Ciências do Desenvolvimento Humano - Dissertações - CCBS Higienópolis (a partir de 2024)
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- DissertaçãoRastreamento de explosões emocionais em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Austista de um município brasileiro.Cardoso, Denise Reis Moraes (2025-02-26)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Introdução: o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que causa prejuízos significativos nas áreas de comunicação e interação social bem como prejuízos comportamentais. As explosões emocionais (EE) podem cursar com vários transtornos do neurodesenvolvimento e se caracterizam por comportamentos de choro, birras e acessos de raiva com frequência, duração e intensidade variáveis. Objetivo Geral: Explorar os padrões de explosões emocionais (EE) de crianças e adolescentes com TEA, caracterizando-os em função de topografias comportamentais e fatores desencadeadores bem como descrever as estratégias de manejo parental dessas EE. Método: O desenho do estudo foi transversal, descritivo e correlacional. A amostra foi selecionada sob critérios de conveniência composta por 46 cuidadores e/ou responsáveis de crianças e adolescentes com TEA, com idades entre 3 a 15 anos (M = 7,50; DP = 3,03), cadastrados no banco de dados da Associação Motivados pelo Autismo (MOPAM) do município de Macaé, Estado do Rio de Janeiro. O critério de inclusão das crianças e adolescentes foi a presença de um laudo diagnóstico de TEA. Para os pais e/ou responsáveis, o critério de inclusão foi de cuidado com o filho(a) por pelo menos 6 horas. Foram excluídos do estudo crianças e adolescentes que apresentassem outras condições clínicas como síndromes genéticas e epilepsia. Os instrumentos utilizados foram: questionário da ABEP. Critério Brasil, para classificação econômica, questionário sociodemográfico com informações tipo idade da mãe, nível de escolaridade, acesoo a serviço de saúde mental e educacional especializado, E EOQ Emotional Outburst Questionnaire (EOQ), desenvolvido no Reino Unido por pesquisadores da Universidade de Birmingham (CHUNG et al. 2022; CHUNG et al. 2023; TEIXEIRA et al. 2024ª). Este instrumento foi traduzido, adaptado culturalmente, e aguarda conclusões psicométricas para liberação de seu uso, estando disponível na versão inglesa. Do total de cuidadores a maioria é mãe da criança (n = 39; 54,35%) e a idade variou de 24 a 61 anos (M = 40,41; DP = 8,56). A maioria não trabalhava (n = 25; 54,35%). A classificação socioeconômica da maioria foi a classe C (n = 22; 47,93%). A maioria brinca com seu filho(a) com TEA (n = 43; 93,48%) com uma frequência semanal entre menos de 1 hora até duas horas ou mais (n = 43; 93,49%). Resultados: foi verificado que as EE mais graves acontecem com maior frequência se comparada às menos graves, bem como piores indicadores de regulação emocional para as EE mais graves. O fator emocional ‘estar de mau humor ou tendo um dia difícil’ foi o que reportou a maior média entre todos os fatores, seguido da fixação com ideias ou pensamentos. Nos fatores ambientais os mais frequentes foram ‘ter que esperar para receber ou poder fazer algo e barulhos repentinos. Já os fisiológicos e sensoriais foram “estar com fome ou sede ou cansado’. As estratégias de manejo aplicadas pelos cuidadores quando a criança apresenta EE foram, uso do conforto físico ou verbal, demonstrar empatia e estratégias para acalmar ou relaxar. Contudo, também são utilizados o uso do castigo ou ameaça de castigo verbal, ignorar ativamente o comportamento e discussão ou persuasão verbal. Conclusão: os dados, mesmo restritos a uma amostra pequena mostraram que estratégias baseadas em educação parental podem ser de baixo custo e eficácia na redução de EE e na promoção de habilidades de enfrentamento mais adaptativas. Estudos futuros podem ampliar a amostra e avaliar impacto nas intervenções e no fazer dos profissionais. - DissertaçãoO impacto do ESDM-Early Start Denver Model para crianças no espectro do autismoCosta, Cintia Cibelli Borges Navarro da (2025-02-10)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição do desenvolvimento que resulta no comprometimento da capacidade de comunicação e interação social das crianças. Os sinais mais relevantes no atraso do desenvolvimento observados inicialmente pelos pais e/ou cuidadores surgem nos primeiros anos de vida. A intervenção