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Navegando Teses por Orientador "Bido, Diógenes de Souza"
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- TeseAmbiente de trabalho de aprendizagem contínua em organizações de desenvolvimento de software: um estudo em empresas que implantaram o modelo Melhoria de Processos do Software Brasileiro (MPSBR)Fonseca, Letícia Rodrigues da (2013-02-19)
Administração
O mercado brasileiro de software e serviços tem crescido consideravelmente nos últimos anos. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES, 2011), o Brasil ocupa a décima primeira posição no cenário mundial, movimentando 19,04 bilhões de dólares, o equivalente a 1,0% do produto interno bruto (PIB) brasileiro; desse total, 6,74 bilhões referem-se à produção de software, o que representa 2,2% do mercado mundial. Contudo, a concorrência acirrada manifesta-se na mesma proporção das oportunidades. Os softwares nacionais competem entre si e com aqueles provenientes de outros países, pelo fato de ainda não existirem muitas barreiras ou restrições legais contra a comercialização de produtos internacionais (TONINI et al, 2008). Esse setor é ainda caracterizado pela evolução em ritmo acelerado, o que ocasiona mudanças frequentes relacionadas aos produtos, serviços, processos e à própria tecnologia (MAURER et al, 2002; NIASI, 2009). Portanto, acredita-se que seja fundamental para as Organizações de Desenvolvimento de Software (ODSs) instituir um ambiente de trabalho que apóie o aprendizado contínuo, para lidar com os desafios da nova economia e manterem-se competitivas no mercado. Diante desse contexto o presente estudo propõe-se a compreender como ocorre a aprendizagem contínua no ambiente de trabalho de ODSs que implantaram o MPSBR e identificar quais de seus aspectos favorecem a aprendizagem individual e coletiva. Para isso, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo multicaso em quatro ODSs, sendo três classificadas no Nível C e uma no nível F. Utilizou-se como método de coleta de dados a entrevista semi-estruturada. Entrevistaram-se os indivíduos envolvidos no processo de desenvolvimento dos softwares e os representantes do grupo responsável pela implantação do MPSBR. As análises foram realizadas por meio do software para análises qualitativas Weft_QDA que permitiu, a partir da transcrição das entrevistas, o estabelecimento de categorias analíticas para os construtos e a verificação de relações entre as suas categorias. Ao final, foi possível compreender como o MPSBR pode contribuir para o estabelecimento de um processo de software de qualidade e a um custo acessível, compreender como o MPSBR pode incentivar a aprendizagem contínua por meio de suas premissas e entender como os desenvolvedores dessas empresas aprendem no nível individual e coletivo. - TeseAprendizagem de produtores rurais vinculados às cooperativas agropecuárias do Estado de Mato GrossoCarvalho, Adriana dos Santos Caparróz (2016-06-22)
Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA)
Esta tese teve por objetivo analisar os processos de aprendizagem de produtores rurais vinculados a cooperativas do ramo agropecuário no Estado de Mato Grosso tendo como base as teorias da aprendizagem informal, no ambiente de trabalho e aprendizagem social. Por meio de uma pesquisa qualitativa básica de perspectiva interpretativista, procurou-se caracterizar o contexto onde ocorrem os processos de aprendizagem dos produtores, identificando os elementos significativos de aprendizagem para eles e as possíveis diferenças frente às características individuais, da cooperativa e do contexto. Participaram da pesquisa colaboradores e produtores de duas cooperativas agropecuárias da região Médio-norte de Mato Grosso. Ambas as cooperativas agregam um número reduzido de cooperados conforme a capacidade de prestação de serviços de cada uma delas. Observou-se que os cooperados vinculados às cooperativas estudadas, apesar de terem escala para trabalhar individualmente, buscam na cooperativa um espaço de troca de conhecimentos e aprimoramento dos aspectos gerenciais do próprio negócio. Os dados construídos durante a pesquisa foram categorizados indicando a existência de 3 estágios diferentes no processo de aprendizagem desses produtores. A aprendizagem no início da carreira teve como foco principal os aspectos operacionais da profissão e os processos de adaptação às peculiaridades regionais, sendo a família uma das principais fontes de aprendizagem. Em plena carreira profissional, o foco de interesse dos processos de aprendizagem dos produtores se voltam para as relações com o ambiente externo ao próprio negócio, como conhecimento de mercado e políticas públicas e com os aspectos gerenciais inerentes às relações internas. A aprendizagem dos produtores após o ingresso na cooperativa teve um caráter de aperfeiçoamento das questões técnicas e gerenciais. A troca de experiências propiciou que alguns produtores alavancassem o processo de profissionalização do próprio negócio tomando como parâmetro as experiências dos demais. Além disso, a própria experiência de construir um novo modelo de cooperativa e participar de suas decisões se apresenta como um tipo de conhecimento significativo para os produtores. Não foram observadas diferenças significativas nos processos de aprendizagem entre os produtores das duas cooperativas estudadas. - TeseAprendizagem organizacional, organizações que aprendem e gestão do conhecimento : inter-relações, fronteiras e frentes de pesquisaNeder, Renato (2016-05-06)
Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA)
Esta tese tem como objetivo central caracterizar os conteúdos específicos dos campos de conhecimento da Aprendizagem Organizacional, Gestão do Conhecimento e Organizações que Aprendem suas inter-relações e fronteiras, além de buscar a identificação de frentes de pesquisa que têm potencial para se destacar nos campos estudados. Para atingir esses objetivos, foi desenvolvido um percurso metodológico exploratório e longitudinal que teve como base as análises de redes semânticas. Foram utilizados 10.480 artigos da base de dados Web of Science. Os resultados apontam possíveis contribuições da pesquisa em duas principais vertentes. A primeira vertente de contribuição é teórica, uma vez que a apreciação dos dados assinala frentes de pesquisa que potencialmente podem se destacar nas áreas de Aprendizagem Organizacional, Gestão do Conhecimento e Organizações que Aprendem. Além disso a teoria desenvolvida auxilia na explicação das inter-relações entre estas áreas. A segunda vertente é metodológica, uma vez que a forma como foram usadas as análises de redes semânticas permitiu a compreensão das relações entre redes de documentos científicos, a metodologia utilizada teve como principais atributos a escalabilidade, a amplitude e o potencial de fazer inferências temporais. - TeseDesaprendizagem de gestores: como ocorre esse processo em situações de fusões e aquisições, e qual a sua relação com a aprendizagemRodrigues, Henrique Geraldo (2016-08-03)
Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA)
Abordagens recentes, no campo de estudos da administração e organizações, têm considerado a desaprendizagem individual o meio pelo qual a pessoa pode romper com os efeitos de obstrução provocados por aprendizados já adquiridos, com a finalidade de facilitar o processo de aquisição de novos. Nessa perspectiva, entende-se que a desaprendizagem pelo indivíduo constitui-se em um elemento, especialmente importante, para lidar com a resistência pessoal em relação aos processos de mudança organizacional e de inovação, e para o encaminhamento de solução de problemas na organização. Contudo, apesar da importância atribuída ao tema, argumenta-se haver pouca compreensão empírica sobre a forma pela qual o mecanismo da desaprendizagem opera e quanto aos seus efeitos sobre o conhecimento individual, o que tem contribuído para que o desenvolvimento teórico do tema mostre-se, conceitualmente, confuso. Por isso, esta pesquisa foi orientada pela seguinte questão de pesquisa: como ocorre a desaprendizagem de gestores e que implicações esse processo tem na aprendizagem destes indivíduos? Para tal, o objetivo geral foi o de descrever e analisar as interpretações formuladas por gestores sobre situações de desaprendizagem individual, vivenciadas a partir de um evento de fusão ou aquisição empresarial (F&A), bem como os efeitos desta experiência sobre o aprendizado desses indivíduos. Com base nos pressupostos filosóficos do interpretativismo, adotou-se como estratégia de investigação a pesquisa narrativa, delineada em consonância com as proposições de Riessman (2008) e Schütze (2014). Os dados foram coletados por meio de entrevistas episódicas (FLICK, 2002), junto a 20 gestores que vivenciaram o evento de F&A e as narrativas analisadas por meio do método da análise temática de narrativas (RIESSMAN, 2008). Os resultados conduzem ao entendimento de que, no caso desses gestores, a desaprendizagem individual representou a adoção deliberada de um comportamento voltado a interromper a prática de aprendizados prévios, com o propósito de adaptar-se a uma situação de mudança, a qual pode demandar ou não a aquisição de novos aprendizados. As principais implicações decorrentes deste achado envolvem as seguintes considerações sobre a ocorrência do fenômeno: o mecanismo da desaprendizagem individual envolve a interrupção de um modo de pensar ou agir, em contraponto às abordagens que o delimitam por meio de ideias como descarte, abandono ou esquecimento; a desaprendizagem e a aquisição de novos aprendizados podem ser tomadas como processos distintos, diferentemente das abordagens que sugerem tratar-se