Medicina - TCC - Curitiba
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- TCCEpidemiologia das complicações neurovasculares em fraturas supracondilianas de úmero na população pediátricaTkatchuk, Felipe Bulka; Prado, Patryck Garcia do (2023-06-22)INTRODUÇÃO: O úmero é o maior e mais longo osso do membro superior. As fraturas da sua porção supracondiliana são muito frequentes na população pediátrica, cujo mecanismo de trauma principal é a queda com o apoio das mãos e cotovelo estendido. O diagnóstico é feito principalmente através da radiografia e classificação de Gartland. O tratamento visa reestabelecer a posição correta da articulação e evitar complicações, em especial neurovasculares, que podem causar perda de função do membro, e varia de acordo com a classificação, podendo ser conservador ou por fixação interna. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico das fraturas supracondilianas de úmero em pacientes pediátricos do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), e em especial suas complicações neurovasculares, e comparar os dados com a literatura existente. METODOLOGIA: Estudo individuado transversal observacional e descritivo, com amostra de 172 prontuários de pacientes com fraturas supracondilianas de úmero, admitidos no serviço de ortopedia de um hospital universitário, entre o período de janeiro de 2020 a dezembro de 2022. RESULTADOS: As fraturas supracondilianas atingem a população pediátrica com maior frequência em torno dos 5 anos, principalmente no sexo masculino. Suas complicações neurovasculares são mais frequentes em indivíduos com uma classificação de Gartland de pior prognóstico, atingindo mais o nervo radial. Uma classificação de Gartland de pior prognóstico possui um maior tempo de consolidação. Lesões associadas são raras, com outras complicações tendo uma baixa frequência. A maioria das fraturas é submetida a tratamento cirúrgico. CONCLUSÃO: O presente estudo mostrou um perfil de acometimento mais jovem, em relação à literatura. Além disso, houve prevalência de fraturas com maior desvio, e estas estavam relacionadas com as complicações neurovasculares. O nervo mais acometido foi o radial. Houve prevalência do tratamento cirúrgico, e o tempo de consolidação é consistente com os achados da literatura. Dada a heterogeneidade do estudo em relação a outros semelhantes, ressalta-se a realização de mais trabalhos epidemiológicos para ter um melhor delineamento de perfil para uma melhor abordagem desses pacientes.
- TCCSobrevida de biológicos: um estudo em pacientes com Artrite Reumatoide de um hospital UniversitárioSilva, Aléxia Ribeiro; Costa, Guilherme Spezia Dalla (2023-06-22)Introdução: A artrite reumatoide é uma inflamação crônica que vem de um processo autoimune, tendo influência tanto genética quanto de hábitos e comorbidades como tabagismo, obesidade, dieta, infecções e a microbiota. A doença é comumente tratada com drogas modificadoras do curso da doença (DMARDs) convencionais e biológicos. Os monoclonais são mais específicos em suas ações o que é de grande valia, porém, como trazem anos de melhora para o paciente também possuem alguns efeitos colaterais e diminuição de eficácia podem acontecer e por várias razões. Dentre eles o etanercepte, adalimumabe e infliximabe são os de primeira linha. Objetivos: Analisar e comparar a sobrevida de medicamentos biológicos utilizados para o tratamento de pacientes com artrite reumatoide no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie do Paraná (HUEM). Palavras-chave: Sobrevida; Artrite Reumatoide; Biológicos. Metodologia: A pesquisa foi realizada através de um retrospectivo onde foram estudados pacientes que utilizaram medicamento biológico para tratamento de AR de janeiro de 2020 a janeiro de 2022 e este foi suspenso. Dados acerca das causas de retirada, tempo de uso e ordem de uso dos diferentes biológicos foram anotadas. Além disso, coletaram-se dados epidemiológicos, clínicos e de comorbidades. Resultados: Os DMARDs preferenciais utilizados neste serviço foram infliximabe (IFX), adalimumabe(ADA) e etanercepte (ETN). O principal motivo da descontinuidade do tratamento foi a falha seguida por efeitos colaterais. IFX e ADA apresentaram maior tempo de sobrevida entre os DMARDs anti-TNF-alfa (p = 0,08) e IFX e ETN foram os que apresentaram maior diferença (p = 0,003). Dados sobre o IMC (índice de massa corporal) e o tabagismo, sexo e idade não mostraram interferência na sobrevida neste trabalho (p>0.05). Conclusão: Falha é a causa mais comum de descontinuidade dos biológicos. Dentre os fatores estudados (fumo, IMC, idade e sexo) não foi possível identificar uma variável que se associasse com falha.
