Arquitetura e Urbanismo - Teses - FAU Higienópolis

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  • Tese
    A territorialização de escolas públicas na cidade de São Paulo: perspectivas para o edifício escolar do século XXI
    Israel, Haniel Saulo Matos Araújo (2025-03-06)

    Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)

    Esta pesquisa parte da hipótese inicial de que, no contexto das políticas públicas, o edifício escolar tende a assumir um papel ampliado como dispositivo estruturador do território e vetor de construção da cidadania. Considerando a centralidade simbólica e funcional da escola, investiga-se a relação entre espaços educacionais e organização urbana, tomando como objeto empírico a cidade de São Paulo. A investigação fundamenta-se em abordagem interdisciplinar, articulando os campos da arquitetura e urbanismo, geografia humana, sociologia urbana e políticas educacionais. A metodologia adota procedimentos qualitativos e comparativos, combinando revisão bibliográfica em acervos especializados, análise documental, entrevistas com especialistas e trabalho de campo realizado em instituições de ensino e centros de pesquisa em Paris e, majoritariamente, em diversas cidades italianas, com destaque para a constituição de uma rede internacional de pesquisadores voltada à interface entre escola e cidade. O estudo contempla a análise de três conjuntos tipológicos representativos de diferentes fases da política educacional paulista: as escolas do Convênio Escolar, os edifícios “padrão FDE” e os Centros Educacionais Unificados (CEUs), estes últimos subdivididos em três gerações. Esses casos permitiram identificar os critérios urbanísticos e arquitetônicos subjacentes à localização e configuração dos edifícios escolares ao longo do tempo. Os resultados indicam a necessidade de reconfigurar a arquitetura escolar contemporânea a partir de uma abordagem integrada entre espaço, pedagogia e território, propondo a escola como hiperlugar de cidadania. Tal reconfiguração requer uma revisão em três escalas interdependentes: a do edifício, com ênfase na multifuncionalidade e flexibilidade espacial; a do lote, com a ativação dos espaços intersticiais como territórios de apropriação coletiva; e a do bairro, com a escola atuando como elemento estruturador de redes de mobilidade, inclusão e inovação socioespacial.
  • Tese
    Construindo as imagens da cidade: Campos do Jordão no século XX
    Leite, Marcelo André Ferreira (2025-02-13)

    Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)

    Um olhar atento sobre Campos do Jordão revela como o turismo influencia a imagem da cidade criando um pastiche europeu. O conjunto arquitetônico compreende os marcos das épocas da cura em pensões, cura em sanatórios, turismo de elite, modernização e cultura, inicial do turismo de massa e consolidação do turismo de massa. A arquitetura e urbanismo tiveram um papel relevante nos processos de mudança na vocação da cidade-sanatório para polo turístico de elite, polo turístico cultural e polo turístico de massa que ocorreram em Campos do Jordão ao longo do século XX? Nosso trabalho teve por objetivo geral entender e explicar as distintas imagens urbanas representativas de Campos do Jordão ao longo do século XX, através do estudo de seus marcos arquitetônicos e do seu crescimento urbano, buscando compreender os processos de construção, disseminação, manutenção e substituição de tais imagens. Nossa hipótese é a de que a arquitetura e o crescimento urbano de cada época desempenharam um papel relevante nos processos de mudança na vocação da cidade-sanatório para polo turístico de elite, polo turístico cultural e polo turístico de massa que ocorreram ao longo do século XX. Nossa pesquisa ajuda a compreender a transformação urbana de Campos do Jordão, além de servir como outra abordagem da história local, resgatando a importância documental dos marcos urbanos. O recorte histórico está entre o final do século XIX, quando começa a ocupação urbana na região de Campos do Jordão, e a atualidade, com a consolidação de uma arquitetura que serve ao turismo de massa. Como objetivos específicos, pretendeu-se investigar as razões pelas quais ocorreram as mudanças do ciclo da cura para o turismo de elite, desse para o turismo cultural, e desse para o turismo de massa; identificar e levantar informações dos marcos arquitetônicos representativos de cada momento histórico; analisar como as transformações urbanas se relacionaram com cada período histórico e sua respectiva estética arquitetônica; e organizar bases de dados textuais, cronológicas, iconográficas e cartográficas sobre a história da cidade.
  • Dissertação
    Arquiteturas abertas: a dissolução das fronteiras da arquitetura contemporânea na qualificação do espaço urbano
    Castro, Laís Torreão de (2025-03-14)

    Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)

