habilidades esperadas para cada faixa etária que auxiliam na percepção de alterações no desenvolvimento. A literatura especializada mostra que a primeira infância é o principal momento para estimulação, visando a plasticidade neural, e que a interaçãosocial surge como um facilitador do processo de desenvolvimento. Apesar disto, após a notícia da pandemia de COVID-19 o mundo passou a adotar medidas de distanciamento social para conter a transmissão do vírus, fechando escolas e outros ambientes de interação. Dito isto, o presente estudo teve como objetivo verificar se crianças que passaram a primeira infância em distanciamento social desenvolveram-se de acordo comos marcos esperados para a idade, mensurados pelos protocolos ASQ-BR e SWYC-BR, elaborados antes da pandemia de COVID-19. Os participantes foram avaliados em ambiente escolar, através de observação e testagens direcionadas por três diferentes avaliadoras sendo, uma psicóloga, uma fonoaudióloga e uma psicomotricista. Após as avaliações, os instrumentos foram corrigidos e submetido à diferentes análises. Foi identificada concordância nas avaliações das três profissionais. Dentro da amostra avaliada, 15% das crianças apresentaram alguma alteração, entretanto, suas pontuações foram próximas da zona limítrofe e, na maior parte dos casos, em apenas uma área do desenvolvimento, não indicando atrasos globais. Não foi identificado padrão nas alterações apresentadas. As crianças com pontuações mais baixas pertenciam à famílias de classe socioeconômica B2. - DissertaçãoCardiot21: criação de um aplicativo de informação e orientação para pais de crianças com Cardiopatia Congênita e Trissomia 21Alves, Andyara Cristianne (2024-07-02)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
As CC(CC) são defeitos estruturais ou funcionais do sistema cardiovascular presente ao nascimento. Crianças com trissomia do cromossomo 21 (T21) ou SD (SD) possuem maior incidência de CC comparadas com a população de crianças típicas. O diagnóstico da CC na criança com T21 é acompanhado por sentimentos de medo, angústia e ansiedade dos pais que geralmente possuem pouco conhecimento sobre as CC. Objetivo. Desenvolver e avaliar a usabilidade de um aplicativo móvel (App), denominado CardioT21, para informações e orientações básicas sobre as CC na criança com T21 considerando-se as necessidades dos pais. Método. Estudo exploratório de natureza tecnológica, dividido em quatro fases: Fase I - Levantamento de Requisitos e Elaboração do Conteúdo do App definidos a partir de estudo bibliográfico e aplicativos sobre CC; entrevistas online com 13 mães de crianças com T21 e CC, recrutados por conveniência que responderam um questionário elaborado pela autora da pesquisa. Fase II – Prototipagem e Implementação do App realizadas por alunos da Faculdade de Computação e Informática; Fase III - Validação do Conteúdo e Testagem de Usabilidade do App por 08 juízes, profissionais especialistas em T21e/ou CC, recrutados por conveniência para testagem de conteúdo (Índice de Validade de Conteúdo - IVC) e usabilidade (System Usability Scale - SUS) do App. Fase IV – Testagem de usabilidade do App por 09 mães que na sequência responderam ao questionário de usabilidade (SUS). Resultados: Na Fase I, as mães de crianças com T21 e CC entrevistadas deram sugestões para o conteúdo do aplicativo como tipo de cardiopatias e tratamento; exames e procedimentos; cuidados e prevenção de complicações; rede de apoio aos pais; estimulação do desenvolvimento motor; dentre outros. Na Fase II, o App CardioT21 foi modelado e implementado para distribuição em plataformas Android. Na Fase III, ocorreu a avaliação do conteúdo do App por juízes, a pontuação no IVC foi de 0,97 indicando que o App necessitava de pequenas alterações de conteúdo e pontuação SUS de 95 indicando a melhor usabilidade possível. Na Fase IV houve avaliação do App por mães de crianças com T21 e CC, a pontuação SUS foi de 96,56 representando a melhor usabilidade possível. Conclusão: o App CardioT21 está disponível na loja de aplicativos Google App Store e pode ser instalado gratuitamente, proporcionando um recurso valioso para os pais de crianças com T21 e CC. Espera-se que essa ferramenta contribua para o aumento do conhecimento e da confiança dos pais, ajudando-os a lidar de forma mais informada e segura com as questões relacionadas às CC em seus filhos com T21. - DissertaçãoCorrelações entre a percepção de pais e professores sobre funcionamento cognitivo e o desempenho em testes neuropsicológicos de crianças do ensino fundamental I: um estudo sobre os efeitos da pandemia de COVID-19Zeballos, Beimar Alejandro Góngora (2025-02-20)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Com as medidas de isolamento social adotadas pelo governo para frear o avanço da pandemia de COVID-19, as escolas tiveram de ser fechadas, levando à implementação do ensino não presencial, com o objetivo de dar continuidade às atividades escolares. Com a nova realidade de estudos em casa, os pais também tiveram de se envolver mais diretamente no processo educacional de seus filhos. Além disso, professores encontram diversos percalços durante o ensino remoto e na volta ao presencial. Diversos estudos indicam impactos negativos no nível de aprendizagem pós pandemia. Desse modo, o estudo avaliou como os relatos de professores e responsáveis, através de um inventário, estão associados ou até mesmo conseguem prever as possíveis dificuldades encontradas pelos alunos na volta ao ensino presencial. O estudo analisou 98 alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I de uma escola pública na cidade de Embu das Artes, através de testes que mensuram a habilidades intelectual e acadêmicas, atenção e linguagem. São eles: Teste de Desempenho Escolar II; Tarefa de Fluência Verbal Livre; Tarefa de Dígitos (Ordens Direta e Inversa); Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (Inteligência Geral); Teste de Atenção por Cancelamento; Teste de Hayling (Flexibilidade cognitiva, Velocidade verbal, Controle inibitório); Prova de Consciência Fonológica por Produção