Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
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Navegando Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) por Orientador "Biagi, Juliana de"
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- TCCAlta taxa de cesáreas no Brasil: de quem é o protagonismo na escolha da vida de parto?Cristo, Julia Duarte Couto de; Figueiredo, Júlia Rafaela (2024-06-13)Introdução: A violência obstétrica é constituída por práticas que podem ocorrer durante gravidez, parto, pós-parto e abortamento, como negligência, discriminação social e racial, realização de procedimentos sem explicação e/ou consentimento prévio, privar a gestante de alimentar-se, movimentar-se ou escolher a posição de parto, e, inclusive, a realização de cesariana sem indicação. Cesariana é uma intervenção cirúrgica de grande importância na prática médica, com baixa incidência de complicações graves e vantajosa quando indicada corretamente, mas que agrega riscos adicionais e desnecessários ao feto e à mãe quando realizado sem necessidade clínica. A OMS recomenda uma taxa de cesáreas entre 5,0 e 15,0%, e apesar disto, a taxa de cesáreas no Brasil é de 56,7%, a 2ª maior do mundo, refletindo a falta de informação e permitindo desrespeito aos mecanismos fisiológicos do parto normal, impondo posições desconfortáveis e intervenções obstétricas desnecessárias, atribuindo uma visão patológica ao parto vaginal, normalizando experiências de dor, impotência e humilhação, e implantando a crença na cesárea como a melhor opção de dar à luz: indolor, sem riscos e sem medo. As gestantes têm a prerrogativa de exercer seus direitos, o que é possibilitado com conhecimentos acerca do processo, idealmente adquiridos durante o pré-natal. A escolha da via de parto é um direito da parturiente, assim como uma assistência digna, informada, livre de violência e discriminação, prestada por profissionais de saúde compromissados e respeitosos, que informem e incluam a gestante na decisão, permitindo uma escolha baseada em evidências, considerando seus desejos e expectativas para a realização de um parto adequado. Objetivo: Analisar se há interferência na escolha da via de parto das gestantes por parte dos profissionais da saúde. Metodologia: Estudo observacional, transversal e prospectivo, com aplicação de questionário Google forms, adaptado de “Nascer no Brasil: Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento”, da Fiocruz, a 50 puérperas, no período de novembro de 2023 a abril de 2024, no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. Resultados: Em relação ao tipo de parto que queriam ter no início da gravidez, 4,0% (n = 2) afirmaram não ter preferência, 36,0% (n = 18) afirmaram preferir cesárea, e 60,0% (n = 30) afirmaram preferir parto normal. Das que não tinham preferência, ambas fizeram cesárea (100%, n = 2); das que preferiam cesárea, 72,2% (n = 13) realizaram cesárea, 22,2% (n = 4) realizaram parto normal, e 5,6% (n = 1) realizaram parto à fórceps. Finalmente, das que preferiam parto normal, 66,7% (n = 20) fizeram parto normal e 33,3% (n = 10) fizeram cesárea. Analisando comparativamente os dados coletados com o resultado da pesquisa “Nascer no Brasil”, há similaridade entre valores percentuais, como altas taxas de cesárias nos grupos 4 (66,0% na amostra e 61,0% na Nascer no Brasil) e 5 (79,0% e 84,0%). Conclusão: Baseando-se nas informações conciliadas ao longo do projeto, considerando a revisão da literatura, bem como dados coletados na entrevista com puérperas e em seus prontuários, pode-se dizer que não houve evidência significativa de interferência na escolha da via de parto por meio dos profissionais de saúde na amostra analisada.
