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- DissertaçãoA relação entre o helicobacter pylori e as pequenas epitelizações colunares do esôfago distal com ou sem metaplasia intestinalDegiovani, Matheus (2019-01-11)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introduction: The presence of intestinal metaplasia in the distal esophagus (Barrett's esophagus) is an important precursor of adenocarcinoma. Knowledge of the risk factors and the process by which the Barrett develops is very importance and H.pylori can contribute to this development. Objective: To analyze the impact of H. pylori in the gastric mucosa of intestinal metaplasia in the distal esophagus in areas of columnar epithelialization smaller than 10 mm in length, stratified for gender and age. Method: A retrospective study in which were included 373 consecutive patients diagnosed with columnar epithelium in the distal esophagus. In all it was searched the H.pylori by two methods (urease and histology) and applied the inclusion and exclusion factors. It is divided into two groups: the first adding patients without histological diagnosis of Barrett's esophagus (235-63%) and the second comprising the histologically diagnosed with Barrett's esophagus (138-37%). Results: There was no significant difference between the carriers of H. pylori or not in relation to the likelihood of having intestinal metaplasia (p = 0.587). When related to the general group, there was an inverse association between the bacteria and the columnar epithelialization in the distal esophagus. Age (p = 0.031), gender (p = 0.013) and H. pylori (p = 0.613) when connected together to intestinal metaplasia showed no significant relationship. In isolation; when related age and gender, regardless of H. pylori emerged results confirming that older patients and women have a higher incidence of intestinal metaplasia (Barrett's esophagus). Conclusion: The presence or absence of intestinal metaplasia of distal esophagus when related to H. pylori in the gastric mucosa, is not significant. In relation to age and gender, regardless of H.pylori, we note that in women and the greater the age of the individuals, there is an increase in the number of cases with intestinal metaplasia in the distal esophagus. - DissertaçãoAvaliação do efeito anti-inflamatório e condroregenerador do plasma rico em plaquetas intra-articular em comparativo ao colágeno não-desnaturado, sulfato de condroitina e sulfato de glucosamina em um modelo experimental de osteoartrite em ratosCaron, Vinicius Ferreira (2019-01-14)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
A doença articular degenerativa ou simplesmente osteoartrite é a forma de artrite mais comum no mundo e afeta preferencialmente a população idosa, e com o envelhecimento da população mundial, esta doença tem se tornado causa de incapacidade física e afastamento do trabalho, onerando os sistemas de saúde e de previdência (BRUYERE, 2007). Objetivo: Estudar o efeito condroregenerador e anti-inflamatório do plasma rico em plaquetas (PRP) em comparação com o colágeno não-desnaturado (UC-II), sulfato de glucosamina e sulfato de condroitina em ratos induzidos a osteoartrite com Zymosan®. Materiais e Métodos: Foram utilizados 42 ratos machos Wistar, divididos em 5 grupos, que receberam injeção na articulação femoro-tibio-patelar direita do agente indutor de osteoartrite Zymosan. Um grupo recebeu a aplicação semanal de PRP, três grupos receberam respectivamente os fármacos: colágeno não-desnaturado, sulfato de condroitina, sulfato glucosamina, totalizando 30 dias de tratamento. Um grupo não recebeu tratamento para servir de controle. As radiografias foram realizadas no oitavo e trigésimo dia, para comprovação da osteoartrite e avaliação do tratamento respectivamente. Semanalmente, os animais foram submetidos ao teste físico Knee Bend, para avaliação da incapacidade física do membro afetado. No trigésimo dia de tratamento, os animais foram mortos e realizada avaliação histopatológica. Resultados: O grupo PRP obteve melhora com relevância estatística na imagem radiográfica após os trinta dias de tratamento. E não houve alterações significativas entre os grupos no comparativo do Knee Bend test e as lesões radiográficas. O grupo PRP apresentou maior qualidade na regeneração articular, e o grupo glucosamina apresentou o melhor efeito anti-inflamatório e condroprotetor. Os dados deste estudo acrescentam que a associação de tratamentos é mais eficaz do que o uso de drogas isoladas no controle da osteoartrite. Conclusão: houve um melhor efeito condrorregenerador do PRP em relação ao UC-II, CDS e GS. Em relação ao efeito anti-inflamatório a GS apresentou melhor resultado. - DissertaçãoMelanocítico ou não ? : microscopia confocal reflectante e dermatoscopia em lesões de difícil diagnóstico : um estudo morfológico retrospectivoPinto, Camila Araújo Scharf (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: A dermatologia conta com diferentes técnicas para exame não invasivo da pele e diagnósticos precoces de neoplasia, estando a dermatoscopia e a Microscopia Confocal Reflectante (RCM) entre as principais na atualidade. Na maior parte das vezes, se faz uso da dermatoscopia como exame auxiliar, devido ao seu baixo custo e maior disponibilidade, fato que possibilitou o aumento da acurácia diagnóstica do melanoma, em até 90%. A RCM por sua vez, trata-se de um laser de diodo de alta resolução, não invasivo e seguro que permite uma visualização a nível celular da epiderme, junção dérmico-epidérmica e derme papilar, aumentando o arsenal diagnóstico, principalmente para as lesões nas quais, apesar do exame dermatoscópico, ainda persiste a dúvida diagnóstica. Objetivos: Calcular a acurácia diagnóstica da Microscopia Confocal Reflectante no diagnóstico diferencial entre lesões melanocíticas e não melanocíticas. Métodos: Foi elaborado um estudo observacional retrospectivo e descritivo de todos os exames de RCM realizados no serviço de Dermatologia da Università degli Studi della Campania, em Nápoles, Itália, no período de 2012 a 2020. Foram analisados dados retrospectivos de 3572 casos consecutivos, em relação ao diagnóstico clínico-dermatoscópico, RCM e histopatologia. Os dados foram tabulados e comparados em busca de discordâncias diagnósticas entre as diferentes técnicas, na diferenciação entre lesões melanocíticas e não melanocíticas. Foram estimados os valores de sensibilidade, especificidade e acurácia considerando-se o resultado da análise histológica como padrão ouro. Resultados: Dos 3215 casos incluídos no estudo, foram encontrados 53 com discrepâncias entre diagnóstico clínico, histológico e de RCM, sendo 31 com discordâncias entre melanocíticas e não melanocíticas. A RCM obteve