Medicina - TCC - Curitiba
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- TCCAvaliação do perfil lipídico e metabólico em pacientes com artrite reumatoide antes e depois da introdução de inibidores de Janus QuinaseTabuti, Rafaela Yumi Teixeira; Ferreira, Renata Medeiros (2025-05-29)
Faculdade Evangélica do Paraná (FEMPAR)
Contexto: A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune inflamatória crônica que compromete principalmente as articulações, podendo também gerar manifestações sistêmicas. Sua fisiopatologia está associada à ativação de vias inflamatórias mediadas por citocinas, o que contribui para um estado de inflamação crônica e aumento do risco cardiovascular. Nos últimos anos, os inibidores de Janus quinase (iJAKs) foram introduzidos como uma nova classe terapêutica oral para o tratamento da AR, oferecendo uma alternativa eficaz para pacientes refratários. No entanto, estudos têm apontado alterações no perfil lipídico associadas a essas medicações, levantando preocupações quanto ao possível aumento do risco de eventos cardiovasculares. Objetivo: Analisar alterações no perfil lipídico e nos parâmetros clínico-laboratoriais associados à introdução dos inibidores de iJAKs no tratamento de pacientes com AR. Metodologia: Estudo retrospectivo, realizado a partir da análise de prontuários eletrônicos do ambulatório de reumatologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), com uma amostra de 64 pacientes adultos portadores AR em uso de iJAKs. A coleta de dados incluiu informações clínicas, epidemiológicas e exames laboratoriais em três momentos: início do uso dos iJAKs, 6 meses e 12 meses após o uso. Resultados: A amostra foi composta majoritariamente por mulheres (85,9%) e a média de idade ao diagnóstico de 41,1 anos. O Tofacitinibe foi o iJAK mais utilizado (57,8%), seguido por Upadacitinibe (21,8%) e Baricitinibe (20,3%). Não foram observadas alterações estatisticamente significativas nos níveis de colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos ao longo dos 12 meses. Parâmetros glicêmicos e antropométricos também permaneceram estáveis. Observou-se uma tendência à redução dos marcadores inflamatórios (PCR e VHS), embora sem significância estatística. Nenhum evento cardiovascular maior foi registrado no período analisado. Conclusão: Os resultados deste estudo sugerem que, em pacientes com AR atendidos em um contexto ambulatorial de reumatologia, o uso de iJAKs ao longo de 12 meses não se associou a alterações significativas no perfil lipídico ou a eventos cardiovasculares. Apesar da tendência de aumento lipídico descrita na literatura, os dados aqui observados apontam para um perfil metabólico globalmente estável. - TCCIntervalo QTC do eletrocardiograma e sua associação com atividade inflamatória. Um estudo em pacientes com artrite reumatoideLazzaretti, Ana Luisa Buttini; Souza, Gabriel Leite Ramos de (2025-05-29)
Faculdade Evangélica do Paraná (FEMPAR)
Introdução: A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica autoimune que compromete principalmente as articulações, mas também pode provocar manifestações sistêmicas graves, reduzindo a qualidade e a expectativa de vida. Com prevalência global de aproximadamente 1%, afeta principalmente mulheres entre 35 e 50 anos. Sua etiologia é multifatorial, envolvendo predisposição genética e fatores ambientais como infecções, tabagismo e alterações hormonais. O diagnóstico é complexo e exige avaliação clínica, exames sorológicos, radiológicos e análise do líquido sinovial. Dentre as manifestações sistêmicas, destacam-se complicações cardiovasculares, como arritmias e prolongamento do intervalo QT, atribuídas à ação de citocinas inflamatórias sobre o sistema nervoso autônomo e os cardiomiócitos. Essas alterações aumentam o risco de morte súbita em pacientes com AR, ressaltando a importância de estudos que investiguem a relação entre a atividade inflamatória da doença e alterações eletrocardiográficas como o prolongamento do intervalo QT. Objetivos: Avaliar a prevalência de prolongamento do intervalo QT corrigido pela frequência cardíaca (QTc) e sua possível associação com a atividade inflamatória em pacientes com artrite reumatoide (AR). Métodos: Estudo