Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
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- TCCAbordagens de tratamento da doença de Parkinson e seus resultados terapêuticosSantos, Estevão Cabral; Santos, Vinícius Cabral (2024-11-28)A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no mundo e essa prevalência aumenta com a idade. Os sintomas motores são as principais alterações da doença, como bradicinesia, rigidez, aumento do tônus muscular, alterações de postura, marcha festinante e tremor de repouso, mas também podem surgir alterações cognitivas e em outros sistemas. Para o controle dos sintomas motores existe tratamentos farmacológicos como a levodopa, agonistas dopaminérgicos, MAO-B inibidores e tratamentos cirúrgicos como "deep brain stimulation" (DBS) e talamotomia. Porém, devido ao desenvolvimento de eventos adversos e as diferentes capacidades do controle dos sintomas motores para cada uma das abordagens resulta em uma heterogeneidade de indicações. Objetivos: Analisar as abordagens de tratamento para a doença de Parkinson quanto à capacidade de controle dos sintomas motores. Metodologia: Estudo retrospectivo observacional com dados de prontuários de pacientes com a doença de Parkinson sob qualquer método de tratamento. Os prontuários foram obtidos no hospital Instituto de Neurologia de Curitiba (INC) e são do período 10/02/2016 até 10/02/2023, sendo analisado a presença dos sintomas motores antes do tratamento, 6 meses após o tratamento, até um ano após o tratamento e mais de um ano após o tratamento. Após a seleção por critérios de elegibilidade a amostra foi de 49 pacientes. Foi feita uma estatística descritiva e teste Qui-quadrado. Resultados: Dentre os 49 pacientes avaliados todos realizaram algum tipo de tratamento farmacológico e 47 realizaram algum procedimento cirúrgico. A cirurgia mais realizada foi DBS subtalâmico (DBS STN), com 23 pacientes, seguida da talamotomia, com 11 pacientes. Os sintomas mais prevalentes na primeira admissão foi tremores em 42(84%) pacientes, rigidez em 35 (70%) e bradicinesia em 31 (62%). Discinesias e flutuações motoras foram relatadas em 18 (36%) e 14 (28%) pacientes respectivamente. As médias de idade foram 54,14 no diagnóstico, 64,07 na cirurgia. A média de tempo de doença até a realização da cirurgia foi de 5,22 anos. Todos os pacientes utilizaram algum derivado da levodopa. Houve uma melhora em geral dos sintomas motores em todas as cirurgias, sendo que houve uma diferença significativa entre DBS STN e talamotomia quanto ao controle dos tremores (p=0,009) no período de 6 meses com a talamotomia apresentando um controle melhor do sintoma. Em relação as complicações cirúrgicas, 4 pacientes que realizaram DBS STN tiveram infecção cirúrgica, sendo necessário a remoção do implante do DBS, 7 pacientes tiveram episódios de queda após a cirurgia, 6 deles realizaram DBS STN e 1 talamotomia. Conclusão: O tratamento cirúrgico tem sua importância para complementar o tratamento medicamentoso, visto que reduzem os sintomas motores, como bradicinesia, tremores e rigidez, atenuar os efeitos colaterais dos fármacos, como discinesia e flutuações motoras. Por fim, a decisão de qual procedimento cirúrgico realizar envolve outros fatores além do controle dos sintomas, como custo, bilateralidade dos sintomas, idade do paciente e predisposição para complicações.
- TCCAdesão ao tratameto do diabetes mellitus nas diferentes classes sociaisSantana, Rafaeli Lisinski; Armstrong, Thaís (2024-06-13)No Brasil, o Diabetes Mellitus (DM) representa problema de saúde pública, visto que a doença acomete no país 7% da população adulta. O tratamento do diabetes é realizado através de métodos farmacológicos e não farmacológicos. A adesão ao tratamento é importante para manter os níveis glicêmicos dentro dos padrões e evitar complicações. Objetivo: Analisar a adesão ao tratamento de diabetes, conforme as condições socioeconômicas na qual os portadores estão inseridos. Metodologia: Foi aplicado um questionário para 145 pacientes com DM, com idade entre 18 e 88 anos, para avaliar a relação entre a adesão aos autocuidados e seguimento do tratamento de forma adequada. Foram construídas tabelas de contingência para descrever a relação entre classe social e outros fatores de adesão ao estilo saudável. Em seguida, foi aplicado o teste Qui-quadrado (ou teste de Fisher, quando a amostra era muito pequena). Resultados: Dentre as práticas de autocuidado relacionadas ao DM, apenas a prática de exercício físico apresentou influência da classe social. Além disso, pacientes com classe social mais alta apresentam melhor compensação da doença. Conclusão: Poucas práticas tiveram influência da classe social, sendo a mais relevante a prática de exercício físico, sendo realizada com maior frequência por indivíduos da classe A e B.
- TCCAleitamento materno para puérperas adolescentes: Um desafio ou nãoKleemann, Carolina; Chiamulera, Estela Beatriz (2022)Introdução: O leite materno apresenta diversos benefícios, tanto para a mãe quanto para o filho, sendo recomendado como alimento exclusivo até os 6 meses de vida. A mamada durante as primeiras 24 horas de vida reflete as possíveis dificuldades na amamentação que levam ao desmame precoce. Objetivos: Comparar a mamada nas primeiras 24 horas após o parto entre puérperas adolescentes e adultas do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, observar o estado geral da mãe e a afetividade da mãe quanto ao recém-nascido. Métodos: Foi realizado estudo caso-controle através da aplicação do Formulário de Observação e Avaliação da Mamada organizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Foram avaliadas diversas variáveis referentes às características obstétricas e neonatais, estado geral da mãe, posição do bebê, pega do bebê, sucção do bebê, afetividade e anatomia da mama. Resultados: O grupo das mães adolescentes (n=26) teve idade, na ocasião do parto, variando de 13 a 17, média de 16,0 anos, enquanto o grupo de mães adultas (n=26) teve idade variando de 18 a 28, média de 21,9 anos. Para a grande maioria das observações não houve diferença significativa entre as mães adolescentes e as mães adultas. Ocorreu diferença significativa no modo de posicionar o bebê, a pega da mamada com grande parte da aréola aparecendo em posição incorreta ocorreu significativamente mais no grupo de mães adolescentes (26%) do que no grupo de mães adultas (3%) (p=0,0496). Em relação a afetividade, o modo de segurar o bebê sem firmeza ocorreu significativamente mais no grupo de mães adolescentes (23%) do que no grupo de mães adultas (0%) (p=0,0226). Conclusão: Na prática da amamentação no primeiro dia de vida, a pesquisa mostrou que existem poucas diferenças entre as mães adolescentes e as mães adultas. A maneira de segurar os filhos observada nesta pesquisa sugere uma possível dificuldade maior na afetividade mãe e filho nas mães adolescentes. A maior falha no posicionamento do bebê, deixando mais aréola aparecer abaixo do lábio inferior, pode refletir uma maior dificuldade na prática da amamentação por parte das mães adolescentes.