uma especificidade de 87% (IC95%: 0,73-1) e uma sensibilidade de 62,5% (IC95%: 0,29-0,96) na presente amostra. A acurácia por sua vez foi de 80,6% (IC95%: 0,67-0,94). Conclusão: A RCM mostrou-se um método com alta acurácia na diferenciação entre lesões melanocíticas e não melanocíticas na presente amostra. - DissertaçãoCorrelação entre o forame clino-carotídeo e aneurismas do segmento oftálmico da artéria carótida internaCândido, Duarte Nuno Crispim (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução:O processo clinóide anterior (PCA) é uma proeminência óssea advinda da extensão medial e posterior da asa menor do osso esfenóide, presente na região parasselar na base do crânio. Trata-se de uma estrutura chave para o tratamento de patologias dessa região, por sua íntima relação com com o nervo óptico, artéria carótida interna e fissura orbitária superior. O PCA pode apresentar variações anatômicas entre os indivíduos, até mesmo com alterações no mesmo indivíduo (entre os lados), principalmente relacionado à formação de uma ponte óssea entre este e o processo clinóide médio (constituindo o forame clino-carotídeo) e entre o PCA e o processo clinóide posterior (constituindo a ponte óssea interclinóide). A presença deste forame clinocarotídeo (FCC) é de extrema importância quanto ao tratamento de doenças vasculares aneurismáticas do segmento oftálmico da artéria carótida interna, uma vez que a necessidade de realizar a clinoidectomia anterior pode proceder-se com lesão inadvertida das estruturas vasculares. Hipótese: A presença do FCC se relacione diretamente com a formação de aneurismas no segmento oftálmico da ACI. Objetivo: Avaliar a incidência do forame clino-carotídeo e ponte óssea interclinóide em pacientes com aneurismas do segmento oftálmico da ACI. Método: Foram analisadas exames de tomografias de crânio com janela óssea e angiotomografias de crânio em cortes axiais e reconstruções sagitais e coronais, além de angiografias cerebrais digitais em 210 pacientes operados no Serviço de Neurocirurgia Vascular da Universidade da Califórnia-São Francisco, pelo cirurgião Michael T. Lawton (MTL), no período de dezembro de 1997 até julho 2016.Destes 100 pacientes preencheram os criterios de inclusão. Resultado: Os 100 pacientes, equivalente a 200 lados, apresentaram um total de 112 aneurismas. Foi identificado o FCC em 33,5% (67/200) e a POI em 10,5% (21/200) dos casos. Estes apresentaram lesões aneurismáticas ipsilaterais em 62,69% (42/67) e 66,7% (14/21) dos casos, respectivamente. Desta forma identificamos uma tendência de que a proporção de casos que tem aneurisma com a presença do FCC tende a ser maior do que dos casos sem aneurismas com a presença do FCC. Conclusão: A presença de aneurismas na região paraclinóide/segmento oftálmico da artéria carótida interna tem maior incidência tanto do forame clinocarotídeo quanto da ponte óssea interclinóide. - DissertaçãoExpressão imunohistoquímica das proteínas ciclina D1 e C-MYC em meningiomas intracranianosAraujo Júnior, Francisco Alves de (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
O meningioma intracraniano é o tumor mais frequente do sistema nervoso central. A sua incidência aumenta com o avançar da idade, acometendo mais frequentemente o sexo feminino. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é classificado histologicamente em grau I, II e III. A pesquisa de marcadores imunohistoquímicos é importante para auxiliar na terapia alvo e prognósticos dos pacientes. Dentre os marcadores preditores de agressividade e recorrência tumoral, estão a ciclina D1 e o c-MYC. Ambos têm relação direta com o ciclo celular, atuando durante a transição da G1/fase S. Objetivo: Avaliar a expressão dos marcadores ciclina D1 e c-MYC em meningiomas intracranianos e correlacioná-la com a agressividade e recorrência desses tumores. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, transversal, realizado em Curitiba (Paraná), em um hospital universitário referência na área de neurocirurgia. Utilizou-se dados dos prontuários de pacientes com diagnóstico de meningioma intracraniano que foram internados e submetidos a ressecção cirúrgica, no período de janeiro de 2012 a setembro de 2018. Os dados epidemiológicos, clínicos e radiológicos foram coletados e anotados no protocolo da pesquisa. Foi realizada imunohistoquímica para os marcadores ciclina D1 e c-MYC em todas as amostras. Os dados referentes ao grau histológico dos tumores foram cruzados com o resultado obtido pela imunomarcação e submetida a análise estatística (teste qui-quadrado). Resultados: O estudo incluiu 51 pacientes (72,5% mulheres e 27,5% homens) com média de 53,5 anos. A cefaleia foi o sintoma mais comum e tumores localizados na base do crânio representaram 53% dos casos. Meningiomas grau I foram detectados em 58,8%, grau II em 29,4% e grau III em 9,8%. A recidiva tumoral foi observada em dois casos (3,9%) e pacientes livres de doença corresponderam a 49%. A média do tempo de seguimento foi de 798 dias (intervalo de 13 a 2267 dias). O marcador ciclina D1 foi identificado em 100% dos meningiomas e a intensidade de sua expressão foi fraca em 52,4% das lesões grau I, moderada em 50% dos tumores grau II e forte em 100% dos tumores grau III (p<0,001). O marcador c-MYC foi identificado em 17,7% (4,7% dos tumores grau I, 66,7% dos tumores grau II e 100% dos tumores grau III) e sua expressão foi fraca em 50% dos tumores grau II e moderada em 100% dos meningiomas grau III (p<0,001). A presença dos marcadores não teve relação estatisticamente significativa com o desfecho dos pacientes. Conclusão: A proteína ciclina D1 apresentou expressão em todas as amostras de meningiomas e o marcador c-MYC apresentou expressão em 18% dos casos. Quanto maior o grau histológico desses tumores, mais intensa é a expressão dos marcadores. No presente estudo, não se evidenciou relação dos marcadores com a recorrência tumoral. - DissertaçãoAnálise macroscópica e histológica de lesões retais ressecadas endoscopicamenteFrugis, Marcos Onofre (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: O câncer colorretal (CCR) está entre as neoplasias malignas mais comuns em todo mundo. Sua atual incidência está em ascensão em áreas consideradas anteriormente de baixo risco (América do Sul, África e Ásia). Em outros países, como Austrália, Estados Unidos e na Europa parece ter atingido um ¨plateau¨. As lesões pré-malignas que levam ao surgimento do CCR são os pólipos em suas variadas formas: sésseis, pediculados e com espraiamento lateral (LST), sendo os adenomas e os pólipos que apresentam displasia, e por isto, considerados precursores do câncer. A colonoscopia é o exame de escolha para a prevenção do CCR devido sua grande capacidade diagnóstica e