Ciências do Desenvolvimento Humano - Dissertações - CCBS Higienópolis (a partir de 2024)

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Antigo curso de Disturbios do Desenvolvimento

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  • Dissertação
    O uso de vídeomodelação no ensino de comportamento altruísta para crianças com TEA
    Rocha, Renata Aparecida de Oliveira (2024-10-24)

    Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)

    Crianças com TEA apresentam déficits significativos no que se refere aos comportamentos sociais. O conhecimento sobre esse tema pode nos ajudar a caracterizar melhor a natureza das dificuldades em suas interações com os outros e contribuir para o desenvolvimento de estratégias de intervenção. Mais concretamente, torna-se necessário estudar indicadores de eficácia e efetividade de intervenções na manutenção e generalização dos comportamentos pró sociais. Uma modalidade de intervenção que vem se mostrando capaz de gerar melhorias comportamentais no TEA é a videomodelação. Os objetivos deste estudo foram: (1) Verificar se a intervenção com videomodelação é eficaz no ensino de habilidades que envolvem o comportamento altruísta de crianças pequenas com TEA; (2) Comparar resultados de tipos diferentes de intervenção (videomodelação x instrução direta); (3) Testar as associações entre o desempenho nas tarefas e: a) o nível de desenvolvimento cognitivo das crianças e b) o nível de sintomas de TEA. A amostra foi composta por 27 crianças pré-escolares, todas com diagnóstico de TEA, recrutadas em clínicas especializadas em atendimento de crianças com desenvolvimento atípico no Estado de São Paulo. A amostra foi dividida em dois grupos (grupo experimental e grupo controle ativo), pareados por idade e nível da capacidade cognitiva. As crianças que colaboraram no estudo tinham entre 3 anos e 6 meses e 6 anos e 6 meses. Ambos os grupos foram avaliados com testes de funcionamento cognitivo, social e comportamental: a) ICA - Inventário de Comportamentos Autísticos; b) SON-R 2 ½ - 7 – Teste Não-verbal de inteligência e c) Tarefas de Comportamento Altruísta. Para fins estatísticos, os dados foram analisados por meio do software Jamovi (versão 2.5.3.0). Testes-t para amostras independentes revelaram a ausência de diferenças entre idade, nível de sintomas e QI entre o grupo experimental e o grupo controle ativo. Como esperado, houve uma melhoria significativa no desempenho das crianças do grupo experimental ao longo do tempo. No que se refere a taxa de melhoria comparando as estratégias de ensino, no grupo experimental foi de 111% e no grupo controle ativo de 45%, porém não foi observado um efeito de interação (grupo x tempo) estatisticamente significativo. Por fim, não foram encontradas correspondência entre o nível de sintomas e o desempenho nas tarefas de comportamento altruísta na linha de base e verificou se que quanto maior o QI, melhor o desempenho das crianças nas tarefas de comportamento altruístas.
  • Dissertação
    Associação entre empregabilidade e saúde mental em adultos com Transtorno do Espectro Autista
    Lourenço, Daiane Patrícia Lisboa (2024-09-23)

    Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)

