(Re)pensando estratégias para as cidades inteligentes brasileiras

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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2023-02-15
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Baden Powell, Igor
Orientador
Florêncio, Juliana Abrusio
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Nohara, Irene Patrícia
Steibel, Fabro Boaz
Programa
Direito Político e Econômico
Resumo
A presente dissertação de mestrado tem como objetivo refletir sobre a necessidade de uma nova abordagem, i.e., uma contra narrativa, para as cidades inteligentes, que seja pautada em questões relacionadas à cidadania, à democracia e ao uso de dados. A narrativa construída, ao longo dos anos, em torno das cidades inteligentes (ou smart cities) revela-se, por vezes, corporativista e neoliberal. O trabalho parte da hipótese da existência de uma apropriação do termo por uma retórica de consumo tecnológico que, a princípio, não aparenta ter como norte central o compromisso com melhorias sociais e urbanas. Para demonstrar a tese defendida, apresenta-se, inicialmente, a forma pela qual a concepção de cidades inteligentes foi sendo estruturada ao longo dos anos, por meio de uma abordagem dividida em três gerações. Após isso, ressalta-se o potencial inovativo e coletivista que as cidades possuem, tendo em vista a possibilidade de maior participação de seus cidadãos na criação de cidades de fato inteligentes, ressaltando o papel fundamental que esta construção plural pode desempenhar na construção dessa nova abordagem conceitual. Por fim, constata-se que o valor real das cidades inteligentes está centrado nos cidadãos e, em se tratando da utilização de seus mais variados tipos de dados, decorre a necessidade de, ao se pensar em uma contra narrativa, sejam consideradas estratégias que pensem cidades inteligentes, sobretudo sob o enfoque da população que nestas cidades vive, se locomove e trabalha. A pesquisa traz alguns exemplos dessas estratégias, sendo que, após análise de alguns fatores, a mais adequada está centrada na adoção, pelas cidades brasileiras, de infraestruturas digitais urbanas alternativas. É necessário retomar o controle sobre tecnologias, dados e infraestruturas, os quais se revelam fatores imprescindíveis para uma gestão cooperativa das cidades inteligentes do futuro: mais democráticas e inclusivas.
Descrição
Palavras-chave
cidades inteligentes , contra narrativa , infraestruturas digitais urbanas alternativas
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