Correlação da expressão imunohistoquímica de Beta-catenina e C-MYC com a agressividade em tumores de estômago
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2020
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Naufel Junior, Carlos Roberto
Orientador
Czeczko, Nicolau Gregori
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Polanski, José Fernando
Brenner, Antonio Sergio
Rutz, Leticia Elizabeth Augustin Czeczko
Brenner, Antonio Sergio
Rutz, Leticia Elizabeth Augustin Czeczko
Programa
Princípios da Cirurgia
Resumo
Introdução: A cada ano cerca de 990.000 pessoas são diagnosticadas com câncer
gástrico em todo o mundo. Cerca de 90% dos casos são de adenocarcinomas e
vários fatores estão associados com sua patogênese, sendo que a infecção crônica
pelo H. Pylori é o principal fator de risco. A ressecção cirúrgica com ampla margem
persiste como o tratamento padrão do câncer gástrico quando há intenção curativa,
porém o diagnóstico geralmente é tardio, o que torna as taxas de sobrevida baixas.
Os biomarcadores são macromoléculas presentes no organismo que podem estar
relacionadas com células neoplásicas. Nenhum marcador de diagnóstico para
prevenção secundária foi definido para o câncer gástrico. O c-MYC é um oncogene
que participa de vários processos de carcinogênese e está descrita no câncer
gástrico, podendo haver associação com características histopatológicas e a
agressividade. A beta-catenina é uma proteína multifuncional, que desempenha
função como proteína de adesão e como fator nas vias de sinalização. Níveis
anormais de sua expressão da beta-catenina são potenciais marcadores da invasão
submucosa no câncer gástrico precoce, estando associada ao tipo difuso e á
metástases á distância. Objetivo: Investigar a expressão imunohistoquímica das
proteínas beta-catenina e c-MYC no câncer gástrico e correlacionar com a
agressividade dos tumores de estômago. Material e Método: A amostra consistiu
em lâminas histopatológicas, coradas pela técnica de HE e blocos de parafina,
sendo realizada imunomarcação para os biomarcadores c-MYC e beta-catenina.
Dados clínicos retrospectivos foram coletados. As informações
clínicoepidemiológicas foram cruzadas com o resultado obtido pela imunomarcação
e sua análise estatística. Resultado: Houve predomínio de homens (69,1%), com
idade média de 63,8 anos, predominando lesão localizada no antro (54,5%), pouco
diferenciada (49,1%) com células em anel de sinete em 30% dos casos. Em média
foram ressecados 18 linfonodos e em 30% não foram detectados linfonodos
acometidos. Em 42,7% já havia metástase a distância, predominando fígado
(61,7%). O estádio IV foi a classificação de 43,6%, não sendo detectado invasão
angiolinfática em 77,3% e invasão perineural em 65,5%. O tratamento foi cirúrgico e
quimioterápico em 87,3%, com ressecção R0 em 79,1%. O c-MYC foi negativo em
99,1% e a beta-catenina não foi expressa em 90,9%, sendo inconclusiva em 6
casos. Conclusão: A expressão imunohistoquímica das proteínas beta-catenina e c MYC nos tecidos dos pacientes com câncer gástrico deste estudo não foi observada.
Os biomarcadores analisados, c-MYC e beta-catenina, não apresentaram
associação com a agressividade tumoral em câncer gástrico.
Descrição
Palavras-chave
genes c-myc , beta-catenina , neoplasias gástricas , biomarcadores tumorais