Oral. Para os professores e responsáveis, foi aplicada a escala reduzida do Índice de Rastreio de Dificuldades Cognitivas (IRDC). Foram realizadas análises de: Kruskal-Wallis, para comparação das médias dos resultados encontrados; Correlação, para estabelecer relações entre os testes neuropsicológicos e o IRDC; Regressão, para evidenciar o potencial preditivo de possíveis dificuldades cognitivas nos alunos. Foram encontradas correlações significativas e negativas entre as subescalas dos inventários e os outros instrumentos, além das regressões terem mostrado o potencial preditivo de 39,2% e 38,0%, para dificuldades cognitivas nas subescalas de linguagem e atenção respectivamente. O IRDC apareceu como um instrumento de baixo custo e de fácil aplicação, que pode ter grande utilidade clínica e educacional. - DissertaçãoDesenvolvimento e validação por juízes de um programa de formação de professores para promoção de habilidades socioemocionais no contexto escolarMignone, Ana Elisa Ruggeri (2024-08-07)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
o desenvolvimento das competências socioemocionais em crianças em fase escolar tem ganhando cada vez mais ênfase na atualidade. Indivíduos com maiores níveis de competências socioemocionais apresentam comportamentos positivos em relação a si mesmo, resultando em maior nível educacional, maior sucesso profissional, relações familiares e de trabalho mais positivas, melhores índices de saúde mental. Tendo em vista este cenário, surgiu a nova Base Comum Curricular (BNCC), que tornou o desenvolvimento das competências socioemocionais obrigatória em todas as escolas públicas e particulares abrangendo, inclusive a educação infantil. das escolas e a implantação do ensino on-line por um extenso período de tempo. Objetivo Geral: Desenvolvimento e validação por juízes de um Guia de formação de professores para promoção de competências socioemocionais no contexto escolar. Instrumentos: 1 – Guia de formação de professores para promoção de habilidades socioemocionais fundamentado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A BNCC serviu como base para mapear as habilidades socioemocionais necessárias para um desenvolvimento emocional em crianças; 2 – Protocolo de avaliação onde juízes especialistas avaliaram se o conteúdo do Guia estava adequado ao seu propósito; Procedimentos: Na fase 1, foi desenvolvido o Guia de formação de professores; na fase 2, ocorreu a avaliação dos juízes especialistas; Análises: Na fase 1, foi realizada uma análise das competências socioemocionais que são exigidas pela BNCC, e realizada uma revisão da literatura sobre artigos, livros e instrumentos que abordam e trabalham no desenvolvimento destas competências em crianças, o que gerou o guia proposto pela autora; na fase 2 (avaliação dos juízes), o resultado da avaliação dos juízes gerou uma tabela descritiva da intervenção, cruzando com os dados das competências socioemocionais indicadas pelos juízes. Dessa tabela foi calculado o índice de concordância com relação aos critérios que foram concluídos aqueles com valor de concordância a partir de 75%. Resultados e Conclusão: Os resultados apresentados neste estudo apontam que houve concordância aceitável nas propostas sugeridas no Guia e que o mesmo pode ser relevante para a formação de professores com a finalidade de promover o desenvolvimento de competências socioemocionais em crianças no contexto escolar. - DissertaçãoEducação especial: uma análise das práticas pedagógicas e percepções de autoeficácia dos professores regulares sobre seus alunos com deficiênciaMartins, Iehonalla Fernanda da Silva (2024-02-16)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O presente estudo tem como objetivo compreender a percepção dos professores do Ensino Fundamental I sobre alunos com deficiência na sala regular, incluídos no Atendimento Educacional Especializado (AEE), e caracterizar, tanto tais professores quanto os referidos alunos. Trata-se de uma pesquisa é transversal, quantitativa, descritiva e correlacional, utilizando uma amostra não probabilística de conveniência. Assim, foi realizada a caracterização do perfil dos professores, suas percepções sobre práticas pedagógicas e autoeficácia, com base na Teoria Social Cognitiva. A amostra inclui 55 professores do ensino fundamental I, que lecionam nas unidades educacionais da Diretoria Regional de Educação Pirituba/Jaraguá, na Rede Municipal de São Paulo. Utilizou-se um questionário desenvolvido pelas pesquisadoras e aplicado via google forms para identificar características dos professores, sua experiência e formação, práticas pedagógicas e senso de eficácia no trabalho, bem como dados dos estudantes com deficiência, incluindo quantidade, idade, ano/série. Também foi aplicada a Escala de Autoeficácia na Implementação de Práticas Inclusivas, havendo dois escores para que se pudesse diagnosticar os elementos ou práticas que contribuem para uma melhor percepção de autoeficácia, o Escore de Regência de Sala de Aula e Escore de Planejamento e Colaboração, partes da Escala de Eficácia Docente para Práticas Inclusivas (EEDPI). Os resultados trouxeram tanto o perfil dos professores e dos alunos, como as práticas que apresentam correlação com os escores utilizados neste estudo para mensurar a percepção de autoeficácia. Apontaram os resultados, quanto ao perfil dos professores que as características predominantes entre os professores é o sexo feminino, formação em pedagogia, possuir pós-graduação lato sensu e estar na faixa etária entre 40 e 49 anos. Apontaram também que a idade mais avançada proporciona uma percepção maior de autoeficácia, conforme outros estudos também já têm sugerido, contribuindo inclusive para uma frequência menor de estresse. Além disso, uma maior frequência de situações em que o professor adapta o conteúdo proporciona uma percepção maior de autoeficácia em ambos os escores. A capacitação técnica através de especializações também apresentou correlação positiva com o Escore de Regência de Sala de Aula. Quanto aos alunos, a predominância é do sexo masculino e do diagnóstico de TEA. Os resultados suscitam mais investigações a respeito de autoeficácia e a necessidade de maiores reflexões a respeito da formação do docente, que tem buscado aparatos técnicos para aprender a lidar com a demanda da educação inclusiva em sala de aula regular. - DissertaçãoEstratégias de resolução de conflitos entre escolares: o antes e o depois da pandemia da Covid-19 sob a lente de professoresVidal, Caroline de Oliveira Melo (2024-02-22)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
