Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
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- TCCAvaliação da intensidade sonora e estimativa do risco auditivo de músicos participantes de grupos tradicionais japoneses de taikoBuss, Gisele Dias; Hirata, Vanessa Yumi (2019)RESUMO Introdução: As músicas do taiko são produzidas por meio de tambores, os quais geram um ruído intenso e grave e que podem levar à Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR). Objetivos: Avaliar a intensidade sonora e verificar a segurança auditiva para os músicos participantes de dois grupos de taiko. Material e método: Utilizou-se como metodologia a aferição, por meio de decibelímetro, da exposição sonora dos músicos aos ruídos dos tambores. Os dados foram coletados em ensaios dos dois grupos (grupo 1 e grupo 2, e suas respectivas subcategorias) no período de julho de 2018 a fevereiro de 2019. A partir disso, calculou-se a dose diária de exposição, em porcentagem de energia sonora, através da expressão adaptada da Norma de Higiene Ocupacional (NHO) 01, a qual estabelece que a dose diária aceitável está entre 0 e 50% e que valores acima desse percentual requerem medidas interventivas. Resultados: Nas categorias do Grupo 1, as doses diárias obtidas foram: Júnior = 88%; Geral B = 423%; Master = 218%; Geral A = 370% e; Livre = 150%. Nas categorias Adultos e Crianças do Grupo 2, os resultados foram 127% e 17%, respectivamente. Conclusão: Todos os músicos de taiko estudados, estão expostos à dose diária além do limite/dia permitido, ou seja, acima de 100% de acordo com a NHO 01, exceto as categorias Júnior do Grupo 1 e Crianças do Grupo 2. Palavras-
- TCCQualidade do sono em pacientes com espondiloartritesMattar, Jamile Espíndula; Abrahão, Karina Rodrigues (2019)RESUMO Fundamento: A falta de dados brasileiros específicos sobre desordens do sono em pacientes com Espondiloartrites (SpA) demonstram a necessidade de novos estudos para melhor entendimento das carências deste grupo de pacientes. Objetivo: Verificar a qualidade de sono dos portadores de SpA, relacionando-a com a presença da Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) e com Depressão; associar a qualidade do sono com os níveis de atividade das SpA. Casuística e Método: Foram estudados 107 pacientes com diagnóstico de SpA pelos critérios ASAS em acompanhamento no ambulatório de reumatologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. Realizou-se análise dos prontuários para coleta de dados epidemiológicos, clínicos, laboratoriais e de tratamento, seguida pela aplicação dos questionários PITTSBURGH para avaliação da qualidade do sono, BERLIN para análise de SAOS (Síndrome da apneia obstrutiva do sono) e CES-D (Center for Epidemiologic Studies – Depression) para rastreamento de Depressão, além do instrumento BASDAI (Bath Ankylosing Espondylitis Disease Activity Index) para determinação do grau de atividade da doença. Os mesmos questionários foram aplicados em grupo controle com 107 pessoas saldáveis, com exceção do instrumento BASDAI, posteriormente pareado em IMC, idade e gênero com o grupo de pacientes para comparação de dados. Resultados: Na amostra com SpA estudada 34,6% dos pacientes apresentam distúrbio do sono (PSQI≥10), enquanto no grupo controle apenas 12,1%, mostrando relação estatística significativa entre a presença da SpA e a piora na qualidade do sono (P=0,0001). Para SAOS, 53,2% dos pacientes com SpA apresentaram alto risco, contra 27,1% do grupo controle (P<0.0002). O escore do questionário CES-D foi significativamente maior (P<0,0001) no grupo dos pacientes com distúrbio do sono (mediana de 27 variando entre 15,5 e 38) do que no grupo sem distúrbio do sono (mediana de 15 variando ente 9 e 45), mostrando relação positiva entre distúrbio do sono e depressão. A mesma correlação ocorreu entre distúrbio do sono e BASDAI (P=0,0309). Conclusão: Reafirma-se através desse estudo que os portadores de SpA possuem pior qualidade do sono ao serem comparados com um grupo controle saudável. Os pacientes mal dormidores também obtiveram um maior risco para SAOS e maiores escores na escala de depressão, quando comparados com os pacientes sem distúrbios do sono, relação que se manteve quando analisada a atividade na doença. Não houve diferença significativa entre qualidade sono, risco para SAOS e para depressão entre pacientes com a forma axial e periférica das SpA.