principalmente terapêutica frente às lesões adenomatosas. Objetivo: Analisar a prevalência e as características macroscópicas e histológicas de lesões polipoides retais, ressecadas com técnicas endoscópicas. Avaliar se a terapêutica endoscópica é segura e eficiente no tratamento de lesões localizadas no reto. Metodologia: Estudo retrospectivo observacional, realizado no Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital 9 de Julho em São Paulo - SP, com análise de prontuário de todos pacientes submetidos a ressecção de pólipos retais no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2015. Resultados: Foram avaliados 123 consecutivos pacientes portadores de lesões retais, respeitando os critérios de inclusão e exclusão da pesquisa, sendo 59 do sexo masculino e 64 do feminino e a faixa etária media foi 56 anos (variou de 29 a 83 anos). Todos foram submetidos à ressecção endoscópica, sendo que em 70% realizou-se polipectomia e em 30% mucosectomia ampla. Colonoscopia completa com retirada de toda lesão retal ocorreu em 91%, sendo que em 5% dos pacientes o preparo foi inadequado, e condições clínicas precárias foram fatores impeditivos, e 4% indicou-se tratamento cirúrgico por ser lesão infiltrativa e com ulceração central. A avaliação histológica evidenciou adenomas em 3,25%, hiperplásicos em 7,32% e hamartoma em 0,81%, displasia de baixo grau foi identificado em 34,96%, e displasia de alto grau em 51,22%, adenocarcinoma em 1,63% e 0,81% sendo um dos casos classificado como erosão. Conclusão: Os dados do presente estudo permitem concluir que pólipos no reto são comuns, ocorrendo em 37% das colonoscopias. Os adenomas com displasia foram os mais comuns. A colonoscopia terapêutica se mostrou método seguro e eficiente para o tratamento completo das lesões retais. - DissertaçãoAnálise da correlação entre a leptina placentária, fatores maternos gestacionais e dados antropométricos do recém-nascidoAlbuquerque, Jocilene Pedroso (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: A leptina nos compartimentos materno/fetal, e seus mecanismos, estão sendo elucidados. Fatores hormonais, predisposição genética, formação cromossômica, condições ambientais, infecções e a utilização de substâncias tóxicas podem estar relacionadas a desfechos negativos na gestação, no feto e no neonato. Objetivo: Analisar a correlação da leptina placentária com fatores maternos gestacionais e dados antropométricos do recém-nascido. Metodologia: Estudo transversal, descritivo, não controlado, realizado no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) nos meses de maio a dezembro de 2016. A amostra constou de 103 parturientes e seus respectivos recém-nascidos (RN). As parturientes foram dispostas conforme os fatores de risco gestacionais apresentados (DHEG, hipotireoidismo, diabetes gestacional, presença de Infecção e obesidade) e fatores de risco habituais (hábitos de vida diária e comorbidades pré-existentes), e posteriormente coletado sangue dos fragmentos placentários, para a dosagem sérica da leptina. Dos respectivos RN’s foram avaliadas as variáveis descritivas e antropométricas: Idade gestacional, peso, estatura, IMC e perímetro cefálico. Para descrição de variáveis quantitativas foram consideradas as estatísticas de 1º e 3º quartis, mediana, média, valor mínimo, valor máximo e desvio padrão. Para descrição de variáveis qualitativas foram consideradas frequências e percentuais. A comparação de duas classificações de uma variável, em relação a variáveis quantitativas, foi efetuada aplicando-se o teste não paramétrico de Mann-Whitney. Para comparação de três ou mais classificações de uma variável, em relação a uma variável quantitativa, foi considerado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. Para avaliação da associação entre variáveis de natureza quantitativa foi considerada a estimação do coeficiente de correlação de Spearman. Valores de p menores do que 0,05 indicaram significância estatística. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significativa na distribuição da leptina inferior ou superior a 0,1 em mães com e sem os fatores de risco gestacionais. No entanto verificou-se uma tendência de diferença de valor de p em mães com fator de risco para Diabetes e Obesidade. Quanto a avaliação da presença e ausência de fatores maternos gestacionais entre si e o nível de leptina placentária, apenas o fator materno gestacional obesidade mostrou diferença estatisticamente significativa, com valor de p 0,015. Quando avaliado a associação entre as características do RN e os valores de leptina não foi observado diferença estatisticamente significativa entre os valores antropométricos (peso, IMC, estatura e PC), no entanto foi observado valor de p 0,002 quando relacionado ao gênero, onde o valor da mediana apresentou-se o dobro no sexo feminino. Na avaliação da associação entre peso/IG com valores de leptina placentária não houve diferença estatisticamente significativa, porém o valor da mediana apresentou-se superior em RN’s GIG Conclusão: A leptina placentária apresentou correlação com o fator de risco materno gestacional obesidade e não apresentou correlação com dados antropométricos do Recém-nascido. - DissertaçãoPresença dos biomarcadores c-MET e ABCB5 no adenocarcinoma de próstata e sua correlação com fatores prognósticosZahdi, João Otávio Ribas (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: O adenocarcinoma de próstata é uma das mais prevalentes neoplasias malignas em todo o mundo. Apesar de frequentemente ter evolução lenta, ainda representa importante causa de mortalidade em oncologia. Uma vez que os resultados clínicos no câncer de próstata são muito heterogêneos e, devido a alta prevalência da doença, há uma necessidade premente de identificar marcadores de prognóstico. Biomarcadores são ferramentas e tecnologias que podem auxiliar na compreensão da previsão, causa, diagnóstico, progressão, regressão ou resultado do tratamento da doença. O c-Met é uma tirosina quinase transmembrana que se liga ao fator de crescimento de hepatócito (HGF) e desempenha um papel importante na capacidade de metástase. É demonstrado em carcinomas, mesoteliomas e sarcomas e também tem significado prognóstico. O ABCB5, é uma proteína transmembrana plasmática que, em humanos, é codificada pelo gene ABCB5. É um transportador ABC e membro da família da glicoproteína-P expresso tanto em tecidos saudáveis como em tumores malignos. Comumente associado a resistência terapêutica a quimioterapia e a piores desfechos em oncologia. Objetivos: Avaliar a presença dos marcadores imunoistoquímicos c-MET e ABCB5 no adenocarcinoma de próstata e analisar se a expressão destes biomarcadores apresenta correlação com fatores de prognostico. Material e