A resolução de conflitos entre pares é uma demanda de intervenção frequente na prática docente e formas de qualificar a mediação de professores diante de situações conflituosas têm sido um tema recorrente em pesquisas na área da educação. A presente dissertação investigou estratégias de resolução de conflitos entre escolares no retorno às aulas presenciais, após o período de ensino remoto/modelo híbrido, decorrente da pandemia da COVID-19. Como hipótese, esperava-se que a restrição às possibilidades de interação social contínua e o distanciamento da rotina escolar poderiam ter afetado o desenvolvimento de habilidades e estratégias cooperativas de resolução de conflitos entre pares. A partir da perspectiva Construtivista do conhecimento e, portanto, entendendo a interação com o meio essencial para possibilidades mais plenas de desenvolvimento, foram coletados dados sobre o período de distanciamento social e suas possíveis consequências para o aspecto socioemocional do desenvolvimento de estudantes. Utilizou-se uma abordagem exploratória, de caráter empírico e qualitativo. A amostra foi composta por professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental de escolas brasileiras, públicas e privadas, que preencheram 3 instrumentos: Questionário 1 (n = 39); Questionário 2 (n = 23); e entrevistas de profundidade (n = 4). Buscou-se verificar se as estratégias utilizadas pelos estudantes para resolver conflitos no retorno às aulas presenciais são diferentes daquelas observadas pelos docentes antes do distanciamento social, estabelecido no Brasil a partir de março de 2020. As respostas foram analisadas a partir da teoria da Análise de conteúdo (Bardin, 2011) e os resultados também foram comparados com dados anteriores à pandemia da COVID-19 existentes sobre o tema na literatura. Observou-se que as causas de conflito entre pares mantiveram-se as mesmas de antes da pandemia, porém, sendo vivenciadas com maior intensidade ou gravidade no retorno às aulas presenciais. Em todas as três fases de coleta os professores indicaram perceber diferenças nas estratégias de resolução de conflitos adotadas por seus alunos e associaram essas diferenças ao período de distanciamento social, à escolarização remota ou híbrida e à consequente ausência de oportunidades de conviver com outras crianças. Há também a percepção de que o retorno às aulas presenciais favoreceu o desenvolvimento de habilidades necessárias para o estabelecimento de relações interpessoais mais colaborativas. Espera-se que a presente pesquisa favoreça a reflexão e uma intervenção docente mais qualificada diante das demandas de atuação em direção à construção da personalidade ética de estudantes no presente momento. - DissertaçãoFuncionamento executivo e habilidades de leitura e escrita de estudantes do quinto ao nono ano de Ensino Fundamental II pós-pandemiaDias, Camila de Lima Lúcio (2025-02-06)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Diversos países adotaram a suspensão do ensino presencial nas escolas com o objetivo de conter o avanço da pandemia de Covid-19. Essa situação promoveu uma intensificação das disparidades educacionais pré-existentes, somada a dificuldade do acesso ao aprendizado acadêmico e desenvolvimento de habilidades executivas durante esse período. Considerando os achados em literatura a respeito de prejuízos nas habilidades acadêmicas e executivas, esse estudo objetivou avaliar o funcionamento executivo e as habilidades de leitura e escrita em alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas, buscando fazer um comparativo com as normas pré-pandêmicas e analisar a relação entre eles. Participaram 140 estudantes de três escolas públicas dos municípios de Santo André e Embu das Artes, com idades entre 10 e 14 anos (M=12,5; DP=1,5), sendo 64,62% do sexo feminino e 35,38% do sexo masculino. Em relação à etapa escolar, 39,23% frequentavam o 5°ano, 16,92% o 6° ano, 16,15% o 7° ano, 14,61% o 8° ano e 13,09% o 9° ano. A presença de laudos de Transtornos do Neurodesenvolvimento e pontuações indicativas de baixa eficiência intelectual (avaliada pelos testes Matrizes Progressivas Coloridas de Raven e Escala Wescher Abreviada de Inteligência) foram utilizados como critérios de exclusão. Para avaliar o funcionamento executivo, foram aplicados Teste Hayling (infantil ou adulto), Span de dígitos (Tarefa Span de Dígitos ou Subteste Dígitos da Escala de Inteligência Weschler de Inteligência para Crianças), Fluência Verbal Livre (FVL) e Five Digital Test (FDT). As habilidades acadêmicas foram medidas pelo Teste de Desempenho Escolar II (TDE II). Houve diferenças significativas entre a presente amostra em relação aos dados da amostra normativa para todas as idades em fluência verbal (p = 0,0021 para 10 anos; p<0,0001 de 11 a 14 anos), em memória de trabalho (p <0,0001 de 10 a 13 anos; 0,0241 para 14 anos) e para todas as idades em controle inibitório (p<0,0001, 0,0109, 0,001, 0,0078 e 0,0486, respectivamente). Na leitura de palavras, houve diferenças em todos os anos, especialmente do 5° ao 8°ano (p = 0,0001, 0,0039, 0,0003 e 0,0034, respectivamente). Em escrita, houve piores desempenhos do 5° ao 8° ano (p <0,0001, 0,028, 0,0003 e <0,0001, respectivamente). Foram observadas correlações positivas significativas entre escrita e os resultados do 6° ano para fluência verbal (p = 0,043, r = 0,44) e tempo em controle inibitório (p = 0,000, r = 0,16). Para o 7° ano, correlação positiva entre escrita e memória de trabalho (p = 0,032, r = 0,47). Para leitura de palavras, correlações positivas para 6°ano entre fluência verbal (p = 0,016, r = 0,51) e tempo em controle inibitório (p = 0,016, r = 0,15). Para o 7° ano, correlação positiva entre leitura e memória de trabalho (p = 0,024, r = 0,49). Os achados sugeriram que os participantes da presente amostra apresentaram déficits no funcionamento executivo e habilidades de leitura e escrita quando comparados aos resultados pré-pandemia, o que ressalta a necessidade de ações para recuperação dessas perdas. - DissertaçãoHabilidades preditoras de alfabetização em crianças de educação infantil no período pós-pandemiaAlcantara, Sheila Aparecida dos Santos (2024-08-29)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