observacional transversal com 97 adultos portadores de AR atendidos em ambulatório de Reumatologia de um hospital universitário em Curitiba (PR). Foram coletados dados demográficos, clínicos, terapêuticos e índices de atividade da doença (DAS-28 VHS/PCR, CDAI, SDAI). O QTc foi calculado a partir de eletrocardiogramas de 12 derivações utilizando a fórmula de Bazett. Resultados: A amostra foi composta predominantemente por mulheres de meia-idade (mediana 63 anos), com tempo de doença de 11 anos. A mediana do QTc foi 410 ms (IIQ = 387,5–437,0), e 11/97 pacientes (11,3%) apresentaram QTc prolongado. Não se observaram correlações significativas entre QTc ou frequência cardíaca e VHS, PCR, DAS-28, CDAI ou SDAI (p > 0,05 para todas as comparações). Conclusão: Embora o prolongamento do QTc seja relativamente frequente em pacientes com AR, neste estudo não houve evidência de associação com a atividade inflamatória medida pelos principais índices clínico-laboratoriais. O achado reforça a necessidade de monitorização eletrocardiográfica rotineira e avaliação individualizada de risco arrítmico nesses pacientes, independentemente do grau de atividade da doença. - TCCAvaliação da elegibilidade para terapia hormonal em pacientes em menopausa com queixas geniturinárias: um estudo retrospectivo no HuemBuscke, Ellen Dumsch; Elias, Isabella Lambert (2025-05-29)
Faculdade Evangélica do Paraná (FEMPAR)
Introdução: A Síndrome Geniturinária da Menopausa (SGM) é uma condição prevalente entre mulheres climatéricas, impactando significativamente sua qualidade de vida. A Terapia de Reposição Hormonal (TRH), especialmente com estrogênio local, é considerada o tratamento padrão ouro para os casos moderados a graves, desde que não haja contraindicações. Objetivo: Avaliar a prevalência da SGM e a elegibilidade para TRH em mulheres com mais de 10 anos de menopausa atendidas nos ambulatórios de Ginecologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo, observacional e descritivo. Foram analisados 193 prontuários de pacientes com mais de 10 anos de menopausa, cujos dados clínicos foram extraídos e avaliados por meio de testes estatísticos apropriados. Resultados: Das 193 pacientes analisadas, 89% apresentavam sintomas compatíveis com SGM, sendo os mais prevalentes a atrofia do epitélio vaginal (67,8%) e o colo atrófico (66,7%). Cerca de 76% das mulheres foram consideradas elegíveis para o uso de TRH, enquanto os principais fatores de inelegibilidade foram ausência de sintomas (44%) e câncer de mama ativo (30%). Não foi observada correlação significativa entre tempo de menopausa e número de sintomas (p = 0,97). Conclusão: O estudo revelou que a SGM é uma condição muito prevalente e frequentemente subnotificada em mulheres com longos períodos pós-menopausa. A maioria das pacientes avaliadas poderia se beneficiar da TRH, desde que avaliadas individualmente. Os achados deste estudo ressaltam a importância da anamnese ativa e da escuta qualificada para o diagnóstico adequado, bem como o potencial de impacto positivo da ampliação do acesso à TRH no contexto do SUS. - TCCAnálise histopatológica de articulações com osteoartrite tratada com diferentes medicamentos intra-articulares: estudo experimental em ratosGomes, Heloisa Henriques; Okimura, Vitória Naomi (2025-05-29)
Faculdade Evangélica do Paraná (FEMPAR)
Introdução: A osteoartrite, também nomeada doença articular degenerativa, é a forma mais comum de artrite no mundo, afetando principalmente a população idosa. Com o envelhecimento global, essa condição tem se tornado uma importante causa de incapacidade física e afastamento do trabalho, resultando em custos significativos para o sistema de saúde e previdência. Objetivo: Avaliar histopatologicamente e comparar o efeito condro regenerador e anti inflamatório do Plasma Rico em Plaquetas (PRP), Ácido Hialurônico, Triancinolona e Sulfato de Condroitina em um modelo experimental de osteoartrite induzida por Zymosan em ratos. Materiais e Métodos: Foram utilizados 30 ratos machos Wistar, divididos em cinco grupos. A osteoartrite foi induzida pela injeção de Zymosan® na articulação femoro-tibio-patelar direita. Cada grupo recebeu um dos tratamentos testados por via intra-articular a cada 21 