    O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por dificuldades na interação social e comunicação. Pessoas com TEA geralmente enfrentam desafios na saúde mental e no acesso a serviços. Este estudo explorou a associação entre empregabilidade e saúde mental em 50 adultos com TEA, divididos em 30 empregados com suporte e 20 sem vínculo empregatício. Foram utilizados o Inventário de Autoavaliação para Adultos (ASR), um questionário sociodemográfico e o Critério de Classificação Econômica BRASIL (ABEP). Análises incluíram o teste de Mann-Whitney, correlação de Spearman e teste de Cohen. Os resultados mostraram que adultos empregados apresentaram melhores resultados de saúde mental, com níveis mais baixos de ansiedade e depressão e menor isolamento social. Empregados tiveram média de ansiedade/depressão de 67,07 (desvio padrão = 10,28) comparado a 73,4 (desvio padrão = 10,5) dos sem vínculo empregatício (U = 395.500, p = 0,006, d de Cohen = 0,32). Para o isolamento, a média foi de 69,7 (desvio padrão = 10,56) para empregados e 74,7 (desvio padrão = 10,14) para sem vínculo (U = 399.000, p = 0,005, d de Cohen = 0,33). Maior número de amigos (r= 0,43, p < 0,05) e maior índice de funcionamento adaptativo (r= 0,48, p < 0,05) correlacionaram-se positivamente com a satisfação no emprego. Participantes satisfeitos com os serviços de saúde mental apresentaram menores índices de problemas de atenção (r= -0,64, p < 0,05) e de problemas depressivos (r= -0,62, p < 0,05). Maiores índices de depressão associaram-se com menor satisfação no emprego (r= -0,40, p < 0,05). Níveis mais altos de escolaridade, acesso a serviços de saúde mental e suporte no ambiente de trabalho correlacionaram-se positivamente com melhor saúde mental entre os empregados. Os achados destacam a importância de políticas de emprego inclusivas e acomodações adequadas no local de trabalho para apoiar a saúde mental de adultos com TEA. Pesquisas futuras devem conduzir estudos longitudinais para estabelecer relações causais e examinar os efeitos a longo prazo do emprego na saúde mental. Estudos com amostras maiores e mais diversificadas em termos de raça, etnia, níveis socioeconômicos e gênero são recomendados para explorar o impacto de outras variáveis na saúde mental.
  • Dissertação
    Habilidades preditoras de alfabetização em crianças de educação infantil no período pós-pandemia
    Alcantara, Sheila Aparecida dos Santos (2024-08-29)

    Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)

    A pandemia da COVID-19 causou muitas mudanças na educação e, mesmo em populações não vulneráveis, estudos têm mostrado que muitos podem ser os prejuízos para crianças e adolescentes que viveram o período pandêmico. Em pré escolares, pesquisas sugerem que os danos podem ter sido maiores em aspectos socioemocionais do que em aspectos cognitivos. Porém é necessário mapear o desempenho de crianças pré-escolares em diferentes habilidades, especialmente aquelas relacionadas à alfabetização. Diante disso, o presente estudo objetivou descrever o desempenho de crianças pré-escolares, com idade entres 3 a 6 anos, no período após a pandemia, em habilidades de leitura e escrita que predizem a alfabetização, a saber: consciência fonológica, reconhecimento de letras e sons, e nomeação automática rápida; comparar com os dados normativos pré-pandemia; e verificar se há diferentes níveis de desempenho nessas habilidades preditoras da alfabetização em função da idade das crianças. Hipotetizava-se que haveria pior desempenho na presente amostra quando comparada às normas pré-pandêmicas, especialmente nas crianças mais velhas, visto que estas vivenciaram por mais tempo a pandemia e as restrições escolares e sociais dela derivadas. A amostra foi escolhida por conveniência e composta por 61 participantes, matriculados na Educação Infantil de uma escola privada da cidade de São Paulo. As idades dos participantes variaram entre 3 e 6 anos (M = 4,41; DP = 0,90), sendo 44,26% do sexo feminino. Em relação à etapa escolar, 39,34% frequentavam o Jardim 1, 52,46% o Jardim 2 e 8,20% o Maternal 2. O critério de exclusão foi a presença de laudo diagnóstico de necessidade educacional especial no prontuário da escola. Para avaliar a consciência fonológica, foi utilizada a Prova de Consciência Fonológica por Produção Oral (PCFO); para avaliar o conhecimento alfabético de letras e sons, o Teste de Reconhecimento de Letras e Sons (TRLS); e para avaliar a nomeação automática rápida, o Teste de Nomeação Automática Rápida (TENA). Ao contrário do esperado, os resultados revelaram que a amostra do estudo teve desempenho melhor em relação à amostra normativa pré-pandemia. Esse achado pode ser devido à conduta adotada pela escola durante o período pandêmico e após o retorno escolar presencial, com estímulos de qualidade e visando sanar lacunas de aprendizagem. Porém, mesmo com todo o suporte dado pela escola aos alunos e apesar de se tratar de uma população com condições socioeconômicas privilegiadas, os resultados também indicaram que os desempenhos mais rebaixados foram observados em crianças de 6 anos, em algumas habilidades avaliadas. Pode-se concluir que crianças mais velhas na Educação Infantil, que já estavam em fase de ensino formal para a alfabetização, parecem ter sido mais impactadas pela pandemia do que as mais novas, possivelmente por terem contado com o auxílio pedagógico do professor apenas de forma remota e por terem sido expostas a metodologias de ensino insuficientes. O estudo corroborou parcialmente a literatura e forneceu informações a respeito das habilidades de leitura e escrita que predizem a alfabetização em crianças pré-escolares, no contexto pós-pandêmico.
  • Dissertação
    Manual de orientação parental para uso do aplicativo Guesswhat em crianças pré-escolares com Transtorno do Especto Autista
    Bertozzi, Marinella Gambogi (2024-09-13)

    Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)

    O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem como principal tratamento a terapia baseada na Análise do Comportamento Aplicada. A literatura aponta que extensas cargas horárias apontam melhores resultados, porém os custos envolvendo os tratamentos se mostram como uma barreira para que alguns indivíduos possam acessá-los. A Intervenção Mediada por Pais se mostra como uma possibilidade promissora de manutenção da carga horária de terapias, porém com redução de custos. Dessa forma, a criança se mantém em tratamento direto com o terapeuta e algumas horas seriam dedicadas a orientação dos pais, para que estes pudessem intervir cotidianamente com seus filhos como terapeutas coadjuvantes do processo. De forma a viabilizar mais recursos para possíveis atividades e formas de ensino que possam promover melhor engajamento e vinculação dos pais com seus filhos, o aplicativo GuessWhat® mostra-se como uma possibilidade, uma vez que pode contribuir com o ensino de emoções para crianças com TEA. Este estudo teve como objetivo desenvolver um manual de padronização do uso do aplicativo e avaliar a satisfação e aplicabilidade do GuessWhat® com pais de crianças com autismo (n=5) com idades entre 6 e 9 anos. Como métodos, foram utilizados questionários, uma medida de inteligência e rastreio de sinais de autismo, além de dois componentes que compõe uma ferramenta amplamente utilizada para treino de pais, o Behavioral Skills Training. Os resultados apontaram necessidade de maiores ajustes no aplicativo, satisfação com o manual de padronização da aplicação e possibilidade de auxílio do treino de pais para melhor aproveitamento do aplicativo em pesquisas futuras.
  • Dissertação
    Perfil funcional da comunicação de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo em contexto de idioma português e inglês
    Bezerra, Lucas Dias (2024-08-05)

    Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)

    O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) apresenta características peculiares de alteração no desenvolvimento infantil. Aspectos comportamentais, sensoriais e de comunicação são os mais necessários para fechamento diagnóstico. A variabilidade sintomática apresentada de sujeito para sujeito faz com que sejam observadas as particularidades de cada indivíduo com TEA. A comunicação é uma das habilidades no desenvolvimento infantil mais esperada; a ausência, atraso e/ou dificuldades em estabelecer linguagem expressiva é um marcador social importante na primeira infância, um dos principais da família na busca por orientações terapêuticas. A forma e o meio de comunicação, a ocupação do espaço comunicativo e a qualidade comunicativa são elementos fundamentais a serem analisados quando comparamos o desenvolvimento infantil esperado para a idade cronológica. OBJETIVO: o objetivo deste estudo é traçar o perfil funcional de comunicação de crianças em contextos de idiomas português e inglês. MÉTODO: foram selecionadas 16 crianças, de 42 a 72 meses de vida, sem parentes e ou convívio com pessoas multilíngues. Foram coletadas as amostras e destas feitas as análises. RESULTADOS: a percepção dos pais frente às dificuldades de comunicação dos seus filhos foram relatadas de forma unânime. Quanto maiores as dificuldades de comunicação, pior o desempenho sociocognitivo. Quanto melhor o desempenho nos testes cognitivos, melhor o desempenho funcional da comunicação dos participantes. DISCUSSÃO: foi demonstrada maior produção comunicativa no idioma português; no entanto, foram verificadas produção e funcionalidade comunicativa no idioma inglês sem diferenças estatísticas significativas quando comparados os dois idiomas. Na produção das classes gramaticais, houve maior produção do idioma português, com maior produção lexical. CONCLUSÃO: as crianças em observação e avaliação neste estudo apresentaram correlação e desempenho satisfatório nos testes propostos. Houve desempenho comunicativo com resultados sem diferenças estatísticas significativas no Perfil Funcional da Comunicação em ambos os idiomas. Serão necessários mais estudos frente à ausência de mais dados literários que possam subsidiar esses resultados.