Correlação entre o forame clino-carotídeo e aneurismas do segmento oftálmico da artéria carótida interna
Tipo
Dissertação
Data de publicação
2020
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Cândido, Duarte Nuno Crispim
Orientador
Ribas, Carmen Australia Paredes Marcondes
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Tabushi, Fernando Issamu
Landeiro, José Alberto
Antunes, Apio Cláudio Martins
Landeiro, José Alberto
Antunes, Apio Cláudio Martins
Programa
Princípios da Cirurgia
Resumo
Introdução:O processo clinóide anterior (PCA) é uma proeminência óssea advinda
da extensão medial e posterior da asa menor do osso esfenóide, presente na região
parasselar na base do crânio. Trata-se de uma estrutura chave para o tratamento de
patologias dessa região, por sua íntima relação com com o nervo óptico, artéria
carótida interna e fissura orbitária superior. O PCA pode apresentar variações
anatômicas entre os indivíduos, até mesmo com alterações no mesmo indivíduo (entre
os lados), principalmente relacionado à formação de uma ponte óssea entre este e o
processo clinóide médio (constituindo o forame clino-carotídeo) e entre o PCA e o
processo clinóide posterior (constituindo a ponte óssea interclinóide). A presença
deste forame clinocarotídeo (FCC) é de extrema importância quanto ao tratamento de
doenças vasculares aneurismáticas do segmento oftálmico da artéria carótida interna,
uma vez que a necessidade de realizar a clinoidectomia anterior pode proceder-se
com lesão inadvertida das estruturas vasculares. Hipótese: A presença do FCC se
relacione diretamente com a formação de aneurismas no segmento oftálmico da ACI.
Objetivo: Avaliar a incidência do forame clino-carotídeo e ponte óssea interclinóide
em pacientes com aneurismas do segmento oftálmico da ACI. Método: Foram
analisadas exames de tomografias de crânio com janela óssea e angiotomografias de
crânio em cortes axiais e reconstruções sagitais e coronais, além de angiografias
cerebrais digitais em 210 pacientes operados no Serviço de Neurocirurgia Vascular
da Universidade da Califórnia-São Francisco, pelo cirurgião Michael T. Lawton (MTL),
no período de dezembro de 1997 até julho 2016.Destes 100 pacientes preencheram
os criterios de inclusão. Resultado: Os 100 pacientes, equivalente a 200 lados,
apresentaram um total de 112 aneurismas. Foi identificado o FCC em 33,5% (67/200)
e a POI em 10,5% (21/200) dos casos. Estes apresentaram lesões aneurismáticas
ipsilaterais em 62,69% (42/67) e 66,7% (14/21) dos casos, respectivamente. Desta
forma identificamos uma tendência de que a proporção de casos que tem aneurisma
com a presença do FCC tende a ser maior do que dos casos sem aneurismas com a
presença do FCC. Conclusão: A presença de aneurismas na região
paraclinóide/segmento oftálmico da artéria carótida interna tem maior incidência tanto
do forame clinocarotídeo quanto da ponte óssea interclinóide.
Descrição
Palavras-chave
aneurisma cerebral , base do crânio , artéria carótida interna , osso esfenóide