de um mesmo processo ou que concebem a desaprendizagem como um tipo de aprendizagem; o principal propósito da desaprendizagem envolveu a adaptação ao contexto organizacional em mudança, ao contrário das abordagens que indicam que sua finalidade seja, apenas, facilitar a aquisição de novos aprendizados ou favorecer a substituição de aprendizados; ao facilitar o rompimento com as barreiras constituídas na forma de atitudes psicológicas de apego aos antigos conhecimentos, a desaprendizagem favorece as aprendizagens que têm por finalidade promover a mudança de compreensões individuais prévias. As contribuições teóricas desta pesquisa advêm da evidenciação do processo de desaprendizagem individual e seus elementos, a partir da interpretação dos próprios sujeitos: em que se constituiu a experiência de desaprender, o conteúdo da desaprendizagem, os fatores individuais e organizacionais que afetaram a desaprendizagem, e os efeitos desta sobre os aprendizados prévios e o conhecimento individual. Quanto às contribuições práticas, entende-se que a desaprendizagem representa um meio pelo qual gestores possam lidar com a falta de efetividade de processos de aprendizagem e de mudança, mediante a adoção de ações voltadas à desaprendizagem em processo de treinamento e desenvolvimento pessoal, e de mudança organizacional. - TeseO desenvolvimento das competências empreendedoras no ambiente de incubadoras na América Latina: a percepção de gestores e empreendedoresFragoso, Nelson Destro (2015-02-23)
Administração
Estudar empreendedorismo, incubadora de empresas e competências empreendedoras individualmente ou com a associação de dois destes construtos tem ocorrido com certa frequência nos últimos anos, porém, estudos que procuram associar estes três construtos não foram encontrados nas buscas efetuadas em bases de dados nacionais e internacionais. Estudos que procuram entender o processo de formação do empreendedor e até mesmo para verificar se as técnicas de desenvolvimento destes indivíduos são realmente as adequadas, são de uma importância significativa, pois evita o investimento financeiro em ações infrutíferas. Para uma analise neste sentido nesta pesquisa foram entrevistados gestores de incubadoras pela técnica de pesquisa qualitativa, empreendedores que foram incubados, pela técnica quantitativa e pesquisadores em empreendedorismo pelo método do grupo de foco. O que permitiu a comparação de quais as competências empreendedoras que se pretende desenvolver nas incubadoras e quais as competências percebidas pelos empreendedores que foram desenvolvidas. Esta pesquisa ocorreu nos quatro países mais improtantes da América Latina: Brasil, Argentina, Chile e Colômbia e com estes resultados foi possível entender as realidades vividas neste continente e as praticas mais adequadas e com melhores possibilidades de desenvolver um empreendedor adequadamente. Também foi possível perceber que as competências empreendedoras indicadas pelas pesquisas de Man e Lau (2005) estão em harmonia com o que pensam os pesquisadores na área de empreendedorismo, os gestores das incubadoras e o que percebem os empreendedores quanto ao seu desenvolvimento. Apenas uma das competências, vida pessoal , não é levada em consideração por nenhum dos três grupos pesquisados. Nesta pesquisa foi possível estabelecer uma nova definição para incubadora, demonstrando que este espaço não é apenas de suporte para projetos e negócios passando a ser um espaço de desenvolvimento pessoal de empreendedores. - TeseExaminando o impacto dos comportamentos de aprendizagem grupal, dos estímulos, da prontidão à aprendizagem e da segurança psicológica na satisfação com a equipe de trabalhoOnça, Silvania da Silva (2016-05-19)
Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA)
Erros na assistência à saúde podem ser evitados com a implementação de práticas profissionais mais eficazes, melhoria do trabalho em equipe, aprimoramento de técnicas profissionais das equipes de enfermagem e aumento da satisfação com a equipe de trabalho. Ao desempenhar tarefas nterdependentes, compartilhar objetivos, manter e gerenciar suas fronteiras em uma instituição hospitalar, equipes de enfermagem agem e refletem caracterizando os comportamentos de aprendizagem grupal. Como os processos de grupo são considerados os principais determinantes da eficácia das equipes de enfermagem, o objetivo deste trabalho é avaliar empiricamente os comportamentos de aprendizagem grupal como mediadores das relações entre os estímulos positivos e negativos, da prontidão para a aprendizagem e da segurança psicológica com a satisfação das equipes de trabalho consideradas no nível meso de análise. Para a correta avaliação, foram redefinidos conceitualmente os construtos estímulos e prontidão para a aprendizagem grupal e os fatores: estímulos positivos e negativos para a aprendizagem