Pelas janelas de Vermeer: um olhar para fora, do séc. XVII a contemporaneidade

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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2023-08-09
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Oliveira, Thais dos Santos Castanha de
Orientador
Araujo, Paulo Roberto Monteiro de
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Schwartz, Rosana Maria Pires Barbato
Lopes, Cristiano Camilo
Mello, Paulo Cezar Barbosa
Programa
Educação, Arte e História da Cultura
Resumo
Este trabalho visa correlacionar o espírito das épocas através de uma releitura das obras do pintor holandês do período Barroco, Johannes Vermeer (1632-75), analisando os simbolismos da luz que perpassa as janelas, possibilitando uma relação atemporal entre mundos nos aspectos sociais e culturais. O objeto de pesquisa tem como foco as janelas que aparecem em algumas obras de Vermeer, por vezes abertas ou fechadas, trazendo assim ao ambiente cenográfico a luz que invade a cena e desperta sensações que vão além do mero funcionalismo. Esta análise fará uso dos aspectos simbólicos da luz como ícone de possibilidades interpretativas associadas a vários conceitos culturais e sociais dessa representação. A luz como verdade; a luz do bem e a luz da razão. As intersecções com a contemporaneidade mostrarão como esses conceitos estão presentes no universo cinematográfico, literário entre outros. As duas primeiras obras analisadas são O GEÓGRAFO (1668-69) e O ASTRÔNOMO (1668), a fim de levantar alguns aspectos da realidade holandesa do século XVII, em especial no que diz respeito às expansões comerciais marítimas daquele período, a fim de criar algumas relações com os anseios expansionistas do homem moderno. Por fim, a terceira obra é a MOÇA LENDO UMA CARTA À JANELA (1657-59), com ela busca-se levantar algumas referências aos aspectos psicológicos do papel das janelas e seus significados, tais quais: um apontar à transcendência, na busca por alívio e esperança quanto aos anseios futuros. Nesse ponto, as intersecções com a contemporaneidade se fazem presentes por meio das ressignificações das janelas nos contextos similares de períodos pandêmicos enfrentados nas referidas sociedades. Quanto aos critérios metodológicos, o trabalho utilizar-se-á do levantamento historiográfico de imagens e fontes teóricas, tomando como base análise investigativa do período do século XVII e relações com a contemporaneidade. Desta forma, principalmente as obras do historiador Timothy Brook, Chapéu de Vermeer (2012) e do filósofo e historiador de artes Didi-Huberman, Diante do tempo (2015) e Diante da imagem (2013) são referências importantes nesse trabalho.
Descrição
Palavras-chave
simbolismos , anacronismos , releitura , transcendência , verdade , razão , ressignificação , janelas , contemporaneidade
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