- TCCEfeitos da cafeína na encefalopatia hepática induzida por modelo experimental de cirrose biliar secundáriaPardal, Carlos Francisco Matos; Guth, Isabelle (2019)RESUMO As doenças hepáticas são de grande importância para a saúde pública, visto que estão associadas a elevados custos com tratamentos e internações hospitalares. A via final comum dessas doenças é a cirrose, que pode descompensar e levar ao desenvolvimento de complicações, tais como a encefalopatia. Essa complicação, relacionada a uma alta mortalidade, indicando, portanto, a necessidade de transplante hepático em casos acentuados, tem sua etiopatogenia associada à hiperamonemia, condição desenvolvida em pacientes portadores de cirrose hepática. Sendo assim, substâncias capazes de interferir nos níveis séricos de amônia podem ser utilizadas no seu manejo, como, por exemplo, a cafeína, que aumenta a atividade do ciclo da ureia no fígado, levando a uma maior degradação de amônia. Além disso, essa substância exerce efeito hepatoprotetor, ao impedir a formação de fibrose hepática, e estimula o sistema nervoso central, ao antagonizar os receptores de adenosina. A partir disso, o presente estudo objetiva avaliar os efeitos da Cafeína na encefalopatia hepática induzida por modelo experimental de cirrose biliar secundária, por meio da ligadura de ducto biliar comum, associada à administração de ração hiperproteica (76% de proteína de soja). Para isso, foram utilizados 32 ratos machos da linhagem Wistar divididos igualmente em 4 grupos (n=8). O experimento durou 28 dias, com administração de 50mg/Kg/dia de cafeína via intragástrica. E, por fim, para avaliação dos efeitos dessa substância, foram realizados exames laboratoriais, análise histológica de fígado e encéfalo, teste comportamental de campo aberto e registros diários de comportamento. Nos animais tratados com Cafeína, observou-se diminuição da fibrose na histologia hepática, diminuição dos níveis das transaminases ALT e AST na circulação sanguínea, melhora dos sinais característicos da encefalopatia hepática e redução das alterações histológicas encefálicas. Dessa forma, pôde-se concluir que a cafeína preveniu o desenvolvimento da encefalopatia grave em associação com os seus efeitos de hepatoproteção, estimulação do sistema nervoso central e aumento da degradação de amônia. Palavras-
- TCCEstudo comparativo do valor do índice tornozelo braquial entre pacientes portadores de lúpus eritematoso sistêmico e a população geralPossebom, Gustavo Rodrigues; Silva, Pedro Henrique de Araújo da (2019)RESUMO Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), é uma doença autoimune sistêmica que se caracteriza pela produção de auto anticorpos, formação e deposição de complexos imunes, inflamação e dano tecidual. Apesar de suas diversas manifestações clínicas o LES é responsável pela formação acelerada de aterosclerose em pacientes acometidos pela doença, sendo a doença vascular uma das principais causas de mortalidade nesses pacientes. Por essa razão a identificação precoce dos processos ateroscleróticos são fundamentais para prevenção primária e acompanhamento dos pacientes. Objetivo: Avaliar a diferença dos valores do Índice Tornozelo Braquial (ITB) de pacientes com LES e da população geral, para identificação de doença aterosclerótica. Método: Foi feito um estudo transversal observacional, no ambulatório de reumatologia (para casos) e dermatologia (para controle) do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, onde foram analisadas 150 pacientes, sendo divididos em 75 portadores de LES e 75 do grupo controle. A partir de questionários foram feitas analises epidemiológicas com ambos os grupos e medida do ITB nesses pacientes. Foram aplicados questionários específicos somente para pacientes com Lúpus. Seus prontuários foram revisados para perfil clínico, sorológico e tempo de uso de corticóide e tratamento. Calculou-se a atividade da doença pelo Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index (SLEDAI e o dano cumulativo pelo Systemic Lupus Erythematosus Collaborating Clinics/American College of Rhumatology Damage Index (SLICC/ACR-DI). Resultados: A comparação dos valores do ITB entre os grupos, mostrou que pacientes com LES apresentam mais frequentemente valores de ITB fora da faixa de normalidade (p=0,003). No grupo portador de LES, tanto para pacientes com ITB normal ou alterado, não foram identificadas diferenças significativas com relação aos tradicionais fatores de risco para aterosclerose (hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia) nem aspectos clínicos ou sorológicos da doença que identifiquem pacientes com ITB alterado (todos com p>0,05). O SLEDAI e o SLICC/ACR DI não se associaram com a presença de ITB alterado. Conclusão: Foi possível observar que pacientes com LES apresentam mais valores alterados de ITB quando comparados com a população geral, demonstrando maior risco cardiovascular. O perfil clinico, sorológico, de atividade e o dano cumulativo não se associaram com o ITB.
- TCCEquilíbrio e risco de quedas em pacientes com espondilite anquillosanteMewes, Kerilyn Brenda (2019)RESUMO Introdução: Entre as espondiloartrites (EpA) , a Espondilite Anquilosante (EA) se caracteriza por ser uma doença de caráter inflamatório, crônico e progressivo que afeta primariamente as articulações sacroilíacas e a coluna vertebral. Perdas funcionais ocorrem durante os primeiros 10 anos da doença, decorrentes das alterações estruturais do esqueleto axial. As comorbidades relacionadas a EA são de origem multifatorial e estão relacionadas a inflamação crônica, restrição de mobilidade secundária à dor e perda da amplitude de movimento. O presente trabalho busca identificar, através de instrumentos de avaliação clínica, quais fatores e variáveis podem influenciar no equilíbrio ortostático do paciente com EA e prejudicar sua mobilidade e qualidade de vida. Objetivo: Avaliar o equilíbrio estático e dinâmico de pacientes com espondiloartrites de acometimento predominantemente axial e identificar variáveis significativamente associadas a redução do equilíbrio. Metodologia: Foram estudados 55 pacientes do ambulatório de EpA do setor de Reumatologia do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, com formas axiais segundo critérios ASAS. Estes foram submetidos a um questionário epidemiológico, clínico e funcional para avaliação das manifestações clínicas, númerode quedas por dificuldade de equilíbrioapós diagnóstico da doença, hábitos de vida e índices relacionados a doença como a atividade inflamatória (pelo BASDAI ou Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index e ASDAS ou Ankylosing Spondylitis Disease Activity Score - PCR), escala visual analógica de dor, índice funcional (pelo BASFI ou Bath Ankylosing Spondylitis Functional Index), mobilidade da coluna (pelo BASMI ou Bath Ankylosing Spondylitis Metrics Index) e qualidade de vida (pelo ASQoL ou Ankylonding Spondylitis Quality of Life Questionnaire), além do Grau de Equilíbrio de Berg. Resultados: Cerca de 25,4% dos pacientes relataram quedas. Encontrou-se correlação do grau de equilíbrio com BASDAI (p=0.03), BASFI (p<0.0001); BASMI (p<0.0001), ASDAS PCR (p=0.01), ASQoL (p<0.00001), idade (p<0.0001) mas não com tempo de doença, sexo, sacroileíte uni ou bilateral e demais variáveis clinicas estudadas (todos com p=ns). Indivíduos fumantes e caucasianos tinham menor escore no Berg (p= 0.01 e 0.03 respectivamente). Em análise multivariada dos fatores potencialmente implicados na causa de perda de equilíbrio (atividade inflamatória, função, achados de métrica, raça, idade) apenas os resultados do BASFI e BASMI foram independentemente associados com o equilíbrio. Conclusão: Em pacientes com SpA, as variáveis associadas a atividade inflamatória, função e alterações métricas, idade e fumo estiveram associados com perda de equilíbrio porem sóa função e alterações métricas se associaram de maneira independente.