- TCCAvaliação da função sexual em gestantes de alto risco nos diferentes trimestresSilva, Julia Mazzo Gonçalves da; Zancanaro, Yara (2020)RESUMO Introdução: A sexualidade da gestante e da puérpera ainda é considerada um assunto polêmico na sociedade e não se trata apenas do envolvimento de genitais. O termo função sexual inclui todos os aspectos da sexualidade, que engloba emoções, sentimentos e sensações presentes e algumas vezes até mais intensos em uma mulher gestante. Essa mulher pode compartilhar seus sentimentos de amor, paixão, sensualidade e erotismo sem, obrigatoriamente, o coito vaginal. Torna-se, então, necessário enfatizar que a função sexual feminina significa não só a fertilidade e capacidade de gestar um filho, mas também abrange o prazer envolvido na experiência sexual, tanto na relação com seu parceiro quanto na masturbação. Objetivo: Avaliar o impacto da gestação sobre a função sexual feminina, comparando se há diferença significativa entre o segundo e terceiro trimestres gestacionais. Método: O estudo se caracteriza por abordagem quantitativa, de caráter descritivo, transversal analítico, realizado no serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, em 150 pacientes gestantes consideradas de alto risco, separadas em grupos que correspondem ao segundo (T2) e terceiro trimestres (T3) gestacionais. A coleta de dados foi realizada através do questionário Female Sexual Function Index (IFSF). Resultados: 115 pacientes foram divididas em 2 grupos; o T2, referente ao segundo trimestre da gestação; T3, ao terceiro. Os grupos mostraram-se homogêneos quanto as idades (p=0,64), com média de 29,77 anos. A taxa de disfunção sexual dessa pesquisa foi de 47,8%, sendo prevalente em gestantes do grupo T3. Foram observadas diferenças significativas (p<0,05) entre os trimestres gestacionais quando comparadas as médias dos respectivos IFSF (p=0,03). Quanto aos domínios, foram observadas diferenças significativas entre as variáveis excitação (p=0,03), orgasmo (p=0,01) e dor (p=0,03), sendo maiores no grupo T3. Conclusões: Houve diferença significativa nas médias do Índice de Função Sexual Feminina entre o segundo e terceiro trimestres de gestação, além das variáveis excitação, orgasmo e dor, que são maiores no segundo trimestre, resultando em disfunção sexual prevalente apenas em gestantes do terceiro trimestre gestacional. Não houve diferença significativa nas variáveis desejo, lubrificação e satisfação.
- TCCAvaliação da função sexual em puéperas em diferentes vias de parto: vaginal e cesáreaAmaral, Najla Isabella Ortiz; França, Victória Carolina Pereira (2023-11-27)Introdução: A sexualidade é muito importante na qualidade de vida de todos os seres vivos e é influenciada também por variáveis obstétricas, como a gestação, parto e puerpério. A gestação e o puerpério englobam emoções, sentimentos e mudanças variáveis biomecânicas na mulher durante o parto e pós-parto, tornando-se necessária enfatizar que a função sexual feminina não tem relação somente com a capacidade de gerar um filho, mas também abrange o prazer envolvido na experiência sexual, tanto para a relação entre o casal quanto satisfação pessoal. Objetivo: Analisar a correlação entre as diferentes vias de parto na função sexual das mulheres em idade fértil pós-parto. Métodos: Estudo de abordagem quali-quantitativa, de caráter descritivo, transversal e analítico por meio de aplicação do questionário QS-F para uma amostra de 91 pacientes puérperas nas UBS do distrito do Portão e compartilhado em grupos de gestantes e puérperas de Curitiba pelas redes sociais, no período de maio à setembro de 2023. Resultados: 91 pacientes foram analisadas em relação ao tipo de parto: normal e cesariano, das quais, 60 pacientes realizaram o parto cesariano e 31, parto normal. Quanto ao resultado do score QS-F, a média deste score é maior no parto cesariano (77,37) comparado ao parto normal (69,68). Foi utilizado o teste não paramétrico de Wilcoxon (p-valor=0.2039). Não se pode afirmar que existe diferença significativa no quociente sexual feminino entre mulheres que tiveram partos cesarianos e aquelas que tiveram partos normais (p-valor>0.05). Conclusão: Não houve diferença significativa entre as diferentes vias de parto e a função sexual das mulheres após o parto.