Método: Foram selecionados 170 casos de adenocarcinoma de próstata obtidos através de busca ativa em prontuário eletrônico SOUL MV HOSPITALAR® com o CID10 C.61. Também foi realizada revisão dos prontuários físicos e de laudos anátomo-patológicos do Serviço de Patologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie de Curitiba no período compreendido entre 2011 e 2014. Foi realizada imunoistoquímica para os biomarcadores c-MET e ABCB5 em todas as amostras. Dados clínicos retrospectivos foram coletados e plotados em tabelas de dados. Através da técnica TMA (tissue microarray) os tecidos foram submetidos a imunoistoquímica pela técnica de peroxidase. As informações clínico-epidemiológicas foram cruzadas com o resultado obtido pela imunomarcação e sua análise estatística. Resultados: Foram incluídos neste estudo 47 homens com média de idade de 61,6 ± 6,9 (48-75), com PSA médio de 11 ± 9,7 (2,4-60,5), Dos 47 pacientes incluídos no estudo, 70,2% tiveram escore de Gleason 5 ou 6 e 29, 1 %, 7 ou 8. Em relação à classificação dos tumores, seis casos apresentaram estadiamento T3a e dois apresentaram-se como T3b. Nenhum paciente apresentou estadiamento tumoral superior a T3b e houve uma caso com presença de metástase. Com relação aos biomarcadores, houve marcação positiva de c-MET em 32 casos e de ABCB5 em 5 pacientes. A marcação positiva não teve associação estatisticamente significativa com nenhum dos fatores prognósticos avaliados. Conclusão: Houve expressão do c-MET e ABCB5 nos casos de câncer de próstata estudados, sem correlação destes biomarcadores com fatores prognóticos. - DissertaçãoAdequação da profilaxia para sangramento por úlcera de estresse em pacientes internados em unidade de terapia intensivaOliveira, Rodolfo Castro Cesar de (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
O estresse fisiológico dos pacientes críticos pode desencadear várias complicações, entre elas o sangramento digestivo por úlcera de estresse (SDUE). O uso de supressores da secreção ácida para reduzir a incidência de SDUE passou a ser amplamente utilizado, mas com o atual entendimento dos riscos destes medicamentos sua utilização como profilaxia em doentes críticos está limitada aos pacientes com fatores de risco definidos. Encontramos na literatura taxas significativas de uso inapropriado de profilaxia de SDUE. Objetivos: Determinar a adequação do uso de profilaxia para sangramento por úlcera de estresse em pacientes agudamente enfermos internados em unidades de terapia intensiva de um hospital universitário em relação à diretriz mais recentemente publicada na língua portuguesa. Analisar a associação dos fatores de risco para SDUE com a adesão à diretriz de profilaxia para SDUE. Determinar a incidência de sangramento digestivo por ulcera de estresse confirmada na população estudada. Material e métodos: Estudo retrospectivo, analítico, realizado em três unidades de terapia intensiva gerais do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie que recebem pacientes adultos. Foram incluídos os pacientes que tiveram saída da UTI no período estudado e excluídos os menores de 18 anos quando do internamento, pacientes com indicação de supressão acida terapêutica e os internados eletivamente em UTI após procedimentos. Os prontuários eletrônicos foram analisados para dados epidemiológicos, fatores de risco para SDUE, uso de profilaxia para SDUE, ocorrência de qualquer sangramento digestivo e de SDUE confirmado. Da análise diária dos fatores de risco e uso de profilaxia foram levantados dados de adesão e uso apropriado de profilaxia de SDUE de acordo com as Diretrizes da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos para profilaxia da úlcera de estresse na unidade de terapia intensiva. Resultados: foram incluídos 105 sujeitos no estudo. Dos pacientes-dia com oportunidade de prescrição de profilaxia para SDUE, foi observada adesão em 95,1% (IC95% 93,13-96,53). Dos dias de prescrição de profilaxia para SDUE, foram considerados de uso apropriado 82,35% (IC 95% 79,42- 84,95). Sangramento digestivo visível ocorreu em 3,81% dos sujeitos incluídos (IC 95% 1,05-9,47). A ocorrência de SDUE confirmado foi identificada em 0,95% (IC 95% 0,02-5,19). A análise multivariada por regressão logística dos fatores de risco não identificou fatores independentemente associados com a adesão à diretriz, mas identificou fatores de risco com associação negativa, que foram lesão da medula espinhal (OR 0.02 p<0,01) e choque (OR 0.36 p=0.024). Conclusão: O presente estudo evidenciou, em uma população de pacientes adultos agudamente enfermos hospitalizados em UTI, uma alta taxa de adesão à profilaxia para SDUE nos pacientes com indicação desta. Entre os pacientes com prescrição de profilaxia para SDUE, a porcentagem de prescrições consideradas apropriadas foi superior as descritas na literatura pesquisada, mas com uso inapropriado ainda significativo. Nos pacientes com indicação de profilaxia para SDUE, a presença de lesão de medula espinhal e de choque demonstraram uma associação negativa com a adesão à diretriz. A incidência de SDUE confirmado foi baixa, mas há necessidade de estudo prospectivo na população local para definição da real incidência de SDUE. - DissertaçãoCorrelação da expressão imunohistoquímica de Beta-catenina e C-MYC com a agressividade em tumores de estômagoNaufel Junior, Carlos Roberto (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: A cada ano cerca de 990.000 pessoas são diagnosticadas com câncer gástrico em todo o mundo. Cerca de 90% dos casos são de adenocarcinomas e vários fatores estão associados com sua patogênese, sendo que a infecção crônica pelo H. Pylori é o principal fator de risco. A ressecção cirúrgica com ampla margem persiste como o tratamento padrão do câncer gástrico quando há intenção curativa, porém o diagnóstico geralmente é tardio, o que torna as taxas de sobrevida baixas. Os biomarcadores são macromoléculas presentes no organismo que podem estar relacionadas com células neoplásicas. Nenhum marcador de diagnóstico para prevenção secundária foi definido para o câncer gástrico. O c-MYC é um oncogene que participa de vários processos de carcinogênese e está descrita no câncer gástrico, podendo haver associação com características histopatológicas e a agressividade. A beta-catenina é uma proteína multifuncional, que desempenha função como proteína de adesão e como fator nas vias de sinalização. Níveis anormais de sua expressão da beta-catenina são potenciais marcadores da invasão submucosa no câncer gástrico precoce, estando associada ao tipo difuso e á metástases á distância. Objetivo: Investigar a expressão imunohistoquímica das proteínas beta-catenina e c-MYC no câncer gástrico e correlacionar com a agressividade dos