- TCCDengue : uma análise epidemiológica relacionando notificação e fatores climáticos na cidade de Curitiba - PRSilva, Giovane Augusto dos Santos (2019)RESUMO Introdução: a dengue é a arbovirose causada pelo vírus DEN e possui quatro subtipos (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). É transmitido pelo mosquito vetor Aedes aegypti. O diagnóstico é feito de maneira clínica ao reconhecer precocemente os sintomas da doença, podendo ser realizado o diagnóstico de forma laboratorial. Objetivos: avaliar a notificação da dengue na cidade de Curitiba – PR, correlacionando com fatores climáticos no período de 2014, 2015 e 2016. Metodologia: coleta de dados realizada através do DATASUS e INMET com posterior análise de gráficos. Resultados: No período de janeiro de 2014 a fevereiro de 2015 foram notificados 37 casos de dengue, enquanto no período de junho a agosto de 2015 foram notificados 33 casos. No período de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016 foram notificados 607 casos de dengue, enquanto no período de junho a agosto de 2016 foram notificados 11 casos. Conclusão: O número de notificações de dengue foi maior no período de dezembro, janeiro e fevereiro quando comparado ao período de junho, julho e agosto. Foi sendo visto um aumento significativo na notificação no período de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016 quando comparado ao mesmo período de 2014 a 2015.
- TCCAvaliação da ansiedade e depressão em pacientes com artrite psorisíaca e seu impacto na qualidade de vidaCipriani, Luiza Marcelli (2019)RESUMO Introdução: A Artrite Psoriásica (AP) é uma doença inflamatória e crônica associada à psoríase cutânea ou ungueal e considerada uma Espondiloartropatia. Esta doença tem fator reumatoide negativo e afeta tendões, ligamentos, fáscias e articulações. 2 a 3% da população mundial tem psoríase e destas, 5 a 42% pode ter o acometimento articular. A ansiedade atinge 36,6% desses pacientes, a depressão, 22,2% enquanto as duas afetam 17,7%. Os pacientes apresentam pior Qualidade de Vida (QV) a que pacientes com psoríase isolada ou Artrite Reumatoide. Objetivos: Avaliar a prevalência de ansiedade e depressão e associação à QV em pacientes com AP no setor de ambulatório do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) de Curitiba. Estudar a prevalência e níveis de ansiedade e depressão nos pacientes com AP. Avaliar se ansiedade e depressão estão assocaidos com atividade de doença. Estudar a influencia da Ansiedade e Depressão na QV destes pacientes. Casuística e métodos: Estudo transversal observacional no qual foram entrevistados 54 pacientes de ambos os sexos e maiores de 18 anos que preencham os critérios de CASPAR para a AP, no ambulatório de reumatologia/dermatologia do HUEM em Curitiba. Foram coletados dados epidemiológicos (data de início da artrite e da psoríase, idade, raça, gênero e uso de tabaco); dados clínicos (tipo da artrite psoriásica, PASI da psoríase, medicamentos em uso, índice de atividade da doença articular e achados clínicos ungueais e dactilite) e dados sorológicos (PCR, VHS, HLA-B27). Além disso foi feita entrevista, com os questionários para avaliação da ansiedade de Beck, para a depressão, o CES-D e da QV, o SF-12. Resultados: A prevalência de ansiedade nos pacientes com AP foi de 62,96%, de depressão foi de 51,85% e de ambas foi de 48,14%. Dentre os pacientes com ansiedade 31,48% apresentaram ansiedade moderada à grave, e com depressão, 44,44% eram depressão maior. Há significância estatística ao confrontar a ansiedade com o índice de atividade da doença articular e cutânea, ASDAS VHS (p=0,003) e PASI (p=0,001), respectivamente. Além de também revelar grande significância com p<0,0001 as associações entre ansiedade e depressão e ansiedade e QV (física e mental). Quanto à depressão não houve significância com os índices de atividade articular, mas sim com o PASI e QV (p<0,0001). Conclusão: Por conseguinte, este estudo evidencia a alta prevalência de ansiedade, 62,96%, e depressão, 51,85%, nos pacientes acometidos por AP do serviço de Reumatologia HUEM. Houve importante relação estatística ao se estudar a influência que a ansiedade e a depressão expressam na QV, física e mental, nesses pacientes. Verificou-se ainda, significativa associação estatística entre o índice de atividade da doença articular, o ASDAS VHS, com a ansiedade, embora não tivesse relação estatística com a depressão. Por fim, quanto ao índice de atividade da doença cutânea, o PASI, revelou significância estatística ao se associar com a depressão, mas não com a ansiedade.