dias, totalizando 60 dias de intervenção. Um grupo adicional foi mantido sem tratamento como controle. Radiografias e ressonâncias magnéticas foram realizadas no 30º e 90º dia para confirmar a indução da osteoartrite e avaliar a eficácia dos tratamentos. No 60º dia, os animais foram sacrificados para análise histopatológica das articulações. Resultados: O grupo tratado com PRP apresentou maior quantidade de condrócitos colunares maduros e organizados, evidenciando um tratamento eficaz para a regeneração articular. O HA demonstrou poucas erosões e úlceras superficiais na cartilagem, com alta quantidade de condrócitos por campo, indicando condroproteção e regeneração articular. Conclusão: O PRP mostrou um efeito condrorregenerador superior em comparação ao Ácido Hialurônico, Triancinolona e Condroitina. No entanto, o Ácido Hialurônico foi mais eficaz na redução da inflamação. - TCCFatores prognósticos e sobrevida de pacientes com carcinomas colorretais: uma análise retrospectiva em hospital universitário em tempos de pandemiaSantos, Emily Karoline Araujo Nonato dos; Kawagoe, Rafaela Iria (2025-05-29)
Faculdade Evangélica do Paraná (FEMPAR)
Introdução: O câncer colorretal (CCR) é a segunda malignidade mais incidente no Brasil, quando excluídos casos de câncer de pele não melanoma, e dados recentes evidenciam crescimento na taxa de mortalidade. A importância da detecção precoce desse câncer é destacada, especialmente em indivíduos acima de 50 anos, considerados de médio risco, para os quais a realização de colonoscopias de rastreio é recomendada. Além disso, o prognóstico dos pacientes diagnosticados com CCR é profundamente impactado por fatores clínicos e patológicos, como estágio TNM, grau de diferenciação tumoral e a presença de marcadores moleculares, refletindo a necessidade de abordagens terapêuticas personalizadas e precoces. A pandemia do COVID-19, declarada em março de 2020, impôs significativos desafios para o diagnóstico e acompanhamento do CCR, com a suspensão de programas de rastreamento e a limitação de exames endoscópicos. Como consequência, observou-se uma redução no número de diagnósticos, assim como um aumento de casos detectados em estágios mais avançados, prejudicando o prognóstico dos pacientes e refletindo os impactos adversos da pandemia no manejo da doença. Objetivo: Avaliar a sobrevida e correlacionar fatores clínico-patológicos ao prognóstico de pacientes com câncer colorretal que foram diagnosticados com a doença em meio a pandemia do COVID-19 em um hospital universitário de referência. Métodos: Estudo observacional retrospectivo analítico com tabulação de dados históricos, no qual foram utilizados os dados de prontuários médicos de todos os pacientes submetidos a intervenção cirúrgica por câncer colorretal nos anos de 2020 e 2021. A amostra total foi de 155 pacientes. Resultados: A média de idade ao diagnóstico foi de 63,9 anos, com leve predominância do sexo masculino (53,5%). Tumores do lado esquerdo do cólon representaram 65,8% dos casos, e o tipo histológico mais comum foi o adenocarcinoma intestinal sem outras especificações (73,5%). A maioria dos pacientes foi diagnosticada em estágio III (32,9%) ou IV (27,1%), e 28,4% já apresentavam metástases à distância no diagnóstico, principalmente hepáticas. Tumor budding foi identificado em 64,5% dos casos, e a invasão angiolinfática em 63,2%. A presença de metástases síncronas (HR 2,23; p<0,001), estágio clínico IV (HR 4,01; p=0,004) e invasão angiolinfática (HR 1,65; p=0,036) foram os principais fatores associados à menor sobrevida global e livre de doença. Conclusão: Os achados deste estudo evidenciam o impacto da pandemia da COVID-19 sobre o diagnóstico e evolução do câncer colorretal, resultando em maior frequência de casos avançados e em pior desfecho clínico. O reconhecimento desses efeitos pode orientar estratégias que reduzam danos futuros, reafirmando a importância do diagnóstico precoce no controle das neoplasias malignas. Além disso, reforçam a necessidade da incorporação de variáveis histopatológicas como o tumor budding na estratificação de risco e planejamento terapêutico individualizado, contribuindo para um cuidado personalizado e prognósticos mais favoráveis.