Incidência de lesões musculoesqueléticas de base de um time de futebol

Tipo
TCC
Data de publicação
2024-06-06
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Borek, Rafaela dos Santos
Orientador
Zini, Cassio
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Programa
Resumo
Introdução: Considerado o esporte mais popular do planeta, o futebol está entre as modalidades que mais demandam atendimento médico. Ao se tratar do nível profissional, existe uma grande exigência associada à sua prática, de modo que os riscos de traumas agudos ou por sobrecarga aumentam, conforme o grau de competitividade. As lesões musculoesqueléticas, por sua vez, são as que mais causam limitação da prática esportiva, e sua gênese em atletas mais jovens é multifatorial. Através da análise dos diversos elementos associados a essas lesões, é possível identificar precocemente eventuais atletas em risco e prevenir novas lesões. Metodologia: Estudo de coorte realizado no departamento médico do Coritiba Foot Ball Club, observando a incidência de lesões musculoesqueléticas na temporada de 2022 com seguimento individuado de um ano dos atletas das categorias de base avaliados com periodicidade semanal. As lesões foram relacionadas com idade, diagnóstico, categoria do time, posição do jogador, distância percorrida e tempo da atividade, carga de esforço, percepção subjetiva de esforço, recuperação do atleta após atividade e qualidade do sono a fim de identificar possíveis fatores de risco por meio de análise estatística. Resultados: Foram obtidos dados de 180 atletas entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2023, dos quais 116 sofreram no mínimo uma lesão, e de modo que ao final do estudo foram contabilizadas 181 lesões durante a temporada. Foi observada diferença significativa no número de lesões em relação à categoria de base analisada; assim como na incidência de determinada lesão com relação à posição na qual o atleta atua. Foi possível ainda determinar o tempo médio de afastamento das atividades, de modo que foi observado que lesões ósseas são as que cursam com maior tempo de tratamento. Por fim, foram relacionadas as cargas de treino e jogos com a incidência de lesões e a identificação das lesões graves entre os atletas juvenis. Conclusão: A incidência de lesões na temporada de 2022 foi de aproximadamente uma por atleta. A lesão musculoesquelética mais frequente foi contratura muscular. A categoria com maior número de lesões foi a sub 20 e a posição que mais se lesionou foi a de atacante. Não houve significância estatística em relação ao TRIMP da PSE e à qualidade do sono com o tipo e incidência de lesão sofrida pelos atletas.
Introduction: Considered to be the most popular sport on the planet, football is among the sports that require the most medical attention. When it comes to professional football, there is a high level of demand associated with its practice, so the risk of acute or overload trauma increases with the degree of competitiveness. Musculoskeletal injuries, in turn, are the most common cause of sporting limitations, and their genesis in younger athletes is multifactorial. By analysing the various elements associated with these injuries, it is possible to identify possible athletes at risk early on, and consequently prevent new injuries. Methodology: This is a cohort study with an observational and longitudinal prospective non-competitive design, carried out in the medical department of Coritiba Foot Ball Club, in which the incidence of musculoskeletal injuries in the 2022 season was surveyed, with individualised one-year follow-ups of youth players assessed on a weekly basis. Injuries were correlated with the variables age, diagnosis, team category, player position, distance travelled and activity time, effort load, subjective perception of effort, athlete recovery after activity and sleep quality in order to identify possible risk factors through statistical analysis. Results: As a result, data was obtained from 180 players between February 2022 and January 2023, 116 of whom suffered at least one injury, so that at the end of the study 181 injuries were accounted for during the season. A significant difference was observed in the number of injuries in relation to the youth category analysed, as well as in the incidence of a particular injury in relation to the position in which the player plays. It was also possible to determine the average time off work, and it was observed that bone injuries are the ones that cause the longest time off work. Finally, it was also possible to correlate the wear and tear loads with the incidence of injuries and to unravel the epidemiology of serious injuries among youth athletes. Conclusion: An average incidence of one injury per athlete per season was identified. The musculoskeletal injury with the highest incidence in the study was muscle contracture. The category with the highest number of injuries was U20 and the position with the most injuries was striker. There was no evidence of statistical significance in relation to the average TRIMP and sleep quality with the type of injury suffered by the athlete.
Descrição
Palavras-chave
esportes juvenis , futebol , lesões em atletas , youth sports , football , athlete injuries
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