Expressão imunohistoquímica das proteínas ciclina D1 e C-MYC em meningiomas intracranianos

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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2020
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Araujo Júnior, Francisco Alves de
Orientador
Ribas, Carmen Australia Paredes Marcondes
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Collaço, Luiz Martins
Giovanini, Allan Fernando Giovanini
Borba, Luis Alencar Biurrum
Programa
Princípios da Cirurgia
Resumo
O meningioma intracraniano é o tumor mais frequente do sistema nervoso central. A sua incidência aumenta com o avançar da idade, acometendo mais frequentemente o sexo feminino. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é classificado histologicamente em grau I, II e III. A pesquisa de marcadores imunohistoquímicos é importante para auxiliar na terapia alvo e prognósticos dos pacientes. Dentre os marcadores preditores de agressividade e recorrência tumoral, estão a ciclina D1 e o c-MYC. Ambos têm relação direta com o ciclo celular, atuando durante a transição da G1/fase S. Objetivo: Avaliar a expressão dos marcadores ciclina D1 e c-MYC em meningiomas intracranianos e correlacioná-la com a agressividade e recorrência desses tumores. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, transversal, realizado em Curitiba (Paraná), em um hospital universitário referência na área de neurocirurgia. Utilizou-se dados dos prontuários de pacientes com diagnóstico de meningioma intracraniano que foram internados e submetidos a ressecção cirúrgica, no período de janeiro de 2012 a setembro de 2018. Os dados epidemiológicos, clínicos e radiológicos foram coletados e anotados no protocolo da pesquisa. Foi realizada imunohistoquímica para os marcadores ciclina D1 e c-MYC em todas as amostras. Os dados referentes ao grau histológico dos tumores foram cruzados com o resultado obtido pela imunomarcação e submetida a análise estatística (teste qui-quadrado). Resultados: O estudo incluiu 51 pacientes (72,5% mulheres e 27,5% homens) com média de 53,5 anos. A cefaleia foi o sintoma mais comum e tumores localizados na base do crânio representaram 53% dos casos. Meningiomas grau I foram detectados em 58,8%, grau II em 29,4% e grau III em 9,8%. A recidiva tumoral foi observada em dois casos (3,9%) e pacientes livres de doença corresponderam a 49%. A média do tempo de seguimento foi de 798 dias (intervalo de 13 a 2267 dias). O marcador ciclina D1 foi identificado em 100% dos meningiomas e a intensidade de sua expressão foi fraca em 52,4% das lesões grau I, moderada em 50% dos tumores grau II e forte em 100% dos tumores grau III (p<0,001). O marcador c-MYC foi identificado em 17,7% (4,7% dos tumores grau I, 66,7% dos tumores grau II e 100% dos tumores grau III) e sua expressão foi fraca em 50% dos tumores grau II e moderada em 100% dos meningiomas grau III (p<0,001). A presença dos marcadores não teve relação estatisticamente significativa com o desfecho dos pacientes. Conclusão: A proteína ciclina D1 apresentou expressão em todas as amostras de meningiomas e o marcador c-MYC apresentou expressão em 18% dos casos. Quanto maior o grau histológico desses tumores, mais intensa é a expressão dos marcadores. No presente estudo, não se evidenciou relação dos marcadores com a recorrência tumoral.
Descrição
Palavras-chave
meningioma , ciclina d1 , proteínas proto-oncogênicas c-myc
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