Estudo comparativo do valor do índice tornozelo braquial entre pacientes portadores de lúpus eritematoso sistêmico e a população geral
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Tipo
TCC
Data de publicação
2019
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Possebom, Gustavo Rodrigues
Silva, Pedro Henrique de Araújo da
Silva, Pedro Henrique de Araújo da
Orientador
Skare, Thelma Larocca
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Programa
Resumo
RESUMO
Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), é uma doença autoimune sistêmica que se caracteriza pela produção de auto anticorpos, formação e deposição de complexos imunes, inflamação e dano tecidual. Apesar de suas diversas manifestações clínicas o LES é responsável pela formação acelerada de aterosclerose em pacientes acometidos pela doença, sendo a doença vascular uma das principais causas de mortalidade nesses pacientes. Por essa razão a identificação precoce dos processos ateroscleróticos são fundamentais para prevenção primária e acompanhamento dos pacientes. Objetivo: Avaliar a diferença dos valores do Índice Tornozelo Braquial (ITB) de pacientes com LES e da população geral, para identificação de doença aterosclerótica. Método: Foi feito um estudo transversal observacional, no ambulatório de reumatologia (para casos) e dermatologia (para controle) do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, onde foram analisadas 150 pacientes, sendo divididos em 75 portadores de LES e 75 do grupo controle. A partir de questionários foram feitas analises epidemiológicas com ambos os grupos e medida do ITB nesses pacientes. Foram aplicados questionários específicos somente para pacientes com Lúpus. Seus prontuários foram revisados para perfil clínico, sorológico e tempo de uso de corticóide e tratamento. Calculou-se a atividade da doença pelo Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index (SLEDAI e o dano cumulativo pelo Systemic Lupus Erythematosus Collaborating Clinics/American College of Rhumatology Damage Index (SLICC/ACR-DI). Resultados: A comparação dos valores do ITB entre os grupos, mostrou que pacientes com LES apresentam mais frequentemente valores de ITB fora da faixa de normalidade (p=0,003). No grupo portador de LES, tanto para pacientes com ITB normal ou alterado, não foram identificadas diferenças significativas com relação aos tradicionais fatores de risco para aterosclerose (hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia) nem aspectos clínicos ou sorológicos da doença que identifiquem pacientes com ITB alterado (todos com p>0,05). O SLEDAI e o SLICC/ACR DI não se associaram com a presença de ITB alterado. Conclusão: Foi possível observar que pacientes com LES apresentam mais valores alterados de ITB quando comparados com a população geral, demonstrando maior risco cardiovascular. O perfil clinico, sorológico, de atividade e o dano cumulativo não se associaram com o ITB.
Descrição
Palavras-chave
Lúpus eritematoso sistêmico , Aterosclerose , Pressão arterial