- TCCAvaliação clínico-epidemiológica de pacientes com metástase espinhal submetidos a tratamento cirúrgicoBeilfuss, Leonardo; Barcella, Eduardo Luis (2019)RESUMO A doença metastática da coluna é uma doença relevante, visto que, dentre as doenças neoplasicas, é uma das que mais acarretam incapacitancia e morbimortalidade aos pacientes. Sua detecção precoce está aumentando devido aos métodos diagnosticos aprimorados, permitindo que os pacientes com doença ativa possam ter uma expectativa de vida mais longa. A presença de metástases e o aumento da expectativa de vida da população estão diretamente relacionadas. De acordo com o IBGE em 2015, as projeções realizadas pelas Nações Unidas mostram que a parcela de idosos na população mundial dobraria para 24,6% em cerca de 55,8 anos, no Brasil, dobraria para 23,5% em 24,3 anos. Este trabalho terá como objetivos avaliar os dados epidemiológicos e os achados clínicos-radiológicos dos pacientes com metástase espinhal submetidos a tratamento cirúrgico, avaliando os sinais e sintomas osteomusculares e neurológicos do pré-operatório, avaliar os aspectos radiológicos e do procedimento cirúrgico, características da neoplasia primária, assim como a sobrevida dos pacientes. Realizado no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie entre os anos de 2007 e 2017, através da análise de dados dos prontuários dos pacientes.
- TCCFatores de risco para o desenvolvimento de otite média aguda em criançasTakii, Emilli Mayumi Nagano; Abidin, Samara Alessandra (2019)RESUMO Introdução: a Otite Média Aguda (OMA) é um processo inflamatório da orelha média e é um problema bastante prevalente, com razoável risco de complicações. Objetivo: esse trabalho tem como objetivo analisar fatores de risco para o desenvolvimento da OMA, com foco principalmente no tabagismo materno. Casuística e métodos: foram avaliados 55 indivíduos com até 5 anos de idade com o diagnóstico de otite média aguda atual ou prévia, no período de julho a setembro de 2019. Resultados: em uma amostra de 55 crianças com o diagnóstico de OMA, 12 eram filhos de mãe tabagista, e 23 tinham outros familiares tabagistas em casa. Não se observou relação direta ou indireta entre OMA e idade, número de moradores na casa, tempo de aleitamento materno, frequência à creche, posição do mamar, uso de chupeta, episódios prévios de OMA ou tabagismo familiar. Porém, houve relação entre IVAS associada com o tabagismo materno (p=0,007) e com a frequência à creche (p=0,039) Conclusão: o tabagismo materno e a frequência à creche foram fatores de risco importantes para o desenvolvimento dessa doença concomitante a IVAS.
- TCCAvaliação do conhecimento dos médicos residentes de um hospital de Curitiba- Paraná, sobre SRIS, SEPSE e choque séptico, de acordo com a nova classificação de 2017Pereira, Paula Pacheco; Pizzo, Thais de Paula (2019)RESUMO A sepse, no Brasil, apresenta uma alta taxa de letalidade e uma causa potencial dessas mortes é o provável desconhecimento dos profissionais de saúde, falhando na identificação e conduta precoces.Nesse contexto, o presente estudo, foi realizado no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) de Curitiba, Paraná, com 39 residentes das áreas de clínica médica, cirurgia geral, nefrologia, neurologia, dermatologia e pediatria, avaliando o conhecimento sobre Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS), sepse e choque séptico e, ainda, se há conhecimento dos novos parâmetros instituídos a partir de 2017. Os dados foram coletados através de um questionário de 10 questões formulado pelos pesquisadores, baseado no protocolo do Instituto Latino Americado de Sepse (ILAS) de 2017. As análises estatísticas foram realizadas no ambiente estatístico R 3.4.4 e com modelos de regressões logísticas. Nos resultadosnão foi encontrado diferença significativa nos acertos gerais entre os anos de residência, sendoa média de acertos totais de 59% do teste, sugerindo um desempenho acima da média, porém ainda insatisfatório. As questôes com maior índice de erro analisavam o reconhecimento de conceitos corretos sobre SRIS, sepse e choque séptico e a identificação da sepse, o que pode ser sinal de desatualização dos profissionais e não propriamente desconhecimento.
- TCCAnálise comparativa dos aspectos clínicos e sorológicos de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico com e sem anticorpo anti-RNPBarasuol, Linda Luísa; Figueiredo, Marina de Oliveira (2019)RESUMO INTRODUÇÃO: Pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) têm uma clínica muito variada a qual é fortemente influenciada pelo perfil de autoanticorpos apresentado. Estes anticorpos, por sua vez, variam conforme o background genético da população estudada. Poucos estudos analisaram a influência do anticorpo anti-RNP no perfil clinico e sorológico de pacientes com LES no Brasil. OBJETIVOS: Analisar comparativamente os aspectos clínicos, epidemiológicos e sorológicos entre os pacientes com LES com e sem o anticorpo anti-RNP. Estudar a prevalência deste anticorpo em pacientes com LES no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo retrospectivo realizado no ambulatório de reumatologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie durante os anos de 2007 a 2017, onde foram examinados os prontuários de 478 pacientes com diagnóstico de LES. RESULTADOS: A prevalência de anticorpos anti-RNP positivos neste estudo foi de 31,5%. A presença do anticorpo anti-RNP influencia negativamente no aparecimento de serosites (p=0.04; OR=1,7; 95%IC=1,01-2,8). Influencia positivamente na presença do fenômeno de Raynaud (P<0.0001; OR=2,6;95%IC=1,7 a 4,0), dos anticorpos anti-Ro (p<0.0001; OR=.5,0;95%IC=2,8-9,0), anti-La (p=0.01; OR=1,7;95%IC=1,1-2,7) e anti-Sm (p<0.0001; OR=10.3; (5%IC=6,2-17,3). O teste de Coombs direto foi mais comum nos pacientes com anti-RNP do que nos sem anti-RNP (P<0.0001; OR =3,9;95%IC=2,1-7,2). Os demais achados clínicos e o perfil epidemiológico dos pacientes não foi afetado pela presença deste anticorpo (todos com p=ns). CONCLUSÃO: Pacientes brasileiros com LES têm uma prevalência de anti-RNP de 31.5%. Estes pacientes têm menos serosites, mais fenômeno de Raynaud e mais presença dos anticorpos anti-Ro, anti-La e anti-Sm. A positividade para o teste de Coombs tem maior prevalência nos pacientes com anti-RNP.
