Princípios da Cirurgia - Teses - Medicina Curitiba
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- TeseDesempenho das diretrizes AGA, Fukuoka e Europeia em pacientes com incidentalomas císticos mucinosos do pâncreas submetidos, antes de sua aplicação, à ultrassonografia endoscópica com punção por agulha finaPacheco, Débora Azeredo de Castro (2023)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: Consensos internacionais, como American Gastroenterological Association (AGA-2015), IAP/Fukuoka (IAP-2017) ou European Study Group (DE-2018) são as diretrizes comumente usadas para identificar pacientes com alto risco de desenvolver câncer ou com câncer. Sua aplicabilidade, entretanto, baseia-se na investigação por exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC), colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM), sem confirmação histológica. A adoção desta estratégia favorece o tratamento excessivo. Objetivo: Comparar o desempenho e os resultados dessas diretrizes em neoplasia mucinosa incidental (NM) após diagnóstico obtido pela punção com agulha fina guiada por ultrassom endoscópico (USE-PAF). Métodos: Estudo unicêntrico, retrospectivo (2010-2021), com coleta prospectiva de dados de pacientes assintomáticos com NM submetidos a EUS-PAF no Hospital Moriah, em São Paulo, Brasil. A seleção apropriada da coorte incluiu imagens ambíguas quanto ao diagnóstico de NM ou a presença e/ou desenvolvimento de outras características preocupantes, conforme definido pelas diretrizes internacionais. Após análise microhistológica (McH) do material obtido pela USE-PAF, cada um dos critérios da diretriz foi aplicado para identificar câncer entre os pacientes com NM. Resultados: 251 pacientes tiveram o diagnóstico confirmado pela USE-PAF ou cirurgia. A maioria era assintomática, com média de idade de 64,7 anos (25-85 anos), predominantemente do sexo feminino. O diagnóstico final revelou 27,8% (39) com NM maligno ou sinais de alto risco. A sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo e a razão de verossimilhança das diretrizes AGA-2015, IAP-2017 e DE-2018 foram devidamente avaliadas e comparados (p<0,001). Após aplicação dos critérios AGA-2015, IAP-2017 e DE-2018, observou-se que os NM detectados incidentalmente foram encaminhados para cirurgia desnecessariamente em 66%, 46% e 15%, respectivamente (p<0,001). As diretrizes da AGA-2015, IAP-2017 e DE-2018 não identificaram NM malignos e de alto risco em 59%, 33,3% e 46,1%, respectivamente, com (p=1,00). Após o diagnóstico obtido pela USE-PAF, as diretriz da AGA-2015 mostraou-se altamente específicas quando comparadas às demais. Os critérios da IAP-2017, no entanto, mostrou melhor sensibilidade. Em relação ao encaminhamento cirúrgico, todas as diretrizes apresentaram sensibilidade moderada; A AGA-2015 e DE-2018 mostraram especificidade mais precisa e todos perderam um número semelhante de lesões malignas. Conclusão: Este estudo concluiu que a DE-2018 europeia mostrou-se mais precisa para ser utilizada em pacientes com NM assintomática após o diagnóstico obtido pela USE-PAF. - TeseImunoexpressão de TGF-BETA 1 e CD68 nas cápsulas formadas por implantes texturizados sem e com cobertura por tela (PARIETEX®): estudo em ratasBerger, Ralf (2022)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: Nas cirurgias de reconstrução mamária, em que muitas vezes há falta de tecidos causada pela mastectomia, ainda são necessários novos materiais capazes de cobrir implantes mamários e que causem pouca reação inflamatória ou contratura capsular. O material atualmente mais utilizado para este fim é a matriz dérmica acelular que possui um custo, muitas vezes, proibitivo. Uma alternativa pode ser a utilização de telas cirúrgicas de poliéster, que há tempo são utilizadas em diversas cirurgias. Objetivo: Avaliar a formação de fibrose nas cápsulas formadas por implantes texturizados sem e com cobertura por tela através da expressão do marcador TGF-β1 e de macrófagos CD68 positivos com o CD68, por porcentagem no campo de grande aumento. Material e método: Foram utilizadas 60 ratas Wistar distribuídas em dois grupos (sem e com tela) com 30 ratas em cada. Cada grupo foi, posteriormente, subdividido em dois subgrupos, para avaliação com 30 e 90 dias de pós-operatório. O valor de p foi corrigido por Bonferroni, menor que 0,012. Resultados: Não houve diferença na expressão do TGF-β1 entre os grupos sem e com tela e dos 30 para os 90 dias no grupo sem tela. No grupo com tela, houve maior expressão do imunomarcador TGF-β1 aos 90 dias. A expressão do CD68 foi semelhante entre os grupos sem e com tela e semelhante entre os subgrupos de 30 e 90 dias. Conclusões: Não houve