A pandemia da COVID-19 causou muitas mudanças na educação e, mesmo em populações não vulneráveis, estudos têm mostrado que muitos podem ser os prejuízos para crianças e adolescentes que viveram o período pandêmico. Em pré escolares, pesquisas sugerem que os danos podem ter sido maiores em aspectos socioemocionais do que em aspectos cognitivos. Porém é necessário mapear o desempenho de crianças pré-escolares em diferentes habilidades, especialmente aquelas relacionadas à alfabetização. Diante disso, o presente estudo objetivou descrever o desempenho de crianças pré-escolares, com idade entres 3 a 6 anos, no período após a pandemia, em habilidades de leitura e escrita que predizem a alfabetização, a saber: consciência fonológica, reconhecimento de letras e sons, e nomeação automática rápida; comparar com os dados normativos pré-pandemia; e verificar se há diferentes níveis de desempenho nessas habilidades preditoras da alfabetização em função da idade das crianças. Hipotetizava-se que haveria pior desempenho na presente amostra quando comparada às normas pré-pandêmicas, especialmente nas crianças mais velhas, visto que estas vivenciaram por mais tempo a pandemia e as restrições escolares e sociais dela derivadas. A amostra foi escolhida por conveniência e composta por 61 participantes, matriculados na Educação Infantil de uma escola privada da cidade de São Paulo. As idades dos participantes variaram entre 3 e 6 anos (M = 4,41; DP = 0,90), sendo 44,26% do sexo feminino. Em relação à etapa escolar, 39,34% frequentavam o Jardim 1, 52,46% o Jardim 2 e 8,20% o Maternal 2. O critério de exclusão foi a presença de laudo diagnóstico de necessidade educacional especial no prontuário da escola. Para avaliar a consciência fonológica, foi utilizada a Prova de Consciência Fonológica por Produção Oral (PCFO); para avaliar o conhecimento alfabético de letras e sons, o Teste de Reconhecimento de Letras e Sons (TRLS); e para avaliar a nomeação automática rápida, o Teste de Nomeação Automática Rápida (TENA). Ao contrário do esperado, os resultados revelaram que a amostra do estudo teve desempenho melhor em relação à amostra normativa pré-pandemia. Esse achado pode ser devido à conduta adotada pela escola durante o período pandêmico e após o retorno escolar presencial, com estímulos de qualidade e visando sanar lacunas de aprendizagem. Porém, mesmo com todo o suporte dado pela escola aos alunos e apesar de se tratar de uma população com condições socioeconômicas privilegiadas, os resultados também indicaram que os desempenhos mais rebaixados foram observados em crianças de 6 anos, em algumas habilidades avaliadas. Pode-se concluir que crianças mais velhas na Educação Infantil, que já estavam em fase de ensino formal para a alfabetização, parecem ter sido mais impactadas pela pandemia do que as mais novas, possivelmente por terem contado com o auxílio pedagógico do professor apenas de forma remota e por terem sido expostas a metodologias de ensino insuficientes. O estudo corroborou parcialmente a literatura e forneceu informações a respeito das habilidades de leitura e escrita que predizem a alfabetização em crianças pré-escolares, no contexto pós-pandêmico. - DissertaçãoImpactos da depressão pós-parto no desenvolvimento psicomotor de bebês brasileiros durante a pandemia de Covid-19Guadagnin, Simone Moraes de Ávila (2024-02-05)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Evidências científicas robustas demonstram que exposição a elevados níveis de estresse nos primeiros anos de vida aumenta significativamente o risco de desfechos desfavoráveis no desenvolvimento infantil . Um dos fatores associados com a elevação do estresse infantil diz respeito a problemas de saúde mental materna no período pós natal, os quais geram diminuição de disponibilidade dos materna para interação espontânea, menor sensibilidade e responsividade aos sinais da criança, e d e reduções do nível de estimulação ambiental oferecido. Eventos adversos como a pandemia de C OVID 19 carregam o potencial de elevar os níveis deste impacto. Pesquisas recentes apontam para desempenhos inferiores nas habilidades cognitivas e autorregulatórias de bebês que vivenciaram seus primeiros meses e anos de desenvolvimento durante a pandemia de COVID 19. Até onde temos conhecimento, estudos quantitativos que digam respeito à população brasileira neste contexto ainda não foram publicados. O presente estudo te ve como objetivo investigar o impacto da depressão pós parto durante a pandemia de COVID 19 no desenvolvimento de bebês brasileiros, caracterizando os índices de sintomas compatíveis com Depressão Pós Parto durante a pandemia em uma amostra de mulheres puérperas residentes no Brasil, e o risco para problemas de desenvolvimento em seus bebês após a pandemia. Bem como, analisar o papel potencial da depressão pós parto como preditor de risco para problemas de desenvolvimento infantil. Est e estudo utilizou dados coletados online de uma pesquisa mais alargada realizada durante a pandemia de COVID 19 sobre os seus impactos na saúde mental e experiências de puérperas até seis meses pós parto (julho de 2020 a fevereiro de 2021). Posteriormente foram col etados os dados sobre o desenvolvimento infantil na perspectiva materna (outubro de 2022 a maio de 2023). A amostra foi composta por 64 mulheres puérperas, entre 24 e 44 anos , majoritariamente brancas 75%75%)), casadas 81.3%)81.3%), com escolaridade de