- TCCCorrelação entre a espessura da gordura epicárdica em torno das principais artérias coronárias e a severidade da doença arterial coronarianaCorrêa, Isabelle Terumi Tanioka; Araújo, Kelre Wannlen Campos Silva (2019)RESUMO As doenças cardiovasculares são responsáveis pela principal causa de morbimortalidade da população mundial. Dentre as inúmeras doenças cardiovasculares, a Doença Arterial Coronariana (DAC) está entre as mais comuns e de maior relevância no que diz respeito às comorbidades do sistema circulatório. É uma doença de cunho multifatorial, na qual é caracterizada fundamentalmente por acúmulo de placas ateroscleróticas devido ao trauma que ocorre ao nível do endotélio, levando ao estreitamento das artérias coronarianas. Com os avanços obtidos na parte de biomicroscopia e imunohistoquímica, é possível afirmar que a principal causa das lesões do endotélio é de origem inflamatória, sendo a gordura epicárdica (GE) elementar no desenvolvimento desse processo. Diante deste quadro, é importante quantificar a extensão e a severidade da DAC em relação a GE no intuito de diagnosticar de maneira precoce e direcionar medidas de prevenção, através do reconhecimento de fatores que possam mudar o curso da doença. Portanto, o objetivo desse trabalho é correlacionar a espessura da gordura epicárdica em torno das principais artérias que irrigam o coração com a severidade da DAC, em uma amostra de 111 indivíduos diferenciados por sexo e faixa etária, através de um estudo retrospectivo com análise dos laudos de exames de imagem angiotomográficas dos pacientes submetidos a tal exame, realizado no Centro Diagnóstico Água Verde (CEDAV), na cidade de Curitiba, Paraná, durante o período de janeiro de 2017 à dezembro de 2018. Os resultados apresentaram grande variabilidade no que diz respeito ao sexo, faixa etária e nível de acometimento nas diferentes artérias estudadas. Não houve correlação significativa quanto ao tamanho da espessura da GE em relação à severidade da DAC (exceto na Coronária Direita), apesar dos valores de GE serem crescentes na medida em que os pacientes evoluem na categoria de lesão obstrutiva, de normais à obstrução importante. Conclui-se que houve diferença na apresentação da doença em relação aos sexos e a faixa etária, porém a mensuração da espessura não foi significante na avaliação da severidade da DAC.
- TCCAnálise comparativa do perfil clínico e sorológico de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de acordo com o sexoOliveira, Natália Teixeira de; Silva, Nícolas Gomes (2019)RESUMO Introdução: O Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença reumática crônica, autoimune, com prevalência em mulheres na idade fértil. Pode, porém, estar presente no homem, em qualquer idade e em qualquer grupo étnico. Caracteriza-se por uma evolução cíclica, com períodos de melhoras e recidivas e com produção de auto anticorpos que resultam em desde lesões cutâneas à injuria de órgãos e tecidos. Em casos avançados, o curso da doença é progressivo; associado à alta morbidade e mortalidade. O perfil de manifestações clínicas apresentadas por um paciente depende do seu padrão genético e é modulada pelos hormônios sexuais. Objetivo: Conhecer as principais diferenças no perfil clinico e sorológico de pacientes brasileiros com lúpus eritematoso sistêmico de acordo com sexo. Método: Foram estudados retrospectivamente pacientes portadores de Lúpus eritematoso sistêmico, de ambos os sexos, do ambulatório de reumatologia do HUEC dos anos de 2000 a 2018. Número de 520 pacientes. Foram coletados dados do perfil clinico e de auto anticorpos. A seguir o perfil obtido em mulheres foi comparado com o perfil obtido nos homens. Resultados: Nos pacientes avaliados as apresentações clínicas como rash malar, lesão discoide, dores articulares, atrite deformante, convulsões, psicose, serosite, anemia hemolítica, leucopenia e linfopenia foram comparáveis em ambos os grupos. Dentre as manifestações estatisticamente relevantes, encontram-se o acometimento renal maior em homens (p<0.0001) e a alopecia (p<0.0001) e úlceras orais maior nas mulheres (p=0.002). No perfil sorológico, mulheres tiveram maior prevalência do Fator Reumatoide (p<0.0001) enquanto nos homens, maior presença do anticorpo Anti-dsDNA (p=0.0105). Conclusões: Foi possível observar que mulheres manifestaram significativamente mais alopécia e úlceras orais, entretanto, homens apresentaram mais acometimento renal. Com relação ao perfil de auto anticorpos, houve relevância no Anti-dsDNA, mais prevalente em homens do que em mulheres.
