Ciências do Desenvolvimento Humano - Dissertações - CCBS Higienópolis (a partir de 2024)
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Navegando Ciências do Desenvolvimento Humano - Dissertações - CCBS Higienópolis (a partir de 2024) por Orientador "Ribeiro, Miriam de Oliveira"
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- DissertaçãoAvaliação das alterações comportamentais de ratas fêmeas para o Transtorno do Espectro Autista (TEA)Castro, Alice Loureto (2025-02-17)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits na comunicação e interação social, comportamentos estereotipados e interesses restritivos. Diversos estudos sugerem que existem maiores dificuldades em diagnosticar TEA em meninas, pois elas apresentam um comportamento designado como camuflagem que simula a socialização independente de idade e quociente de inteligência. Além disso, exibem comportamentos repetitivos e interesses restritos em assuntos mais populares, tais como animais, celebridades e livros podendo passar despercebidos nos testes e favorecendo o diagnóstico tardio da doença em meninas. Sendo assim, a hipótese que orientouesse estudo é a de que fêmeas, cujas mães foram submetidas à infecção por lipopolissacarídeo (LPS) durante a gravidez, exibem alterações comportamentais compatíveis com modelo de TEA. Para testar a nossa hipótese, estudamos o comportamento, aos 30 e 60 dias de idade, da prole feminina de ratas da linhagem Wistar grávidas que receberam LPS (100μg/kg P.C) no dia 9,5 de gestação, um modelo animal para TEA já estabelecido na literatura. Buscando compreender quais mecanismos estariam subjacentes às alterações comportamentais observada nas ratas LPS, medimos a expressão do gene que codifica a interleucina-1 beta (IL-1β) e o gene do receptor da ocitocina (OXTR). Ratas grávidas receberam salina (100μl) no dia 9,5 e sua prole foi estudada como grupo controle. Aos 30 dias, os animais LPS exibiram atividade locomotora no aparato do campo aberto semelhante aos controles. No teste de reconhecimento social houve redução na discriminação social, mas não na sociabilidade dos animais LPS quando comparados aos controles. Aos 60 dias, os animais LPS exibiram atividade locomotora semelhante aos controles no teste de campo aberto, mas redução tanto na sociabilidade quanto na discriminação social no teste de reconhecimento social. No entanto, a atividade locomotora dos animais LPS quando na presença de outros animais no aparato de reconhecimento social foi significativamente reduzida, aos 30 e 60 dias, quando comparado aos animais controles. A medida da expressão gênica mostrou aumento da IL-6 e do OXTR. Os dados obtidos mostram que as fêmeas apresentaram alterações na interação social compatíveis com os sintomas de TEA comportamento, particularmente na interação com animais co-específicos que podem estar associados à alterações no sistema ocitocinérgico. - DissertaçãoPicamalácia: perfil comportamental e nutricional em crianças e adolescente com transtornos do neurodesenvolvimentoSilva, Marina Isabela da (2025-02-14)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
A Picamalácia caracteriza-se pela ingestão persistente de substâncias não comestíveis, frequentemente associada a distúrbios do neurodesenvolvimento, como Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Déficit Intelectual (DI). Trata-se de um transtorno pouco estudado, com etiologia ainda desconhecida, embora fatores nutricionais e neurobiológicos sejam frequentemente apontados. Este estudo transversal investigou as características comportamentais, alimentares e nutricionais de crianças e adolescentes diagnosticados com Picamalácia, além de explorar a relação entre os níveis plasmáticos de ferro e zinco com a gravidade dos comportamentos alimentares atípicos. Foram avaliados 80 participantes, sendo 40 no grupo Picamalácia e 40 no grupo controle, com idades entre 3 e 17 anos. Os instrumentos aplicados incluíram Questionário de Frequência Alimentar (QFA), Inventário de Problemas de Comportamento (BPI-01), Escala Labirinto de Avaliação de Comportamento Alimentar e Questionário do Comportamento Alimentar da Criança (CEBQ). Além disso, foram analisados os níveis plasmáticos de ferro, ferritina e zinco. Os resultados revelaram que a Picamalácia está associada à maior rigidez comportamental, menor habilidade nas refeições e níveis plasmáticos mais baixos de ferro e zinco no grupo Picamalácia. Escores mais elevados de comportamento autoagressivo também foram observados, refletindo padrões autolesivos. A deficiência de zinco correlacionou-se com alterações no comportamento alimentar e no consumo de substâncias não comestíveis. Os dados obtidos no presente estudo ampliam o conhecimento sobre o comportamento de crianças com Picamalácia e sugerem que a gravidade dos sintomas está associada a déficits de ferro e zinco.