Ferrovias turísticas no Brasil: relações entre a infraestrutura ferroviária e o território
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Tipo
Tese
Data de publicação
2019-08-19
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
D' Agostini, Fernanda Figueiredo
Orientador
Abascal, Eunice Helena Sguizzardi
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Righi, Roberto
Campos Neto, Candido Malta
Zioni, Silvana Maria
Schicchi, Maria Cristina da Silva
Campos Neto, Candido Malta
Zioni, Silvana Maria
Schicchi, Maria Cristina da Silva
Programa
Arquitetura e Urbanismo
Resumo
As ferrovias são elementos que ao longo de sua implantação e consolidação impactaram de forma permanente o desenho urbano das cidades brasileiras, pois apresentavam-se como pontos estratégicos de conexão dos territórios, ao mesmo tempo que impulsionavam o desenvolvimento socioeconômico. Com a falta de investimentos e sucateamento das linhas férreas, na atualidade, a privatização tornou-se uma alternativa de manutenção e funcionamento das ferrovias, tornando-as corredores de escoamento de carga e reduzindo o transporte de passageiros ao atendimento dos subúrbios nas grandes metrópoles, o que contribuiu para que os espaços às margens da ferrovia se transformassem em áreas degradadas e vazios urbanos, porém o patrimônio ferroviário e respectivos meios de transporte agregados, os trens, as estações ferroviárias e seu entorno, são recursos capazes de afirmar a situação cultural, com potencial para estimular o turismo em âmbito urbano e regional, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico destes domínios. O tema desta pesquisa são as relações das ferrovias turísticas brasileiras com o território, no recorte temporal de 1990 a 2018. O problema que motivou essa pesquisa tem origem nas diferentes gradações de influência exercida pela presença desta modalidade de transporte no planejamento urbano e regional dos municípios atendidos. Objetivase explicar como a atividade de turismo atrelada à ferrovia pode contribuir ou não para o desenvolvimento local ou regional com base nas definições do Plano Nacional de Turismo e do Plano de Regionalização do Turismo, que institui a atividade turística como
RESUMO
indutora destes tipos de desenvolvimento; além de analisar as políticas públicas aplicadas ao desenvolvimento territorial e às ferrovias por meio do estabelecimento de indicadores de avaliação. A hipótese que orienta essa pesquisa é que o tipo, o modelo de gestão e as políticas por meio dos quais os municípios integram as ferrovias turísticas ao seu planejamento condicionam os resultados de uma possível articulação ou desarticulação entre a ferrovia e o turismo com os territórios local e regional. Caso não se adotem políticas públicas indutoras de atividades turísticas e ferroviárias, não se apresentarão as condições de incentivo ao desenvolvimento socioeconômico dos municípios, caracterizando-se um obstáculo à configuração territorial por meio de ações integradas. Demonstramse as consequências do encadeamento do turismo a ferrovia, como parte do planejamento e moldagem do território local ou regional, ou ainda, seu total descolamento, nos estudos de caso que evidenciam que as condições e meios dotados pelo planejamento não satisfazem à deflagração de relações socioeconômicas e ambientais favoráveis aos municípios a partir das ferrovias turísticas, visto que as formas de integração possíveis para indução de um desenvolvimento local não são aplicadas.
Descrição
Palavras-chave
ferrovia , desenvolvimento local , turismo , projeto urbano , políticas públicas
Assuntos Scopus
Citação
D' AGOSTINI, Fernanda Figueiredo. Ferrovias turísticas no Brasil: relações entre a infraestrutura ferroviária e o território. 2019. 340 f. Tese (Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2019