tumores de estômago. Material e Método: A amostra consistiu em lâminas histopatológicas, coradas pela técnica de HE e blocos de parafina, sendo realizada imunomarcação para os biomarcadores c-MYC e beta-catenina. Dados clínicos retrospectivos foram coletados. As informações clínicoepidemiológicas foram cruzadas com o resultado obtido pela imunomarcação e sua análise estatística. Resultado: Houve predomínio de homens (69,1%), com idade média de 63,8 anos, predominando lesão localizada no antro (54,5%), pouco diferenciada (49,1%) com células em anel de sinete em 30% dos casos. Em média foram ressecados 18 linfonodos e em 30% não foram detectados linfonodos acometidos. Em 42,7% já havia metástase a distância, predominando fígado (61,7%). O estádio IV foi a classificação de 43,6%, não sendo detectado invasão angiolinfática em 77,3% e invasão perineural em 65,5%. O tratamento foi cirúrgico e quimioterápico em 87,3%, com ressecção R0 em 79,1%. O c-MYC foi negativo em 99,1% e a beta-catenina não foi expressa em 90,9%, sendo inconclusiva em 6 casos. Conclusão: A expressão imunohistoquímica das proteínas beta-catenina e c MYC nos tecidos dos pacientes com câncer gástrico deste estudo não foi observada. Os biomarcadores analisados, c-MYC e beta-catenina, não apresentaram associação com a agressividade tumoral em câncer gástrico. - DissertaçãoAnálise imunohistoquímica do CDX2, WNT3A e Beta Catenina no adenocarcinoma colorretal e sua associação na progressão de doença e mortalidadeBremer, Fabiola Pabst (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: O câncer colorretal (CCR) é um dos tipos de câncer mais comuns no mundo, com mais de um milhão de casos novos anualmente e com mortalidade estimada em 800.000 indivíduos por ano. As células epiteliais intestinais podem sofrer mutações que ocasionam vantagem proliferativa e culminam com o surgimento do câncer. Mutações da via da Beta-catenina foram descritas entre as que podem ocasionar CCR. Objetivo: Verificar a existência de relação entre a expressão de Wnt3, Beta-catenina e CDX2 em amostras de câncer colorretal com a progressão clínica de doença e evolução para óbito. Casuística e Método: Estudo retrospectivo observacional de pacientes diagnosticados com adenocarcinoma colorretal (n=122 pacientes) e acompanhados em hospital terciário de Curitiba, Paraná, envolvendo avaliação da história clínica e pesquisa dos biomarcadores Wnt3a, Beta-catenina e CDX2 por meio de análise imunoistoquímica em blocos multiamostrais. A expressão de cada marcador foi estudada para provar correlação com caracterização neoplásica e desfechos clínicos, como progressão de doença e evolução para óbito. Resultados: Houve um predomínio de casos com diagnóstico entre 50 e 70 anos (56,6%), em homens (51,6%), de tumor moderadamente diferenciado (82,8%) e com estádio clínico avançado (60,7%). Foi observada progressão de doença em 43 casos (35,2%), e evolução para óbito em 68 pacientes (55,7%). Na análise imunoistoquímica, houve expressão de CDX2 em 67,2%, de Beta-catenina em 42,6% e de Wnt3a em 43,4% dos casos. Não foram encontradas correlações significativas entre a expressão ou ausência de CDX2, Beta-catenina ou Wnt3a e estádio clínico, grau de diferenciação tumoral, presença de progressão de doença ou evolução para óbito. Conclusão: Os biomarcadores CDX2, Beta-catenina e Wnt3a não são ferramentas úteis para predizer prognóstico em pacientes com CCR. - DissertaçãoAnálise imunoistoquímica da expressão dos marcadores ALCAM e ALDH1 em pacientes com adenocarcinoma colorretal e Associação com desfechos clinicopatológicosVasconcelos, Cecilia Neves de (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
O câncer colorretal (CCR) apresenta alta mortalidade global, requerendo que investigações sejam realizadas para melhor compreender esta enfermidade. Marcadores tumorais têm surgido como sinalizadores de diagnóstico, manejo e prognóstico das neoplasias. Novos marcadores são estudados neste cenário, entre eles as proteínas Molécula de adesão do leucócito ativado ou CD166 (ALCAM) e a aldeído-desidrogenase (ALDH1). Este estudo teve como objetivo verificar se há correlação da expressão por imunoistoquímica das proteínas ALCAM e ALDH1 em tecido com adenocarcinoma colorretal com as características epidemiológicas e clinicopatológicas dos pacientes, em particular o seu impacto na progressão de doença e no óbito A metodologia utilizada foi observacional, unicêntrica, analítica, retrospectiva, através da investigação de pacientes submetidos à ressecção cirúrgica por câncer colorretal. A amostra de pacientes foi obtida entre os meses de janeiro de 2010 a dezembro 2015. Foram avaliados 122 pacientes quanto à presença dos imunomarcadores e relacionados com evento progressão e evento óbito. Em relação a progressão, a análise univariada mostrou nos indivíduos com ALCAM positiva (n=40) 14/40 (35%) tiveram progressão, p=0,607 e para ALDH positiva (n=54), 22/54 (40,7%) tiveram progressão, p=0,182. Para óbito, a análise da ALCAM positiva (n=40), 24/40(60%), p=0,789 evoluíram a óbito, ao passo do ALDH1 positivo (n=54), 33/54(61,1%), p=0771. Desta forma, o resultado do estudo mostrou não haver relação aos marcadores analisados, não foi possível afirmar que existe relação prognóstica em sua expressão. Conclusão: A expressão por imunoistoquímica dos marcadores ALCAM e ALDH1 não apresentou associação com a progressão de doença e ao evento óbito, também não foi possível observar relação de correspondência com os marcadores avaliados. - DissertaçãoAnálise imunohistoquímica do biomarcador ciclinna D1 nos carcinomas papilíferos de tireoide e bócios multinodularesBartolomei, Ivan José Paredes (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Os carcinomas papilíferos de tireoide (CPT) são os mais prevalentes e menos agressivos carcinomas de tireoide. Em alguns casos, no entanto, o diagnóstico é duvidoso e o prognóstico ruim. A busca de biomarcadores teciduais que permitam assegurar tanto o diagnóstico para casos indeterminados, quanto o prognóstico, identificando os casos de maior agressividade, têm sido estudadas nas últimas décadas. Nessa direção encontra-se a ciclina D1, um potente marcador nuclear de proliferação celular. Objetivo: Analisar o marcador molecular ciclina D1 nos CPT e nos bócios multinodulares (BMN) e verificar a correlação da marcação com as características clínico-patológicas nos carcinomas. Métodos: Foram selecionados 118 tecidos de pacientes adultos acima de 18 anos, submetidos a tireoidectomia por CPT e 40 bócios multinodulares (BMN) como grupo controle. Realizou-se imunocoloração tecidual com ciclina D1 com subsequente análise imunoistoquímica em ambos grupos, avaliando-se a expressão do marcador (intensidade e distribuição). No