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- DissertaçãoAdequação da profilaxia para sangramento por úlcera de estresse em pacientes internados em unidade de terapia intensivaOliveira, Rodolfo Castro Cesar de (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
O estresse fisiológico dos pacientes críticos pode desencadear várias complicações, entre elas o sangramento digestivo por úlcera de estresse (SDUE). O uso de supressores da secreção ácida para reduzir a incidência de SDUE passou a ser amplamente utilizado, mas com o atual entendimento dos riscos destes medicamentos sua utilização como profilaxia em doentes críticos está limitada aos pacientes com fatores de risco definidos. Encontramos na literatura taxas significativas de uso inapropriado de profilaxia de SDUE. Objetivos: Determinar a adequação do uso de profilaxia para sangramento por úlcera de estresse em pacientes agudamente enfermos internados em unidades de terapia intensiva de um hospital universitário em relação à diretriz mais recentemente publicada na língua portuguesa. Analisar a associação dos fatores de risco para SDUE com a adesão à diretriz de profilaxia para SDUE. Determinar a incidência de sangramento digestivo por ulcera de estresse confirmada na população estudada. Material e métodos: Estudo retrospectivo, analítico, realizado em três unidades de terapia intensiva gerais do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie que recebem pacientes adultos. Foram incluídos os pacientes que tiveram saída da UTI no período estudado e excluídos os menores de 18 anos quando do internamento, pacientes com indicação de supressão acida terapêutica e os internados eletivamente em UTI após procedimentos. Os prontuários eletrônicos foram analisados para dados epidemiológicos, fatores de risco para SDUE, uso de profilaxia para SDUE, ocorrência de qualquer sangramento digestivo e de SDUE confirmado. Da análise diária dos fatores de risco e uso de profilaxia foram levantados dados de adesão e uso apropriado de profilaxia de SDUE de acordo com as Diretrizes da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos para profilaxia da úlcera de estresse na unidade de terapia intensiva. Resultados: foram incluídos 105 sujeitos no estudo. Dos pacientes-dia com oportunidade de prescrição de profilaxia para SDUE, foi observada adesão em 95,1% (IC95% 93,13-96,53). Dos dias de prescrição de profilaxia para SDUE, foram considerados de uso apropriado 82,35% (IC 95% 79,42- 84,95). Sangramento digestivo visível ocorreu em 3,81% dos sujeitos incluídos (IC 95% 1,05-9,47). A ocorrência de SDUE confirmado foi identificada em 0,95% (IC 95% 0,02-5,19). A análise multivariada por regressão logística dos fatores de risco não identificou fatores independentemente associados com a adesão à diretriz, mas identificou fatores de risco com associação negativa, que foram lesão da medula espinhal (OR 0.02 p<0,01) e choque (OR 0.36 p=0.024). Conclusão: O presente estudo evidenciou, em uma população de pacientes adultos agudamente enfermos hospitalizados em UTI, uma alta taxa de adesão à profilaxia para SDUE nos pacientes com indicação desta. Entre os pacientes com prescrição de profilaxia para SDUE, a porcentagem de prescrições consideradas apropriadas foi superior as descritas na literatura pesquisada, mas com uso inapropriado ainda significativo. Nos pacientes com indicação de profilaxia para SDUE, a presença de lesão de medula espinhal e de choque demonstraram uma associação negativa com a adesão à diretriz. A incidência de SDUE confirmado foi baixa, mas há necessidade de estudo prospectivo na população local para definição da real incidência de SDUE. - DissertaçãoAnálise da correlação entre a leptina placentária, fatores maternos gestacionais e dados antropométricos do recém-nascidoAlbuquerque, Jocilene Pedroso (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: A leptina nos compartimentos materno/fetal, e seus mecanismos, estão sendo elucidados. Fatores hormonais, predisposição genética, formação cromossômica, condições ambientais, infecções e a utilização de substâncias tóxicas podem estar relacionadas a desfechos negativos na gestação, no feto e no neonato. Objetivo: Analisar a correlação da leptina placentária com fatores maternos gestacionais e dados antropométricos do recém-nascido. Metodologia: Estudo transversal, descritivo, não controlado, realizado no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) nos meses de maio a dezembro de 2016. A amostra constou de 103 parturientes e seus respectivos recém-nascidos (RN). As parturientes foram dispostas conforme os fatores de risco gestacionais apresentados (DHEG, hipotireoidismo, diabetes gestacional, presença de Infecção e obesidade) e fatores de risco habituais (hábitos de vida diária e comorbidades pré-existentes), e posteriormente coletado sangue dos fragmentos placentários, para a dosagem sérica da leptina. Dos respectivos RN’s foram avaliadas as variáveis descritivas e antropométricas: Idade gestacional, peso, estatura, IMC e perímetro cefálico. Para descrição de variáveis quantitativas foram consideradas as estatísticas de 1º e 3º quartis, mediana, média, valor mínimo, valor máximo e desvio padrão. Para descrição de variáveis qualitativas foram consideradas frequências e percentuais. A comparação de duas classificações de uma variável, em relação a variáveis quantitativas, foi efetuada aplicando-se o teste não paramétrico de Mann-Whitney. Para comparação de três ou mais classificações de uma variável, em relação a uma variável quantitativa, foi considerado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. Para avaliação da associação entre variáveis de natureza quantitativa foi considerada a estimação do coeficiente de correlação de Spearman. Valores de p menores do que 0,05 indicaram significância estatística. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significativa na distribuição da leptina inferior ou superior a 0,1 em mães com e sem os fatores de risco gestacionais. No entanto verificou-se uma tendência de diferença de valor de p em mães com fator de risco para Diabetes e Obesidade. Quanto a avaliação da presença e ausência de fatores maternos gestacionais entre si e o nível de leptina placentária, apenas o fator materno gestacional obesidade mostrou diferença estatisticamente significativa, com valor de p 0,015. Quando avaliado a associação entre as características do RN e os valores de leptina não foi observado diferença estatisticamente significativa entre os valores antropométricos (peso, IMC, estatura e PC), no entanto foi observado valor de p 0,002 quando relacionado ao gênero, onde o valor da mediana apresentou-se o dobro no sexo feminino. Na avaliação da associação entre peso/IG com valores de leptina placentária não houve diferença estatisticamente significativa, porém o valor da mediana apresentou-se superior em RN’s GIG Conclusão: A leptina placentária apresentou correlação com o fator de risco materno gestacional obesidade e não apresentou correlação com dados antropométricos do Recém-nascido. - DissertaçãoAnálise das respostas teciduais e do padrão de cicatrização quando da inserção em defeitos periostais na calvária de coelhos de dois tipos de membranas produzidas por meio de bioengenhariaRibas Filho, Josemael de Oliveira (2021)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Simultaneamente ao desenvolvimento de novos biomateriais, abundantes modalidades cirurgias têm sido proposta, com finalidade de promover uma adequada regeneração de defeitos ósseos, sem proporcionar fenestrações ou deiscências. Entre as técnicas regenerativas atualmente aceitas para este propósito, destaca-se a regeneração tecidual guiada (RTG). Assim, esta técnica consiste no emprego de uma membrana, comumente reabsorvível, aplicada sobre a área óssea lesada no intuito de incitar a regeneração das áreas perdidas ao mesmo tempo que impede a migração outros tecidos que cerceiam o tecido ósseo na área injuriada. Atualmente, mais de 20 tipos diferentes de polímeros são usados em aplicações médicas com este propósito, e entre eles destaca-se o colágeno, polímero ao qual, pela sua hidrólise parcial pode se obter a gelatina. Este estudo, realizado no Instituto de Pesquisas Médicas (IPEM) da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR), teve como objetivo avaliar o padrão de cicatrização, a resposta histológica do organismo frente a inserção de uma membrana a base de gelatina tipo A, desenvolvida por impressão tridimensional na Universidade de Marquette, Milwaukee, Estados Unidos, e comparar este resultado à uma membrana comercial. Para o delineamento do estudo, foram selecionadas 15 coelhas adultas da raça Nova Zelândia. Na região parietal de cada calvária de cada coelha, foram realizados dois procedimentos cirúrgico para criação de uma bolsa supraperiostal, e implantados dois tipos de membranas reabsorvíveis: A- Membrana Marquette e B- Membrana Bio-Gide® (Geistlich – Suíça). Após o procedimento cirúrgico os animais foram alocados em 3 subgrupos grupos randomicamente selecionados (n=5) para o período de eutanásia, a qual ocorreu no período de 2, 4 e 6 semanas pós-operatórias. Posteriormente, as áreas da calvária foram removidas, acondicionadas em solução de formalina a 10% e processados para análise histológica através de coloração com Hematoxilina e Eosina. Cada fragmento de interesse foi analisado no intuito de averiguar formação de periósteo, avaliação de infiltrado inflamatório na área de inserção de membrana, degradação/reabsorção da membrana, e fibrose perimembranar. Os dados obtidos foram tabulados em Excel e submetidos a análise estatística. Os resultados demonstraram que ao redor da membrana Bio-Gide®, ocorreu discreta infiltração inflamatória. Ainda, foi verificada que a membrana sofreu reabsorção ao decorrer do período pós-operatório com reconstrução de um periósteo prevalentemente de caráter fibroso. Em contrapartida a membrana Marquette também não desencadeou importante reação inflamatória. Contudo, não foi verificada reabsorção da membrana testada durante o período analisado neste estudo, e ocorreu uma significante formação de cápsula fibrosa cerceando toda área membranar. Os resultados obtidos aqui, sugerem que a membrana Marquette produz uma reação de isolamento tecidual, e minimiza a formação periostal ao mesmo tempo que não proporciona sua degradação. - DissertaçãoAnálise imunohistoquímica do biomarcador ciclinna D1 nos carcinomas papilíferos de tireoide e bócios multinodularesBartolomei, Ivan José Paredes (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Os carcinomas papilíferos de tireoide (CPT) são os mais prevalentes e menos agressivos carcinomas de tireoide. Em alguns casos, no entanto, o diagnóstico é duvidoso e o prognóstico ruim. A busca de biomarcadores teciduais que permitam assegurar tanto o diagnóstico para casos indeterminados, quanto o prognóstico, identificando os casos de maior agressividade, têm sido estudadas nas últimas décadas. Nessa direção encontra-se a ciclina D1, um potente marcador nuclear de proliferação celular. Objetivo: Analisar o marcador molecular ciclina D1 nos CPT e nos bócios multinodulares (BMN) e verificar a correlação da marcação com as características clínico-patológicas nos carcinomas. Métodos: Foram selecionados 118 tecidos de pacientes adultos acima de 18 anos, submetidos a tireoidectomia por CPT e 40 bócios multinodulares (BMN) como grupo controle. Realizou-se imunocoloração tecidual com ciclina D1 com subsequente análise imunoistoquímica em ambos grupos, avaliando-se a expressão do marcador (intensidade e distribuição). No grupo dos CPT os dados da imunocoloração foram também cruzados com os dados clínico-patológicos. Para determinar a significância das análises, foram aplicados testes estatísticos (ANOVA, Qui-quadrado e Fischer). Resultados: A maioria (93,3%) dos 118 pacientes com CPT expressaram a coloração da ciclina D1 com intensidades variadas (fraca, moderada e forte) e distribuição predominantemente difusa (71,2%). O grupo controle dos BMN, expressou coloração para ciclina D1 em 57,5%, com intensidade fraca (47,5%) e distribuição esparsa (37,5%). A diferença entre os grupos (estudo e controle) foi estatisticamente significante (p<0,001). No grupo dos CPT, os cruzamentos clínico-patológicos não evidenciaram diferenças quanto à idade, sexo, tipo e tamanho tumoral, estado linfonodal, focalidade e invasão angiolinfática. Conclusão: A ciclina D1 foi expressa na grande maioria dos CPT sendo a distribuição difusa predominante. Não houve correlação entre a expressão da ciclina D1 com qualquer característica clínicopatológica dos CPT. - DissertaçãoAnálise imunohistoquímica do CDX2, WNT3A e Beta Catenina no adenocarcinoma colorretal