- TCCComparação dos resultados de biometria óptica de três equipamentosCarrocini, Beatriz Martins Silveira; Souza, Bruna de Lara (2019)RESUMO INTRODUÇÃO: Catarata é a perda da transparência do cristalino e a principal causa de cegueira reversível no mundo. Estima-se que afeta 95 milhões de pessoas. Seu tratamento é baseado em cirurgia, chamada facectomia, na qual o cristalino é substituído por uma lente intraocular (LIO) escolhida com base na biometria óptica ou biometria ultra-sônica, sendo a primeira o padrão ouro para medição, feita através de um feixe de luz que consegue as medidas necessárias para o cálculo do comprimento axial, além da ceratometria, espessura do cristalino e profundidade da câmara anterior. A medição do grau correto da LIO é de extrema importância para evitar erros refracionais no pós operatório e assim, melhorar a qualidade de vida do paciente. OBJETIVO: Verificar se há divergências entre os resultados de biometria de três aparelhos disponíveis para a avaliação pré operatória da facectomia. MÉTODOLOGIA: Estudo transversal observacional, no qual 49 pacientes foram submetidos ao exame de biometria óptica em três equipamentos diferentes entre janeiro de 2019 e março de 2019 atendidos no Hospital de Olhos do Paraná (HOP). RESULTADOS: Comparando os três equipamentos simultaneamente, o estudo confirma que há diferença significativa apenas entre os parâmetros ceratometria do eixo mais plano (K1), comprimento axial (AXL) e profundidade da câmara anterior (ACD). Porém ao analisarmos os equipamentos dois a dois, o comprimento axial (AXL) entre Lenstar e Nidek e a ceratometria do eixo mais plano (K1) entre Galilei e Lenstar apresentaram concordância. CONCLUSÃO: Os valores encontrados nos permite concluir que existe diferença significativa entre os três aparelhos, mas nenhum resultado do presente estudo nos permite concluir que existe um aparelho superior aos demais. Para analisarmos clinicamente tal discordância se faz necessário mais estudos.
- TCCComparação dos tempos de alta de pacientes submetidos a enxerto de pele com e sem a utilização da técnica adjuvante de lipoenxertia no período de 2017 a 2019 em serviço de cirurgia plástica de CuritibaMello, Daniel Bozza de Oliveira; Dassoler, Eduardo Nizar (2019)RESUMO A lipoenxertia é uma técnica adjuvante no tratamento de feridas de pele e, em específico, aplicada como terapêutica adjuvante aos enxertos de pele. Nessa, é aspirado tecido adiposo do próprio paciente e, após um processo de preparo dessa, é aplicada no local da lesão. O objetivo desse trabalho é avaliar os benefícios e malefícios da técnica, comparando dois grupos amostrais: pacientes que receberam enxerto de pele no período de 2017 a 2019 com os que receberam enxerto de pele com a lipoenxertia; tomou-se por critério o número de dias internado entre a data da cirurgia até o dia de alta. Foram comparados 48 pacientes do primeiro grupo, com uma média de 34,32 dias, e 4 pacientes do segundo grupo, com média de 4,5 dias. Apesar do grupo amostral ser limitado, verificamos que os resultados obtidos nos pacientes submetidos à lipoenxertia foi compatível com a literatura e que trabalhos de ensaio clínico são necessários para termos melhores parâmetros de comparação.
- TCCInadequações na oferta calórica de crianças submetidas à alimentação enteral :Barbosa, Jaqueline Roberta (2019)RESUMO INTRODUÇÃO: Um bom estado nutricional é condição indispensavel para a manutenção da saúde da criança, sabe-se também que a alimentação funciona como profilaxia para inúmeras doenças. Quando se trata de crianças em alimentação enteral, indivíduos que perderam o mecanismo de fome e saciedade ou a capacidade de deglutição, aumenta exponencialmente a importância de diagnosticar e corrigir possíveis inadequações. OBJETIVOS: Avaliar a oferta calórica em crianças e adolescentes submetidos à nutrição enteral, detectar erros quantitativos e de diluição da fórmula industrializada. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo com avaliação de prontuários de crianças de 0 a 19 anos, atendidos entre abril de 2009 a março de 2018, em alimentação enteral, para os quais foi realizado o cálculo da ingestão calórica diária e registrado em prontuário. RESULTADOS: Dos 62 pacientes, 38 (61%) eram do sexo masculino. A idade varou de 2 meses a 19 anos e 3 meses, mediana de 1 ano e 6 meses (IIQ 6 meses – 5 anos e 8 meses). Quanto à classificação antropométrica houve predomínio de magreza (40% dos pacientes) e baixa estatura (42%), com sobrepeso e obesidade em 6 pacientes (10%). Quanto às manifestações clínicas: vômitos (25 casos - 40%); diarreia (11 casos - 18%); desnutrição proteico energética (23 casos - 37%); distensão ou gases (13 casos - 21%); dor ou desconforto (10 casos - 16%). O preparo da fórmula foi correto (isosmolar) em 47 pacientes (76%), hiperosmolar em 13 (21%) e hiposmolar em 2(3%). Levando em consideração a patologia, 26 pacientes (42%) recebiam quantidade calórica adequada, 14 (23%) alimentação hipercalórica e 22 (35%) alimentação hipocalórica. A porcentagem da necessidade energética recebida teve uma média 104% (DP = 44,97) com variação de 33% à 225%. Não foi possível realizar associação entre clínica e antropometria com densidade calórica ou osmolaridade, a única associação significativa (p=0,009) foi entre magreza (4%) e a oferta de alimento hiperosmolar. CONCLUSÃO: Crianças em alimentação enteral estão expostas à uma grande incidência de erros da oferta alimentar, de diluição e de densidade calórica. Elas apresentam também uma maior taxa de distúrbios antropométricos. Faz-se de extrema importância o cálculo e a adequação da ingesta calórica destes pacientes como também de uma minuciosa orientação quanto ao preparo aos cuidadores.