grupo dos CPT os dados da imunocoloração foram também cruzados com os dados clínico-patológicos. Para determinar a significância das análises, foram aplicados testes estatísticos (ANOVA, Qui-quadrado e Fischer). Resultados: A maioria (93,3%) dos 118 pacientes com CPT expressaram a coloração da ciclina D1 com intensidades variadas (fraca, moderada e forte) e distribuição predominantemente difusa (71,2%). O grupo controle dos BMN, expressou coloração para ciclina D1 em 57,5%, com intensidade fraca (47,5%) e distribuição esparsa (37,5%). A diferença entre os grupos (estudo e controle) foi estatisticamente significante (p<0,001). No grupo dos CPT, os cruzamentos clínico-patológicos não evidenciaram diferenças quanto à idade, sexo, tipo e tamanho tumoral, estado linfonodal, focalidade e invasão angiolinfática. Conclusão: A ciclina D1 foi expressa na grande maioria dos CPT sendo a distribuição difusa predominante. Não houve correlação entre a expressão da ciclina D1 com qualquer característica clínicopatológica dos CPT. - DissertaçãoO sucesso terapêutico endoscópico sobre a via biliar em pacientes idosos e não idosos : estudo comparativoHybner, Luciano de Souza (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) trata eficazmente afecções biliares e pancreáticas. Suas indicações são limitadas e específicas, uma vez que seu uso indevido atrasa o tratamento adequado, aumenta os custos e submete pacientes a eventos adversos. Idosos comumente apresentam comorbidades e variações anatômicas, como cirurgias prévias e divertículos duodenais, o que pode tornar o procedimento mais longo, mais difícil e com maior taxa de eventos adversos. Objetivo: Estudar, comparativamente, a taxa de sucesso terapêutico endoscópico sobre a via biliar nos pacientes idosos e não idosos. Casuística e Métodos: Estudo retrospectivo, observacional e transversal. A amostra foi composta por 421 pacientes. Os critérios de inclusão foram pacientes submetidos à CPRE no Serviço de Endoscopia do Hospital Nove de Julho, em São Paulo - SP, Brasil, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2014. Os critérios de exclusão foram aqueles onde não houve possibilidade de acesso a papila duodenal maior. Os pacientes incluídos no estudo foram divididos de acordo com a faixa etária, em dois grupos: Grupo 1, não idosos (pacientes com idade < 60 anos) e Grupo 2, idosos (pacientes com idade ≥60 anos). Os parâmetros analisados foram gênero, indicações do exame, achados radiológicos, sucesso terapêutico, diagnóstico e ocorrência de eventos adversos imediatos. A análise estatística dos dados foi feita com o teste do Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher. Resultados: Foram selecionados 412 pacientes. No Grupo 1 contabilizou-se 177 pacientes e no Grupo 2, 235. Houve predomínio de procedimentos realizados em caráter eletivo, principalmente no Grupo 1. A principal indicação foi coledocolitíase, porém percentualmente maior no grupo 1. Grupo 2 apresentou mais indicação por neoplasia de papila e estenose maligna. Quando comparado o Grupo 1 com o Grupo 2, em relação ao sucesso na cateterização e no clareamento das vias biliares, houve diferença estatisticamente significante com maiores taxas de ambos os parâmetros para o Grupo 1 (Tabela 5).Conclusão: O sucesso da cateterização e o clareamento completo da via biliar foi alto nos dois grupos, mas significativamente superior no grupo de doentes jovens. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos referente aos eventos adversos imediatos, mostrando eficácia e segurança do procedimento. - DissertaçãoO impacto do envolvimento das artérias lenticuloestriadas na extensão da ressecção e na sobrevida dos gliomas da ínsulaBark, Samir Ale (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Os gliomas são tumores encefálicos e da medula espinhal que se originam nas células gliais e cuja progressão invade o tecido cerebral adjacente, sendo também denominados de intra-axiais por esta característica. A sintomatologia inicial possui estreita relação com a sua topografia e o tratamento ideal é a ressecção do maior volume tumoral com menor morbidade e maior sobrevida. Dentre os gliomas encefálicos um dos mais desafiadores são aqueles localizados no lobo cerebral da ínsula. Este repto é devido ao fato de que a ínsula se constitui em um lobo cerebral profundo e envolvido por inúmeras artérias denominadas de artérias lenticuloestriadas. Estas artérias possuem seu trajeto do plano lateral ao plano medial e neste plano irrigam estruturas nobres e sua lesão pode produzir danos sensitivos, motores e de linguagem entre outros. Justifica-se a realização deste trabalho com a finalidade de compreender a intima relação das artérias lenticuloestriadas com o lobo da ínsula. O objetivo principal neste estudo é descrever o impacto da extensão da ressecção, sobrevida global e dos resultados funcionais após a cirurgia dos gliomas insulares. quando estes tumores estejam ou não envolvidos pelas artérias lenticuloestriadas. Casuística e Método: Foram avaliados 52 pacientes portadores de gliomas insulares e analisados sob a ótica da importância, do conhecimento, da anatomia estrutural e vascular, bem como do mapeamento cerebral em relação ao grau de ressecção tumoral, à sobrevida e déficit neurológico. Resultados: Ao analisar a relação da abordagem cirúrgica com o grau de ressecção cirúrgica foi encontrado um p igual a 0,399 resultando em escolha esta que também não foi significante em relação a sobrevida cujo p foi de 0,530.Ao se avaliar a relação entre o mapeamento cerebral e a presença de déficit neurológico no pós operatório precoce encontramos um p de 0,451 denotando que os pacientes que foram submetidos ao procedimento cirurgico seja acordado ou seja com PEM ou PESS obtiveram uma menor possibilidade de déficit neurológico .No mesmo cerne, quando se avaliou a presença de déficit neurológico no pós operatório tardio encontramos um p de 0,218 demonstrando que os pacientes que foram submetidos ao procedimento cirurgico seja acordado ou seja com PEM ou PESS obtiveram uma menor possibilidade de déficit neurológico. Ao se analisar o eenvolvimento das artérias lenticuloestriadas e o grau de resseção cirurgica, nosso p foi de 0,007 expressando a existencia de uma menor possibilidade de remoção tumoral quando do envolvimento das artérias ao tempo em que este envolvimento tambem determinou uma redução da sobrevida, quando nosso p foi de 0,181. Conclusão: Quando comparamos o não envolvimento das artérias lenticuloestriadas e o envolvimento delas pelos gliomas insulares, concluiu-se que ocorre uma redução da amplitude de ressecção bem como a redução da sobrevida e maior possibilidade de déficit neurológico nos casos em que o tumor se encontra de permeio a elas. - DissertaçãoEfeito do curativo de nanofibras de celulose vegetal sobre a cicatrização de queimaduras de terceiro grau em ratosTakejima, Milka Lie (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
