Medicina - TCC - Curitiba

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    Distúrbios do sono em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)
    Bauer, Isabela Souza; Franco, Leonardo Wanderloff (2023-06-29)
    INTRODUÇÃO: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune inflamatória crônica, de etiologia desconhecida, e de difícil diagnóstico. Seu diagnóstico se baseia nos achados clínicos e laboratoriais, sobretudo na investigação de anticorpos antinucleares (ANA). Distúrbio do sono, por sua vez, é uma condição capaz de comprometer o sono, e consequentemente a qualidade de vida do paciente. Distúrbios do sono podem aparecer no lúpus por associação com depressão e ansiedade associadas ao diagnóstico de uma doença grave e pelo uso de glicocorticóides em altas doses. Não se sabe se a atividade da doença influi ou não na qualidade do sono em LES. OBJETIVO: Analisar a prevalência de distúrbios do sono em pacientes com LES e sua associação com atividade de doença e qualidade de vida. METODOLOGIA: Estudo transversal observacional caso controle onde 62 pacientes com LES foram comparados com 62 indivíduos da população normal quanto à prevalência de distúrbios do sono avaliada pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. Indivíduos com LES tiveram avaliação da qualidade de vida pelo SF 12 (12-Item Short Form Health Survey), ansiedade pela Escala para Ansiedade de Hamilton (HAM-A) e depressão pelo CES-D. Concomitante foram coletados dados epidemiológicos, clínicos, de medicamentos utilizados, outras comorbidades e índices da atividade da doença (SLEDAI-2K) nos prontuários. RESULTADOS: Os pacientes com LES, tanto os homens quanto as mulheres apresentam pior índice de qualidade do sono em comparação com os controles (p=0,008). A atividade de doença registrada através do SLEDAI não possui correlação com essa piora (p=0,27). A idade dos pacientes também não influencia nos resultados do questionário de Pittsburgh (p=0,63). Os distúrbios de humor estudados - tanto a depressão quanto a ansiedade mostram uma correlação importante com a alteração do sono, (p=0,0006) e (p= 0,0005), respectivamente. O distúrbio do sono tende a causar prejuízo na qualidade de vida mental (p= 0,07), mas não na qualidade de vida física (p=0,30). CONCLUSÃO: Pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico apresentam maior incidência de distúrbios do sono em comparação com o grupo controle, não tendo relação com a atividade da doença, sexo ou idade. Pacientes com depressão e/ou ansiedade apresentam pior Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. Distúrbios do sono afetam a qualidade de vida mental mas não a física.
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    Polifarmácia e interação medicamentosa em pacientes com artrite reumatoide: um estudo retrospectivo
    Boeing, Lorena Batista; Fogaça, Natalie Sbalqueiro (2023-06-22)
    Introdução: A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica que afeta principalmente as articulações, apresentando uma maior incidência em mulheres entre a terceira e a sexta década de vida. Os pacientes com AR geralmente têm um maior número de comorbidades em comparação com a população em geral, o que resulta em uma maior utilização de medicação de uso contínuo (MUC) e, consequentemente, em polifarmácia. A polifarmácia pode aumentar o risco de interações medicamentosas (IM) e causar danos aos pacientes. Portanto, estudos que investiguem a ocorrência de IM, sua prevalência e os principais órgãos afetados são necessários para auxiliar no manejo clínico dos pacientes com AR. Objetivos: O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar a incidência de polifarmácia e as interações medicamentosas em pacientes com AR, bem como identificar as principais interações e os órgãos afetados. Dessa forma, foi possível estratificar os riscos potenciais aos quais esses pacientes estão expostos. Métodos: Foram analisados prontuários de pacientes atendidos no serviço de reumatologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) entre janeiro de 2021 e março de 2022. Foram incluídos no estudo pacientes com idade acima de 18 anos e diagnóstico confirmado de artrite reumatoide. Os dados coletados incluíram sexo, data de nascimento, data de diagnóstico, medicações em uso contínuo e comorbidades. As medicações foram analisadas e estratificadas utilizando a plataforma MedScape®. Resultados: Foram incluídos 374 pacientes no estudo, sendo 87,9% do sexo feminino, com média de idade de 60,1±10,6 anos. A mediana do tempo de doença foi de 13,0 anos (intervalo interquartil: 9,0-19,0 anos). As comorbidades mais prevalentes foram hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, osteoartrite e hipotireoidismo. Foi identificado um total de 162 fármacos na amostra, sendo os mais frequentes a prednisona (51,2%), vitamina D (50,4%), leflunomida (49,3%), cálcio (48%) e metotrexato (43,7%). Dos pacientes analisados, 91,3% faziam uso de polifarmácia e 27,2% usavam mais de 10 medicamentos de uso contínuo. A média de medicamentos por paciente foi de 7,5. Foram observadas duas ou mais interações medicamentosas em 87,4% dos pacientes, totalizando 2018 interações medicamentosas. Dentre essas interações, 27,5% foram classificadas como leves, 50% como moderadas e 17,8% como graves. As interações medicamentosas graves mais frequentes foram prednisona + sinvastatina, leflunomida + metotrexato, amitriptilina + fluoxetina e metotrexato + aspirina. Além disso, foram descritos os efeitos metabólicos das 15 interações medicamentosas mais prevalentes, de acordo com o MedScape®. Conclusão: Observou-se que 91% dos pacientes com AR apresentavam polifarmácia. Foi encontrado um alto número de interações medicamentosas moderadas e graves, destacando a importância da atenção e monitoramento dessas interações na prática clínica. Esses resultados contribuem para o conhecimento sobre a ocorrência de polifarmácia e interações medicamentosas em pacientes com AR, fornecendo subsídios para a melhoria do manejo farmacoterapêutico desses pacientes.