diferença na fibrose através da expressão de TGF-β1 e de macrófagos CD68 positivos entre os grupos sem e com tela, porém, dentro do grupo que utilizou a tela, a expressão do TGF-β1 foi maior aos 90 dias. - TeseLesões serrilhadas superficialmente elevadas e lesões deprimidas convencionais e seus riscos para carcinoma. Aspectos endoscópicos e histopatológicos. Considerações sobre a histogênese e o rastreamento do câncer colorretalParada, Artur Adolfo (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: Nas colonoscopias há ainda muitas lesões perdidas, a proteção é menor no cólon proximal e acontecem muitos casos de carcinomas de intervalo. Objetivo: Comparar as características das lesões serrilhadas superficialmente elevadas (G1) com as lesões deprimidas (G2), que são as lesões mais difíceis de detectar durante as colonoscopias e seus riscos para câncer. Método: Estudo retrospectivo, transversal, observacional, no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, Brasil. G1: 217 lesões serrilhadas superficiais elevadas ressecadas de janeiro 2012 - maio 2019. G2: :558 lesões deprimidas, janeiro 2006 – maio 2019. Resultados: No G1, 47 lesões IIA com 5 a 10 mm (21,7%) e 170 LST (78,3%) com > 10 mm (até 8,0 cm), em 12653 colonoscopias (1,7%). No G2, 558 lesões (IIA+IIC - 63,8%, IIC - 23,5% e IIC+IIA - 12,7%) a partir de 1 ou 2 mm (até 6,0 cm), em 36174 colonoscopias (1,5%). Idade: G1 aumentando nos > 60 anos e as deprimidas, nos > 50 anos (p -0,026). No G1 sexo feminino (63,4%) e no G2, não houve predominância (p<0,001). Tamanho médio: G1: 16,2 mm e G2: 9,2mm. G1: predomínio de 1,0 a 2,0 cm e deprimidas <10 mm (p<0,001). No G1 185 lesões < 20 mm, sendo 62,7% hiperplásicas e 37,3% ASS. Nas 32 lesões > 20 mm, 22 ASS (68,7%) e 10 PH (31,3%) (p<0,05). No G2, com um grande percentual de displasias AG em relação as de BG (p<0,001) e esta diferença se acentuou a partir de 10 mm. Localização: G1 predominou no cólon proximal e G2, no distal e reto (p<0,001). No G1, todas as 17 lesões do reto eram hiperplásicas (100%), no sigmoide, 18 de 22 (81,8%) e no descendente 18 de 19 (94,7%). Por outro lado, 94,5% dos 91 ASS se localizaram no cólon proximal. Quanto a histologia no G1 não observamos nenhum carcinoma invasivo para a submucosa e no G2, 28 casos (5,0%). Excluindo os pólipos hiperplásicos do G1 e considerando os carcinomas invasivos para a submucosa como neoplasias de alto grau no G2, ficamos com 91 adenomas sésseis serrilhados no G1, com 88 (96,7%) com alterações mucosas arquiteturais discretas (NIMBG) e 3 (3,3%) neoplasias na mucosa de alto grau (NIMAG) e no G2, 417 NIMBG e 141 Neoplasias de Alto Grau, sendo 113 na mucosa (NIMAG) e 28 adenocarcinomas invadindo a submucosa (p<0,001). Conclusão: As lesões serrilhadas ressecadas são maiores, se localizam preferencialmente no cólon proximal ao ângulo esplênico, principalmente em mulheres, a partir da sexta década e com um gradiente crescente de alterações arquiteturais do reto ao ceco. As deprimidas são menores, em todos os segmentos do cólon, em ambos os sexos, a partir da quinta década e com grau acentuado de displasia e que se mantém praticamente inalterado em relação a sua localização. Os 91 ASS apresentaram displasias intensas em 3,3% dos casos e nenhum carcinoma. As 558 lesões deprimidas apresentaram displasias intensas na mucosa em 20,2% dos casos e carcinomas invadindo a submucosa em 5,0%, totalizando neoplasia de alto risco em 25,2% das lesões deprimidas (p<0,001). - DissertaçãoExpressão dos biomarcadores c-MYC, CDX2 e Betacatenina no adenocarcinoma de próstata e sua correlação com fatores prognósticosRibas, Maurício Marcondes (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: O adenocarcinoma de próstata tem sido extensivamente caracterizado molecularmente nos últimos anos para fornecer ferramentas que possam permitir a diferenciação de subgrupos com implicações prognósticas e terapêuticas diferentes. O c-MYC é um dos principais genes responsáveis pela regulação do crescimento e metabolismo celular e sua superexpressão o transforma em um potente oncogene. O CDX2 é um fator de transcrição nuclear intestinal e age como um importante regulador de genes específicos envolvidos na proliferação e diferenciação das células. A Betacatenina é uma molécula de sinalização nuclear e um oncogene bastante estudado nos cânceres humanos, incluindo o câncer de próstata. Objetivos: Avaliar a presença dos marcadores imunoistoquímicos c-MYC, CDX2 e Betacatenina no adenocarcinoma de próstata e analisar se a expressão dos marcadores c-MYC, CDX2 e Betacatenina apresenta correlação com fatores de prognostico. Material e Método: Foram selecionados 170 casos de adecarcinoma