Atendimento Educacional Especializado na Rede Municipal de Ensino Paulistana : características do professor, práticas pedagógicas e relações com a autoeficácia docente

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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2024-02-28
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Perez, Joice Pereira
Orientador
Becker, Natália
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Seabra, Alessandra Gotuzo
D'Antino, Maria Eloisa Famá
Programa
Ciências do Desenvolvimento Humano
Resumo
De acordo com o censo escolar do INEP, desde o ano de 2004 o número de estudantes público da Educação Especial matriculados na rede regular de ensino vem superando o número de matrículas nas Escolas Especializadas, trazendo novos desafios à Educação Especial Inclusiva para a garantia de permanência e aprendizagem dos estudantes. A compreensão das práticas e estratégias de ensino utilizadas pelos professores, suas lacunas e barreiras pode contribuir para fomentar políticas públicas que promovam a qualificação do atendimento a este público. Este estudo tem como objetivo caracterizar o Atendimento Educacional Especializado (AEE), descrevendo o perfil acadêmico dos professores, suas práticas pedagógicas, barreiras que dificultam o trabalho, senso de autoeficácia para práticas inclusivas e suas relações com perfil dos estudantes público do AEE. Estudo quantitativo, transversal, exploratório e correlacional. A amostra contou com 61 professores designados nas Salas de Recursos Multifuncional do Atendimento Educacional Especializado, das unidades educacionais do ensino fundamental da Diretoria Regional de Educação Pirituba/Jaraguá, da Rede Municipal da cidade de São Paulo. Os instrumentos utilizados foram: questionário sociodemográfico (perfil de formação dos professores e caracterização dos estudantes público do AEE) e a Escala de Eficácia Docente para Práticas Inclusivas. Foram realizadas análises descritivas de frequências e análises inferenciais de correlação de Pearson, utilizando-se alpha < 0,05 para significância. Os resultados mostraram maior senso de autoeficácia em professores com mais formações, maior tempo de experiência no magistério e maior idade, corroborando com achados de estudos internacionais. A colaboração e articulação entre os professores, evidenciou correlações positivas para autoeficácia docente, sugerindo novas configurações ao AEE que superem a modalidade em contraturno. O perfil dos estudantes evidenciou a maioria com TEA e melhor autoeficácia dos professores junto aos estudantes com maior idade e maior frequência a sala de recursos multifuncionais. Foram identificadas barreiras para a inclusão, como a falta de recursos humanos, de especialização pedagógica e presença de barreiras atitudinais da equipe, as quais apresentaram correlações negativas com a autoeficácia docente. Este estudo descreve e evidencia aspectos que necessitam de atenção nas políticas públicas educacionais voltadas para a inclusão, para que possam atuar em uma melhor qualificação do trabalho docente realizado no AEE.
Descrição
Palavras-chave
atendimento educacional especializado , práticas pedagógicas , educação especial inclusiva , autoeficácia
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