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    Avaliação clínica e radiológica de indivíduos com perda auditiva neurossensorial na Síndrome do Aqueduto Vestibular Alargado
    Rotta, Pietro Luigi; Caggiano, Victor (2023-06-29)
    Introdução: a SAVA (Síndrome do Aqueduto Vestibular Alargado) é definida como um diâmetro na porção média do aqueduto de 1,5 mm ou mais. Tal achado é rotineiramente associado a perda auditiva congênita ou adquirida de forma precoce, na forma neurossensorial ou mista, além de possíveis sintomas vestibulares. A sintomatologia varia significativamente entre os indivíduos, com alguns permanecendo assintomáticos durante toda a sua vida. A maioria das causas de perda auditiva congênita (80%) são malformações membranosas. Nesta, a patologia envolve células ciliadas da orelha interna e não há anormalidade óssea grosseira. Os 20% restantes apresentam várias malformações diferentes envolvendo o labirinto ósseo. A SAVA é uma das malformações mais comuns da orelha interna relacionadas à perda auditiva. Apesar disso, esta síndrome é provavelmente significativamente subdiagnosticada. Objetivos: descrever os principais dados clínicos e epidemiológicos uma série de casos de pacientes com perda auditiva neurossensorial cuja etiologia é a (SAVA) e investigar se há relação entre o diâmetro do alargamento com o grau da perda auditiva. Metodologia: é um estudo transversal, observacional e retrospectivo a partir da coleta de dados de pacientes que possuem perda neurossensorial congênita e diagnóstico radiológico de SAVA. Resultados: na amostra houve uma maior prevalência de SAVA no sexo feminino, acometendo em grande parte ambas as orelhas dos pacientes com uma leve predominância do lado direito. A média de idade atual dos pacientes foi de 41 anos de idade e os exames diagnósticos foram a tomografia computadorizada e a audiometria em todos os casos. Todas as 13 orelhas estavam em uso de algum aparelho auditivo, sendo 9 orelhas (69,23%) aparelho de amplificação sonora individual e 4 (30,77%) implantes cocleares. O estudo mostrou que não há relação estatisticamente significativa entre o diâmetro do aqueduto vestibular com o grau da perda auditiva do paciente (p=0.651). Conclusão: Na amostra apresentada a SAVA foi mais comum em mulheres, com acometimento bilateral e sempre com algum método de reabilitação. Não houve relação entre o diâmetro do aqueduto vestibular e o grau da perda auditiva.