e sua associação na progressão de doença e mortalidadeBremer, Fabiola Pabst (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: O câncer colorretal (CCR) é um dos tipos de câncer mais comuns no mundo, com mais de um milhão de casos novos anualmente e com mortalidade estimada em 800.000 indivíduos por ano. As células epiteliais intestinais podem sofrer mutações que ocasionam vantagem proliferativa e culminam com o surgimento do câncer. Mutações da via da Beta-catenina foram descritas entre as que podem ocasionar CCR. Objetivo: Verificar a existência de relação entre a expressão de Wnt3, Beta-catenina e CDX2 em amostras de câncer colorretal com a progressão clínica de doença e evolução para óbito. Casuística e Método: Estudo retrospectivo observacional de pacientes diagnosticados com adenocarcinoma colorretal (n=122 pacientes) e acompanhados em hospital terciário de Curitiba, Paraná, envolvendo avaliação da história clínica e pesquisa dos biomarcadores Wnt3a, Beta-catenina e CDX2 por meio de análise imunoistoquímica em blocos multiamostrais. A expressão de cada marcador foi estudada para provar correlação com caracterização neoplásica e desfechos clínicos, como progressão de doença e evolução para óbito. Resultados: Houve um predomínio de casos com diagnóstico entre 50 e 70 anos (56,6%), em homens (51,6%), de tumor moderadamente diferenciado (82,8%) e com estádio clínico avançado (60,7%). Foi observada progressão de doença em 43 casos (35,2%), e evolução para óbito em 68 pacientes (55,7%). Na análise imunoistoquímica, houve expressão de CDX2 em 67,2%, de Beta-catenina em 42,6% e de Wnt3a em 43,4% dos casos. Não foram encontradas correlações significativas entre a expressão ou ausência de CDX2, Beta-catenina ou Wnt3a e estádio clínico, grau de diferenciação tumoral, presença de progressão de doença ou evolução para óbito. Conclusão: Os biomarcadores CDX2, Beta-catenina e Wnt3a não são ferramentas úteis para predizer prognóstico em pacientes com CCR. - DissertaçãoAnálise imunoistoquímica da expressão dos marcadores ALCAM e ALDH1 em pacientes com adenocarcinoma colorretal e Associação com desfechos clinicopatológicosVasconcelos, Cecilia Neves de (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
O câncer colorretal (CCR) apresenta alta mortalidade global, requerendo que investigações sejam realizadas para melhor compreender esta enfermidade. Marcadores tumorais têm surgido como sinalizadores de diagnóstico, manejo e prognóstico das neoplasias. Novos marcadores são estudados neste cenário, entre eles as proteínas Molécula de adesão do leucócito ativado ou CD166 (ALCAM) e a aldeído-desidrogenase (ALDH1). Este estudo teve como objetivo verificar se há correlação da expressão por imunoistoquímica das proteínas ALCAM e ALDH1 em tecido com adenocarcinoma colorretal com as características epidemiológicas e clinicopatológicas dos pacientes, em particular o seu impacto na progressão de doença e no óbito A metodologia utilizada foi observacional, unicêntrica, analítica, retrospectiva, através da investigação de pacientes submetidos à ressecção cirúrgica por câncer colorretal. A amostra de pacientes foi obtida entre os meses de janeiro de 2010 a dezembro 2015. Foram avaliados 122 pacientes quanto à presença dos imunomarcadores e relacionados com evento progressão e evento óbito. Em relação a progressão, a análise univariada mostrou nos indivíduos com ALCAM positiva (n=40) 14/40 (35%) tiveram progressão, p=0,607 e para ALDH positiva (n=54), 22/54 (40,7%) tiveram progressão, p=0,182. Para óbito, a análise da ALCAM positiva (n=40), 24/40(60%), p=0,789 evoluíram a óbito, ao passo do ALDH1 positivo (n=54), 33/54(61,1%), p=0771. Desta forma, o resultado do estudo mostrou não haver relação aos marcadores analisados, não foi possível afirmar que existe relação prognóstica em sua expressão. Conclusão: A expressão por imunoistoquímica dos marcadores ALCAM e ALDH1 não apresentou associação com a progressão de doença e ao evento óbito, também não foi possível observar relação de correspondência com os marcadores avaliados. - DissertaçãoAnálise macroscópica e histológica de lesões retais ressecadas endoscopicamenteFrugis, Marcos Onofre (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: O câncer colorretal (CCR) está entre as neoplasias malignas mais comuns em todo mundo. Sua atual incidência está em ascensão em áreas consideradas anteriormente de baixo risco (América do Sul, África e Ásia). Em outros países, como Austrália, Estados Unidos e na Europa parece ter atingido um ¨plateau¨. As lesões pré-malignas que levam ao surgimento do CCR são os pólipos em suas variadas formas: sésseis, pediculados e com espraiamento lateral (LST), sendo os adenomas e os pólipos que apresentam displasia, e por isto, considerados precursores do câncer. A colonoscopia é o exame de escolha para a prevenção do CCR devido sua grande capacidade diagnóstica e principalmente terapêutica frente às lesões adenomatosas. Objetivo: Analisar a prevalência e as características macroscópicas e histológicas de lesões polipoides retais, ressecadas com técnicas endoscópicas. Avaliar se a terapêutica endoscópica é segura e eficiente no tratamento de lesões localizadas no reto. Metodologia: Estudo retrospectivo observacional, realizado no Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital 9 de Julho em São Paulo - SP, com análise de prontuário de todos pacientes submetidos a ressecção de pólipos retais no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2015. Resultados: Foram avaliados 123 consecutivos pacientes portadores de lesões retais, respeitando os critérios de inclusão e exclusão da pesquisa, sendo 59 do sexo masculino e 64 do feminino e a faixa etária media foi 56 anos (variou de 29 a 83 anos). Todos foram submetidos à ressecção endoscópica, sendo que em 70% realizou-se polipectomia e em 30% mucosectomia ampla. Colonoscopia completa com retirada de toda lesão retal ocorreu em 91%, sendo que em 5% dos pacientes o preparo foi inadequado, e condições clínicas precárias foram fatores impeditivos, e 4% indicou-se tratamento cirúrgico por ser lesão infiltrativa e com ulceração central. A avaliação histológica evidenciou adenomas em 3,25%, hiperplásicos em 7,32% e hamartoma em 0,81%, displasia de baixo grau foi identificado em 34,96%, e displasia de alto grau em 51,22%, adenocarcinoma em 1,63% e 