Política de distribuição de dividendos de empresas multinacionais e domésticas
Tipo
Tese
Data de publicação
2022-08-09
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Oliveira, Eduardo Cezar de
Orientador
Jucá, Michele Nascimento
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Basso, Leonardo Fernando Cruz
Serra, Ricardo Goulart
Forte, Denis
Carvalho, Luciana
Serra, Ricardo Goulart
Forte, Denis
Carvalho, Luciana
Programa
Administração de Empresas
Resumo
Ao longo da última década, a análise sobre a política de distribuição de dividendos limita-se, basicamente, aos seus determinantes tradicionais - rentabilidade, endividamento, liquidez, controle da propriedade, tamanho da empresa etc. Assim sendo, este estudo pretende ampliar as fronteiras do conhecimento sobre esse tema, verificando as diferenças - que empresas multinacionais (EMs) e domésticas (EDs) - possuem sobre suas políticas corporativas. EMs são aquelas que possuem uma relação entre receita de vendas das subsidiárias no exterior e receita de vendas total acima de 25%, bem como presença em mais de 2 países. Para tanto, são desenvolvidos dois artigos. O primeiro examina a literatura por meio de métodos de análise bibliométrica e revisão sistemática. Seu objetivo consiste em fornecer uma agenda e estrutura de pesquisa para abordar as principais lacunas no conhecimento atual sobre a política de distribuição de dividendos de EMs e EDs. Os resultados obtidos no primeiro artigo confirmam que: i) dividendos é um hot topic, ii) há poucos estudos que analisam empresas de países em desenvolvimento e que fazem uso de modelos de regressão distintos de dados em painel, iii) risco político, tributação e instrumentos de governança corporativa podem impactar o percentual de distribuição de dividendos entre ambos tipos de empresa. Tais resulatdos ratificam a relevância desta pesquisa. Já o segundo artigo analisa o impacto de uma companhia ser EM ou ED na sua política de distribuição de dividendos, bem como do efeito moderador de mecanismos de governança corporativa das EMs nos seus índices de payout. Para tanto, utiliza-se uma base de dados de países emergentes que são parceiros-chave da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - Brasil, China, Índia, Indonésia e África do Sul. As hipóteses são testadas por meio de modelos de regressão logística (logit) e tobit pooled – sendo: H1 - Há uma relação negativa entre EMs e a distribuição de dividendos e H2 - Há uma relação positiva entre instrumentos de governança corporativa e a distribuição de dividendos das EMs. Adicionalmente, realiza-se um teste de robustez via modelo Ordinary Least Squares (OLS). Os resultados confirmam ambas hipóteses, podendo lançar luz sobre o poder moderador dos mecanismos de governança e decisões corporativas das EMs – ao considerar riscos políticos e carga tributária – de reter e reinvestir ou em distribuir seus lucros aos acionistas.
Descrição
Palavras-chave
política de dividendos , empresas multinacionais , empresas domésticas , revisão sistemática , tobit