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    Relação entre sintomas depressivos e diagnósticos oncológicos: um estudo caso controle
    Trevisan, Ana Luisa Wiltenburg; Delgado, Cassia Zimmermann (2023-06-29)
    INTRODUÇÃO: A depressão é uma doença multifatorial, de curso crônico e recorrente, classificada como um transtorno psiquiátrico que envolve a inter-relação de fatores orgânicos, psicológicos e ambientais. Ao relacionar pacientes oncológicos com o transtorno psiquiátrico citado, é evidenciado que esses indivíduos apresentam maior risco de apresentar sintomas depressivos. OBJETIVOS: Entender a prevalência de sintomas depressivos nos pacientes quimioterápicos e nos pacientes não oncológicos, por meio de escala validada. Verificar a associação entre sintomas depressivos e os diagnósticos oncológicos em pacientes em tratamento quimioterápico. MÉTODO: No período de outubro de 2022 a março de 2023, foram aplicados Mini Exame do Estado Mental, questionário validado (HAM-D) e formulário para coleta de dados epidemiológicos e clínicos via Google Forms em pacientes realizando quimioterapia do Centro de Oncologia e Unidade Mackenzie da Mulher do HUEM e pacientes não oncológicos (acompanhantes). RESULTADOS: Foram selecionados 50 pacientes e 50 acompanhantes. Pacientes apresentaram mais sintomas depressivos (76% comparados aos 62% do controle) sendo que o controle apresentou mais sintomas depressivos moderados ou graves, enquanto o grupo de pacientes apresentou mais sintomas depressivos leves. Dos 50 acompanhantes avaliados, 62% tinham sintomas depressivos leve/moderado/grave e dos 50 pacientes 76% tinham sintomas depressivos leve/moderado/grave. Dos 31 participantes do gênero masculino, 54,8% tinham sintomas depressivos leve/moderado/grave enquanto das 69 participantes do sexo feminino, 75,4% tinham sintomas depressivos leve/moderado/grave. Foi encontrada uma tendência de que participantes com menos escolaridade (sem ou até fundamental incompleto) tenham mais sintomas depressivos leve/moderado/grave. Pacientes com tempo de doença > 6 meses têm 7 vezes mais chance de ter sintomas depressivos leve/moderado/grave do que pacientes com tempo de doença ≤ 6 meses. CONCLUSÃO: Pacientes oncológicos que realizaram quimioterapia apresentaram uma maior tendência a desenvolver sintomas depressivos quando comparados com os acompanhantes. Participantes do sexo feminino apresentaram 2,52 vezes mais chances de desenvolver depressão quando comparados aos participantes do sexo masculino. Participantes com menos escolaridade apresentaram maior tendência a desenvolver depressão. Pacientes com maior tempo de doença oncológica têm chances maiores de desenvolver sintomas depressivos.
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    Perfil epidemiológico de pacientes com fratura diafisária em hospital universitário de Curitiba
    Rodrigues, Luis Gustavo Soares; Rauli, Rodrigo de Bortolli (2023-06-22)
    INTRODUÇÃO: O fêmur é considerado o maior, mais forte e mais pesado osso do corpo humano. As fraturas da diáfise desse osso são comuns em pacientes que sofreram traumas de alta energia e cursam com uma morbidade de grande significância. De modo geral, a faixa etária está relacionada com o tipo de fratura, sendo traumas de baixa energia mais comuns em idosos e crianças e traumas de alta energia mais comuns na população mais jovem. Quanto à etiologia, em adultos a causa mais comum de fraturas é por acidentes automobilísticos, em crianças por abusos e em idosos por quedas de mesmo nível. O método de diagnóstico padrão ouro é a radiografia. Um tratamento efetivo consiste em restaurar a homeostase e prever complicações para o paciente. A maioria dos pacientes é tratada por meio de cirurgia e, preferencialmente, nas primeiras 48 horas após o trauma. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico de pacientes com fratura de fêmur tratados pelo Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) e comparar com a literatura nacional. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo individuado, observacional transversal, descritivo e analítico, realizado no serviço de ortopedia do HUEM. Foram analisados 233 prontuários de pacientes admitidos no serviço no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021, pesquisados a partir do CID S72.3 no cadastro eletrônico dos pacientes. Os pacientes foram analisados quanto ao sexo, idade, lado da fratura, mecanismo do trauma, presença de lesões associadas, exposição óssea, tratamento, necessidade de Damage Control, tempo de conversão, tempo de internamento, óbitos e complicações. A análise estatística foi feita pelos testes do quiquadrado, considerando significância quando p ≤ a 0,05. RESULTADOS: As fraturas de diáfise de fêmur acometem mais os homens (76%) e os adultos (60,2%). Os lados fraturados se mostraram semelhantes e 11,7% foram fraturas expostas. Em 40,7% dos casos houve a presença de alguma lesão associada, sendo a fratura de tíbia a mais citada. Existe uma associação estatística significativa que fraturas de diáfise de fêmur por acidentes com moto são encontradas majoritariamente em homens adultos, enquanto queda de mesmo nível tem prevalência de mulheres idosas. As lesões associadas são encontradas principalmente em homens, adultos e por acidentes com moto. Em 78,16% dos pacientes adultos foi necessário a cirurgia de Damage Control, sendo o acidente com moto o mecanismo mais associado. Em pacientes de 0 a 5 anos a imobilização gessada foi o principal tratamento (85%), nos de 6 a 17 anos, a haste TENS (31,43%) e a partir de 18, a haste intramedular (87,86% nos adultos e 77,78% nos idosos). Foram observadas complicações em 34% dos pacientes, sendo intercorrências com os materiais de síntese (25,3%), infecções (17,7%) e pseudoartrose (15,2%) as mais citadas. CONCLUSÃO: O estudo corrobora com a literatura em que o perfil principal são pacientes jovens do sexo masculino, sendo os acidentes de trânsito o principal mecanismo com destaque para motocicletas, o tratamento mais instituído foi a fixação intramedular por haste rígida, com frequente presença de lesões associadas.