0,81% sendo um dos casos classificado como erosão. Conclusão: Os dados do presente estudo permitem concluir que pólipos no reto são comuns, ocorrendo em 37% das colonoscopias. Os adenomas com displasia foram os mais comuns. A colonoscopia terapêutica se mostrou método seguro e eficiente para o tratamento completo das lesões retais. - DissertaçãoAssociação entre receptores de membrana CD114 e mortalidade molecular em meduloblastomasMonteiro, Jander Moreira (2023)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: Os meduloblastomas são os tumores sólidos mais comuns da infância. Eles representam 8-30% dos cânceres cerebrais pediátricos. É um tumor de alto grau, de comportamento agressivo e prognóstico reservado, e cujo tratamento, que envolve cirurgia, quimioterapia e radioterapia, também apresenta uma alta morbidade. São classificados em 4 subgrupos moleculares: WNT, SHH, grupo 3 e grupo 4, com diferenças clínicas, genéticas e prognósticas importantes. Muitos estudos buscam desenvolvimento de novos quimioterápicos para os meduloblastomas através da identificação de genes cuja expressão sejam novos alvos moleculares para drogas, como receptores de membrana associados a replicação celular. Objetivo: Avaliar a associação da expressão de CD114 com a mortalidade de pacientes portadores de meduloblastoma. Metodologia: Foi analisado bancos de dados de consórcio mundial para estudo de meduloblastomas (MAGIC). Esses dados foram analisados quanto a expressão do receptor de membrana CD114 nos diferentes tipos moleculares dos meduloblastomas e sua possível associação com a mortalidade. Resultados: Os resultados evidenciaram diferença na expressão do receptor de membrana CD114 entre o grupo 3 e os demais grupos moleculares, além de diferença entre o subtipo molecular SHH γ e os subtipos moleculares Grupo 3 α e Grupo 3 β. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os demais grupos e subtipos. Em relação a mortalidade, o estudo não demonstrou, através de curva de Kaplan-Meier, significância estatística na relação entre expressões baixas e elevadas desse gene e a mortalidade. Discussão: O meduloblastoma é uma doença heterogênea, com bastante variação genética e de vias de sinalização intracelular entre suas variantes. Isso foi demonstrado na incapacidade do estudo de comprovar padrões de expressão do receptor de membrana CD114 entre os diferentes grupos. Assim como este, outros estudos que buscaram relacionar a expressão de CD114 com mortalidade também não conseguiram demonstrar associação direta. É possível que este gene seja parte de uma via de sinalização celular maior, com eventual associação com recidivas tumorais, já que muitos indícios apontam para a relação desse gene com as células-tronco cancerígenas. Conclusões: Este estudo demonstrou que não há relação direta entre a expressão do receptor de membrana CD114 e a mortalidade em pacientes portadores de meduloblastoma. Entretanto, são necessários estudos adicionais sobre as vias de sinalização intracelulares associadas a esse receptor e ao seu gene, o CSF3R. - DissertaçãoAvaliação da eficácia da microinfusão de metotrexato nas lesões de couro cabeludo de pacientes com Alopécia frontal fibrosanteSouza, Tatiane Elen de (2021)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: a alopecia frontal fibrosante (AFF) é uma forma de alopecia cicatricial linfocítica primária, com perda de pelos na linha de implantação frontal (LIF) do couro cabeludo (CC) e outras áreas corporais. Consiste em uma doença sistêmica e multifatorial, com influência genética, hormonal, ambiental, racial e, por vezes, de gênero. A associação de drogas tópicas e sistêmicas, como o metotrexato (MTX), não controla a atividade da doença, na maioria dos casos. sendo necessárias novas terapêuticas, por ser quadro progressivo e irreversível. A técnica de microinfusão de micropartículas através da pele (MMP®) é minimamente invasiva e pouco dolorosa ou indolor. Objetivo: avaliar a eficácia da microinfusão de metotrexato na AFF. Casuística e Métodos: ensaio clínico prospectivo, controlado, realizado no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, com 17 participantes acima de 18 anos, voluntários, com diagnóstico clínico e histológico de AFF. Foram feitas aplicações de MTX por MMP® a cada 30 dias, em um total de 03 aplicações, apenas na metade direita da área de alopecia. A outra metade serviu como controle. As medidas frontoglabelar e frontotemporal, fotos de dermatoscopia analisadas por avaliadores externos e cegos aos resultados, sinais e sintomas e o Índice de Atividade do Líquen Plano Pilar (LPPAI) foram critérios de avaliação. Acompanhou-se, ainda, hemograma e provas de função hepática. Resultados: houve diferença estatística das medidas frontoglabelar e frontotemporal direita, com redução significativa (com p =0,011 e p= 0,001 respectivamente), enquanto que a medida frontotemporal esquerda aumentou significativamente (p=0,012). Quanto aos sintomas, observou-se melhora no prurido (p=0,03) e descamação (p=0,01), mas não da queda capilar e eritema local (p>0.05). A análise das fotos de dermatoscopia e o cálculo do LPPAI não demonstraram mudanças significativas. Cerca de 95% dos participantes se mostraram satisfeitos ou muito satisfeitos com os resultados e nenhum deles apresentou alterações dos exames laboratoriais. Conclusão: a aplicação de MTX por MMP® mostrou redução significativa dos sintomas associados à AFF, e melhora nas medidas frontoglabelares e frontotemporais. A técnica mostrou-se segura e foi bem tolerada. - DissertaçãoAvaliação do efeito anti-inflamatório e condroregenerador do plasma rico em plaquetas intra-articular em comparativo ao colágeno não-desnaturado, sulfato de condroitina e sulfato de glucosamina em um modelo experimental de osteoartrite em ratosCaron, Vinicius Ferreira (2019-01-14)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