- TCCAlexitimia em pacientes com Lupus e suas associação com danos cumulativo da doençaJudeikis, Guilherme Alexandre; Faidiga, Matheus Rinaldi (2022)Introdução: A alexitimia é um termo empregado no diagnóstico clínico de pessoas com acentuada incapacidade ou dificuldade para expressar emoções e este termo significa exatamente isto: “sem palavras para as emoções”. A definição mais encontrada na literatura é a de que se trata de um construto multidimensional, integrado pelos seguintes fatores: dificuldades em identificar e descrever sentimentos subjetivos; dificuldades em fazer distinção entre emoções e sensações físicas; escassez de sonho e incapacidade de simbolizar ou fazer relação entre afeto e fantasia; e um estilo de raciocínio concreto e objetivo, voltado para a realidade externa. O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica, caracterizada pela produção de autoanticorpos contra antígenos citoplasmáticos e nucleares, no qual tem se descrito existir alta prevalência de alexitimia. A alexitimia em pacientes com LES pode ser secundária a danos orgânicos gerados pela doença ou pelo impacto psicológico secundário a consciência de possuir uma doença grave. Objetivos: Analisar a prevalência de alexitimia em uma amostra de pacientes com lupus e analisar comparativamente pacientes com lúpus com e sem alexitimia em relação ao dano cumulativo e qualidade de vida. Metodologia: Estudo transversal observacional que incluiu 93 pacientes com SLE. A coleta de dados constou de perfil clínico, sorológico e epidemiológico do paciente com LES; medida do dano cumulativo de doença pelo SLICC/ACR DI (Systemic Lupus International Collaborating Clinics American College of Rheumatology Damage Index), pesquisa de alexitimia pela escala de Toronto e medida de qualidade de vida pelo SF-12 ( 12-Item Health Survey). Resultados: Nesta amostra, 55.9% dos pacientes tinham alexitimia. Não foi possível associar a presença de alexitimia com características clinicas ou sorológicas da doença (todos p>0.05). O SLICC/ACR DI não se correlacionou com alexitimia, mas uma correlação negativa foi encontrada com qualidade de vida domínio físico (r=-0.32; p=0.004) e domínio mental (r=-0.46; p<0.0001). Conclusões: Existe alta prevalência de alexitimia em pacientes com lúpus, a qual independe de perfil clínico, sorológico e dano cumulativo. A alexitimia influencia negativamente na qualidade de vida.
- TCCAlta taxa de cesáreas no Brasil: de quem é o protagonismo na escolha da vida de parto?Cristo, Julia Duarte Couto de; Figueiredo, Júlia Rafaela (2024-06-13)Introdução: A violência obstétrica é constituída por práticas que podem ocorrer durante gravidez, parto, pós-parto e abortamento, como negligência, discriminação social e racial, realização de procedimentos sem explicação e/ou consentimento prévio, privar a gestante de alimentar-se, movimentar-se ou escolher a posição de parto, e, inclusive, a realização de cesariana sem indicação. Cesariana é uma intervenção cirúrgica de grande importância na prática médica, com baixa incidência de complicações graves e vantajosa quando indicada corretamente, mas que agrega riscos adicionais e desnecessários ao feto e à mãe quando realizado sem necessidade clínica. A OMS recomenda uma taxa de cesáreas entre 5,0 e 15,0%, e apesar disto, a taxa de cesáreas no Brasil é de 56,7%, a 2ª maior do mundo, refletindo a falta de informação e permitindo desrespeito aos mecanismos fisiológicos do parto normal, impondo posições desconfortáveis e intervenções obstétricas desnecessárias, atribuindo uma visão patológica ao parto vaginal, normalizando experiências de dor, impotência e humilhação, e implantando a crença na cesárea como a melhor opção de dar à luz: indolor, sem riscos e sem medo. As gestantes têm a prerrogativa de exercer seus direitos, o que é possibilitado com conhecimentos acerca do processo, idealmente adquiridos durante o pré-natal. A escolha da via de parto é um direito da parturiente, assim como uma assistência digna, informada, livre de violência e discriminação, prestada por profissionais de saúde compromissados e respeitosos, que informem e incluam a gestante na decisão, permitindo uma escolha baseada em evidências, considerando seus desejos e expectativas para a realização de um parto adequado. Objetivo: Analisar se há interferência na escolha da via de parto das gestantes por parte dos profissionais da saúde. Metodologia: Estudo observacional, transversal e prospectivo, com aplicação de questionário Google forms, adaptado de “Nascer no Brasil: Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento”, da Fiocruz, a 50 puérperas, no período de novembro de 2023 a abril de 2024, no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. Resultados: Em relação ao tipo de parto que queriam ter no início da gravidez, 4,0% (n = 2) afirmaram não ter preferência, 36,0% (n = 18) afirmaram preferir cesárea, e 60,0% (n = 30) afirmaram preferir parto normal. Das que não tinham preferência, ambas fizeram cesárea (100%, n = 2); das que preferiam cesárea, 72,2% (n = 13) realizaram cesárea, 22,2% (n = 4) realizaram parto normal, e 5,6% (n = 1) realizaram parto à fórceps. Finalmente, das que preferiam parto normal, 66,7% (n = 20) fizeram parto normal e 33,3% (n = 10) fizeram cesárea. Analisando comparativamente os dados coletados com o resultado da pesquisa “Nascer no Brasil”, há similaridade entre valores percentuais, como altas taxas de cesárias nos grupos 4 (66,0% na amostra e 61,0% na Nascer no Brasil) e 5 (79,0% e 84,0%). Conclusão: Baseando-se nas informações conciliadas ao longo do projeto, considerando a revisão da literatura, bem como dados coletados na entrevista com puérperas e em seus prontuários, pode-se dizer que não houve evidência significativa de interferência na escolha da via de parto por meio dos profissionais de saúde na amostra analisada.
