Picamalácia: perfil comportamental e nutricional em crianças e adolescente com transtornos do neurodesenvolvimento
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2025-02-14
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Silva, Marina Isabela da
Orientador
Ribeiro, Miriam de Oliveira
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Becker, Natália
Bernardi, Maria Martha
Paula, Cristiane Silvestre de
Lowenthal, Rosane
Bernardi, Maria Martha
Paula, Cristiane Silvestre de
Lowenthal, Rosane
Programa
Ciências do Desenvolvimento Humano
Resumo
A Picamalácia caracteriza-se pela ingestão persistente de substâncias não comestíveis,
frequentemente associada a distúrbios do neurodesenvolvimento, como Transtorno do
Espectro Autista (TEA) e Déficit Intelectual (DI). Trata-se de um transtorno pouco estudado,
com etiologia ainda desconhecida, embora fatores nutricionais e neurobiológicos sejam
frequentemente apontados. Este estudo transversal investigou as características
comportamentais, alimentares e nutricionais de crianças e adolescentes diagnosticados com
Picamalácia, além de explorar a relação entre os níveis plasmáticos de ferro e zinco com a
gravidade dos comportamentos alimentares atípicos. Foram avaliados 80 participantes, sendo
40 no grupo Picamalácia e 40 no grupo controle, com idades entre 3 e 17 anos. Os
instrumentos aplicados incluíram Questionário de Frequência Alimentar (QFA), Inventário de
Problemas de Comportamento (BPI-01), Escala Labirinto de Avaliação de Comportamento
Alimentar e Questionário do Comportamento Alimentar da Criança (CEBQ). Além disso,
foram analisados os níveis plasmáticos de ferro, ferritina e zinco. Os resultados revelaram que
a Picamalácia está associada à maior rigidez comportamental, menor habilidade nas refeições
e níveis plasmáticos mais baixos de ferro e zinco no grupo Picamalácia. Escores mais
elevados de comportamento autoagressivo também foram observados, refletindo padrões
autolesivos. A deficiência de zinco correlacionou-se com alterações no comportamento
alimentar e no consumo de substâncias não comestíveis. Os dados obtidos no presente estudo
ampliam o conhecimento sobre o comportamento de crianças com Picamalácia e sugerem que
a gravidade dos sintomas está associada a déficits de ferro e zinco.
Descrição
Palavras-chave
Picamalácia , Comportamento alimentar , TEA , Déficit intelectual