    A qualidade de vida possui uma ligação direta com qualidade das nossas relações cotidianas, e os espaços da cidade possuem um papel fundamental, sendo os lugares para diferentes formas de interação entre as pessoas. A circulação possui um espaço estratégico na cidade contemporânea, na qual os fluxos rápidos e os espaços de trânsito passageiro se multiplicam, como se não houvesse o tempo para a pausa. O foco da presente dissertação está na compreensão de como a arquitetura pode auxiliar na produção de um espaço urbano que promova a pausa e os encontros entre pessoas. Arquiteturas abertas seriam aquelas nas quais são observadas qualidades que as aproximam das vivências da cidade, contribuindo para a fluidez e para a integração dos espaços por serem voltadas às necessidades da coletividade, ao invés de fechadas em si mesmas. Com o objetivo de estabelecer parâmetros e direcionar planos de ação possíveis para a produção de cidades mais saudáveis e, consequentemente, mais sustentáveis partindo do olhar de seus habitantes, o trabalho organiza 3 situações de análise (cidade, indivíduo e arquitetura) para o estudo de obras entre 2000 e 2023, desenvolvendo e relacionando conceitos e estratégias relativos a arquiteturas articuladas a espaços urbanos abertos destinados a receber pessoas, com projetos que adquirem mais significados à medida que proporcionam qualidades além de seus limites físicos, capazes de congregar usos diversos e demandas coletivas na produção de lugares efetivos.
  • Tese
    A arquitetura e a necessidade de proteção: COVID-19 e percepções sobre o espaço doméstico do Copan
    Gaudencio, Mahayana Nava de Paiva (2025-02-19)

    Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)

    Estudar os espaços domésticos significa explorá-los sob múltiplas perspectivas, desde os aspectos arquitetônicos até os emocionais ligados ao “habitar”. Este trabalho aborda estes espaços em suas diversas dimensões – casa, moradia, habitação – por exemplo, considerando esses termos, por vezes, de forma sinônima. A investigação compreende tanto a materialidade dos espaços, ou seja, suas formas e funções arquitetônicas, quanto os aspectos culturais associados ao morar, entendendo-o como uma expressão da relação entre as pessoas e seus ambientes. Essa análise inclui a forma como os indivíduos percebem seus espaços pessoais – o que chamam de casa, apartamento, ou habitação –, considerando especialmente contextos atípicos, como a pandemia da COVID-19. Os espaços domésticos, enquanto objeto de estudo, revelam-se inter e transdisciplinares, particularmente em contextos de crise, como o da pandemia, que modificou profundamente as relações cotidianas com o ambiente doméstico. Durante a pandemia, o confinamento social imposto por razões sanitárias transformou os usos e funções dos espaços, antes definidos como exclusivamente íntimos e privados. Esses locais passaram a incorporar funções públicas, como o trabalho, os estudos e o lazer. Assim, o que era reservado e pessoal tornou-se exposto, principalmente através de interações virtuais em que detalhes do espaço doméstico, como ruídos, desordem e aparências, ganharam visibilidade e passaram a compor o cenário das relações sociais e profissionais. Diante disso, a pesquisa buscou compreender como essas mudanças afetaram as percepções dos espaços domésticos, tomando como estudo de caso os moradores do Edifício Copan, em São Paulo. O objetivo foi investigar, de forma interdisciplinar, se e como a percepção desses moradores foi alterada em função das transformações impostas pela pandemia. Fundamentada na Psicologia do espaço, que defende que o comportamento humano resulta da interação entre pessoas e ambiente, a pesquisa analisou o impacto da convivência com a materialidade arquitetônica e as dinâmicas emocionais em um cenário de confinamento social. Realizada como uma pesquisa quali-quantitativa, o estudo utilizou questionários que foram aplicados a moradores do Edifício Copan que vivenciaram o período da pandemia em suas unidades habitacionais. Os procedimentos incluíram também uma ampla revisão bibliográfica, apoiada em autores como Delumeau (1989), Juhani Pallasmaa (2017, 2018, 2021), Carlos Lemos (2012, 2014), Nestor Goulart Reis Filho (1972), Gaston Bachelard (1978) e Steven Holl (2018). Esses referenciais teóricos sustentaram a análise das percepções dos moradores sobre as alterações nos usos, funções e significados dos espaços domésticos durante a pandemia. Os resultados confirmaram a hipótese inicial: ocorreram mudanças tanto na materialidade arquitetônica quanto na percepção dos moradores sobre o espaço doméstico. Essas alterações englobaram novas formas de ocupação, usos multifuncionais e ressignificação dos ambientes internos, evidenciando o impacto da pandemia na relação dos indivíduos com seus lares. Apesar de se tratar de um recorte populacional e habitacional específico, o estudo oferece subsídios importantes para compreender as dinâmicas entre arquitetura, cultura e percepção em contextos de crise.
  • Tese
    Performances de atravessamento: corpos insurgentes, arte, vida pública e cidade
    Cruz, Pamella Mochiute (2025-02-04)

    Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)

    A pesquisa reflete sobre as formas de apropriações culturais e artísticas na cidade de São Paulo,tomando alguns grupos e artistas como objetos de análise para explicitar como corpos insurgentes qualificam a vida pública, denunciam questões e contribuem para o entendimento sensível e crítico daqueles que constroem, redefinem e ressignificam os espaços públicos. O trabalho apresentado se dá nas intersecções de áreas de conhecimento – a experiência artística,os aportes teóricos da filosofia e sociologia e o campo da arquitetura e urbanismo que pensa a cidade a partir do espaço comum, a vida pública e seus movimentos. O eixo de discussão fundamental se dá na compreensão das performances políticas e plurais, trazendo Judith Butler, como formas de insurgências na cidade, ações artísticas, culturais e coletivas que se valem da materialidade da cidade para anunciar e reivindicar outras maneiras de existência, de significar e coser o espaço comum.