Ciências Biológicas - TCC - CCBS Higienópolis

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A importância do uso de embalagens ativas e inteligentes na redução de impactos ambientais
Momesso, Victor Montagnoli (2023-12)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O uso de embalagens na indústria alimentar desempenha um papel crucial na segurança e durabilidade dos alimentos, transmitindo informações ao consumidor e fortalecendo identidade de marca. Contudo, há uma crescente preocupação ambiental com o descarte inadequado dessas embalagens que pode gerar impactos no meio ambiente, especialmente quando não são biodegradáveis. Embora embalagens tradicionais garantam a segurança alimentar, não evitam o desperdício, especialmente de alimentos perecíveis, contribuindo para a poluição ambiental. No entanto, as embalagens podem ser aliadas na redução do desperdício, proporcionando estabilidade e prolongando a vida dos alimentos. O desperdício global de alimentos não apenas afeta a economia, mas também contribui para a emissão de gases de efeito estufa e a escassez de recursos naturais. Diante desse cenário, a adoção de embalagens ativas e inteligentes emerge como uma estratégia eficaz para mitigar o impacto ambiental, reduzir o desperdício e alinhar-se aos princípios do ESG (Environmental, Social and Governance), tornando-se uma ferramenta essencial no contexto da sustentabilidade ligada aos alimentos. Sendo que Embalagens Ativa são as embalagens as quais possuem interação direta com o produto, alterando a qualidade do produto; diferentemente das Inteligentes, são sinalizadoras de qualidade do produto. Assim, o presente trabalho teve o objetivo conceituar o ESG, aplicados na área de alimentos e descrição de embalagens ativas e inteligentes, além de demonstrar sua aplicabilidade nas políticas do ESG. A partir dos dados da literatura obtidos, podemos concluir que existem problemas centrais circundando cada área do ESG, como o desperdício de recursos hídricos na área ambiental, o desperdício de alimentos ligado às questões sociais e o preço dos produtos e deficiências econômicas na área de varejo e serviços alimentares. Assim, as embalagens ativas e inteligentes conseguem melhorar esse cenário da política do ESG, pois são embalagens biodegradáveis e que interagem física e quimicamente com o produto sinalizando a qualidade e integridade do produto.
Autismo em mulheres: as diferenças entre os gêneros na manifestação do Transtorno do Espectro Autista: uma revisão narrativa
Moreira, Bruna (2022-06)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresenta incidência 4x maior em homens do que em mulheres. Diversas pesquisas sugerem que essa proporção pode ser fruto da diferença na manifestação dos sintomas por parte das meninas com TEA. As garotas podem camuflar seus traços autistas ou apresentá-los de forma diferente da esperada. Nesta revisão narrativa, abordaremos como os gêneros podem exibir diferenças entre si na apresentação de prejuízos de socialização e comportamentos repetitivos e restritos. Além disso, levanta-se a hipótese de que testes diagnósticos padrão-ouro podem estar deixando de identificar as meninas com TEA, já que foram construídos a partir de sujeitos masculinos. Se essa hipótese for verdadeira, o subdiagnóstico poderia causar consequências negativas na saúde mental de indivíduos que descobrem o distúrbio na vida adulta. As expectativas sociais, por sua vez, impactam na identificação do transtorno, pois professores, cuidadores e pesquisadores podem apresentar um viés sobre como o distúrbio se desenvolve, deixando de perceber as meninas com TEA. Por outro lado, estudos que sugerem que as mulheres com TEA são inerentemente diferentes dos homens, também serão abordados, como o efeito protetor feminino e a teoria do cérebro masculino extremo. Esta revisão narrativa foi realizada a partir de busca no banco de dados PubMed e utilização de referências bibliográficas dos artigos encontrados. Duas hipóteses opostas se destacaram entre os resultados, a de que diversas meninas com TEA não estão recebendo diagnósticos e a de que garotos são naturalmente mais propensos a desenvolver TEA.