A doença articular degenerativa ou simplesmente osteoartrite é a forma de artrite mais comum no mundo e afeta preferencialmente a população idosa, e com o envelhecimento da população mundial, esta doença tem se tornado causa de incapacidade física e afastamento do trabalho, onerando os sistemas de saúde e de previdência (BRUYERE, 2007). Objetivo: Estudar o efeito condroregenerador e anti-inflamatório do plasma rico em plaquetas (PRP) em comparação com o colágeno não-desnaturado (UC-II), sulfato de glucosamina e sulfato de condroitina em ratos induzidos a osteoartrite com Zymosan®. Materiais e Métodos: Foram utilizados 42 ratos machos Wistar, divididos em 5 grupos, que receberam injeção na articulação femoro-tibio-patelar direita do agente indutor de osteoartrite Zymosan. Um grupo recebeu a aplicação semanal de PRP, três grupos receberam respectivamente os fármacos: colágeno não-desnaturado, sulfato de condroitina, sulfato glucosamina, totalizando 30 dias de tratamento. Um grupo não recebeu tratamento para servir de controle. As radiografias foram realizadas no oitavo e trigésimo dia, para comprovação da osteoartrite e avaliação do tratamento respectivamente. Semanalmente, os animais foram submetidos ao teste físico Knee Bend, para avaliação da incapacidade física do membro afetado. No trigésimo dia de tratamento, os animais foram mortos e realizada avaliação histopatológica. Resultados: O grupo PRP obteve melhora com relevância estatística na imagem radiográfica após os trinta dias de tratamento. E não houve alterações significativas entre os grupos no comparativo do Knee Bend test e as lesões radiográficas. O grupo PRP apresentou maior qualidade na regeneração articular, e o grupo glucosamina apresentou o melhor efeito anti-inflamatório e condroprotetor. Os dados deste estudo acrescentam que a associação de tratamentos é mais eficaz do que o uso de drogas isoladas no controle da osteoartrite. Conclusão: houve um melhor efeito condrorregenerador do PRP em relação ao UC-II, CDS e GS. Em relação ao efeito anti-inflamatório a GS apresentou melhor resultado. - DissertaçãoAvaliação do omento como doador de células tronco no miocárdio isquêmico através da análise imuno-histoquímica do CD34Kubrusly, Fernando Bermudez (2023)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. O uso de células precursoras hematopoiéticas e os recentes progressos feitos na bioengenharia de enxertos cardíacos oferecem uma nova modalidade terapêutica para a regeneração do tecido cardíaco pós-infarto do miocárdio (IM). O CD34 é um marcador expresso em todas as células precursoras hematopoiéticas e endoteliais, e funciona como fator de adesão celular. O anticorpo que correspondente a este marcador é utilizado na imunohistoquímica para avaliar a formação de novos vasos e a presença de células-tronco. OBJETIVO: O estudo teve por objetivo avaliar a eficácia da omentopexia na neovascularização e na doação de células tronco de corações suínos previamente infartados, a partir da análise imunohistoquímica do CD34. MATERIAL E MÉTODOS: O infarto do miocárdio foi gerado em 4 suínos, por ligadura do 1°e 2° ramos marginais da artéria circunflexa. Em 3 animais realizou-se abrasão cuidadosa do epicárdio infartado seguido de múltiplas perfurações miocárdicas e a mobilização do omento da cavidade abdominal para o mediastino, envolvendo a área infartada e as perfurações. No quarto animal não foi realizado a omentopexia sendo realizado apenas a abrasão e perfuração da área infartada. Todos os animais foram eutanasiados ao 30º dia pós operatório e os corações retirados para avaliação macroscópica, microscópica e Imunohistoquímica do CD34. RESULTADOS: Nas amostras do grupo submetido a omentopexia, ocorreu um aumento de 60% da angiogênese, sendo que nas amostras do animal controle houve marcação mínima. Foram avaliadas quatro amostras de diferentes sítios de cada coração dos animais, totalizando 16 amostras histopatológicas. Todas as amostras foram imunomarcadas para CD-34. CONCLUSÃO: O omento mostrou-se eficiente na indução de neovascularização pela presença de células tronco, vista através da marcação do CD34, demonstrando grande potencial como futura terapêutica para restaurar áreas de miocárdio isquêmico. - DissertaçãoAvaliação do perfil epidemiológico e correlação do Neutrophil-Lymphocyte Ratio (NLR) e do Platelet-Lymphocyte Ratio (PLR) com complicações e sobrevida em um ano de pós-operatório na cirurgia para metástase óssea do esqueleto apendicularTeixeira, Matheus Silva (2023)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: A metástase óssea é a neoplasia maligna mais comum do esqueleto, e a tomada de decisão cirúrgica depende de múltiplos fatores, incluindo as complicações pós-operatórias e a expectativa de vida do paciente. A identificação de novos fatores prognósticos pode orientar os profissionais de saúde na tomada de decisão cirúrgica. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com metástase óssea em ossos longos, a incidência de complicações e taxas de sobrevida pós-operatória. Correlacionar o NLR e PLR com taxas de complicações e sobrevida em 1, 3, 6 meses e 1 ano de pós-operatório. Método: Estudo observacional retrospectivo, com a revisão de 160 prontuários eletrônicos de pacientes submetidos a cirurgia por metástase óssea no esqueleto apendicular durante o período de janeiro de 2010 a dezembro de 2019. Foi traçado o perfil epidemiológico com as seguintes variáveis: idade, gênero, sítio primário, localização da metástase óssea, cirurgia realizada, presença de outras metástases, comorbidade e radioterapia prévia. Foram determinados os valores de NLR e PLR e correlacionados com a sobrevida e com as complicações pós-operatórias. Resultados: A idade média foi 61,5 anos e 64,5% dos pacientes eram do sexo feminino. O sítio primário mais comum foi a mama (62,6%, n=57) e o osso mais acometido foi o fêmur proximal. A taxa de sobrevida média foi de 13,2 meses (0-99,6) e a sobrevida em um ano foi de 34,7% (n=49). A cirurgia de ressecção do tumor com substituição por endoprótese foi o procedimento mais comum. A taxa de complicação pós-cirúrgicas foi de 10% e o tempo médio para a ocorrência de complicações pós-operatórias foi de 27,9 dias (0-140). Foi encontrada a associação da variável neutrófilos com a complicação pós-operatória (p=0,04). A cada 100 unidades a mais de neutrófilos houve um aumento de 1% nas chances de complicações pós-cirúrgicas. Os valores médios do NLR e PLR foram, respectivamente, 5,3 (0,2-30,7) e 199,7 (32,1-676,7). O NLR e PLR não foram um fator de risco para complicação pós-operatória. A partir do 3° mês de pós-operatório, a sobrevida dos pacientes com NLR ≥ 2 (p0.001) diminui de 92,3% para 62,5%, de 69,2% para 41,4% com 6 meses e de 61,5% para 31,3% com 12 meses cirurgia. Os pacientes com PLR ≥ 209 (p0.001) apresentaram uma diminuição na taxa de