INTRODUÇÃO: O tratamento das queimaduras de 3˚ grau representa um grande desafio na área médica. É necessário o desenvolvimento de novos recursos que auxiliem no tratamento dessas lesões. A celulose vegetal de pinus é um biomaterial com características semelhantes às da celulose bacteriana e possui um custo menor de produção. OBJETIVO: Avaliar a segurança da membrana de celulose vegetal (pinus) no tratamento de queimaduras de terceiro grau em ratos e comparar sua eficácia à da membrana bacteriana já comercializada. MATERIAL E MÉTODO: Foi realizado um estudo com 33 ratos Wistar. Os animais foram submetidos a queimadura de terceiro grau na pele do dorso, mediante aplicação de água a 98º C, durante 30 segundos. Em seguida, foram distribuídos em três grupos (n = 11): Grupo 1 - curativo simples com gaze, Grupo 2 - curativo com membrana de celulose bacteriana e Grupo 3 - curativo com membrana de celulose vegetal . Os animais foram avaliados durante 15 dias para verificar o estado clínico geral, aspecto macroscópico, contração das feridas e análise microscópica pelo grau de cicatrização e colagenizacao. RESULTADOS: Os animais permaneceram clinicamente bem durante o experimento. Não houve diferença entre os grupos em relação à variação ponderal. Durante a retirada do curativo secundário, houve sangramento na ferida do grupo controle, diferente dos grupos tratados com as membranas de celulose, que protegeram o leito da lesão. Houve uma maior contração das feridas tratadas com as membranas em relação ao grupo controle, embora sem valor estatístico (p˃0,346). A análise microscópica mostrou que a maioria das feridas apresentava-se em grau avançado de cicatrização, com predomínio de colágeno maduro em todos os grupos. CONCLUSÃO: A membrana de celulose de pinus apresentou eficácia semelhante à da membrana bacteriana no tratamento de queimaduras de 3˚ grau. - DissertaçãoCarcinoma mamário ductal invasor: correlação da expressão imunoistoquímica de AXL e Β-Catenina com a agressividade tumoralGennaro, Lucas (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: O câncer de mama corresponde à neoplasia de ocorrência mais frequente nas mulheres, representando um grande problema de saúde pública mundial, com aumento na incidência e mortalidade. O carcinoma ductal invasor corresponde ao tipo histológico mais comum, muito embora existam formas diferentes de evolução clínica, considerando-se graduação histológica, expressão de determinados marcadores teciduais e perfis genômicos. Objetivos: Analisar a correlação dos marcadores β-Catenina e AXL com agressividade tumoral nos pacientes com adenocarcinoma mamário do tipo ductal invasor, tendo como referência a sobrevida global, progressão tumoral e fatores prognósticos histopatológicos. Métodos: realizado um estudo retrospectivo, onde foram selecionadas 101 amostras de carcinoma mamário ductal invasor de pacientes atendidos no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie de Curitiba entre 2010 e 2015. Foram incluídos no estudo pacientes com diagnóstico de carcinoma mamário invasor do tipo ductal, submetidas inicialmente a procedimento diagnóstico (biópsia) ou tratamento cirúrgico definitivo (ressecção segmentar ou mastectomia radical modificada) conforme protocolo de atendimento utilizado. Incluiu-se ainda no estudo para fins de controle 20 amostras de carcinoma intraductal, 35 amostras de fibroadenoma mamário e 10 amostras de tecido mamário sem qualquer alteração. Foram excluídos da pesquisa pacientes com diagnóstico de carcinoma ductal invasor submetidos a quimioterapia neoadjuvante que não dispusessem de amostra tumoral (blocos) previamente ao tratamento quimioterápico, pacientes que perderam o seguimento ou ainda que apresentassem material e dados incompletos necessários ao desenvolvimento do estudo. O presente estudo foi realizado com a técnica de confecção dos Blocos Multi-Amostrais (BMA) e imunoistoquímica. Resultados: Os principais resultados obtidos, quando analisada a expressão da β-Catenina, foi de resultado inconclusivo ou com expressão negativa. Esses achados contrariam os dados de literatura, considerando-se a hipótese de falha da imunomarcação nos resultados negativos, possivelmente relacionadas às condições de conservação do bloco histológico ou qualidade do anticorpo utilizado. Quanto ao AXL, foram observados diferentes graus de expressão (negativo / fraco / moderado / forte) sem, no entanto, significância estatística entre eles quando correlacionados aos diversos subgrupos que incluíam idade, evolução clínica e fatores prognósticos histopatológicos. Esses resultados também contrariam os dados disponíveis na literatura e podem estar relacionados a número insuficiente de casos ou ainda falhas relacionadas ao processo de imunomarcação como anteriormente descrito. Conclusão: os resultados conflitantes com a literatura e possíveis falhas no processo de imunomarcação apontam a necessidade de novos estudos visando confirmar/refutar os resultados aqui obtidos. - DissertaçãoAvaliação histológica das cápsulas formadas por implantes de silicone texturizados sem e com cobertura por tela de poliéster (PARIETEX) : estudo em ratasBerger, Ralf (2020-07-30)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: Nas cirurgias de reconstrução mamária, em que muitas vezes há falta de tecidos causada pela mastectomia, ainda são necessários novos materiais capazes de cobrir implantes mamários e que causem pouca reação inflamatória ou contratura capsular. O material atualmente mais utilizado para este fim é a matriz dérmica acelular que possui um custo, muitas vezes, proibitivo. Uma alternativa pode ser a utilização de telas cirúrgicas de poliéster, que há tempo são utilizadas em diversas cirurgias. Objetivos: Avaliar histologicamente as cápsulas formadas ao redor dos implantes de silicone texturizados sem e com cobertura por tela de poliéster multifilamentar com camada de colágeno porcino. Material e método: Foram utilizadas 60 ratas Wistar distribuídas em dois grupos (sem e com tela) com 30 ratas em cada. Cada grupo foi, posteriormente, subdividido em dois subgrupos, para avaliação com 30 e 90 dias de pós-operatório. Analisaram-se as cápsulas por meio das colorações de hematoxilina e eosina (HE) e picrosírius. Resultados: A quantidade de fibroblastos, neutrófilos e macrófagos foi semelhante entre todos os subgrupos. Houve uma reação linfocitária mais exacerbada nos 30 dias (p=0,003) no grupo com tela e, quando comparados entre si, os grupos sem e com tela nos 90 dias não apresentaram