- TCCAnálise comparativa de espermogramas baseados nos critérios da OMS de 1999 e de 2010 para fertlidade masculina em um centro de reprodução humana em CuritibaLima, Nivaldo Rodrigues de + Júnior; Furtado, Rodrigo Guimarães (2019)RESUMO Introdução: A infertilidade acomete, só nos Estados Unidos da América, cerca de 6 milhões de casais. O homem é responsável por 50% dos casos de infertilidade. Uma importante ferramenta na investigação da infertilidade masculina é o espermograma, nele analisa-se o volume, a concentração de espermatozoides, a motilidade total e a morfologia dos espermatozoides. Alguns fatores como atividade sexual, período de abstinência, raça, funcionamento das glândulas acessórias e tabagismo, entre outros, influenciam na fertilidade masculina. A OMS em 1999 publicou um manual com parâmetros para a análise do espermograma, posteriormente, em 2010, foi lançada uma nova edição onde esses parâmetros foram flexibilizados visto que novos estudos mostraram fertilidade em pacientes que de acordo com os parâmetros de 1999 eram considerados inférteis Objetivo: O objetivo desse estudo é analisar dados dos espermogramas e compará-los com a mudança dos parâmetros propostos pela OMS em 1999 e em 2010.Metodologia: Efetuou-se a pesquisa transversal e retrospectiva nos arquivos da clínica Fertway de Reprodução Humana no período de janeiro de 2009 até março de 2019 de pacientes masculinos, em Curitiba, Paraná. Foram avaliados no espermograma o volume de sêmen, concentração de espermatozoides, porcentagem de espermatozoides com motilidade total e porcentagem de espermatozoides com morfologia normal. Foram incluídos todos pacientes com mais de 18 anos e excluídos espermogramas que mostravam azoospermia: Resultados. Foram coletados espermogramas de 173 pacientes. Entretanto, 13 pacientes eram azoospermicos (7,51%), sendo assim estes não foram inclusos, restando 160 pacientes (92,49%). Desses 160 pacientes, 28 pacientes (17,50%) se enquadraram na mudança dos critérios e 133 pacientes (82,50%) não sofreram alteração em sua classificação A motilidade foi o fator que mais contribuiu para a mudança de infértil para fértil aparecendo em 13 dos 28 espermogramas selecionados (46,43%), concentração de espermatozoides em 10 (35,71%), volume em 9 (32,14%) e morfologia em 5 (17,68%). Utilizando o teste qui-quadrado observa-se que, apesar motilidade ser o fator principal para a modificação da classificação de fértil para infértil, não ouve diferença estaticamente significativa entre os fatores para um p=0,05. (Teste qui-quadrado 7 = 0,315542). Observou-se que a motilidade contribuiu em 10 casos (35,71%), volume e concentração em 5 cada (17,86%) e a morfologia em apenas 2 (7,14%) quando analisada a contribuição de cada fator isoladamente (sem a alteração de mais de um fator no mesmo espermograma). Conclusão: No presente estudo, verificou-se que 28 pacientes (17.50%) que eram classificados como inférteis pelos critérios da WHO de 1999 passaram a ser considerados férteis pelos critérios da WHO de 2010. A motilidade foi o fator que mais contribuiu para a mudança de infértil para fértil.
- TCCCorrelação epidemiológica e clínica em pacientes diagnosticadas com câncer de mama em hospital universitárioSeidel, Catherine Enk Fischer; Ferraz, Melissa Carolina Ozório (2019)RESUMO Introdução: O câncer de mama é um problema de saúde pública, representando, em 2018, 29,5% de todas as neoplasias no Brasil. O principal fator de risco é ser mulher, mas se destacam também o envelhecimento, história familiar, consumo de álcool, excesso de peso e exposição ao estrogênio. O rastreamento consiste na tentativa de pesquisa da doença em população assintomática na fase pré-clínica. O Ministério da Saúde recomenda a mamografia bienal nas mulheres de idade entre 50 e 69 anos. Há divergência na literatura a respeito dessa política. O entendimento dos fatores epidemiológicos, biologia do tumor e sua disseminação associados a aspectos moleculares, radiológicos e clínicos são essenciais para permitir políticas de rastreio e diagnóstico precoce. Objetivos: Verificar os aspectos epidemiológicos das pacientes diagnosticadas com câncer de mama e avaliar fatores referentes ao tumor que têm impacto no prognóstico. A partir disso, avaliar a eficácia da atual política de rastreamento adotada pelo SUS. Metodologia: Nesse estudo, 194 prontuários de pacientes diagnosticadas com câncer de mama período de 2013 a 2018 no serviço de Ginecologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) foram analisados, sendo 76 descartados por não se adequarem aos critérios. Dentre as variáveis analisadas estão: idade ao diagnóstico, tamanho do tumor, tipo e grau histológico, BIRADS, clínica e cirurgia realizada inicialmente. Resultados: A média de idade das pacientes ao diagnóstico foi de 52,31 anos, variando de 23 a 82. As faixas etárias mais prevalentes foram as de 50 a 59 anos, seguida de 40 a 49 anos. 81% das pacientes procuraram serviço médico com queixa de nódulo palpável e apenas 9% eram assintomáticas ao diagnóstico. 56,78% dos tumores eram de grau histológico tipo 2, enquanto 35,59% foram classificados como grau 3. 73,73% apresentava tamanho tumoral de dimensão igual ou superior a 2 centímetros. Dentre as cirurgias realizadas inicialmente, a mastectomia foi a mais frequente (51,69%). 58% das pacientes apresentaram linfonodo positivo para malignidade. Conclusões: 53,39% das pacientes não estão dentro da faixa etária abrangida pela atual política. Além disso, 91% das pacientes relatavam clínica ao diagnóstico, o que indica falha no principal objetivo do rastreamento. Dentre as pacientes fora da faixa etária de rastreamento, 94% apresentava tumores de grau 2 ou 3. Nesse mesmo grupo, 54% das pacientes manifestaram tumor de tamanho igual ou superior a 2 centímetros.