Avaliação das alterações moleculares associadas ao prejuízo cognitivo exibido por camundongos adultos que carregam o polimorfismo genético Ala92-D2
Coviello, Beatriz Martin (2022-12)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O polimorfismo Ala92-D2 é uma alteração genética da enzima que catalisa a conversão de T4 a T3, a desiodase do tipo 2, e está presente em uma porção significativa da população mundial (12 a 36%). A Ala92-D2 exibe baixa atividade catalítica, está associada ao estresse do Retículo Endoplasmático (RE) e a prejuízos na cognição. Resultados prévios obtidos em nosso laboratório mostram que os prejuízos de memória dos camundongos Ala92-D2 pioram significativamente aos sete meses de idade. A performance dos animais no teste de reconhecimento social é boa aos 2 meses, com os animais Ala92-D2 sendo capazes de discriminar entre o animal conhecido e o desconhecido. No entanto, aos 7 meses de idade, essa capacidade de discriminação é perdida. Tendo como hipótese que a piora na cognição se deve ao agravamento do hipotiroidismo local associado ao estresse do retículo endoplasmático, ao aumento do estresse oxidativo e à neuro inflamação, o objetivo deste trabalho foi avaliar alterações moleculares em camundongos Ala92-D2 aos 7 meses de idade. Para tanto, amostras de hipocampo e córtex pré-frontal de animais Ala92-D2 e Thr92-D2 de 7 meses de idade foram congeladas previamente a -80°C para análise do transcriptoma por RNA sequencing. Os resultados do presente estudo demonstraram que o polimorfismo está associado com alterações no transcriptoma do hipocampo e córtex pré-frontal, com alterações nos genes associados com cognição, memória e neurodesenvolvimento. Além disso, observamos uma redução na densidade neuronal da região CA3 do hipocampo de animais portadores Ala92-D2. Os achados confirmam o polimorfismo Ala92-D2 como um possível fator de risco de declínio cognitivo associado ao envelhecimento.
Doença de Parkinson e dor: avaliação da disfunção límbica em modelo pré-clínico
Assunção, Bruna Moreira (2023-12)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa causada pela morte de neurônios dopaminérgicos na via nigroestriatal. A DP está associada a diversos sintomas motores, que permitem o diagnóstico clínico, e sintomas não-motores, como dor e depressão, que antecedem o diagnóstico clínico, e afetam a qualidade de vida dos pacientes. A síndrome dor-depressão tem relação direta com aspectos emocionais da dor, estando ligados a estruturas do sistema límbico, como córtex do cíngulo anterior (ACC) e amígdala (AMY). Na DP são bem caracterizados os fenômenos de neuroinflamação e neuroplasticidade mal adaptativa na via nigroestriatal; porém, pouco se sabe em áreas do sistema límbico. Considerando que o ACC e a AMY são impactados pelo déficit dopaminérgico e que pouco se sabe sobre o controle afetivo-motivacional da dor na DP, o nosso objetivo foi avaliar a neuroinflamação e a neuroplasticidade mal adaptativa no ACC e na AMY em modelo experimental de lesão nigroestriatal em ratos. Sendo assim, ratos Wistar injetados com a neurotoxina 6-hidroxidopamina (6-OHDA) unilateral no estriado foram avaliados quanto a sintomas motores e não motores. Ratos controles foram injetados com salina estriatal (CEUA 2016-04). Animais hemiparkinsonianos apresentam déficits motores e comportamento doloroso e depressivo 13 dias após a injeção da neurotoxina, quando comparado aos animais salina. Foi avaliado por ensaio de western blotting a expressão de GFAP (marcador de astrócito ativado), do transportador de aminoácido excitatório (EAAT-2), da enzima GAD (marcador de neurônio GABAérgico), de Iba-1 (marcador de microglia ativada) e de IL-1β (citocina pró-inflamatória) no ACC e na AMY. Animais com lesão nigroestriatal unilateral apresentaram no hemisfério ipsilateral à lesão: 1) aumento da expressão de GFAP, EAAT-2 e Iba-1 no ACC; 2) aumento da expressão de GFAP e EAAT-2 na AMY e 3) diminuição da expressão de Iba-1 na AMY, quando comparado aos animais controle. Esses dados sugerem que os animais submetidos ao modelo de DP apresentam aumento da ativação astrocitária e da depuração glutamatérgica, possivelmente, decorrentes da excitotoxicidade causada pelo aumento de glutamato, indiretamente, em estruturas do sistema límbico.