nível superior ( 90.6%), e provenientes da região sudeste do Brasil (67.2 %)%). No período da avaliação do desenvolvimento (pós pandemia), seus bebês encontravam se na faixa etária entre 27 e 40 meses, sendo 34 meninos ( e 29 meninas ( As mães foram contatadas via e mail, sendo apresentado o estudo e solicitado o consentimento. Foram utilizados os seguintes questionários: Questionário sociodemográfico e clínico, Escala de Depressão Pós Natal de Edimburgo (EPDS), Ages & Stages Questionnaire 3ª ed. (ASQ 3) e Ages & St ages Questionnaire Socioemotional (ASQ SE), adaptados para formato online por meio da plataforma Qualtrics. Os resultados do estudo revelaram que 43,8% das puérperas apresenta ram sintomas potencialmente clínicos de d epressão p ós p arto durante a pandemia de COVID 19 . Quanto ao desenvolvimento dos bebês após a pandemia, um maior risco de problemas de desenvolvimento foi registrado nos domínios Motor Fino e Pessoal Social com 29.7% dos casos . Por sua vez, os domínios Comunicação, Motor a Amplo e Resolução de Problemas revelaram risco em aproximadamente 11% dos casos. Também ao nível socioemocional os resultados “ Para que bebês se convertam em adultos saudáveis e independentes, dependem totalmente de que lhes seja dado um bom princípio: amor é o nome desse vínculo.” (D.W. mostraram que mostraram que 88.7% dos bebês 88.7% dos bebês foram percebidos pela mãe como tendo umforam percebidos pela mãe como tendo um desenvolvimento dentro de desenvolvimento dentro de esperado.esperado. OOs resultados s resultados também também indicaram que níveis mais elevados de sintomas de indicaram que níveis mais elevados de sintomas de ddepressão epressão ppósós--pparto durante arto durante a pandemia foram preditores estatisticamente significativos de maior a pandemia foram preditores estatisticamente significativos de maior risco de problemas de risco de problemas de desenvolvimento no domínio Resolução de Problemasdesenvolvimento no domínio Resolução de Problemas. Cont. Contudo, udo, os sintomas de depressão maternaos sintomas de depressão materna não não demonstrdemonstraramaram ser preditorser preditoreses significativsignificativosos de risco para problemas de desenvolvimento nos domínios de risco para problemas de desenvolvimento nos domínios Comunicação, Motor AmploComunicação, Motor Amplo, Motor Fino, Motor Fino e Pessoale Pessoal--Social. Social. Por fimPor fim, ter irmãos foi um preditor , ter irmãos foi um preditor marginalmente significativomarginalmente significativo, , popossível fator de proteçãossível fator de proteção,, para para menor risco de problemas de menor risco de problemas de desenvolvimento desenvolvimento nno domínio Motor Finoo domínio Motor Fino.. Em suma, os resultados de nosso estudo demonstraram que Em suma, os resultados de nosso estudo demonstraram que a pandemia de COVIDa pandemia de COVID--1919 teve um teve um impacto negativo significativo na saúde mental de puérperas impacto negativo significativo na saúde mental de puérperas no Brasilno Brasil, podendo este cenário ser ainda , podendo este cenário ser ainda mais alarmantemais alarmante , especialmente se atentarmos para o fato de que nossa amostra apresent, especialmente se atentarmos para o fato de que nossa amostra apresentou,ou, majoritariamentemajoritariamente,, as as características sociodemográficas etnia branca, níveis de escolaridade superior, características sociodemográficas etnia branca, níveis de escolaridade superior, etnia branca, proveniente da região sudeste, e condição socioeconômica etnia branca, proveniente da região sudeste, e condição socioeconômica possivelmente mais elevadapossivelmente mais elevada, , que que não representam a totalidade da população brasileiranão representam a totalidade da população brasileira.. Além disso, a saúde mental materna durante Além disso, a saúde mental materna durante a pandemia, especificamente os sintomas de depressão pósa pandemia, especificamente os sintomas de depressão pós--parto, tiveram também impacto negativo no parto, tiveram também impacto negativo no risco de desenvolvimento de áreas específicas do funcionamento dos bebês.risco de desenvolvimento de áreas específicas do funcionamento dos bebês. Esta pesquisaEsta pesquisa alcança sua relevância na medida em que evidencia um índice altamente significativo alcança sua relevância na medida em que evidencia um índice altamente significativo da prevalência de DPP durante a pandemia de COVIDda prevalência de DPP durante a pandemia de COVID--19 no Brasil, alertando para a necessidade de 19 no Brasil, alertando para a necessidade de prioridade para prioridade para políticas públicas políticas públicas com amplitude, profundidade e endereçadascom amplitude, profundidade e endereçadas a saúde mental de a saúde mental de mulheres puérperas, especialmente em situações de crise sanitária. mulheres puérperas, especialmente em situações de crise sanitária. Por outro lado, foco principal desta Por outro lado, foco principal desta pesquisa, o estudo pesquisa, o estudo contribui para a literatura ncontribui para a literatura no campoo campo do desenvolvimento infantil, do desenvolvimento infantil, revelando os índices revelando os índices de desede desenvolvimento infantil logo após a pandemia, trazendo luz aos impactos desta crise sanitária no nvolvimento infantil logo após a pandemia, trazendo luz aos impactos desta crise sanitária no desenvolvimento infantil. Mostrandodesenvolvimento infantil. Mostrando--se as crianças especialmente vítimas no tocante ao seu processo se as crianças especialmente vítimas no tocante ao seu processo de desenvolvimento. Fato que solicita de desenvolvimento. Fato que solicita imediatimediataa ação, no que tange a elaboração e prática deação, no que tange a elaboração e prática de programas programas de de rastreio, rastreio, avaliação e intervenção precoce para os bebêsavaliação e intervenção precoce para os bebês, crianças possivelmente afetadas,, crianças possivelmente afetadas, a fim de a fim de mitigar osmitigar os efeitosefeitos em seuem seu desenvolvimentodesenvolvimento e, consequentemente, e, consequentemente, em toda suaem toda sua vida futura.vida futura. - DissertaçãoInstrumento de observação estruturada para identificação do Transtorno do Espectro Autista em crianças de 18 a 48 meses: construção do OERA BabyDias, Marina Rosário (2024-02-08)