- TCCAlterações dos índices hemantimétricos e necessidade de transfusão em pacientes submetidos a artroplastia total de joelho sem o uso de torniquete em um hospital UniversitárioParzianello, Helen de Farias; Cornelsen, Luisa Aparecida (2023-06-22)A Artroplastia Total de Joelho (ATJ) é reconhecida como uma das cirurgias ortopédicas mais bem sucedidas, contudo o seu sangramento potencial pode exceder a um litro. O torniquete tem a intenção de prevenir o sangramento excessivo e a necessidade da transfusão sanguínea, entretanto seu uso não é livre de riscos e sua necessidade tem sido abordada em trabalhos recentes. Objetivos: Estudar a necessidade do torniquete na ATJ. Relacionar os níveis de hemoglobina (Hb) e hematócrito (Ht) e a necessidade de transfusão com idade, sexo, comorbidades prévias ao internamento, tempo de internamento, classificação segundo Ahlbäck e se houve alguma intercorrência durante a ATJ. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo por meio da análise de prontuários de 72 pacientes do Hospital Evangélico Mackenzie do Paraná que realizaram a ATJ durante o período de janeiro de 2019 a dezembro de 2022. Foi comparado a Hb e Ht antes e depois da ATJ sem o uso de garrote e a posterior necessidade de transfusão sanguínea. Resultados: Observou-se uma queda média de 1,78 g/dL na Hb e sete pontos percentuais no Ht. De todos os pacientes que realizaram ATJ, nenhum realizou a transfusão sanguínea. Nenhum Hb pós-operatório acusou hipovolemia e obteve uma média de 11,41 g/dL, enquanto o Ht pós-operatório teve uma média de 33,37%. A idade média foi de 69 anos, sendo 72,22% deles do sexo feminino. As comorbidades mais encontradas foram Hipertensão Arterial Sistêmica (50%), Diabetes Mellitus (16%) e Hipotireoidismo (16%) e os tratamentos conservadores mais usados foram a infiltração articular com corticoide (38,9%) e fisioterapia (31,9%). Segundo a classificação de Ahlbäck, a maioria dos pacientes obtiveram grau quatro (43%) e grau cinco (31,9%), com tempo médio de internamento de 2,19 dias. Nenhum dado teve significância estatística em relação ao sangramento. Conclusão: A ATJ sem o uso do torniquete não aumenta o sangramento pós-operatório significativamente, a ponto de necessitar transfusão sanguínea ou apresentar sintomas de hipovolemia, mesmo com a diminuição de Hb em 1,78g/dL e de Ht de 7 pontos percentuais.
- TCCAnálise clínica e epidemiológica de pacientes com sobrepeso e obesidade na infância e a prevalência do aleitamento maternoBaroncini, Julia Moura; Tedeschi, Júlia Serbena (2024-11-21)Introdução: Obesidade infantil é uma doença crônica e multifatorial, estabelecida pelo Índice de Massa Corporal (IMC), definida pelo excesso de gordura corporal e classificada na faixa etária de até 19 anos. A etiologia da obesidade infantil é complexa e multifatorial. Entre os muitos fatores de risco, o aleitamento materno de curta duração é frequentemente associado ao desenvolvimento da doença. O leite materno é essencial para o desenvolvimento saudável da criança, fornecendo nutrientes e substâncias bioativas que influenciam aspectos somáticos, neurológicos, intestinais e imunológicos nos primeiros anos de vida. Sua composição permite uma alta biodisponibilidade e fácil metabolização, além de modular hormônios como leptina, grelina e insulina, que regulam o apetite e a programação metabólica. Crianças amamentadas são capazes de ajustar sua ingestão energética em resposta a sinais internos, o que reduz a probabilidade de superalimentação, já que a força de sucção e os estímulos para a secreção de leite se adaptam às suas necessidades. Objetivos: Definir o perfil clínico e epidemiológico de pacientes entre 5 a 19 anos com sobrepeso e obesidade infantil do ambulatório de Pediatria e Endocrinologia pediátrica da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e analisar o contexto e a prevalência do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses. Métodos: Estudo observacional e transversal realizado por meio da aplicação de um questionário, desenvolvido pelas autoras na plataforma GoogleForms, em 57 crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade infantil de 5 a 19 anos nos ambulatórios de Pediatria e Endocrinologia pediátrica do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. Resultados: O IMC em 13 (22,8%) revelou sobrepeso, em 27 (47,4%) eram obesos e 17 (29,8%) obesos graves. Não houve diferença de renda em salários mínimos entre os IMCs porém 65% das famílias ganhavam menos de 3 salários. Em 34 (59.6%), houve a informação de passarem mais de 3 horas por dia em frente a telas (celular, tablets, computadores e televisão). Receberam leite materno em algum período da vida 50 (87,7%) pacientes e somente / (12.3%) receberam somente fórmula. O aleitamento exclusivo até os 6 meses esteve presente em 62% dos entrevistados. Conclusão: Não há evidências de que o aleitamento materno, exclusivo ou sua duração esteja de fato relacionado de forma consistente ao IMC nos grupos analisados.