de próstata obtidos através de busca ativa em prontuário eletrônico SOUL MV HOSPITALAR com o CID10 C.61. Também foi realizada revisão dos prontuários físicos e de laudos anátomo-patológicos do Serviço de Patologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie de Curitiba no período compreendido entre 2011 e 2014.Foi realizada imunoistoquímica para os biomarcadores c-MYC, CDX2 e Betacatenina em todas as amostras. Dados clínicos retrospectivos foram coletados e plotados em tabelas de dados. Através da técnica TMA (tissue microarray) os tecidos foram submetidos a imunoistoquímica pela técnica de peroxidase. As informações clínico-epidemiológicas foram cruzadas com o resultado obtido pela imunomarcação e sua análise estatística. Resultados: Foram incluídos neste estudo 47 homens com média de idade de 61,6 ± 6,9 (48-75), com PSA médio de 11 ± 9,7 (2,4-60,5), Dos 47 pacientes incluídos no estudo, 70,2% tiveram escore de Gleason 5 ou 6 e 29,1 %, 7 ou 8. Em relação à classificação dos tumores, seis casos apresentaram estadiamento T3a e dois apresentaram-se como T3b. Um paciente apresentou metástase. Com relação aos biomarcadores só houve positividade em um dos pacientes para o c-MYC, nenhum a positividade para o CDX2 e uma para a Betacatenina. Conclusão: No adenocarcinoma de próstata houve expressão do c-MYC e Betacatenina, não foi encontrada correlação do c-MYC e Betacatenina com fatores de prognóstico. - TeseAnálise de indivíduos com síndrome metabólica no pré e pós-operatório submetidos ao bypass gástrico em Y-DE-ROUXMalafaia, Andressa Bressan (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
INTRODUÇÃO: O aumento da prevalência da obesidade levou a um aumento significativo da ocorrência de síndrome metabólica, fator de risco reconhecido para aumento da morbimortalidade por doenças cardiovasculares. A hiperglicemia ou diabetes mellitus do tipo 2, dislipidemia e hipertensão arterial são seus principais componentes. Desde 2015, diretrizes internacionais reconheceram os benefícios da cirurgia bariátrica em cada fator isolado desta síndrome. OBJETIVOS: Avaliar o impacto do bypass gástrico em Y-de-Roux nesta síndrome comparando períodos pré e pós-operatório com análise laboratorial e comparar a razão cintura/estatura e o IMC em relação a determinação do perfil de risco cardiometabólico. MÉTODOS: Realizou-se um estudo retrospectivo selecionando 80 pacientes submetidos à bypass gástrico em Y-de-Roux. Foram analisados o colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos, glicemia de jejum, hemoglobina glicada, insulina, índice de massa corpórea (IMC), vitamina D, vitamina B12, perímetro abdominal e relação cintura/estatura em três períodos: o pré-operatório de 1 a 6 meses, pós-operatório de 1 a 6 meses e pós-operatório de 1 a 2 anos. RESULTADOS: O colesterol total apresentou no pré-operatório média de 174,6, no pós-operatório de 1 a 6 meses média 149,5 e em 1 ano média de 150,2. O HDL obteve no pré-operatório média de 49,7, no pós-operatório de 1 a 6 meses a média foi de 45,6, entretanto, no período de 1 ano, o valor da média subiu para 57,5. O LDL no pré-operatório obteve uma média de 96,6, no pós-operatório de 1 a 6 meses essa média foi de 85,5 e no pós-operatório de 1 ano, o valor foi de 76,3. Os triglicerídeos obtiveram média de 152,6 no pré-operatório, no pós-operatório de 1 a 6 meses, a média foi de 96,1 e no pós-operatório de 1 ano a média foi de 82,1. A glicose apresentou no pré-operatório média de 102, operatório de 1 a 6 meses, a média foi de 90 e no pós-operatório de 1 ano a média dos valores foi de 88,3. A hemoglobina glicada no pré-operatório teve uma média de 6,1, no primeiro período pós-operatório obteve média de 5,7 e no pós-operatório de 1 ano apresentou uma média de 5,6. A insulina obteve média no pré-operatório de 22,2, no primeiro período pós-operatório caiu para o valor de 8,1 e no segundo período pós-operatório o valor da média foi de 6,1. A vitamina B12 teve nos períodos avaliados 509,8, 693,5 e 639,6 respectivamente. A vitamina D teve nos períodos avaliados 26,8, 31,8 e 33,3 respectivamente. O IMC, no pré operatório, teve a média dos valores de 39,8, no pré-operatório de 1 a 6 meses, os valores caíram para 33,2 e no pós-operatório de 1 ano média foi de 26. O perímetro abdominal teve média dos valores de 118,5, no pré-operatório, 105,2 no pós-operatório de 1 a 6 meses e 90,3 no pós-operatório de 1 a 2 anos. A relação cintura/estatura teve 0,73, 0,65 e 0,56 no pré, pós 1 a 6 meses e 1 a 2 anos respectivamente. CONCLUSÃO: O Bypass gástrico em Y-de-Roux melhora a síndrome metabólica e a relação cintura/estatura é superior ao IMC na avaliação do perfil do risco cardiometabólico.