grupal. Participaram do estudo, 87 equipes de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem) com três a doze membros. Os grupos que apresentaram valores abaixo de 4 na escala de interdependência de tarefas (1 a 7) foram excluídos da análise. Posteriormente, os dados foram agregados no nível da equipe e analisados por meio da modelagem de equações estruturais com estimação por mínimos quadrados parciais (Partial Least Squares – Path Modeling). Os resultados confirmaram a predição: a) da prontidão para a aprendizagem grupal nos comportamentos de aprendizagem grupal e, b) dos comportamentos de aprendizagem grupal e da segurança psicológica na satisfação com a equipe de trabalho. Tamanho da equipe mostrou impactar negativamente nos comportamentos de aprendizagem grupal. Não foram confirmados os efeitos moderadores da prontidão para a aprendizagem grupal e da segurança psicológica nas relações entre os estímulos positivos e negativos para a aprendizagem e os comportamentos de aprendizagem grupal. - TeseExplorando a aprendizagem intergeracional reversa no local de trabalho e as relações com suas barreiras e facilitadorCunha, Janine Silva Nascimento (2022-11-03)
Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA)
Esta tese objetiva analisar as barreiras para a aprendizagem intergeracional reversa e seu efeito, em conjunto, com a motivação para o desenvolvimento profissional na aprendizagem intergeracional reversa no local de trabalho (AIG reversa). Para tanto, foi proposto desenvolver e validar uma escala para mensurar as barreiras para AIG reversa e outra para a AIG reversa, desenvolver um modelo estrutural com a AIG reversa como variável dependente e mensurar o efeito moderador do contato intergeracional positivo na relação das barreiras com a aprendizagem intergeracional reversa no local de trabalho. A pesquisa foi realizada com profissionais de idades acima dos 40 anos, aqui denominados de trabalhadores mais velhos, que trabalham com profissionais com idades abaixo dos 30 anos, aqui denominados trabalhadores mais jovens. As escalas foram desenvolvidas e aplicadas a uma amostra com 109 respostas válidas. Foram realizadas estatísticas básicas, análise fatorial exploratória, modelagem de equações estruturais para a avaliação da validade convergente, discriminante e confiabilidade e dos coeficientes dos modelos estruturais. Os resultados evidenciaram que o aprendizado sobre a empresa em que trabalha, especificamente quanto às funcionalidades tecnológicas são as mais recorrentes. As barreiras que impedem a aprendizagem intergeracional reversa se apresentaram em um nível baixo na presente amostra e as que tiveram relação com a AIG reversa foram: falta de abertura para aprendizagem e ambiente organizacional inadequado; barreira pessoal e barreira organizacional respectivamente. O facilitador motivação para o desenvolvimento profissional apresentou influência positiva na AIG reversa. Já o contato intergeracional positivo no local de trabalho não apresentou influência significativa na relação das barreiras com a AIG reversa. Ao final, são apresentadas as contribuições à literatura, para a gestão e para futuras pesquisas. - TeseA influência da capacidade absortiva individual no comportamento inovador no trabalhoFrate, Flávia (2021-12-15)
Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA)
Os cenários corporativos, por se apresentarem dinâmicos, competitivos e em constante mutação, requerem estudos que tratam da sobrevivência das empresas nesse contexto. Uma das áreas que colaboram nesse sentido é a Aprendizagem Organizacional, e mais especificamente a Capacidade Absortiva Individual (CAI). A CAI é um processo que significa adquirir e assimilar conhecimentos localizados no ambiente externo de uma empresa por seus colaboradores, é a capacidade absortiva potencial individual (CAP-ind), para que na sequência, seja transformado e aplicado no ambiente interno pelos mesmos colaboradores, capacidade absortiva de realização individual (CAR-ind). Assim, os colaboradores conseguem aprender com o ambiente externo, por meio do benchmarking por exemplo, e trazer soluções para a corporação. Dessa forma, segundo estudos mencionados no referencial teórico, quando esse processo da CAI acontece, há geração do Comportamento Inovador no Trabalho (CIT). Outras hipóteses também foram estudadas com construtos que antecedem a CAI, a Motivação Intrínseca (MI) e a Diversidade de Conhecimento Prévio (DCP), além de uma moderadora, a Autonomia no Trabalho (AT) entre CAR-ind e CIT. Essas hipóteses foram testadas por meio de uma abordagem quantitativa, com dados coletados com 193 participantes, entre supervisores e coordenadores do Metrô de São Paulo. As análises foram realizadas no software SmartPLS 3.3.2. Das nove hipóteses, seis foram suportadas: a CAP-ind influencia a CAR-ind; o CIT recebe influências