- TCCAnálise comparativa de espermogramas baseados nos critérios da OMS de 1999 e de 2010 para fertlidade masculina em um centro de reprodução humana em CuritibaLima, Nivaldo Rodrigues de + Júnior; Furtado, Rodrigo Guimarães (2019)RESUMO Introdução: A infertilidade acomete, só nos Estados Unidos da América, cerca de 6 milhões de casais. O homem é responsável por 50% dos casos de infertilidade. Uma importante ferramenta na investigação da infertilidade masculina é o espermograma, nele analisa-se o volume, a concentração de espermatozoides, a motilidade total e a morfologia dos espermatozoides. Alguns fatores como atividade sexual, período de abstinência, raça, funcionamento das glândulas acessórias e tabagismo, entre outros, influenciam na fertilidade masculina. A OMS em 1999 publicou um manual com parâmetros para a análise do espermograma, posteriormente, em 2010, foi lançada uma nova edição onde esses parâmetros foram flexibilizados visto que novos estudos mostraram fertilidade em pacientes que de acordo com os parâmetros de 1999 eram considerados inférteis Objetivo: O objetivo desse estudo é analisar dados dos espermogramas e compará-los com a mudança dos parâmetros propostos pela OMS em 1999 e em 2010.Metodologia: Efetuou-se a pesquisa transversal e retrospectiva nos arquivos da clínica Fertway de Reprodução Humana no período de janeiro de 2009 até março de 2019 de pacientes masculinos, em Curitiba, Paraná. Foram avaliados no espermograma o volume de sêmen, concentração de espermatozoides, porcentagem de espermatozoides com motilidade total e porcentagem de espermatozoides com morfologia normal. Foram incluídos todos pacientes com mais de 18 anos e excluídos espermogramas que mostravam azoospermia: Resultados. Foram coletados espermogramas de 173 pacientes. Entretanto, 13 pacientes eram azoospermicos (7,51%), sendo assim estes não foram inclusos, restando 160 pacientes (92,49%). Desses 160 pacientes, 28 pacientes (17,50%) se enquadraram na mudança dos critérios e 133 pacientes (82,50%) não sofreram alteração em sua classificação A motilidade foi o fator que mais contribuiu para a mudança de infértil para fértil aparecendo em 13 dos 28 espermogramas selecionados (46,43%), concentração de espermatozoides em 10 (35,71%), volume em 9 (32,14%) e morfologia em 5 (17,68%). Utilizando o teste qui-quadrado observa-se que, apesar motilidade ser o fator principal para a modificação da classificação de fértil para infértil, não ouve diferença estaticamente significativa entre os fatores para um p=0,05. (Teste qui-quadrado 7 = 0,315542). Observou-se que a motilidade contribuiu em 10 casos (35,71%), volume e concentração em 5 cada (17,86%) e a morfologia em apenas 2 (7,14%) quando analisada a contribuição de cada fator isoladamente (sem a alteração de mais de um fator no mesmo espermograma). Conclusão: No presente estudo, verificou-se que 28 pacientes (17.50%) que eram classificados como inférteis pelos critérios da WHO de 1999 passaram a ser considerados férteis pelos critérios da WHO de 2010. A motilidade foi o fator que mais contribuiu para a mudança de infértil para fértil.
- TCCAnálise comparativa do perfil clínico e sorológico de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de acordo com o sexoOliveira, Natália Teixeira de; Silva, Nícolas Gomes (2019)RESUMO Introdução: O Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença reumática crônica, autoimune, com prevalência em mulheres na idade fértil. Pode, porém, estar presente no homem, em qualquer idade e em qualquer grupo étnico. Caracteriza-se por uma evolução cíclica, com períodos de melhoras e recidivas e com produção de auto anticorpos que resultam em desde lesões cutâneas à injuria de órgãos e tecidos. Em casos avançados, o curso da doença é progressivo; associado à alta morbidade e mortalidade. O perfil de manifestações clínicas apresentadas por um paciente depende do seu padrão genético e é modulada pelos hormônios sexuais. Objetivo: Conhecer as principais diferenças no perfil clinico e sorológico de pacientes brasileiros com lúpus eritematoso sistêmico de acordo com sexo. Método: Foram estudados retrospectivamente pacientes portadores de Lúpus eritematoso sistêmico, de ambos os sexos, do ambulatório de reumatologia do HUEC dos anos de 2000 a 2018. Número de 520 pacientes. Foram coletados dados do perfil clinico e de auto anticorpos. A seguir o perfil obtido em mulheres foi comparado com o perfil obtido nos homens. Resultados: Nos pacientes avaliados as apresentações clínicas como rash malar, lesão discoide, dores articulares, atrite deformante, convulsões, psicose, serosite, anemia hemolítica, leucopenia e linfopenia foram comparáveis em ambos os grupos. Dentre as manifestações estatisticamente relevantes, encontram-se o acometimento renal maior em homens (p<0.0001) e a alopecia (p<0.0001) e úlceras orais maior nas mulheres (p=0.002). No perfil sorológico, mulheres tiveram maior prevalência do Fator Reumatoide (p<0.0001) enquanto nos homens, maior presença do anticorpo Anti-dsDNA (p=0.0105). Conclusões: Foi possível observar que mulheres manifestaram significativamente mais alopécia e úlceras orais, entretanto, homens apresentaram mais acometimento renal. Com relação ao perfil de auto anticorpos, houve relevância no Anti-dsDNA, mais prevalente em homens do que em mulheres.
- TCCAnálise comparativa dos aspectos clínicos e sorológicos de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico com e sem anticorpo anti-RNPBarasuol, Linda Luísa; Figueiredo, Marina de Oliveira (2019)RESUMO INTRODUÇÃO: Pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) têm uma clínica muito variada a qual é fortemente influenciada pelo perfil de autoanticorpos apresentado. Estes anticorpos, por sua vez, variam conforme o background genético da população estudada. Poucos estudos analisaram a influência do anticorpo anti-RNP no perfil clinico e sorológico de pacientes com LES no Brasil. OBJETIVOS: Analisar comparativamente os aspectos clínicos, epidemiológicos e sorológicos entre os pacientes com LES com e sem o anticorpo anti-RNP. Estudar a prevalência deste anticorpo em pacientes com LES no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo retrospectivo realizado no ambulatório de reumatologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie durante os anos de 2007 a 2017, onde foram examinados os prontuários de 478 pacientes com diagnóstico de LES. RESULTADOS: A prevalência de anticorpos anti-RNP positivos neste estudo foi de 31,5%. A presença do anticorpo anti-RNP influencia negativamente no aparecimento de serosites (p=0.04; OR=1,7; 95%IC=1,01-2,8). Influencia positivamente na presença do fenômeno de Raynaud (P<0.0001; OR=2,6;95%IC=1,7 a 4,0), dos anticorpos anti-Ro (p<0.0001; OR=.5,0;95%IC=2,8-9,0), anti-La (p=0.01; OR=1,7;95%IC=1,1-2,7) e anti-Sm (p<0.0001; OR=10.3; (5%IC=6,2-17,3). O teste de Coombs direto foi mais comum nos pacientes com anti-RNP do que nos sem anti-RNP (P<0.0001; OR =3,9;95%IC=2,1-7,2). Os demais achados clínicos e o perfil epidemiológico dos pacientes não foi afetado pela presença deste anticorpo (todos com p=ns). CONCLUSÃO: Pacientes brasileiros com LES têm uma prevalência de anti-RNP de 31.5%. Estes pacientes têm menos serosites, mais fenômeno de Raynaud e mais presença dos anticorpos anti-Ro, anti-La e anti-Sm. A positividade para o teste de Coombs tem maior prevalência nos pacientes com anti-RNP.
