O impacto do envolvimento das artérias lenticuloestriadas na extensão da ressecção e na sobrevida dos gliomas da ínsula
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2020
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Bark, Samir Ale
Orientador
Isolan, Gustavo Rassier
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Ribas Filho, Jurandir Marcondes
Giovanini, Allan Fernando
Dobrowolski, Samuel
Giovanini, Allan Fernando
Dobrowolski, Samuel
Programa
Princípios da Cirurgia
Resumo
Os gliomas são tumores encefálicos e da medula espinhal que se originam nas células gliais e cuja progressão invade o tecido cerebral adjacente, sendo também denominados de intra-axiais por esta característica. A sintomatologia inicial possui estreita relação com a sua topografia e o tratamento ideal é a ressecção do maior volume tumoral com menor morbidade e maior sobrevida. Dentre os gliomas encefálicos um dos mais desafiadores são aqueles localizados no lobo cerebral da ínsula. Este repto é devido ao fato de que a ínsula se constitui em um lobo cerebral profundo e envolvido por inúmeras artérias denominadas de artérias lenticuloestriadas. Estas artérias possuem seu trajeto do plano lateral ao plano medial e neste plano irrigam estruturas nobres e sua lesão pode produzir danos sensitivos, motores e de linguagem entre outros. Justifica-se a realização deste trabalho com a finalidade de compreender a intima relação das artérias lenticuloestriadas com o lobo da ínsula. O objetivo principal neste estudo é descrever o impacto da extensão da ressecção, sobrevida global e dos resultados funcionais após a cirurgia dos gliomas insulares. quando estes tumores estejam ou não envolvidos pelas artérias lenticuloestriadas. Casuística e Método: Foram avaliados 52 pacientes portadores de gliomas insulares e analisados sob a ótica da importância, do conhecimento, da anatomia estrutural e vascular, bem como do mapeamento cerebral em relação ao grau de ressecção tumoral, à sobrevida e déficit neurológico. Resultados: Ao analisar a relação da abordagem cirúrgica com o grau de ressecção cirúrgica foi encontrado um p igual a 0,399 resultando em escolha esta que também não foi significante em relação a sobrevida cujo p foi de 0,530.Ao se avaliar a relação entre o mapeamento cerebral e a presença de déficit neurológico no pós operatório precoce encontramos um p de 0,451 denotando que os pacientes que foram submetidos ao procedimento cirurgico seja acordado ou seja com PEM ou PESS obtiveram uma menor possibilidade de déficit neurológico .No mesmo cerne, quando se avaliou a presença de déficit neurológico no pós operatório tardio encontramos um p de 0,218 demonstrando que os pacientes que foram submetidos ao procedimento cirurgico seja acordado ou seja com PEM ou PESS obtiveram uma menor possibilidade de déficit neurológico. Ao se analisar o eenvolvimento das artérias lenticuloestriadas e o grau de resseção cirurgica, nosso p foi de 0,007 expressando a existencia de uma menor possibilidade de remoção tumoral quando do envolvimento das artérias ao tempo em que este envolvimento tambem determinou uma redução da sobrevida, quando nosso p foi de 0,181. Conclusão: Quando comparamos o não envolvimento das artérias lenticuloestriadas e o envolvimento delas pelos gliomas insulares, concluiu-se que ocorre uma redução da amplitude de ressecção bem como a redução da sobrevida e maior possibilidade de déficit neurológico nos casos em que o tumor se encontra de permeio a elas.
Descrição
Palavras-chave
gliomas da ínsula , mapeamento cerebral , artérias lenticuloestriadas