O efeito do enriquecimento ambiental na morfologia do hipocampo e na densidade neuronal do córtex perirrinal e na região da amígdala na prole de ratas com hipotireoidismo clínico gestacional
Brás, Tayna Sabrina (2023-06)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O primeiro trimestre de gestação é considerado um período crítico no desenvolvimento do sistema nervoso central do feto, que é dependente do hormônio tireoidiano. Considerando que a tireoide fetal amadurece e se torna biologicamente ativa na 14ª semana de gestação, o hormônio tireoidiano materno é fundamental para que esse processo transcorra adequadamente. Assim, falhas na disponibilidade de hormônio tireoidiano materno nos estágios iniciais de desenvolvimento podem acarretar impactos cognitivos e comportamentais na prole. Estudos mostram que crianças de até 9 anos de idade, cujo as mães apresentaram hipotireoidismo clínico no 1º trimestre gestacional, revelaram déficits de QI em comparação a crianças de mães eutireoideas. O desenvolvimento de estratégias que visem corrigir esses possíveis déficits é essencial para garantir o desenvolvimento e qualidade de vida desses indivíduos. O enriquecimento ambiental é uma estratégia que compreende estímulos físicos, sensoriais, sociais, cognitivos e alimentares que melhora os comportamentos considerados normais e inibe o aparecimento de comportamentos anormais nos animais. De fato, o enriquecimento ambiental demonstrou, em estudos anteriores, melhoras significativas na restauração da memória de curto prazo e a ansiedade, e também a melhora dos comportamentos depressivos de filhotes de ratas com hipotireoidismo gestacional moderado. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar se o enriquecimento ambiental modificou a densidade neuronal e a morfologia das áreas do hipocampo, córtex perirrinal, amígdala e específicamente a amígdala basolateral e quais os mecanismos envolvidos na melhora da cognição induzidas pelo enriquecimento ambiental em filhotes de fêmeas com hipotireoidismo moderado. Utilizamos um protocolo de enriquecimento ambiental de 8 semanas padronizado pelo próprio grupo de pesquisa. Após isso, fatiamos os cérebros dos ratos para posterior coloração e análise das regiões escolhidas. Nosso estudo mostrou que não há diferença estatisticamente significativa na análise das áreas do hipocampo (CA1, CA2, CA3) e das estruturas do córtex perirrinal, amígdala e amígdala basolateral entre os grupos estudados. No entanto, observou-se um aumento significativo na espessura do giro denteado (GD) nos animais do grupo HCEA em comparação com o grupo HC n-EA.
O efeito do extrato de própolis verde no prejuízo cognitivo induzido pelo cortisol em camundongos C57
Machado, Stefany Kolndorfer (2023-12)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
A ansiedade é uma resposta natural do organismo a situações percebidas como ameaçadoras ou desafiadoras. No entanto, quando a ansiedade se torna excessiva, persistente e interfere nas atividades diárias, pode ser considerada patológica. A ansiedade patológica pode afetar a cognição devido ao aumento de cortisol, prejudicando a concentração, memória, tomada de decisões e sono que, por sua vez, contribui para a deterioração da cognição. Considerando a ansiedade e estresse do cotidiano, é importante buscar estratégias saudáveis para lidar com a ansiedade. O extrato de própolis verde é uma substância natural produzida por abelhas a partir de resinas de plantas e contém flavonoides que possuem propriedades ansiolíticas. Sendo assim, nós levantamos a hipótese de que o uso de própolis verde pode reverter ou mitigar as alterações cognitivas causadas pelo excesso de cortisol. Dessa maneira, o objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da administração de própolis verde em um modelo de estresse por administração de cortisona na água de beber. Para tanto, camundongos C57 foram submetidos a tratamento com dexametasona (3mg/Kg) e Própolis verde (125 mg/Kg) diariamente na água de beber por 15 a 20 dias. Ao final do tratamento, foram submetidos a teste de reconhecimento social para avaliar a memória declarativa e sociabilidade dos animais. Os nossos resultados mostram que o tratamento com Extrato de Própolis Verde foi capaz de reverter os prejuízos induzidos pela dexametasona. Esses dados sugerem que o Própolis verde exibe potencial terapêutico para reduzir os efeitos deletérios sobre a memória induzidos pelo estresse crônico.

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Navegando Ciências Biológicas - TCC - CCBS Higienópolis por Orientador "Ribeiro, Miriam Oliveira"

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