- TCCPrevalência de olho seco em pacientes portadores de diabetes e sua associação com controle da doençaFreitas, Gabriela Roncholeta de Freitas; Ferraz, Giovana Aparecida Moura (2019)RESUMO Fundamento: Embora as alterações no Diabetes Mellitus (DM) sejam bem analisadas e conhecidas, ainda não há muito estudo acerca do aparecimento de olho seco nesta população, bem como sua relação com o tratamento e evolução da doença. Objetivo: Avaliar a prevalência de olho seco na população com diabetes local comparando-a com a da população normal, buscando relação ou não com o tipo do diabetes, tempo, controle glicêmico, sexo e idade do paciente. Casuística e Método: Foram estudadas 240 pessoas do ambulatório de endocrinologia e dermatologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie de Curitiba, sendo elas 120 pacientes portadores de DM (tipo 1 e 2) e 120 pessoas sem doenças crônicas (grupo controle) pareadas para sexo e idade. Os dois grupos foram submetidas ao teste de Schirmer, verificando a produção lacrimal para análise da presença de olho seco ou não. As pessoas que apresentaram olho seco responderam dois questionários, um sobre a síndrome do olho seco e outro para avaliar a gravidade do quadro. Dados epidemiológicos acerca de controle do DM foram compilados dos prontuários. Resultados: A prevalência de olho seco em DM foi de 38,33% e o da população normal 25% da sua amostra (p=0,0264). Cerca de 12% do tipo 1 da doença e 45,2% do tipo 2 (p=0,002) exibiram síndrome de olho seco. Pacientes diabéticos mais velhos demonstraram ter mais olho seco (p =0,01). Pacientes em uso de hipoglicemiante oral apresentaram menor produção de lágrimas em relação aos que não utilizavam estes medicamentos (p=0,001). O sexo, o tempo de doença e o controle glicêmico não influíram na produção lacrimal (p=ns). Conclusão: A síndrome do olho seco foi encontrada em maior proporção nos pacientes diabéticos do que na população não diabética. O tipo 2 da doença foi o que apresentou menor lubrificação ocular. O sexo do paciente, o tempo da doença e o controle glicêmico não influenciaram em um maior aparecimento de olho seco. O desenvolvimento de olho seco em portadores de DM tendeu a acompanhar a idade e o uso de hipoglicemiante orais.
- TCCMedicamentos mais utilizados no manejo da dor de pacientes idosos sob cuidados paliativos em um hospital da rede pública de Curitiba - PRFaidiga, Lucas Henrique Rinaldi; Moreira, Matheus Henrique de Magalhães (2019)RESUMO Introdução: O envelhecimento da população no Brasil acarreta aumento da prevalência de doenças crônicas, dolorosas e, muitas vezes, incuráveis e ameaçadoras da vida. A medicina paliativa mostra-se como a melhor estratégia quando se objetiva qualidade de vida, dignidade e conforto dos pacientes sob esta condição, além de minimizar condutas iatrogênicas. Um dos pilares dessa área médica é tratamento farmacológico da dor e a observação acerca dos compostos ativos e drogas mais utilizadas, essencial para o entendimento deste fino manejo de sintoma tão relevante. Objetivo: Analisar as classes e medicações mais utilizadas para alívio da dor em pacientes idosos sob cuidados paliativos, bem como identificar a presença de um padrão neste manejo, tendo como base a primeira e a última prescrição em um internamento hospitalar. Metodologia: Efetuou-se estudo retrospectivo de coorte com 126 pacientes, com idade superior a 60 anos, no período de 01 de janeiro de 2017 a 31 de outubro de 2018 em um hospital da rede pública do município de Curitiba, Paraná. Foi realizada uma divisão dos medicamentos em: analgésicos puros, AINH, analgésicos opióides fracos e fortes, e adjuvantes. Rastreou-se também o padrão de prescrição nesses pacientes com base no histórico de prescrição, primeira e última prescrição de um internamento. Subsequentemente realizou-se estatística e gráfica das classes medicamentosas percentualmente mais utilizadas e se houve ou não o uso concomitante de classes. Resultados: A distribuição entre os sexos constatou prevalência feminina de 73 mulheres (57,94%) contra 53 homens (42,06%). A predominância da faixa etária foi maior com os pacientes acima de 80 anos com 76 dos pacientes (60,32%). A terapia combinada foi utilizada em 109 pacientes (86,51%) na primeira prescrição e em 120 pacientes (95,24%) na última. A classe de medicamento mais prevalente foi o analgésico puro com 92,06% das prescrições totais. Uma avaliação quantitativa indica que entre as 126 prescrições iniciais, 115 (91,26%) continham dipirona entre seus elementos, além de 119 das últimas (94,44%), valores que representam uma elevação de 3,17 pontos percentuais e 3,47% de taxa de aumento. Já com relação à morfina, ela foi prescrita inicialmente para 17 pacientes (13,49%) em contraposição à 80 nos conjuntos de medicação final (63,49%), dado que representa um ganho de 50 pontos percentuais e 78,75% de taxa de aumento. Conclusão: A classe medicamentosa mais utilizada no manejo da população alvo deste estudo foi analgésico puro, sendo a dipirona seu principal representante. O padrão de prescrição ocorreu de forma majoritária com terapia combinada, através da associação de analgésicos combinados entre si e entre adjuvantes. Outro padrão encontrado foi incremento da última prescrição com analgésico opióide forte em associação ao analgésico puro e ao adjuvante.