- TCCAnálise comparativa entre o protocolo de tratamento de bronquiolite viral aguda em hospital de referência brasileiro e guidelines mundiais com suas respectivas evoluções clínicasArendt, Amanda Janzen; Oku, Raquel Akemi (2024-11-14)Introdução: A bronquiolite viral aguda (BVA) é uma infecção do trato respiratório inferior, causada principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR). É comum em crianças menores de 2 anos. A gravidade está relacionada à prematuridade, exposição ao tabaco, aleitamento materno incompleto e comorbidades. A maioria dos casos são tratados em domicílio, mas alguns requerem internação para manejo de complicações respiratórias. Apesar da alta incidência e impacto no sistema de saúde, ainda não há tratamento específico e os países divergem em seus protocolos com relação à terapêutica adotada e os risco-benefícios das medicações. Objetivos: Comparar o protocolo de tratamento da BVA no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie do Paraná (HUEM), e guidelines mundiais, relacionando a evolução clínica dos pacientes com a eficácia do protocolo utilizado, verificando a existência de um tratamento mais eficaz para essa doença. Metodologia: Estudo retrospectivo, individuado, observacional, transversal e descritivo com coleta de dados a partir de prontuários do HUEM por meio do sistema MVPEP. Os pacientes foram atendidos no serviço de pediatria entre junho de 2022 e junho de 2023, com os CIDs J18.0, J21, J21.0, J21.9 e J22. A análise estatística foi realizada por meio do Software R no Microsoft Excel. Os dados do HUEM foram comparados com os guidelines mundiais obtidos nas bases de dados PubMed, Web of Science e Scopus. Resultados: Dos 110 prontuários analisados, observou-se uma taxa de sobrevida de 100%. A doença acometeu mais meninos entre 3 a 6 meses de idade. Em relação aos tratamentos, 70% receberam Beta-2 agonistas, 68% solução salina hipertônica e oxigenoterapia foi administrada em 60% dos casos. Antibioticoterapia foi administrada para 30% dos pacientes, principalmente beta-lactâmicos. Fisioterapia respiratória e oxigenoterapia foram mais frequentes em crianças de 0 a 2 meses. O uso de antibiótico e solução salina hipertônica foram mais frequentes nos pacientes internados. Além disso, observou-se que o tempo de internação foi maior nos pacientes que receberam corticoide sistêmico e antibioticoterapia, sendo que neste houve maior probabilidade de necessitarem de cuidados em UTI. As crianças eram previamente saudáveis em 86,36% dos casos, entretanto, aquelas com comorbidades como broncodisplasia e cardiopatia tiveram tempo de internação mais prolongado. A hiper-reatividade brônquica foi observada em 94% dos pacientes, independente do tratamento ou idade da criança. Conclusão: A comparação e a correlação com evoluções clínicas evidenciaram que a solução salina hipertônica tem o potencial de reduzir tempo de internação, mas esse dado precisa de mais estudo para ser comprovado. O uso de broncodilatadores, por mais que seja difundido, ainda tem eficácia inconclusiva, e o corticoide, apesar das controvérsias, pode ser útil em casos graves ou relacionados ao rinovírus. A oxigenoterapia foi consenso nos guidelines e a antibioticoterapia recomendada apenas em casos de infecção bacteriana associada. Apesar do protocolo do HUEM estar alinhado com diretrizes globais, nenhuma medicação destacou-se como mais eficaz. Reforça-se a necessidade de pesquisas futuras para aprimorar o tratamento dessa doença, incluindo antivirais e vacinas, a fim de que melhores resultados sejam alcançados, além de um menor custo assistencial.
- TCCAnálise da adesão ao tratamento de pacientes lúpicas com glomerulonefrite e sua relação com depressão e ansiedadeCrupzacki, Ana Paula; Franzoi, Elisa (2022)Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença inflamatória crônica, de acometimento amplo e de natureza autoimune com prevalência em mulheres na idade reprodutiva. A nefrite lúpica é uma das diversas manifestações da doença, importante devido ao alto número de acometimento renal nessas pacientes. Dividida em 6 classes segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa patologia possui prognósticos diferentes de acordo com a porção afetada. A associação com alterações psíquicas é um fator importante no prognóstico e na recuperação do paciente lúpico com glomerulopatia, uma vez que podem alterar a qualidade de vida e impactar negativamente na adesão ao tratamento do LES. Objetivos: Avaliar a adesão do tratamento de pacientes lúpicas com glomerulonefrite e sua relação com depressão e ansiedade, através da aplicação de questionários validados. Metodologia: Foram entrevistadas as pacientes com diagnóstico de nefrite pelo lúpus com comprovação por biópsia renal para dados epidemiológicos, dados clínicos e de tratamento. A seguir foram aplicados os questionários de Morisky-Green e o The Brief Medication para análise da aderência ao tratamento, questionário CES-D para depressão e questionário Beck para ansiedade. Resultados: Incluíram-se 69 mulheres lúpicas com glomerulonefrite, com idade de 15 a 61 anos, com mediana de 41, das quais a classe mais encontrada foi a IV, com terapêutica medicamentosa predominante em uso de antimaláricos. Análise do questionário BMQ mostrou 32 pacientes com algum potencial de não adesão e 37 com adesão; 43 pacientes que acreditam no tratamento contra 26 que não acreditam observando-se barreira de crença; e 5 pacientes sem barreira de recordação para 64 com barreira. O questionário TMG apontou 26 pacientes aderentes contra 43 com algum potencial de não adesão. No Ces-D a triagem foi positiva para depressão em 37 pacientes e negativa em 32, com mediana de 18 , no Beck para ansiedade os valores encontrados foram: ansiedade leve - 14; ansiedade mínima - 30; ansiedade moderada -12; ansiedade grave -13, mediana de 15. Conclusões. Pacientes lúpicas com glomerulonefrite apresentaram menor adesão ao tratamento quando positivas para triagem de depressão e ansiedade, possuindo ainda barreira de crenças e recordações no tratamento.