sobrevida, variando de 69% para 59,3% no 3° mês e de 40,2% para 25,9% com um ano de pós-operatório. Conclusão: Houve uma predominância de pacientes do sexo feminino com tumor de mama. A cirurgia mais frequente foi a ressecção tumoral seguida de reconstrução com endoprótese e a taxa de complicação cirúrgica foi de 10%. A sobrevida em um ano foi de 34,7%. Tanto o NLR quanto o PLR estão associados com uma menor sobrevida em pacientes com MO submetidos ao tratamento cirúrgico, especialmente após 3 meses de pós-operatório. - DissertaçãoAvaliação histológica das cápsulas formadas por implantes de silicone texturizados sem e com cobertura por tela de poliéster (PARIETEX) : estudo em ratasBerger, Ralf (2020-07-30)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: Nas cirurgias de reconstrução mamária, em que muitas vezes há falta de tecidos causada pela mastectomia, ainda são necessários novos materiais capazes de cobrir implantes mamários e que causem pouca reação inflamatória ou contratura capsular. O material atualmente mais utilizado para este fim é a matriz dérmica acelular que possui um custo, muitas vezes, proibitivo. Uma alternativa pode ser a utilização de telas cirúrgicas de poliéster, que há tempo são utilizadas em diversas cirurgias. Objetivos: Avaliar histologicamente as cápsulas formadas ao redor dos implantes de silicone texturizados sem e com cobertura por tela de poliéster multifilamentar com camada de colágeno porcino. Material e método: Foram utilizadas 60 ratas Wistar distribuídas em dois grupos (sem e com tela) com 30 ratas em cada. Cada grupo foi, posteriormente, subdividido em dois subgrupos, para avaliação com 30 e 90 dias de pós-operatório. Analisaram-se as cápsulas por meio das colorações de hematoxilina e eosina (HE) e picrosírius. Resultados: A quantidade de fibroblastos, neutrófilos e macrófagos foi semelhante entre todos os subgrupos. Houve uma reação linfocitária mais exacerbada nos 30 dias (p=0,003) no grupo com tela e, quando comparados entre si, os grupos sem e com tela nos 90 dias não apresentaram diferença. A reação giganto-celular, tecido de granulação e neoangiogênese foi semelhante entre todos os subgrupos. A metaplasia sinovial foi mais discreta nos 90 dias em ambos os grupos (sem tela p=0,002 e com tela p<0,001) e não houve diferença entre os grupos sem e com tela. A espessura da cápsula foi significativamente maior na presença de tela, em ambos os subgrupos (30 dias p<0,001 e 90 dias p<0,001). Houve quantidade semelhante de colágenos tipos I e III em ambos os grupos. Conclusões: A quantidade de fibroblastos, neutrófilos e macrófagos não se alterou com a presença de tela. Houve uma reação linfocitária maior no subgrupo de 30 dias com tela. A reação giganto-celular, tecido de granulação e neoangiogênese foi semelhante entre os subgrupos. A metaplasia sinovial foi mais discreta aos 90 dias em ambos os grupos e a espessura da cápsula foi maior com a presença de tela, em ambos os subgrupos. A quantidade de colágenos tipos I e III foi semelhante entre os grupos. - DissertaçãoCarcinoma mamário ductal invasor: correlação da expressão imunoistoquímica de AXL e Β-Catenina com a agressividade tumoralGennaro, Lucas (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: O câncer de mama corresponde à neoplasia de ocorrência mais frequente nas mulheres, representando um grande problema de saúde pública mundial, com aumento na incidência e mortalidade. O carcinoma ductal invasor corresponde ao tipo histológico mais comum, muito embora existam formas diferentes de evolução clínica, considerando-se graduação histológica, expressão de determinados marcadores teciduais e perfis genômicos. Objetivos: Analisar a correlação dos marcadores β-Catenina e AXL com agressividade tumoral nos pacientes com adenocarcinoma mamário do tipo ductal invasor, tendo como referência a sobrevida global, progressão tumoral e fatores prognósticos histopatológicos. Métodos: realizado um estudo retrospectivo, onde foram selecionadas 101 amostras de carcinoma mamário ductal invasor de pacientes atendidos no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie de Curitiba entre 2010 e 2015. Foram incluídos no estudo pacientes com diagnóstico de carcinoma mamário invasor do tipo ductal, submetidas inicialmente a procedimento diagnóstico (biópsia) ou tratamento cirúrgico definitivo (ressecção segmentar ou mastectomia radical modificada) conforme protocolo de atendimento utilizado. Incluiu-se ainda no estudo para fins de controle 20 amostras de carcinoma intraductal, 35 amostras de fibroadenoma mamário e 10 amostras de tecido mamário sem qualquer alteração. Foram excluídos da pesquisa pacientes com diagnóstico de carcinoma ductal invasor submetidos a quimioterapia neoadjuvante que não dispusessem de amostra tumoral (blocos) previamente ao tratamento quimioterápico, pacientes que perderam o seguimento ou ainda que apresentassem material e dados incompletos necessários ao desenvolvimento do estudo. O presente estudo foi realizado com a técnica de confecção dos Blocos Multi-Amostrais (BMA) e imunoistoquímica. Resultados: Os principais resultados obtidos, quando analisada a expressão da β-Catenina, foi de resultado inconclusivo ou com expressão negativa. Esses achados contrariam os dados de literatura, considerando-se a hipótese de falha da imunomarcação nos resultados negativos, possivelmente relacionadas às condições de conservação do bloco histológico ou qualidade do anticorpo utilizado. Quanto ao AXL, foram observados diferentes graus de expressão (negativo / fraco / moderado / forte) sem, no entanto, significância estatística entre eles quando correlacionados aos diversos subgrupos que incluíam idade, evolução clínica e fatores prognósticos histopatológicos. Esses resultados também contrariam os dados disponíveis na literatura e podem estar relacionados a número insuficiente de casos ou ainda falhas relacionadas ao processo de imunomarcação como anteriormente descrito. Conclusão: os resultados conflitantes com a literatura e possíveis falhas no processo de imunomarcação apontam a necessidade de novos estudos visando confirmar/refutar os resultados aqui obtidos. - DissertaçãoCorrelação da expressão imunohistoquímica de Beta-catenina e C-MYC com a agressividade em tumores de estômagoNaufel Junior, Carlos Roberto (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: A cada ano