- TCCEventos adversos gastrointestinais causados pelo metotrexato em pacientes com artrite reumatoideRoberto, Carina Albuquerque; Stachevski, Isabela (2023-06-22)Contexto: A Artrite reumatoide (AR) é uma doença reumática crônica de alta prevalência que afeta as articulações sinoviais periféricas trazendo dor, rigidez e incapacidade. O padrão ouro para o tratamento dessa doença é o metotrexato (MTX), uma droga de fácil acesso e custo reduzido em comparação aos biológicos. Entretanto, seus efeitos colaterais gastrintestinais são pouco estudados e muitas vezes comprometem a aderência ao tratamento. Objetivo: Estudar a possível relação dos efeitos gastrointestinais com a utilização do metotrexato, assim como seu impacto na descontinuidade do tratamento. Metodologia: Estudo transversal observacional a partir da aplicação de questionários, análise de prontuários e entrevista com pacientes do Ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie de Curitiba- PR. Para avaliação dos efeitos gastrintestinais utilizou-se o MISS (Metotrexate Intolerance Severity Score). Resultados: Observou-se elevada predominância de sintomas gastrointestinais associados ao metotrexato, sendo náusea e dor abdominal os mais comuns. Dos 192 pacientes avaliados, 78% apresentava ao menos uma queixa abordada nos questionários acerca do medicamento. Observou-se uma tendencia para associação dos valores de MISS com não aderência ao tratamento (p=0,07). Além disso, a associação de inibidores da JAK à terapia com o MTX acentuou efeitos adversos gastrintestinais (p=0,05) mas, não o uso de outros DMARDs ou biológicos (todos com p=ns). Conclusão: O uso do metotrexato está relacionado à alta prevalência de efeitos adversos gastrointestinais, os quais prejudicam a aderência ao tratamento. O uso concomitante de inibidores de JAK piora este tipo de manifestação.
- TCCAlterações dos índices hemantimétricos e necessidade de transfusão em pacientes submetidos a artroplastia total de joelho sem o uso de torniquete em um hospital UniversitárioParzianello, Helen de Farias; Cornelsen, Luisa Aparecida (2023-06-22)A Artroplastia Total de Joelho (ATJ) é reconhecida como uma das cirurgias ortopédicas mais bem sucedidas, contudo o seu sangramento potencial pode exceder a um litro. O torniquete tem a intenção de prevenir o sangramento excessivo e a necessidade da transfusão sanguínea, entretanto seu uso não é livre de riscos e sua necessidade tem sido abordada em trabalhos recentes. Objetivos: Estudar a necessidade do torniquete na ATJ. Relacionar os níveis de hemoglobina (Hb) e hematócrito (Ht) e a necessidade de transfusão com idade, sexo, comorbidades prévias ao internamento, tempo de internamento, classificação segundo Ahlbäck e se houve alguma intercorrência durante a ATJ. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo por meio da análise de prontuários de 72 pacientes do Hospital Evangélico Mackenzie do Paraná que realizaram a ATJ durante o período de janeiro de 2019 a dezembro de 2022. Foi comparado a Hb e Ht antes e depois da ATJ sem o uso de garrote e a posterior necessidade de transfusão sanguínea. Resultados: Observou-se uma queda média de 1,78 g/dL na Hb e sete pontos percentuais no Ht. De todos os pacientes que realizaram ATJ, nenhum realizou a transfusão sanguínea. Nenhum Hb pós-operatório acusou hipovolemia e obteve uma média de 11,41 g/dL, enquanto o Ht pós-operatório teve uma média de 33,37%. A idade média foi de 69 anos, sendo 72,22% deles do sexo