da CAR-ind; a AT influencia a MI; a MI influencia a CAP-ind; a moderadora entre CAR-ind e CIT. Além dos resultados das hipóteses que trarão contribuições para a gestão de pessoas no Metrô, empresa governamental que embora demonstre interesse pela inovação, não havia nenhum projeto aplicado no nível do indivíduo, destaca-se as lacunas para a evolução dos estudos acadêmicos e aplicabilidade em outros tipos de empresas: o construto DCP, que foi criado uma terceira dimensão e uma escala; outro destaque que não foi localizado na revisão bibliográfica é o modelo estar com as duas antecedentes juntas (MI e DCP) e moderadora AT. Espera-se que com esse instrumento seja possível medir comportamentos inovadores no contexto do trabalho, objetivando por exemplo, melhor alocação de colaboradores em cargos e funções e desenvolver estratégias corporativas como treinamentos. Assim, esse estudo contribuirá não somente com a pesquisa acadêmica nacional que nesse campo está inexplorado, mas para as práticas corporativas inicialmente no Metrô, que pode ser replicado em outras organizações que tenham interesse em auferir resultados competitivos. - TeseTransferência do aprendido em cursos de especialização em gestãoSilva, Patrícia Teixeira Maggi da (2019-11-13)
Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA)
Os investimentos em diferentes tipos de aprendizagem formal, que incluem treinamentos, cursos, programas educacionais entre outros têm crescido no Brasil e em outros países. Este fato sugere que as organizações avaliam a aprendizagem formal de forma positiva. No entanto, estudos têm apresentado resultados controversos quanto aos reais benefícios da aprendizagem formal para as organizações. Esses resultados podem ser em parte explicados pelas dificuldades em isolar os efeitos da aprendizagem formal em relação a outros fatores. Ao investirem em aprendizagem formal, as organizações precisam avaliar se os indivíduos estão transferindo o que aprenderam por meio de mudanças de comportamentos no trabalho. No entanto, elas não sabem como fazê-lo, levando ao problema ou “gap” da transferência de aprendizagem, definida como a aplicação ou uso no trabalho dos conhecimentos e habilidades adquiridos em diferentes tipos de aprendizagem formal. Sob a perspectiva acadêmica, os estudos de transferência avançaram a partir do modelo e conceito propostos por Baldwin e Ford (1988). Apesar do aumento nas pesquisas de transferência nas últimas décadas, o que comprova a importância teórica e prática do tema, a literatura ainda apresenta algumas lacunas, destacando-se duas: (1) a definição e a operacionalização do construto transferência de aprendizagem e a sua diferenciação entre uso e eficácia; e (2) a escassez de pesquisas em programas educacionais de longa duração, oferecidos por instituições de ensino superior. A presente tese pretende preencher essas duas lacunas. Para a primeira, foi desenvolvida uma escala multidimensional de transferência de aprendizagem baseada na taxonomia de uso proposta por Yelon, Ford e Bhatia (2014). Para a segunda lacuna, o objeto de pesquisa foram cursos de especialização em gestão. Diante do exposto, esta tese teve como objetivo geral: “Propor e testar um modelo de transferência de aprendizagem em cursos de especialização em gestão, avaliando a influência simultânea do cinismo organizacional, reflexão crítica, desenho da transferência, autonomia no trabalho e cultura de aprendizagem sobre a transferência de aprendizagem”. Para atingir este objetivo, a pesquisa empírica foi realizada com alunos e egressos de cursos de especialização em gestão com e sem o título de MBA de instituições de ensino superior em São Paulo, obtendo-se uma amostra final de 424 respostas válidas. Foram utilizadas cinco escalas para as variáveis independentes: desenho da transferência, reflexão crítica, cinismo organizacional, autonomia no trabalho e cultura de aprendizagem e desenvolvida a escala da variável dependente transferência de aprendizagem como uso. Os dados foram submetidos à análises estatísticas descritivas e técnicas multivariadas (correlações, análise fatorial confirmatória, e modelagem de equações estruturais para o teste das hipóteses). Os resultados confirmaram três das cinco hipóteses que previam relações diretas com a variável dependente: reflexão crítica, desenho da transferência e cultura de aprendizagem, explicaram, respectivamente, 18%, 17% e 5% da variação sobre a transferência de aprendizagem. O modelo conceitual também incluiu a avaliação dos efeitos moderadores do cinismo organizacional, autonomia no trabalho e cultura de aprendizagem. Nenhum deles foi confirmado. Por fim, o modelo incluiu 15 variáveis de controle, sendo que apenas duas tiveram resultados estatisticamente significantes, porém com efeitos pequenos sobre a transferência de aprendizagem: idade e cargo de gestão.