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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado pelos déficits persistentes na comunicação e interação social, além de padrões repetitivos e restritos de comportamento. Existe uma carência de instrumentos em português para rastrear sintomas de TEA em crianças menores de 36 meses. O presente estudo teve como objetivos: (1) revisar as provas do OERA e adaptar para crianças de 18 a 48 meses; (2) avaliar o conteúdo da revisão das provas utilizando critério de juízes; e (3) verificar a aplicabilidade do OERA baby pelos avaliadores. O método contou com quatro etapas: (1) Adaptação e construção da primeira versão do OERA baby; (2) Avaliação da adaptação mediante análise de juízes; (3) Estudo piloto para verificação de aplicabilidade do instrumento; e (4) Elaboração da versão final do OERA baby a partir do estudo piloto. Na etapa 1, as principais adaptações da versão original do OERA para sua adequação a crianças de 18 a 48 meses incluíram: mudanças no formato de aplicação, nas oportunidades, no material e no número de provas, com a inclusão de duas provas específicas e uma prova global para observação de rigidez comportamental. Na etapa 2, dois juízes especialistas consideraram as 19 provas do OERA baby claramente definidas e adequadas para discriminar crianças com TEA das com desenvolvimento típico. Os juízes sugeriram a inclusão de um questionário pré-aplicação e a substituição de alguns termos do manual. Na etapa 4, foi realizado um estudo piloto com 13 crianças de 18-48 meses com TEA ou com desenvolvimento típico, onde foi evidenciado que sete provas estavam adequadas, enquanto duas precisaram de ajustes. Por fim, na etapa 5, elaborou-se a versão final do OERA baby com 9 provas específicas e 10 provas globais ajustadas e bem avaliadas pelos 11 profissionais especialistas, os quais consideraram a aplicação adequada. Conclui-se que o OERA baby apresenta evidências de validade de conteúdo para rastreamento de sintomas de TEA e está finalizado para ser aplicado em maior escala de modo a verificar evidências de validade de construto e pontos de corte para esta população. - DissertaçãoLeitura, escrita e aritmética após a pandemia: estudo com uma escola privada de Ensino Fundamental ISantos, Marcela Cristina Camargos dos (2024-02-29)
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O fechamento das escolas devido à pandemia de COVID-19 permitiu que professores e instituições educacionais adotassem diferentes formas de ensino e aprendizagem. Contudo, estudos têm mostrado diferentes impactos no desempenho acadêmico de crianças e adolescentes durante e após a pandemia. Diante disso, este estudo teve como objetivos comparar o desempenho atual dos alunos em relação aos dados de normatização pré-pandemia, identificar quais habilidades acadêmicas apresentam maior diferença em relação aos dados pré-pandemia, identificar se há maior diferença de desempenho em algum ano escolar específico e verificar as relações em todas as habilidades avaliadas. A amostra foi composta por 100 participantes de uma escola privada, localizada no interior do estado de São Paulo. As idades dos participantes variaram entre 6 e 10 anos (M = 8,33; DP = 1,35), sendo 45% do sexo feminino e 55% do sexo masculino. Em relação ao ano escolar, 15% frequentavam o 1º ano, 15% o 2º ano, 24% o 3º ano, 16% o 4º ano e 30% o 5º ano. A presença de laudo diagnóstico de necessidade educacional especial no prontuário da escola foi adotada como critério de exclusão. Para avaliação da inteligência foram utilizadas as Matrizes Progressivas Coloridas de Raven. Para a aferição do desempenho de leitura, escrita e aritmética foi utilizado o Teste de Desempenho Escolar (TDE-II) e para avaliar a consciência fonológica, a Prova de Consciência Fonológica por Produção Oral. A partir dos resultados obtidos, foram encontradas diferenças significativas em relação aos dados da amostra normativa em escrita para alunos do 2º, 4º e 5º anos (p = 0,058, 0,003, < 0,001, respectivamente), e em aritmética para alunos do 3º, 4º e 5º anos (p = 0,007, <0,001, < 0,001). Foram observadas correlações positivas e estatisticamente significantes entre os subtestes de escrita e leitura, com magnitude moderada (r = 0,44, p < 0,05). Ademais, a associação moderada foi identificada entre a PCFO e subteste de aritmética do TDE (r = 0,54, p < 0,01), e positivamente com magnitude variando entre pequena e moderada com as subescalas Leitura e Escrita (r = 0,20 e r = 0,36, respectivamente). Foram encontradas correlações entre os escores do Raven e pontuações do subteste de aritmética (r = 0,34, p < 0,05). Os resultados encontrados mostraram que, mesmo em uma população não vulnerável, como o caso dos participantes dessa pesquisa, considerados de nível social privilegiado, os déficits de aprendizagem também podem ser observados, sendo os maiores déficits em alunos das séries finais do Ensino Fundamental I. - DissertaçãoManual de orientação parental para uso do aplicativo Guesswhat em crianças pré-escolares com Transtorno do Especto AutistaBertozzi, Marinella Gambogi (2024-09-13)