precoce de alta intensidade para crianças com TEA potencializa resultados na aprendizagem. O diferencial do ESDM – Early Start Denver Model é o uso de estratégias de ensino naturalistas, onde as brincadeiras acontecem através de atividades lúdicas e sensórias que resultam na conquista, engajamento e motivação da criança. OBJETIVO: Analisar o efeito da estimulação precoce em crianças com TEA através do ESDM investigar os efeitos do programa ESDM em crianças com TEA; b) avaliar a eficácia da intervenção precoce em ambientes naturais da criança, como a casa e a escola. Além disso, busca-se compreender como essas intervenções influenciam as crianças e suas famílias. MÉTODO: Estudo realizado com 24 crianças autistas em idades entre 18 a 48 meses, as crianças participantes foram submetidas a 15 horas semanais de atendimento em seu ambiente de rotina diária por 12 semanas. As habilidades das crianças foram avaliadas antes e após a intervenção para corroborar o aprendizado alcançado. RESULTADOS: Nos quatro níveis de habilidades avaliadas, houve melhorias consistentes em competências como comunicação receptiva e expressiva, motricidade fina e grossa, competências sociais, imitação, cognição, independência pessoal e comportamentos de atenção conjunta. DISCUSSÃO: A intervenção precoce, associada ao engajamento familiar, potencializa os resultados ao promover estratégias contínuas no ambiente natural da criança, favorecendo a generalização do aprendizado. CONCLUSÃO: A estimulação precoce por meio do ESDM apresentou resultados significativos no desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), avanços consistentes no perfil de comunicação funcional, realizadas no contexto das rotinas diárias, práticas que promovem melhorias na comunicação receptiva e expressiva, bem como na interação social e nos padrões comportamentais. - DissertaçãoO professor do ensino infantil como agente de identificação de sinais do Transtorno do Espectro do AutismoPrado, Ana Elisa Correa Dias do (2025-02-04)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Com os avanços da ciência, tecnologia e neurociências, além da implementação de leis, tem se tornado cada vez mais comum a inclusão de pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) em diversos contextos sociais, especialmente nas escolas. Esse aumento tem gerado uma demanda crescente por professores capacitados, capazes de identificar sinais de alerta e encaminhar alunos a especialistas na área da saúde. Partindo dessa premissa, o objetivo deste estudo foi analisar a relevância dos tópicos abordados no material de apoio desenvolvido para auxiliar professores da educação infantil na identificação de sinais de autismo e na aplicação de estratégias de manejo comportamental em sala de aula. Para isso, foi realizada uma coleta de dados por meio de um questionário online, permitindo que os docentes avaliassem os principais tópicos do material de apoio. A amostra foi composta por 80 professores do ensino infantil. Os resultados mostraram que os tópicos escolhidos para o material são altamente relevantes, uma vez que oferecem informações que muitos educadores ainda não tinham acesso, mas que demonstraram grande interesse em adquirir. - DissertaçãoFuncionamento executivo e habilidades de leitura e escrita de estudantes do quinto ao nono ano de Ensino Fundamental II pós-pandemiaDias, Camila de Lima Lúcio (2025-02-06)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Diversos países adotaram a suspensão do ensino presencial nas escolas com o objetivo de conter o avanço da pandemia de Covid-19. Essa situação promoveu uma intensificação das disparidades educacionais pré-existentes, somada a dificuldade do acesso ao aprendizado acadêmico e desenvolvimento de habilidades executivas durante esse período. Considerando os achados em literatura a respeito de prejuízos nas habilidades acadêmicas e executivas, esse estudo objetivou avaliar o funcionamento executivo e as habilidades de leitura e escrita em alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas, buscando fazer um comparativo com as normas pré-pandêmicas e analisar a relação entre eles. Participaram 140 estudantes de três escolas públicas dos municípios de Santo André e Embu das Artes, com idades entre 10 e 14 anos (M=12,5; DP=1,5), sendo 64,62% do sexo feminino e 35,38% do sexo masculino. Em relação à etapa escolar, 39,23% frequentavam