Ciências Biológicas - TCC - CCBS Higienópolis
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Navegando Ciências Biológicas - TCC - CCBS Higienópolis por Orientador "Louro, Mônica Ponz"
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- TCCArarrinha-azul Cyanopsitta spixii (Wagler, 1832) (Psittacidae; Psittaformes): um levantamento de dados sobre sua conservação nos últimos 20 anosZanin, Pedro Henrique Palmeira (2022-06)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
A Ararinha-azul é uma espécie de ave Psittaciformes endêmica do Brasil e infelizmente é considerada extinta na natureza desde 2001. Essa situação se deve em parte ao fato de o tráfico internacional de animais silvestres ser uma indústria muito lucrativa e de seu habitat natural ter sido degradado ao longo dos anos. Este trabalho teve como objetivo realizar um levantamento de dados evidenciando a situação crítica da espécie, sua extinção na natureza e os diversos esforços para seu retorno. Foram utilizados 18 artigos, matérias publicadas em periódicos, livros e materiais publicados em sites oficiais do governo. A espécie não foi estudada a fundo na natureza antes de sua extinção e o que se sabe sobre seu comportamento foi observado em cativeiro. Existem alguns projetos que trabalham em prol da conservação e reintrodução desta espécie na natureza. Estes dois processos são ainda possíveis pela existência de 170 exemplares, aproximadamente, vivos em cativeiro, estando a maioria na Alemanha. Um dos centros que estavam mais envolvidos na conservação da Ararinha-azul se encontra no Catar, ele possuía aproximadamente 25 pares reprodutores de ararinhas. Na década de 2010 se iniciou no Brasil um plano para a reintrodução da espécie em seu habitat natural, na Bahia, com auxílio de um empresário alemão que possui a maior coleção de indivíduos da espécie. O empresário ainda é responsável por financiar a maioria do valor dos projetos. Isso, além de outros fatores faz com que exista uma certa insegurança com relação ao real motivo para a realização do projeto. Foram realizados estudos genéticos de indivíduos em cativeiro em uma unidade de conservação no Catar, e havia previsões para a soltura de indivíduos provenientes dos centros construídos na Bahia em seu habitat natural em 2021, mas nada sobre isso foi divulgado para o público. A situação pela qual a Cyanopsitta spixii passou e vem passando é um exemplo da ganância e falta de consideração com vida selvagem por parte do ser humano e falta de fiscalização do governo. Este caso deve ser utilizado como exemplo sobre o que fazer e o que não fazer para evitar que o que aconteceu com a ararinha-azul venha a acontecer com outras espécies, sejam elas parte de nossa fauna ou de nossa flora. - TCCComportamento interespecífico de macacos-prego (Sapajus spp.) em uma plataforma de alimentação no Parque Ecológico do TietêLeite, Karina Tonin (2023-06)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
A divisão de um mesmo habitat pode gerar interações entre espécies, interações essas denominadas relações interespecíficas. O objetivo do presente trabalho foi averiguar qual é o repertório comportamental interespecífico realizado por macacos-prego (Sapajus spp.) que vivem em semiliberdade no parque ecológico do Tietê (PET), São Paulo, especificamente na região denominada Ilha-dos-Macacos, onde se encontram plataformas de alimentação. Além de constatar se há possíveis comportamentos de competição devido à disposição de alimentos, como também estabelecer frequência e duração dos comportamentos interespecíficos e com qual espécie houve maior ou menor interação. Ocorreram 12 visitas ao PET para coleta de dados, de agosto de 2022 até maio de 2023, totalizando 72 horas de observação. Conclui-se que as interações com os macacos-prego envolveram três espécies, Coragyps atratus (urubu-de-cabeça-preta), Caracara plancus (carcará) e Hydrochoerus hydrochaeris (capivara), sendo registradas nove categorias comportamentais: vocalização, grooming, espantar com as mãos, espantar ao correr/ se aproximar, perseguição, brincar, cheirar e proteção do grupo. A maior parte das interações ocorreu com os urubus (68,9%), logo após com os carcarás (17,8%) e por ultimo com as capivaras (13,3%), principalmente no momento da alimentação. - TCCConsiderações sobre a pesquisa ecotoxicológica marinha no Brasil: organismos-teste e substâncias testadasCoelho, Fernanda Duarte Borges (2020-12)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Com o aumento acelerado do nível de poluentes emitidos pelos seres humanos nas últimas décadas, a poluição marinha se faz cada vez mais presente. Relacionada com o modo com que o desenvolvimento urbano e industrial vem impactando o ambiente marinhos, a Ecotoxicologia Marinha é uma ciência que tem como principal objetivo avaliar o potencial de contaminação dessas substâncias que chegam aos oceanos por meio de despejo de lixo industrial, hospitalar, derramamento de petróleo etc. O presente estudo teve como objetivo realizar um levantamento bibliográfico de pesquisas sobre Ecotoxicologia Marinha no Brasil, a fim de revelar quais são os tipos de organismos-teste mais utilizados nos testes ecotoxicológicos. O trabalho foi realizado por meio de revisão bibliográfica com publicações das últimas duas décadas (2000-2020) de diferentes plataformas. Foram selecionados 30 artigos que envolveram 35 grupos diferentes de animais, sendo os crustáceos anfípodas Leptocheirus plumulosus, Tiburonella viscana, Gammarus pseudolimnaeus, Gammarus pulex e Parhyale hawaiensis, os mais utilizados nos