- TCCAnálise da injúria renal aguda tardia do paciente queimado em terapia intensivaGalvão, Letícia Holtz; Montenegro, Paula (2023-11-27)Introdução: No Brasil, as queimaduras representam um agravo significativo à saúde pública. São responsáveis por graves lesões que podem levar a incapacidade física e psicossocial. Uma complicação comum que pode ocorrer em queimaduras graves é a injúria renal aguda, que pode trazer graves consequências ao paciente. Assim, a melhor compreensão das características clínicas, a detecção e prevenção precoce dos fatores de risco que afetam a ocorrência e a gravidade da injúria renal aguda e a intervenção precoce podem efetivamente reduzir a incidência e a progressão dessa complicação, melhorando seu prognóstico. Objetivo: Analisar os fatores que influenciam na gravidade da injúria renal aguda do paciente queimado internado em terapia intensiva, correlacionado com características antropométricas, características da queimadura e características do prognóstico do paciente. Métodos: Foram avaliados 137 pacientes no período de um ano, conforme características antropométricas (sexo, idade e obesidade), características da queimadura (etiologia, superfície corporal queimada e porcentagem de queimadura de 3º grau) e características do prognóstico (escore ABSI, presença de sepse e desfecho). Esses fatores foram correlacionados os estágios de injúria renal aguda que os pacientes apresentaram durante o internamento. Resultados: Os fatores relacionados a características antropométricas dos pacientes apresentaram diferença estatisticamente significativa com os estágios de injúria renal aguda apenas com a faixa etária (p = 0,010), enquanto os fatores sexo (p = 0,114) e obesidade (p = 0,140) não apresentaram essa correlação. Em relação as características da queimadura, a porcentagem de superfície corporal queimada (p = 0,003) e porcentagem de queimadura de 3º grau (p = 0,032) apresentaram diferença significativa com a injúria renal aguda, enquanto o fator etiologia da queimadura não apresentou essa correlação (p = 0,576). Os fatores de prognóstico do paciente também apresentaram associação significante com a injúria renal aguda, como o risco de óbito pelo escore ABSI (p = 0,009), presença de sepse (p = 0,000) e desfecho do paciente (p = 0,000). Conclusão: Na análise dos fatores que influenciam na injúria renal aguda do paciente queimado internado em terapia intensiva, pacientes com as variáveis idosos, maior área de superfície queimada, maior porcentagem de queimadura de 3º grau, alto risco de morte pelo escore ABSI calculado na admissão, presença de sepse e desfecho óbito, apresentam correlações estatisticamente significativas com a gravidade da injúria renal.
- TCCAnálise da irregularidade da vacinação infantil no município de Pinhais - PRSilva, Heloisa Victória Nardoni e; Saito, Rafael Tadashi (2022)Nos últimos 6 anos começou a se observar uma queda importante da imunização da população geral no Brasil, e ainda antes em outros países, fragilizando um dos grupos mais expostos ao risco da hesitação vacinal, que são as crianças. Tendo isso em vista, este trabalho objetiva identificar e elencar as principais motivações da irregularidade vacinal dos menores de um ano residentes no município de Pinhais, no Estado do Paraná. A Secretaria de Saúde do município forneceu a lista dos faltantes vacinais, bem como o contato dos responsáveis pela criança. Mediante contato telefônico foi estabelecido o motivo do atraso vacinal e realizada a aplicação de um breve questionário socioeconômico para dar suporte e ampliar a análise do trabalho. Como resultado, notou-se que a vacina com maiores índices de atraso foi a Pentavalente, constando como faltante em 60,9% dos participantes. Quanto à motivação, a mais frequente foi que, na realidade, a criança estava vacinada, porém a aplicação do imunobiológico foi realizado em outra cidade, constando como faltante no sistema de Pinhais. Isto é, a vacinação foi realizada, porém em município diferente do que reside e, portanto, o registro difere da realidade vacinal do infante. Outras declarações obtidas foram: dificuldade de acesso e comunicação com o serviço de saúde; esquecimento; e impedimentos relacionados a pandemia de Covid-19. Destaca-se que a vacina é um dos meios mais seguros e decisivos para a prevenção e manutenção da saúde da população, sendo seu uso é indispensável. Portanto, este estudo aponta para a necessidade de que as autoridades sanitárias promovam campanhas e demais iniciativas para voltar a aumentar a cobertura vacinal.
- TCCAnálise da membrana de oxigenação extracorpórea em pacientes com Covid-19 e síndrome respiratória aguda graveHaidar, Soad Bark; Bem, Tatiana de Souza (2022)Introdução: A pandemia de início em 2019 do novo coronavírus (SARS-CoV-2) é um desafio clínico devido à falta de tratamento padrão e as complicações presentes em pacientes do grupo de risco. As terapias utilizadas são de cunho suportivas, logo pacientes refratários as terapias convencionais podem se beneficiar da Oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO). A ECMO se tornou uma alternativa devido a possibilidade de suporte circulatório em pacientes com falência respiratória e/ou cardíaca. Esse cenário possibilitou a observação de fatores que interferem no funcionamento da ECMO, principalmente da Membrana Oxigenadora (MO). Objetivo: Avaliar qualitativamente e quantitativamente a adsorção celular e proteica na superfície de troca de gás em uma membrana de oxigenação extracorpórea de um paciente com SRAG após óbito. Métodos: O trabalho consiste em um estudo descritivo e exploratório, de caráter qualitativo e quantitativo, em que foi realizada uma análise de uma MO de ECMO de um paciente com SRAG em decorrência de infecção por COVID-19. Houve, portanto, um preparo adequado da MO e das amostras obtidas; para que, então, fosse realizada uma análise por citologia por imprint e a de frozen section, além de imunofluorescência. Para elucidar os achados macro e microscópicos, ainda foi descrito o quadro clínico do paciente. Resultados: O paciente abordado neste estudo desenvolveu SRAG por COVID-19 e foi eleito a ECMO pois apresentava escore de Murray 3,5, PaO2/FiO2 = 83 e hipercapnia com PaCO2 > 80, refratários a VM e terapia medicamentosa. A citologia por imprint e fronzen section analysis da MO demonstrou depósito de tecido hematopoiético, com quantidade significativa de hemácias e plaquetas, e quantidade moderada de neutrófilos aderidos a superfície de troca gasosa da membrana. Conclusão: A análise da membrana de oxigenação demonstrou adsorção celular e de componentes do sangue na superfície de troca da membrana de oxigenação de um circuito de ECMO, em um paciente com síndrome respiratória aguda grave por COVID-19, permitindo estabelecer uma inferência causal com a disfunção precoce da MO e deterioração clínica e laboratorial do paciente.