- TCCGrau de satisfação de acadêmicas do curso de medicina quanto ao uso de métodos contraceptivos e seu perfil epidemiológicoScariot, João Ronaldo Bridi (2023-11-27)INTRODUÇÃO: o tema da contracepção das mulheres no Brasil é crucial, abordando questões sociais, políticas e financeiras. A falta de contracepção aumenta o risco de gravidez indesejada, abortos e infecções sexualmente transmissíveis. A saúde sexual está intrinsecamente ligada à saúde física e mental, conforme afirmado pela OMS e pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. A tomada de decisões sobre o planejamento familiar é complexa, envolvendo objetivos pessoais e profissionais. OBJETIVO: avaliar o nível de satisfação das universitárias de medicina com relação ao uso de métodos contraceptivos, assim como estabelecer o perfil epidemiológico. MÉTODO: trata-se de um estudo exploratório-descritivo, de abordagem quantitativa e qualitativa, com recorte transversal por meio de método de levantamento de dados atravez de questionários de avaliação de grau de satisfação e perfil epidemiológico pela plataforma do Google Forms® atravez de grupos fechados de redes sociais. Ao todo foi coletado uma amostra de 172 academicas de medicina. RESULTADOS: 172 respostas foram analisadas quanto ao índice de satisfação em relação ao perfil epidemiológico. Os dados coletados foram resumidos e descritos a partir do cálculo de medidas descritivas (variáveis quantitativas) e construção de tabelas de contingência (variáveis categóricas). Em seguida, para comparação dos grupos em relação às variáveis categóricas, foi aplicado o teste Qui-quadrado (ou teste de Fisher quando a amostra era pequena) e em relação às variáveis quantitativas, foi aplicado o teste não paramétrico de Mann-Whitney. CONCLUSÃO: não houve diferença significativa entre os aspectos investigados e o grau de satisfação do uso de anticoncepcionais por estudantes de medicina. Entretanto, foi constatado que os maiores índices de satisfação registrados foram entre os métodos de longa duração como o DIU e o implante subcutâneo, mesmo que os contraceptivos mais usados sejam os de curto prazo.
- TCCPrevalência da síndrome pré-menstrual em acadêmicas de medicina que fazem uso ou não de contraceptivos hormonais : estudo comparativoPaula, Giovanna Pizzichini de; Lima, João Felipe Lemos de (2020)RESUMO Introdução: A Síndrome Pré-Menstrual (SPM) se caracteriza pelo conjunto de sinais e sintomas que ocorrem na fase lútea tardia do ciclo menstrual, cessando necessariamente no primeiro dia do ciclo, em que ocorre o fluxo menstrual. Objetivo: Entender quais os sintomas e sinais dos quais as acadêmicas mais se queixam durante o período lúteo de seu ciclo menstrual, viabilizando determinar a presença ou não da Síndrome Pré-Menstrual naquelas que apresentaram ao menos um sintoma somático e um sintoma psíquico. Material e métodos: O presente estudo teve caráter descritivo, tendo sido feita uma análise de prevalência com uma amostra de 143 mulheres entre 18 e 40 anos matriculadas na Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR), na cidade de Curitiba, Paraná, durante o primeiro semestre letivo do ano de 2020. O instrumento de coleta de dado foi o questionário disponibilizado pelo American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) e respondido de maneira anônima e consensual pelas participantes. Também foi aplicado um questionário com perguntas elaboradas pelos próprios autores deste estudo para melhor identificar seus perfis, como idade, período atual da faculdade, paridade (histórico de gestações), presença de comorbidades e uso de método contraceptivo (especificando qual). Para a análise dos resultados, as participantes foram dividias em um grupo das que fazem uso de ao menos algum método contraceptivo hormonal e um outro grupo em que não fazem uso de qualquer método hormonal (podendo, nesse caso, fazer uso de um método não-hormonal ou ainda de nenhum). Resultados: Observou-se que o sintoma somático mais presentes na amostra geral foi de cefaleia, com prevalência de 60,1%, e os sintomas psíquicos mais comuns foram irritabilidade e depressão, igualmente com 78,3% cada. Houve um sintoma que se mostrou com diferença significativa (com nível de significância p<0,05) entre os dois grupos analisados: mastalgia. Essa queixa esteve mais presente no grupo em que elas não eram usuárias de métodos hormonais (com prevalência de 57,1% delas, contrastando com 37,2% daquelas que utilizam ao menos algum método hormonal). Por fim, constatou-se que, no grupo de mulheres isentas do uso de métodos hormonais - que corresponderam a 49 das 143 participantes (34,26%) - 39 delas, ou seja, 79,59% desse grupo, foram diagnosticadas com SPM de acordo com os critérios do ACOG. Conclusão: A SPM, além ser uma queixa comum na população feminina em idade reprodutiva, é de importante avaliação multidisciplinar para que se diferenciem os sintomas dessa da exacerbação de quadros psiquiátricos primários. O uso de métodos contraceptivos hormonais pode ser vantajoso na queixa de mastalgia durante o período lúteo.