Alexitimia em pacientes com Lupus e suas associação com danos cumulativo da doença
Tipo
TCC
Data de publicação
2022
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Judeikis, Guilherme Alexandre
Faidiga, Matheus Rinaldi
Faidiga, Matheus Rinaldi
Orientador
Skare, Thelma Larocca
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Programa
Resumo
Introdução: A alexitimia é um termo empregado no diagnóstico clínico de pessoas com acentuada incapacidade ou dificuldade para expressar emoções e este termo significa exatamente isto: “sem palavras para as emoções”. A definição mais encontrada na literatura é a de que se trata de um construto multidimensional, integrado pelos seguintes fatores: dificuldades em identificar e descrever sentimentos subjetivos; dificuldades em fazer distinção entre emoções e sensações físicas; escassez de sonho e incapacidade de simbolizar ou fazer relação entre afeto e fantasia; e um estilo de raciocínio concreto e objetivo, voltado para a realidade externa. O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica, caracterizada pela produção de autoanticorpos contra antígenos citoplasmáticos e nucleares, no qual tem se descrito existir alta prevalência de alexitimia. A alexitimia em pacientes com LES pode ser secundária a danos orgânicos gerados pela doença ou pelo impacto psicológico secundário a consciência de possuir uma doença grave. Objetivos: Analisar a prevalência de alexitimia em uma amostra de pacientes com lupus e analisar comparativamente pacientes com lúpus com e sem alexitimia em relação ao dano cumulativo e qualidade de vida. Metodologia: Estudo transversal observacional que incluiu 93 pacientes com SLE. A coleta de dados constou de perfil clínico, sorológico e epidemiológico do paciente com LES; medida do dano cumulativo de doença pelo SLICC/ACR DI (Systemic Lupus International Collaborating Clinics American College of Rheumatology Damage Index), pesquisa de alexitimia pela escala de Toronto e medida de qualidade de vida pelo SF-12 ( 12-Item Health Survey). Resultados: Nesta amostra, 55.9% dos pacientes tinham alexitimia. Não foi possível associar a presença de alexitimia com características clinicas ou sorológicas da doença (todos p>0.05). O SLICC/ACR DI não se correlacionou com alexitimia, mas uma correlação negativa foi encontrada com qualidade de vida domínio físico (r=-0.32; p=0.004) e domínio mental (r=-0.46; p<0.0001). Conclusões: Existe alta prevalência de alexitimia em pacientes com lúpus, a qual independe de perfil clínico, sorológico e dano cumulativo. A alexitimia influencia negativamente na qualidade de vida.
Descrição
Palavras-chave
doenças autoimunes , lúpus eritematoso sistêmico , sintomas afetivos , qualidade de vida