- TCCAnálise da presença de HPV por imunorreatividade para P16 em hemorróidas externasFujiki, Julia Yumi; Lopes, Laura Mendes (2023-11-27)INTRODUÇÃO: O Papiloma Vírus Humano (HPV) é considerado a infecção sexualmente transmissível com maior prevalência na população, podendo conduzir o tecido epitelial a expressar fenômenos neoplásicos. Devido à predileção do HPV por epitélio estratificado, o vírus também pode se manifestar em tecido hemorroidário, evidenciando a importância de uma cuidadosa avaliação do tecido removido durante a hemorroidectomia. OBJETIVO: Avaliar a presença do HPV no tecido hemorroidário externo, bem como avaliar a incidência do HPV em hemorroidas externa por faixas etárias e sexo. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo observacional com análise imuno-histoquímica com anticorpo P16 para verificar a presença de HPV no tecido hemorroidário de 44 pacientes. RESULTADO: Dos 44 pacientes analisados, 26 eram do sexo feminino e 18 do sexo masculino, sendo que 84% dos pacientes possuíam 36 anos ou mais. Os pacientes que apresentaram positividade têm em média 51,62 anos, e os pacientes que não apresentaram positividade tem em média 45,35 anos, não havendo diferença significativa entre os grupos (p=0,13). Apesar de 54% dos pacientes do sexo feminino terem apresentado positividade frente a 39% do sexo masculino, essa diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,33). CONCLUSÃO: Dos pacientes submetidos a hemorroidectomia com alterações similares a coilócitos, cerca de metade expressava HPV, podendo beneficiar-se, portanto, de um acompanhamento e pesquisa para HPV a fim de detectar lesões pré-cancerosas.
- TCCAnálise da presença de HPV por imunorreatividade para P16 em hemorróidas externasFujiki, Julia Yumi; Lopes , Laura Mendes (2023-11-27)INTRODUÇÃO: O Papiloma Vírus Humano (HPV) é considerado a infecção sexualmente transmissível com maior prevalência na população, podendo conduzir o tecido epitelial a expressar fenômenos neoplásicos. Devido à predileção do HPV por epitélio estratificado, o vírus também pode se manifestar em tecido hemorroidário, evidenciando a importância de uma cuidadosa avaliação do tecido removido durante a hemorroidectomia. OBJETIVO: Avaliar a presença do HPV no tecido hemorroidário externo, bem como avaliar a incidência do HPV em hemorroidas externa por faixas etárias e sexo. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo observacional com análise imuno-histoquímica com anticorpo P16 para verificar a presença de HPV no tecido hemorroidário de 44 pacientes. RESULTADO: Dos 44 pacientes analisados, 26 eram do sexo feminino e 18 do sexo masculino, sendo que 84% dos pacientes possuíam 36 anos ou mais. Os pacientes que apresentaram positividade têm em média 51,62 anos, e os pacientes que não apresentaram positividade tem em média 45,35 anos, não havendo diferença significativa entre os grupos (p=0,13). Apesar de 54% dos pacientes do sexo feminino terem apresentado positividade frente a 39% do sexo masculino, essa diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,33). CONCLUSÃO: Dos pacientes submetidos a hemorroidectomia com alterações similares a coilócitos, cerca de metade expressava HPV, podendo beneficiar-se, portanto, de um acompanhamento e pesquisa para HPV a fim de detectar lesões pré-cancerosas.
- TCCAnálise da ventilação mecânica controlada a pressão em queimadosSimonete, Arthur; Silva, Natalia Albertini da (2022)Introdução: Queimaduras estão entre as mais frequentes modalidades do trauma no mundo e podem cursar com a Síndrome da Disfunção Respiratória Aguda, quando se torna necessário a ventilação mecânica, a qual é uma terapêutica que pode causar a Lesão Pulmonar Induzida por Ventilação Mecânica e seus danos pulmonares podem ser irreparáveis. A mechanical power mensura a quantidade de energia transferida do ventilador ao sistema respiratório e considera-se como um unificador dos mecanismos da lesão pulmonar, todavia restam dúvidas a serem esclarecidas. Objetivos: Analisar a ventilação mecânica controlada a pressão em queimados; definir e comparar os valores da mechanical power entre os principais grupos etiológicos encontrados em Unidade de Terapia Intensiva, correlacionar valores da mechanical power ao longo do tempo de ventilação mecânica com o desfecho de queimados e correlacionar os componentes da ventilação com o desfecho de queimados. Metodologia: Estudo longitudinal, observacional e analítico de 686 parâmetros coletados diariamente dos ventiladores e fluxogramas de 150 pacientes em ventilação mecânica controlada a pressão, na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. Dividiu-se os pacientes em quatro grupos: queimados, clínicos, cirúrgicos e acidente vascular cerebral, calculou-se a mechanical power através das fórmulas de Becher et al. (2019) e de Van der Meijden et al. (2019) e analisou-se estatisticamente os valores obtidos da mechanical power e os componentes da ventilação. Resultados: O valor médio encontrado da mechanical power em queimados, pela fórmula Becher S foi 31,4 J/min e pela fórmula Van der Meijden foi 28,1 J/min, ambas com diferença em relação aos outros grupos (p<0,001) e evidenciou-se uma correlação positiva forte entre as fórmulas (0,888) com viés de 2,52. Notou-se que valores elevados da mechanical power pela fórmula Becher S (p=0,029) e Van der Meijden (p=0,038) se relacionaram significativamente com o óbito, independentemente do tempo, assim como, valores elevados de PEEP, pressão de pico, pressão média, pressão platô, driving pressure, todos com p<0,001, frequência respiratória com p=0,015, variação da pressão inspiratória com p=0,033 e resistência com p=0,027 e baixos valores de volume corrente com p=0,005. Conclusão: Na análise da ventilação mecânica constatou-se que os valores médios de mechanical power em queimados se mostraram mais elevados do que nos outros grupos avaliados e que independentemente do tempo sob ventilação, interferem no desfecho com significância estatística, assim como, os valores maiores de PEEP, pressão de pico, pressão média, pressão platô, driving pressure, frequência respiratória, variação da pressão inspiratória e resistência e os valores menores de volume corrente.