feminino. As comorbidades mais encontradas foram Hipertensão Arterial Sistêmica (50%), Diabetes Mellitus (16%) e Hipotireoidismo (16%) e os tratamentos conservadores mais usados foram a infiltração articular com corticoide (38,9%) e fisioterapia (31,9%). Segundo a classificação de Ahlbäck, a maioria dos pacientes obtiveram grau quatro (43%) e grau cinco (31,9%), com tempo médio de internamento de 2,19 dias. Nenhum dado teve significância estatística em relação ao sangramento. Conclusão: A ATJ sem o uso do torniquete não aumenta o sangramento pós-operatório significativamente, a ponto de necessitar transfusão sanguínea ou apresentar sintomas de hipovolemia, mesmo com a diminuição de Hb em 1,78g/dL e de Ht de 7 pontos percentuais.
- TCCPresença do anticorpo ANCA como marcador de gravidade em glomerulonefrite lúpicaVithoft, Gabriela Carneiro; Alencar, Isabella Lins (2023-11-27)Contexto: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é caracterizado por uma doença inflamatória crônica, na qual é perdida a tolerância imunológica ao próprio material genético de forma sistêmica e destrutiva, assumindo características diferentes em cada indivíduo. Devido ao seu caráter sistêmico, os autoanticorpos podem afetar qualquer órgão, como por exemplo o rim, por meio da Glomerulonefrite Lúpica (GL), a qual é caracterizada por uma reação inflamatória exacerbada aos autoantígenos presentes no rim, tendo a falência renal como resolução final. A fim de evitar ou atenuar esse prognóstico, estudos analisaram o desempenho do anticorpo ANCA como marcador de risco de manifestações graves em doenças autoimunes, tendo como resultado uma resposta positiva para a hipótese em questão. Desse modo, podemos concluir que a GL possui um prognóstico desfavorável, sendo relevante a elaboração de estudos e métodos capazes de estabelecer o desfecho da história natural da doença da GL, como por exemplo o estudo da presença do anticorpo ANCA no tecido renal. Objetivo: Avaliar o desempenho do anticorpo ANCA como marcador de gravidade da glomerulonefrite lúpica. Métodos: Estudo longitudinal retrospectivo envolvendo com LES que receberam o diagnóstico de GL e que fazem acompanhamento no ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM). Foi realizado um estudo de imunofluorescência indireta para verificar a presença do ANCA no soro de 149 pacientes, sendo 137 inclusos ao final do estudo. Os dados então foram cruzados com coleta de prontuário envolvendo as variáveis de epidemiologia, clínica, terapêutica e painel de autoanticorpos de tais pacientes. Resultados: A amostra foi majoritariamente feminina e de raça branca, e 49,6% apresentavam acometimento renal, principalmente de classe 4. 28,5% da amostra foi positiva para o ANCA, destes sendo 59% pANCA, e o seu acometimento renal e severidade foi proporcional à população geral. 50% dos pacientes positivos para cANCA eram de raça negra e demonstrou menos anti-Ro e Acl-IgG que a amostra negativa, e semelhante a pacientes positivos para pANCA, os quais demonstraram menos anti-La e anti-Ro, e mais expressão de LAC. A presença de glomerulonefrite ou tipo de glomerulonefrtie não se associou com a presença do ANCA. Conclusão: Assim, não foi possível comprovar a relação do anticorpo ANCA com uma glomerulopatia de maior gravidade. Não encontramos correlações relevantes entre a presença de ANCA e uma maior atividade da doença, maior expressão de manifestações ou perfil clínico específico que poderia apresentar maior risco.