diferença. A reação giganto-celular, tecido de granulação e neoangiogênese foi semelhante entre todos os subgrupos. A metaplasia sinovial foi mais discreta nos 90 dias em ambos os grupos (sem tela p=0,002 e com tela p<0,001) e não houve diferença entre os grupos sem e com tela. A espessura da cápsula foi significativamente maior na presença de tela, em ambos os subgrupos (30 dias p<0,001 e 90 dias p<0,001). Houve quantidade semelhante de colágenos tipos I e III em ambos os grupos. Conclusões: A quantidade de fibroblastos, neutrófilos e macrófagos não se alterou com a presença de tela. Houve uma reação linfocitária maior no subgrupo de 30 dias com tela. A reação giganto-celular, tecido de granulação e neoangiogênese foi semelhante entre os subgrupos. A metaplasia sinovial foi mais discreta aos 90 dias em ambos os grupos e a espessura da cápsula foi maior com a presença de tela, em ambos os subgrupos. A quantidade de colágenos tipos I e III foi semelhante entre os grupos. - DissertaçãoAnálise das respostas teciduais e do padrão de cicatrização quando da inserção em defeitos periostais na calvária de coelhos de dois tipos de membranas produzidas por meio de bioengenhariaRibas Filho, Josemael de Oliveira (2021)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Simultaneamente ao desenvolvimento de novos biomateriais, abundantes modalidades cirurgias têm sido proposta, com finalidade de promover uma adequada regeneração de defeitos ósseos, sem proporcionar fenestrações ou deiscências. Entre as técnicas regenerativas atualmente aceitas para este propósito, destaca-se a regeneração tecidual guiada (RTG). Assim, esta técnica consiste no emprego de uma membrana, comumente reabsorvível, aplicada sobre a área óssea lesada no intuito de incitar a regeneração das áreas perdidas ao mesmo tempo que impede a migração outros tecidos que cerceiam o tecido ósseo na área injuriada. Atualmente, mais de 20 tipos diferentes de polímeros são usados em aplicações médicas com este propósito, e entre eles destaca-se o colágeno, polímero ao qual, pela sua hidrólise parcial pode se obter a gelatina. Este estudo, realizado no Instituto de Pesquisas Médicas (IPEM) da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR), teve como objetivo avaliar o padrão de cicatrização, a resposta histológica do organismo frente a inserção de uma membrana a base de gelatina tipo A, desenvolvida por impressão tridimensional na Universidade de Marquette, Milwaukee, Estados Unidos, e comparar este resultado à uma membrana comercial. Para o delineamento do estudo, foram selecionadas 15 coelhas adultas da raça Nova Zelândia. Na região parietal de cada calvária de cada coelha, foram realizados dois procedimentos cirúrgico para criação de uma bolsa supraperiostal, e implantados dois tipos de membranas reabsorvíveis: A- Membrana Marquette e B- Membrana Bio-Gide® (Geistlich – Suíça). Após o procedimento cirúrgico os animais foram alocados em 3 subgrupos grupos randomicamente selecionados (n=5) para o período de eutanásia, a qual ocorreu no período de 2, 4 e 6 semanas pós-operatórias. Posteriormente, as áreas da calvária foram removidas, acondicionadas em solução de formalina a 10% e processados para análise histológica através de coloração com Hematoxilina e Eosina. Cada fragmento de interesse foi analisado no intuito de averiguar formação de periósteo, avaliação de infiltrado inflamatório na área de inserção de membrana, degradação/reabsorção da membrana, e fibrose perimembranar. Os dados obtidos foram tabulados em Excel e submetidos a análise estatística. Os resultados demonstraram que ao redor da membrana Bio-Gide®, ocorreu discreta infiltração inflamatória. Ainda, foi verificada que a membrana sofreu reabsorção ao decorrer do período pós-operatório com reconstrução de um periósteo prevalentemente de caráter fibroso. Em contrapartida a membrana Marquette também não desencadeou importante reação inflamatória. Contudo, não foi verificada reabsorção da membrana testada durante o período analisado neste estudo, e ocorreu uma significante formação de cápsula fibrosa cerceando toda área membranar. Os resultados obtidos aqui, sugerem que a membrana Marquette produz uma reação de isolamento tecidual, e minimiza a formação periostal ao mesmo tempo que não proporciona sua degradação. - DissertaçãoGliomas da ínsula : correlação entre o tipo de abordagem (transilviana x transcortical) com extensão de ressecção, morbidade e sobrevidaBuffon, Viviane Aline (2021)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Os tumores da ínsula são responsáveis por até 25% dos gliomas de baixo grau e 10% dos de alto grau. A ínsula apresenta uma anatomia complexa, incluindo um córtex eloquente e íntimo contato com uma vascularização responsável pelo suprimento arterial para o sistema motor e de linguagem. A escolha de corredores transsilviano ou transcortical para ressecção de gliomas insulares permanece controversa, e as principais preocupações são a lesão vascular durante a dissecção transilviana e o comprometimento funcional no acesso transcortical. O objetivo deste estudo é comparar se há diferença entre a extensão da ressecção da lesão, a morbidade pós operatória ou sobrevida entre as duas abordagens. Pacientes e Método: Foram avaliados 55 pacientes submetidos à ressecção de gliomas insulares e extraídos os dados referentes ao sexo, idade na data do procedimento cirúrgico, presença de epilepsia refratária no pré-operatório, lado da lesão, o volume da lesão em cm3 , calculados a partir da RM encefálica pré-operatória, classificação dos tumores insulares, a técnica cirúrgica utilizada, monitorização intraoperatória, grau histológico obtido através do exame anatomopatológico, extensão da ressecção cirúrgica no pós operatório, exame neurológico no pré-operatório, pós-operatório tardio, avaliado em 6 meses, além do seguimento evolutivo até dezembro de 2020. Resultados: Foram analisados dados de 55 pacientes com gliomas insulares de baixo ou alto grau. Trinta e um pacientes (56,4%) foram submetidos a abordagem transilviana, e 28 pacientes (43,6%) a abordagem transcortical. A extensão da ressecção (EOR) > 90% foi de 61,3% no grupo transsilviano e 45,8% no grupo transcortical (p = 0,385). A avaliação pós-operatória tardia para os 2 grupos foi semelhantes. No geral, 8 pacientes (25,8%) no grupo transsilviano e 5 pacientes (20,8%) no grupo transcortical apresentou déficit neurológico persistente no pós- operatório tardio. A sobrevida em 24 meses é de 81,3% no grupo transcortical e 92% no transcortical. Conclusões: A abordagem transilviana e transcortical não apresentam diferença significativa em relação ao grau de ressecção (P=0,385), na sobrevida (P=0,204) e na presença de déficit no pós operatório tardio.