- TCCAnálise das alterações endometriais nas histeroscopias de pacientes em tratamento de càncer de mama com bloqueadores hormonaisDziecinny, Luísa; Keinert, Priscila Moro (2019)RESUMO Introdução: O câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer emmulheres e sua incidência aumentou em todo o mundo nas últimas décadas. Otratamento com hormonioterapia adjuvante está associado à maior sobrevida livreda doença e, possivelmente, à sobrevida global, sendo a terapia com Tamoxifeno®o método padrão ouro para tumores estrogênio positivos. Este atua como agonistaestrogênico no endométrio, podendo aumentar a incidência de lesões endometriais.Com a finalidade de realizar diagnóstico precoce, recomenda-se aavaliação do endométrio das pacientes por métodos de imagem, como ahisteroscopia. Justificativa:Considerando o grande número de pacientes emtratamento de câncer de mama com bloqueadores hormonais, é de extrema importância o estudo das alterações causadas pelo mesmo, buscando maior sobrevida e melhor qualidade de vida aos pacientes. Objetivo:Analisar as lesõesendometriais de pacientes com câncer de mama em tratamento com Tamoxifeno®presentes nas histeroscopias e relacioná-las com a dose demedicamento utilizada, tempo de terapêutica, presença de lesões endometriais prévias e estado de pré ou pós menopausa.Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal eanalítico. A amostra é composta por 75 pacientes. Foram analisados prontuários médicos de pacientes em acompanhamento no ambulatório de mama do Hospital Erasto Gaertner e coletados dados quanto ao diagnóstico anatomopatológico de lesões endometriais presentes nas histeroscopias das pacientes, dose e tempo de terapêutica com o Tamoxifeno®, presença delesões endometriais prévias ao tratamento e se a paciente se encontra em períodode pré ou pós-menopausa. Os dados foram analisados estatisticamente com o teste qui quadrado, considerando uma significância de p<0,05.Resultados: Dentre as 75 histeroscopias analisadas, 12 eram normais (16%) e 63 apresentaram alteração endometrial (84%). Dentre os achados das histeroscopias, 49 foram pólipos endometriais (67.12%), 7 foram pólipos endocervicais (9.58%), 11 foram hiperplasia simples sem atipias (15.06%), 1 foi hiperplasia complexa sem atipias (1.36% ), 1 foi hiperplasia complexa com atipias (1.36%), 2 foram leiomiomas (2.73%) e 2 foram adenocarcinoma endometrioide (2.73%). Não foram encontradas pacientes com sarcoma. Quanto ao tempo de terapêutica com tamoxifeno, a hiperplasia simples sem atipias teve sua incidência aumentada conforme o aumento do tempo de terapêutica com o tamoxifeno (p = 0,0247). A média do tempo de terapêutica com o tamoxifeno foi maior nas pacientes que não apresentaram pólipo endometrial em comparação com as que apresentaram (p = 0,0444). As demais alterações endometriais encontradas não tiveram relação com o tempo de terapêutica com o tamoxifeno. Quanto ao estado de pré ou pós menopausa, não houve diferença relevante de incidência de alterações endometriais entre os grupos. Conclusão:O tamoxifeno predispõe o aparecimento de lesões endometriais, que podem ser malignas. Nesse estudo, a incidência dessas lesões foi expressivamente maior do que os valores encontrados na literatura. O pólipo foi a alteração mais prevalente e a hiperplasia endometrial esteve presente em menor número. Foram encontrados casos de leiomioma e adenocarcinoma.
- TCCAnálise das infecções em pacientes submetidos a transplante renal: Um estudo retrospectivoSapia, Emyliana Belinati; Oliveira, Nicole Cardozo Munhoz de (2022)Introdução: O pós-operatório de um transplante renal pode trazer complicações, especialmente infecciosas. Pelo fato de o paciente fazer uso de imunossupressores após receber o enxerto para evitar sua rejeição, ele se torna mais vulnerável a infecções oportunistas que podem desencadear consequências graves no organismo. Objetivo: Avaliar as infecções mais incidentes em transplantados no pós-operatório do serviço de Nefrologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2020. Metodologia: Foi realizado um estudo retrospectivo dos prontuários de pacientes do serviço de Nefrologia do HUEM que realizaram transplante renal entre janeiro de 2015 e julho de 2020. Foram analisadas as características das infecções entre esses pacientes, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2020, e comparada com a incidência em outros locais, por meio de revisão na literatura encontrada nas plataformas SciELO e PubMed. Resultados: O principal agente causador de infecções em transplantados renais foi o CMV, seguido de E. coli, bactérias multirresistentes e Klebsiella pneumoniae. As bactérias corresponderam à principal categoria de agentes etiológicos. O trato urinário correspondeu ao principal foco de infecção. A faixa etária acima dos 54 anos foi a mais acometida por infecções. O período em que mais ocorreram infecções foi do 2º ao 6º mês pós-transplante. Houve diferença significativa entre agentes etiológicos e sexo acometido, de modo que CMV tenha sido mais prevalente em homens e E. coli e bactérias multirresistentes em mulheres. Pacientes com imunossupressão leve e moderada apresentaram mais chances de desenvolver infecções. Não houve associação entre os agentes e o tipo de enxerto recebido (de doador vivo ou falecido). Conclusão: As infecções em transplantados renais ocorreram majoritariamente no 1° ano de pós-transplante, principalmente entre o 2° e 6° mês. O principal causador de infecções no nosso centro foi o CMV. Foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre as proporções dos agentes que acometem cada sexo. Pacientes transplantados renais sob imunossupressão leve a moderada possuem riscos consideravelmente maiores de desenvolverem infecções.