cerca de 990.000 pessoas são diagnosticadas com câncer gástrico em todo o mundo. Cerca de 90% dos casos são de adenocarcinomas e vários fatores estão associados com sua patogênese, sendo que a infecção crônica pelo H. Pylori é o principal fator de risco. A ressecção cirúrgica com ampla margem persiste como o tratamento padrão do câncer gástrico quando há intenção curativa, porém o diagnóstico geralmente é tardio, o que torna as taxas de sobrevida baixas. Os biomarcadores são macromoléculas presentes no organismo que podem estar relacionadas com células neoplásicas. Nenhum marcador de diagnóstico para prevenção secundária foi definido para o câncer gástrico. O c-MYC é um oncogene que participa de vários processos de carcinogênese e está descrita no câncer gástrico, podendo haver associação com características histopatológicas e a agressividade. A beta-catenina é uma proteína multifuncional, que desempenha função como proteína de adesão e como fator nas vias de sinalização. Níveis anormais de sua expressão da beta-catenina são potenciais marcadores da invasão submucosa no câncer gástrico precoce, estando associada ao tipo difuso e á metástases á distância. Objetivo: Investigar a expressão imunohistoquímica das proteínas beta-catenina e c-MYC no câncer gástrico e correlacionar com a agressividade dos tumores de estômago. Material e Método: A amostra consistiu em lâminas histopatológicas, coradas pela técnica de HE e blocos de parafina, sendo realizada imunomarcação para os biomarcadores c-MYC e beta-catenina. Dados clínicos retrospectivos foram coletados. As informações clínicoepidemiológicas foram cruzadas com o resultado obtido pela imunomarcação e sua análise estatística. Resultado: Houve predomínio de homens (69,1%), com idade média de 63,8 anos, predominando lesão localizada no antro (54,5%), pouco diferenciada (49,1%) com células em anel de sinete em 30% dos casos. Em média foram ressecados 18 linfonodos e em 30% não foram detectados linfonodos acometidos. Em 42,7% já havia metástase a distância, predominando fígado (61,7%). O estádio IV foi a classificação de 43,6%, não sendo detectado invasão angiolinfática em 77,3% e invasão perineural em 65,5%. O tratamento foi cirúrgico e quimioterápico em 87,3%, com ressecção R0 em 79,1%. O c-MYC foi negativo em 99,1% e a beta-catenina não foi expressa em 90,9%, sendo inconclusiva em 6 casos. Conclusão: A expressão imunohistoquímica das proteínas beta-catenina e c MYC nos tecidos dos pacientes com câncer gástrico deste estudo não foi observada. Os biomarcadores analisados, c-MYC e beta-catenina, não apresentaram associação com a agressividade tumoral em câncer gástrico. - DissertaçãoCorrelação da troponina sanguínea e salivar em pacientes com infarto agudo do miocárdio em hospitais de CuritibaArsego, Flávia Kubrusly (2023)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: Doenças cardiovasculares são determinadas por uma notória classe de patologias responsáveis por 31% dos óbitos mundiais. Destas, destacam-se as de acometimento coronariano. Na ocorrência da lesão miocárdica, a identificação de biomarcadores constituintes da célula muscular cardíaca, em especial as troponinas, pode ser observada a partir de amostras de sangue e saliva. A preferência pela utilização da saliva como fluído diagnóstico é sustentada pela facilidade de obtenção a partir de um método não invasivo e potencialmente pré-hospitalar. Objetivos: Identificar a presença de troponina I no fluído salivar de pacientes com diagnóstico prévio de IAM e correlacioná-los com os níveis plasmáticos da troponina. Analisar associação entre a positivação ou não da troponina na análise sérica e salivar. Métodos: Trata-se de um estudo analítico transversal de teste diagnóstico, realizado com 27 pacientes, sendo 9 mulheres e 18 homens. Foram eleitos para o estudo participantes com confirmação diagnóstica de infarto do miocárdio. Foram coletadas amostras de sangue e saliva de cada paciente. As amostras foram armazenadas e transportadas ao laboratório em um período de até 24 horas para quantificação da TnI. Todas as amostras foram submetidas ao mesmo procedimento de análise com teste específico. Resultados: Testou-se a correlação entre os níveis quantitativos de TnI das amostras, além da associação entre a positivação ou não da troponina nas análises sérica e salivar com base no ponto de corte ≥ 0,3ng/ml. O estudo demonstrou que 44,4% dos pacientes apresentaram positivação troponina em ambas as análises, com igualdade de resultados dicotômicos em 48,1% dos casos. Logo, constatou-se que o teste de troponina salivar obteve 48% de sensibilidade e 50% de especificidade. Conclusão: Foi possível identificar a troponina I no fluido da saliva de pacientes em vigência de Infarte Agudo do Miocárdio e não houve correlação significativa entre as concentrações de troponina sérica e salivar. Em nossa amostra, com a limitação de biossensores inespecíficos, a probabilidade do teste de troponina salivar ter resultado falso positivo é de 50%, e a probabilidade de ter resultado falso negativo é de 52%. - DissertaçãoCorrelação entre o forame clino-carotídeo e aneurismas do segmento oftálmico da artéria carótida internaCândido, Duarte Nuno Crispim (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução:O processo clinóide anterior (PCA) é uma proeminência óssea advinda da extensão medial e posterior da asa menor do osso esfenóide, presente na região parasselar na base do crânio. Trata-se de uma estrutura chave para o tratamento de patologias dessa região, por sua íntima relação com com o nervo óptico, artéria carótida interna e fissura orbitária superior. O PCA pode apresentar variações anatômicas entre os indivíduos, até mesmo com alterações no mesmo indivíduo (entre os lados), principalmente relacionado à formação de uma ponte óssea entre este e o processo clinóide médio (constituindo o forame clino-carotídeo) e entre o PCA e o processo clinóide posterior (constituindo a ponte óssea interclinóide). A presença deste forame clinocarotídeo (FCC) é de extrema importância quanto ao tratamento de doenças vasculares aneurismáticas do segmento oftálmico da artéria carótida interna, uma vez que a necessidade de realizar a clinoidectomia anterior pode proceder-se com lesão inadvertida das estruturas vasculares. Hipótese: A presença do FCC se relacione diretamente com a formação de aneurismas