bioensaios. Segundo a literatura, os crustáceos apresentam melhor desempenho em bioensaios por exibir alta sensibilidade às substâncias químicas, por sua posição nas cadeias tróficas, por sua disponibilidade no ecossistema e por seu fácil manejo e adaptabilidade em condições laboratoriais. Pôde-se concluir que as informações obtidas por pesquisas em Ecotoxicologia Marinha evidenciam a importância de se conhecer os efeitos nos organismos marinhos expostos a substâncias tóxicas, e estes resultados com certeza serão referências para o gerenciamento ambiental, no que diz respeito às políticas ambientais, fiscalização de despejo de contaminantes em áreas costeiras e preservação de corpos hídricos. - TCCO profissional biólogo em aeroportos: como gerenciar o risco de fauna e reduzir colisões entre aves e aeronavesAraújo, Bruna de Castro Silva (2022-06)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O gerenciamento do risco de fauna se refere às atividades realizadas por operadores de aeródromos e por profissionais biólogos, numa sequência de etapas, compostas por tarefas variadas e procedimentos técnicos específicos, com base em regulamentos e informações obtidas com a identificação das espécies que colidem com aeronaves em aeroportos. O objetivo primário desta pesquisa foi mostrar o papel do biólogo no gerenciamento do risco de fauna em aeroportos, e secundariamente trabalhar os dados de colisões entre aeronaves e a fauna em aeroportos brasileiros, em especial, sobre o Aeroporto Internacional de Guarulhos. Foi aplicado um questionário para buscar entender sobre as tarefas executadas pelo biólogo, além das suas qualidades, condições da sua atuação e outros aspectos atribuídos ao trabalho nessa área. Em complemento, foram analisados os dados disponíveis pelo Sistema de Gerenciamento do Risco Aviário, que mostrou as aves como principal grupo de animais envolvido nas colisões com aeronaves. As espécies Quero-quero (Vanellus chilensis), Carcará (Caracara plancus), Corujaburaqueira (Athene cunicularia), Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) e Corucão (Chordeiles nacunda) compunham as maiores frequências de colisões entre aves e aeronaves nos aeroportos brasileiros, enquanto que os aeroportos com maiores frequências de colisão com espécies identificadas foram o Presidente Juscelino Kubitschek (Distrito Federal -Brasília, GO), o Deputado Luís Eduardo Magalhães (Salvador, BA), o Afonso Pena (São José dos Pinhais, PR), o Salgado Filho (Porto Alegre, RS) e o Governador André Franco Montoro (Guarulhos, SP). Os aeroportos que apresentaram frequências maiores de colisões foram aqueles que possuíam elevado número de movimentações aéreas e de passageiros em operações comerciais, ao passo que aeródromos privados e militares tinham menos movimentações de aeronaves e possuíam frequências de colisão menores. O aeroporto Governador André Franco Montoro foi escolhido para um exame das características físicas e ambientais que favorecem a atração das principais espécies de aves envolvidas nas colisões nesse local. As espécies Carcará, Queroquero, Urubu-de-cabeça-preta, Andorinha-pequena-de-casa (Pygochelidon cyanoleuca) e Coruja-de-igreja (Tyto furcata) evidenciaram ser espécies que costumam habitar áreas de campo, sendo atraídas pelas pistas de pouso e decolagem do aeroporto, e serem adaptadas para a vida em áreas urbanas. Em conclusão, o biólogo usa conhecimentos sobre os hábitos de vida e os comportamentos das espécies da fauna para distinguir os atrativos localizados no ambiente aeroportuário e direcionar esforços na aplicação de metodologias adequadas, visando minimizar os riscos oferecidos pela fauna às operações aéreas. - TCCUso de animais no ensino de ciências: uma revisão da literaturaFerreira, Yuri Otero (2020-12)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O ser humano explora os recursos naturais há anos, e os recursos animais não são diferentes. Muitas áreas de ciências e da saúde utilizam animais vivos para vários experimentos, desde estudos científicos até aulas práticas de laboratório. Entretanto, nos últimos anos o debate sobre a ética e o bem-estar animal vem se tornando cada vez mais prevalente, com escritores como Peter Singer e Tom Regan defendendo que os animais merecem as mesmas considerações éticas que os seres humanos. Esse movimento levou a criação de leis no mundo inteiro, e no Brasil, para assegurar os direitos dos animais, a fundação de comitês de ética para regulamentar as atividades das universidades e a criação de diversos métodos para a substituição dos animais na ciência e principalmente na educação. Mas mesmo com todas essas mudanças, como os profissionais das áreas de ciências e da saúde reagiram? E os alunos? E os novos métodos são tão eficazes quanto os tradicionais? O presente trabalho realiza uma revisão da literatura sobre o uso de animais em aulas práticas, observando principalmente a eficácia dos métodos alternativos, a ações tomadas por universidades e a opinião de alunos e professores sobre o tema. Foi realizado um levantamento bibliográfico por meio de recursos digitais, procurando pelos trabalhos mais relevantes sobre o tema. Com base nos trabalhos encontrados, é possível concluir que os métodos alternativos são tão eficazes quanto os tradicionais, apresentando mais benefícios além da redução do sofrimento animal. Também foi possível concluir que muitos alunos e professores não sabem da existência destes métodos, contudo os comitês de ética de diversas universidades estão trabalhando para divulgar esses métodos e a importância da ética animal.