o 5°ano, 16,92% o 6° ano, 16,15% o 7° ano, 14,61% o 8° ano e 13,09% o 9° ano. A presença de laudos de Transtornos do Neurodesenvolvimento e pontuações indicativas de baixa eficiência intelectual (avaliada pelos testes Matrizes Progressivas Coloridas de Raven e Escala Wescher Abreviada de Inteligência) foram utilizados como critérios de exclusão. Para avaliar o funcionamento executivo, foram aplicados Teste Hayling (infantil ou adulto), Span de dígitos (Tarefa Span de Dígitos ou Subteste Dígitos da Escala de Inteligência Weschler de Inteligência para Crianças), Fluência Verbal Livre (FVL) e Five Digital Test (FDT). As habilidades acadêmicas foram medidas pelo Teste de Desempenho Escolar II (TDE II). Houve diferenças significativas entre a presente amostra em relação aos dados da amostra normativa para todas as idades em fluência verbal (p = 0,0021 para 10 anos; p<0,0001 de 11 a 14 anos), em memória de trabalho (p <0,0001 de 10 a 13 anos; 0,0241 para 14 anos) e para todas as idades em controle inibitório (p<0,0001, 0,0109, 0,001, 0,0078 e 0,0486, respectivamente). Na leitura de palavras, houve diferenças em todos os anos, especialmente do 5° ao 8°ano (p = 0,0001, 0,0039, 0,0003 e 0,0034, respectivamente). Em escrita, houve piores desempenhos do 5° ao 8° ano (p <0,0001, 0,028, 0,0003 e <0,0001, respectivamente). Foram observadas correlações positivas significativas entre escrita e os resultados do 6° ano para fluência verbal (p = 0,043, r = 0,44) e tempo em controle inibitório (p = 0,000, r = 0,16). Para o 7° ano, correlação positiva entre escrita e memória de trabalho (p = 0,032, r = 0,47). Para leitura de palavras, correlações positivas para 6°ano entre fluência verbal (p = 0,016, r = 0,51) e tempo em controle inibitório (p = 0,016, r = 0,15). Para o 7° ano, correlação positiva entre leitura e memória de trabalho (p = 0,024, r = 0,49). Os achados sugeriram que os participantes da presente amostra apresentaram déficits no funcionamento executivo e habilidades de leitura e escrita quando comparados aos resultados pré-pandemia, o que ressalta a necessidade de ações para recuperação dessas perdas. - DissertaçãoQualidade de vida e resiliência: um estudo com profissionais de saúde no atendimento a crianças com TEAMarques, Jacqueline (2025-02-06)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na comunicação e na interação social, frequentemente associado a alterações no processamento sensorial. A crescente demanda por profissionais qualificados para o atendimento de indivíduos com TEA ocorre em um contexto em que elevados níveis de estresse, ansiedade e depressão são comuns entre esses trabalhadores, frequentemente em razão da sobrecarga de trabalho. No entanto, profissionais que desenvolvem resiliência mesmo sob as pressões do ambiente laboral tendem a alcançar uma melhor qualidade de vida, apesar das adversidades e desafios cotidianos. Este estudo, de abordagem quantitativa e transversal, teve como objetivo avaliar e correlacionar a qualidade de vida e a resiliência de profissionais que atuam com pessoas com TEA, além de comparar esses aspectos entre diferentes categorias. A amostra foi composta por 188 participantes, sendo 48 psicólogos, 35 terapeutas ocupacionais, 33 pedagogos, 40 fonoaudiólogos e 32 fisioterapeutas. Os dados foram coletados por meio de questionários online, incluindo um questionário sociodemográfico e econômico, os instrumentos WHOQOL-Bref e TQWL-42 para avaliação da qualidade de vida e a RAW Scale Brasil para mensuração da resiliência. Os resultados indicaram que esses profissionais enfrentam desafios significativos nesses aspectos. Dentre as categorias analisadas, os fisioterapeutas apresentaram os escores mais baixos, evidenciando maior vulnerabilidade ao impacto negativo do trabalho. De maneira geral, a maioria dos participantes avaliou sua qualidade de vida como regular, com prejuízos notáveis frequentemente relacionados à sobrecarga de trabalho, condições precárias e falta de suporte institucional. Além disso, foi identificada uma forte correlação entre resiliência e qualidade de vida, sugerindo que estratégias organizacionais voltadas ao fortalecimento da resiliência podem proporcionar benefícios significativos. Os achados ressaltam a importância de desenvolver políticas e intervenções para minimizar os impactos negativos da atuação profissional e promover o bem-estar desses trabalhadores.