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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem como principal tratamento a terapia baseada na Análise do Comportamento Aplicada. A literatura aponta que extensas cargas horárias apontam melhores resultados, porém os custos envolvendo os tratamentos se mostram como uma barreira para que alguns indivíduos possam acessá-los. A Intervenção Mediada por Pais se mostra como uma possibilidade promissora de manutenção da carga horária de terapias, porém com redução de custos. Dessa forma, a criança se mantém em tratamento direto com o terapeuta e algumas horas seriam dedicadas a orientação dos pais, para que estes pudessem intervir cotidianamente com seus filhos como terapeutas coadjuvantes do processo. De forma a viabilizar mais recursos para possíveis atividades e formas de ensino que possam promover melhor engajamento e vinculação dos pais com seus filhos, o aplicativo GuessWhat® mostra-se como uma possibilidade, uma vez que pode contribuir com o ensino de emoções para crianças com TEA. Este estudo teve como objetivo desenvolver um manual de padronização do uso do aplicativo e avaliar a satisfação e aplicabilidade do GuessWhat® com pais de crianças com autismo (n=5) com idades entre 6 e 9 anos. Como métodos, foram utilizados questionários, uma medida de inteligência e rastreio de sinais de autismo, além de dois componentes que compõe uma ferramenta amplamente utilizada para treino de pais, o Behavioral Skills Training. Os resultados apontaram necessidade de maiores ajustes no aplicativo, satisfação com o manual de padronização da aplicação e possibilidade de auxílio do treino de pais para melhor aproveitamento do aplicativo em pesquisas futuras. - DissertaçãoO impacto do ESDM-Early Start Denver Model para crianças no espectro do autismoCosta, Cintia Cibelli Borges Navarro da (2025-02-10)
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INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição do desenvolvimento que resulta no comprometimento da capacidade de comunicação e interação social das crianças. Os sinais mais relevantes no atraso do desenvolvimento observados inicialmente pelos pais e/ou cuidadores surgem nos primeiros anos de vida. A intervenção precoce de alta intensidade para crianças com TEA potencializa resultados na aprendizagem. O diferencial do ESDM – Early Start Denver Model é o uso de estratégias de ensino naturalistas, onde as brincadeiras acontecem através de atividades lúdicas e sensórias que resultam na conquista, engajamento e motivação da criança. OBJETIVO: Analisar o efeito da estimulação precoce em crianças com TEA através do ESDM investigar os efeitos do programa ESDM em crianças com TEA; b) avaliar a eficácia da intervenção precoce em ambientes naturais da criança, como a casa e a escola. Além disso, busca-se compreender como essas intervenções influenciam as crianças e suas famílias. MÉTODO: Estudo realizado com 24 crianças autistas em idades entre 18 a 48 meses, as crianças participantes foram submetidas a 15 horas semanais de atendimento em seu ambiente de rotina diária por 12 semanas. As habilidades das crianças foram avaliadas antes e após a intervenção para corroborar o aprendizado alcançado. RESULTADOS: Nos quatro níveis de habilidades avaliadas, houve melhorias consistentes em competências como comunicação receptiva e expressiva, motricidade fina e grossa, competências sociais, imitação, cognição, independência pessoal e comportamentos de atenção conjunta. DISCUSSÃO: A intervenção precoce, associada ao engajamento familiar, potencializa os resultados ao promover estratégias contínuas no ambiente natural da criança, favorecendo a generalização do aprendizado. CONCLUSÃO: A estimulação precoce por meio do ESDM apresentou resultados significativos no desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), avanços consistentes no perfil de comunicação funcional, realizadas no contexto das rotinas diárias, práticas que promovem melhorias na comunicação receptiva e expressiva, bem como na interação social e nos padrões comportamentais. - DissertaçãoO professor do ensino infantil como agente de identificação de sinais do Transtorno do Espectro do AutismoPrado, Ana Elisa Correa Dias do (2025-02-04)
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Com os avanços da ciência, tecnologia e neurociências, além da implementação de leis, tem se tornado cada vez mais comum a inclusão de pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) em diversos contextos sociais, especialmente nas escolas. Esse aumento tem gerado uma demanda crescente por professores capacitados, capazes de identificar sinais de alerta e encaminhar alunos a especialistas na área da saúde. Partindo dessa premissa, o objetivo deste estudo foi analisar a relevância dos tópicos abordados no material de apoio desenvolvido para auxiliar professores da educação infantil na identificação de sinais de autismo e na aplicação de estratégias de manejo comportamental em sala de aula. Para isso, foi realizada uma coleta de dados por meio de um questionário online, permitindo que os docentes avaliassem os principais tópicos do material de apoio. A amostra foi composta por 80 professores do ensino infantil. Os resultados mostraram que os tópicos escolhidos para o material são altamente relevantes, uma vez que oferecem informações que muitos educadores ainda não tinham acesso, mas que demonstraram grande interesse em adquirir. - DissertaçãoO uso de vídeomodelação no ensino de comportamento altruísta para crianças com TEARocha, Renata Aparecida de Oliveira (2024-10-24)
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Crianças com TEA apresentam déficits significativos no que se refere aos comportamentos sociais. O conhecimento sobre esse tema pode nos ajudar a caracterizar melhor a natureza das dificuldades em suas interações com os outros e contribuir para o desenvolvimento de estratégias de intervenção. Mais concretamente, torna-se necessário estudar indicadores de eficácia e efetividade de intervenções na manutenção e generalização dos comportamentos pró sociais. Uma modalidade de intervenção que vem se mostrando capaz de gerar melhorias comportamentais no TEA é a videomodelação. Os objetivos deste estudo foram: (1) Verificar se a intervenção com videomodelação é eficaz no ensino de habilidades que envolvem o comportamento altruísta de crianças pequenas com TEA; (2) Comparar resultados de tipos diferentes de intervenção (videomodelação x instrução direta); (3) Testar as associações entre o desempenho nas tarefas e: a) o nível de desenvolvimento cognitivo das crianças e b) o nível de sintomas de TEA. A amostra foi composta por 27 crianças pré-escolares, todas com diagnóstico de TEA, recrutadas