no segmento oftálmico da ACI. Objetivo: Avaliar a incidência do forame clino-carotídeo e ponte óssea interclinóide em pacientes com aneurismas do segmento oftálmico da ACI. Método: Foram analisadas exames de tomografias de crânio com janela óssea e angiotomografias de crânio em cortes axiais e reconstruções sagitais e coronais, além de angiografias cerebrais digitais em 210 pacientes operados no Serviço de Neurocirurgia Vascular da Universidade da Califórnia-São Francisco, pelo cirurgião Michael T. Lawton (MTL), no período de dezembro de 1997 até julho 2016.Destes 100 pacientes preencheram os criterios de inclusão. Resultado: Os 100 pacientes, equivalente a 200 lados, apresentaram um total de 112 aneurismas. Foi identificado o FCC em 33,5% (67/200) e a POI em 10,5% (21/200) dos casos. Estes apresentaram lesões aneurismáticas ipsilaterais em 62,69% (42/67) e 66,7% (14/21) dos casos, respectivamente. Desta forma identificamos uma tendência de que a proporção de casos que tem aneurisma com a presença do FCC tende a ser maior do que dos casos sem aneurismas com a presença do FCC. Conclusão: A presença de aneurismas na região paraclinóide/segmento oftálmico da artéria carótida interna tem maior incidência tanto do forame clinocarotídeo quanto da ponte óssea interclinóide. - DissertaçãoEfeito do curativo de nanofibras de celulose vegetal sobre a cicatrização de queimaduras de terceiro grau em ratosTakejima, Milka Lie (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
INTRODUÇÃO: O tratamento das queimaduras de 3˚ grau representa um grande desafio na área médica. É necessário o desenvolvimento de novos recursos que auxiliem no tratamento dessas lesões. A celulose vegetal de pinus é um biomaterial com características semelhantes às da celulose bacteriana e possui um custo menor de produção. OBJETIVO: Avaliar a segurança da membrana de celulose vegetal (pinus) no tratamento de queimaduras de terceiro grau em ratos e comparar sua eficácia à da membrana bacteriana já comercializada. MATERIAL E MÉTODO: Foi realizado um estudo com 33 ratos Wistar. Os animais foram submetidos a queimadura de terceiro grau na pele do dorso, mediante aplicação de água a 98º C, durante 30 segundos. Em seguida, foram distribuídos em três grupos (n = 11): Grupo 1 - curativo simples com gaze, Grupo 2 - curativo com membrana de celulose bacteriana e Grupo 3 - curativo com membrana de celulose vegetal . Os animais foram avaliados durante 15 dias para verificar o estado clínico geral, aspecto macroscópico, contração das feridas e análise microscópica pelo grau de cicatrização e colagenizacao. RESULTADOS: Os animais permaneceram clinicamente bem durante o experimento. Não houve diferença entre os grupos em relação à variação ponderal. Durante a retirada do curativo secundário, houve sangramento na ferida do grupo controle, diferente dos grupos tratados com as membranas de celulose, que protegeram o leito da lesão. Houve uma maior contração das feridas tratadas com as membranas em relação ao grupo controle, embora sem valor estatístico (p˃0,346). A análise microscópica mostrou que a maioria das feridas apresentava-se em grau avançado de cicatrização, com predomínio de colágeno maduro em todos os grupos. CONCLUSÃO: A membrana de celulose de pinus apresentou eficácia semelhante à da membrana bacteriana no tratamento de queimaduras de 3˚ grau. - DissertaçãoExpressão imunohistoquímica das proteínas ciclina D1 e C-MYC em meningiomas intracranianosAraujo Júnior, Francisco Alves de (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
O meningioma intracraniano é o tumor mais frequente do sistema nervoso central. A sua incidência aumenta com o avançar da idade, acometendo mais frequentemente o sexo feminino. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é classificado histologicamente em grau I, II e III. A pesquisa de marcadores imunohistoquímicos é importante para auxiliar na terapia alvo e prognósticos dos pacientes. Dentre os marcadores preditores de agressividade e recorrência tumoral, estão a ciclina D1 e o c-MYC. Ambos têm relação direta com o ciclo celular, atuando durante a transição da G1/fase S. Objetivo: Avaliar a expressão dos marcadores ciclina D1 e c-MYC em meningiomas intracranianos e correlacioná-la com a agressividade e recorrência desses tumores. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, transversal, realizado em Curitiba (Paraná), em um hospital universitário referência na área de neurocirurgia. Utilizou-se dados dos prontuários de pacientes com diagnóstico de meningioma intracraniano que foram internados e submetidos a ressecção cirúrgica, no período de janeiro de 2012 a setembro de 2018. Os dados epidemiológicos, clínicos e radiológicos foram coletados e anotados no protocolo da pesquisa. Foi realizada imunohistoquímica para os marcadores ciclina D1 e c-MYC em todas as amostras. Os dados referentes ao grau histológico dos tumores foram cruzados com o resultado obtido pela imunomarcação e submetida a análise estatística (teste qui-quadrado). Resultados: O estudo incluiu 51 pacientes (72,5% mulheres e 27,5% homens) com média de 53,5 anos. A cefaleia foi o sintoma mais comum e tumores localizados na base do crânio representaram 53% dos casos. Meningiomas grau I foram detectados em 58,8%, grau II em 29,4% e grau III em 9,8%. A recidiva tumoral foi observada em dois casos (3,9%) e pacientes livres de doença corresponderam a 49%. A média do tempo de seguimento foi de 798 dias (intervalo de 13 a 2267 dias). O marcador ciclina D1 foi identificado em 100% dos meningiomas e a intensidade de sua expressão foi fraca em 52,4% das lesões grau I, moderada em 50% dos tumores grau II e forte em 100% dos tumores grau III (p<0,001). O marcador c-MYC foi identificado em 17,7% (4,7% dos tumores grau I, 66,7% dos tumores grau II e 100% dos tumores grau III) e sua expressão foi fraca em 50% dos tumores grau II e moderada em 100% dos meningiomas grau III (p<0,001). A presença dos marcadores não teve relação estatisticamente significativa com o desfecho dos pacientes. Conclusão: A proteína ciclina D1 apresentou expressão em todas as amostras de meningiomas e o marcador c-MYC apresentou expressão em 18% dos casos. Quanto maior o grau histológico desses tumores, mais intensa é a expressão dos marcadores. No presente estudo, não se evidenciou relação dos marcadores com a recorrência tumoral.