em clínicas especializadas em atendimento de crianças com desenvolvimento atípico no Estado de São Paulo. A amostra foi dividida em dois grupos (grupo experimental e grupo controle ativo), pareados por idade e nível da capacidade cognitiva. As crianças que colaboraram no estudo tinham entre 3 anos e 6 meses e 6 anos e 6 meses. Ambos os grupos foram avaliados com testes de funcionamento cognitivo, social e comportamental: a) ICA - Inventário de Comportamentos Autísticos; b) SON-R 2 ½ - 7 – Teste Não-verbal de inteligência e c) Tarefas de Comportamento Altruísta. Para fins estatísticos, os dados foram analisados por meio do software Jamovi (versão 2.5.3.0). Testes-t para amostras independentes revelaram a ausência de diferenças entre idade, nível de sintomas e QI entre o grupo experimental e o grupo controle ativo. Como esperado, houve uma melhoria significativa no desempenho das crianças do grupo experimental ao longo do tempo. No que se refere a taxa de melhoria comparando as estratégias de ensino, no grupo experimental foi de 111% e no grupo controle ativo de 45%, porém não foi observado um efeito de interação (grupo x tempo) estatisticamente significativo. Por fim, não foram encontradas correspondência entre o nível de sintomas e o desempenho nas tarefas de comportamento altruísta na linha de base e verificou se que quanto maior o QI, melhor o desempenho das crianças nas tarefas de comportamento altruístas. - DissertaçãoOERA 9-99: desenvolvimento e validação inicial de um protocolo estruturado de rastreamento de autismo nível 1 para crianças, jovens e adultos.Carassini, Amanda (2025-02-17)
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O Protocolo de Observação Estruturada para Rastreamento de Autismo (OERA) é uma ferramenta de avaliação breve, padronizada e de baixo custo para detectar sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA), que demonstra boas propriedades psicométricas para crianças de 3 a 10 anos de idade em sua maioria com deficiência intelectual. Encontramos poucas alternativas de instrumentos validados, de avaliação direta e de baixo custo para rastreio de TEA em jovens e adultos para realidade brasileira, o OERA é potencialmente uma ferramenta que poderia ser desenvolvida para essa faixa etária. Por isso, o objetivo deste estudo foi desenvolver e verificar evidências de validade de uma nova versão do OERA que abarcou crianças a partir de nove anos, jovens e adultos de nível um de suporte, o OERA-9- 99. O estudo contou três fases : (1) desenvolvimento do OERA-9-99 com medidas para os mesmos domínios em todas as faixas etárias, mas com provas diferentes para crianças de 9 a 12 anos, e jovens e adultos a partir de 13 anos, (2) fase pré-piloto para verificar a viabilidade das provas e validade de conteúdo do instrumento segundo análise de juízes utilizando o cálculo do coeficiente de validade de conteúdo da escala como um todo e a análise das pontuações por vídeo e (3) estudo piloto para verificar se o OERA 9-99 seria capaz de discriminar pessoas com TEA (N=10) de pessoas com desenvolvimento típico (N=11) segundo Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC), teste kappa de fleiss, kappa de Cohen, indicador AC2 (Agreement Coefficient) de Gwet, teste de qui quadrado (χ²) e a curva ROC para investigar os parâmetros de sensibilidade (diagnósticos de TEA corretos) e especificidade (discriminação correta dos controles). A versão final do OERA 9-99 contou com 26 provas, sendo 10 específicas (que consideram o desempenho do avaliando em 10 provas diretamente testadas contemplando diferentes habilidades) e 16 globais (que levam em conta o desempenho dos avaliandos na avaliação completa). Os resultados indicaram que a maioria das provas apresentaram um aceitável (> 0,80) em relação a pertinência prática, clareza da linguagem e relevância teórica; com exceção da prova 5 (CVC = 0,65, considerado abaixo do aceitável.). Os indicadores de concordância seguiram dois modelos estatístico, o primeiro, segundo o kappa de fleiss, demonstrou concordância muito fraca (0 a 0,20) na maioria das provas, com exceção das provas 1, 8 e 10 que atingiram níveis de concordância moderados ou bons (0,71/ 0,50/ 0,60/0,57); já na análise do Kappa de Cohen observou-se que , as provas 1, 5, 7, 8.1 e 9 apresentaram concordância de Kappa moderada (variando entre 0,21 e 0,40), enquanto as demais provas mostraram concordância substancial ou quase perfeita. A literatura ressalta as limitações do coeficiente Kappa, apesar de sua ampla 8 utilização como medida de concordância, para superar essas limitações, o coeficiente de concordância AC2 foi proposto visando fornecer estimativas mais robustas de concordância por meio de cálculos mais adequados, assim observou-se que o indicador AC2 apresentou uma concordância maior (mais próxima de 1,0) nas provas 13, 14, 15, 16, 20, 21, 22, 23 e 25. O teste χ² indicou uma associação significativa (entre associações entre a opinião diagnóstica das pontuadoras e o diagnóstico real dos pacientes avaliados) [χ²(1) = 27,494, p < 0,001, V = 0,809] com um tamanho de efeito alto (V > 0,5). Por fim, verificou-se um bom potencial discriminativo do OERA 9-99 na diferenciação entre jovens e adultos com TEA e sem TEA. A análise da Curva ROC apresentou uma AUC significativa de 0,955 (p < 0,001), indicando que o instrumento identificou corretamente 95,5% dos casos. O melhor ponto de corte identificado foi o escore 9, que apresentou 90,00% de sensibilidade e 90,91% de especificidade. Concluiu-se que o OERA 9-99 demonstrou sua capacidade de operacionalizar e mensurar sinais e sintomas descritos nos manuais internacionais de avaliação, oferecendo uma abordagem estruturada e consistente. Além disso, foi bem avaliado por quatro juízes especialistas em TEA, destacando sua relevância e adequação como instrumento para identificação de TEA entre crianças, jovens e adultos de nível um de suporte. Por fim, o instrumento apresentou uma tendência promissora para discriminar indivíduos com TEA daqueles sem o transtorno, indicando seu potencial para contribuir no processo de triagem.