Os entraves da reabilitação de edifícios na região central de São Paulo para habitação
Tipo
Dissertação
Data de publicação
2022-02-15
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Neves, Munique Florêncio das
Orientador
Somekh, Nadia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Perrone, Rafael Antonio Cunha
Silva, Helena Aparecida Ayoub
Silva, Helena Aparecida Ayoub
Programa
Arquitetura e Urbanismo
Resumo
Na grande maioria dos países subdesenvolvidos, de sistema político-econômico vinculado
ao capitalismo, o acesso ao mercado imobiliário privado é tão restrito que gera uma
dinâmica urbana conflituosa e um grave desequilíbrio social. Em outras palavras, as
cidades vão refletir a estrutura de uma sociedade desigual que é característica de um
desenvolvimento econômico baseado na exploração de mão-de-obra de baixo custo e
que, por esse motivo, não permitiu habitações ou equipamentos urbanos de qualidade
para a população não-elitista. Tais habitações foram então produzidas, ano após ano, fora
do alcance do Estado regulador – liberal ou não – sem conhecimento técnico,
planejamento ou financiamento. Se de um lado temos a negligência com a questão da
moradia, do outros temos a relação entre investimento público pontual e setor imobiliário
privado, onde o primeiro alimenta o segundo e transforma a cidade, local antes idealizado
para suprir necessidades humanas e estabelecer vínculos sociais, em uma arena de lucro.
Frente a esse problema, surgem as perguntas: Como viabilizar a distribuição de moradia
digna e acesso a equipamentos para todos? Como reestruturar a ocupação de uma
cidade? A resposta talvez esteja na reciclagem de um território nutrido de infraestrutura,
como o território central – antes em declínio -, que apresenta um potencial de
reestruturação imenso desde que planejado. Para isso, deve promover a permanência de
usuários, comércios locais e a conservação de patrimônios históricos, além da
preservação de memórias através da reciclagem de edifícios convertidos em moradia. De
maneira alguma se espera que o mercado privado se volte inteiramente para o
financiamento de moradias sociais ou que periferias sejam extintas. O intuito é criar uma
alternativa para a imagem da cidade e, sendo assim, por que não partir da questão
habitacional, reabilitando um vasto estoque imobiliário existente vazio, a fim de diminuir
custos e aumentar a qualidade de vida baseada na infraestrutura de regiões centrais.
Descrição
Palavras-chave
reestruturação , reabilitação , centros urbanos , habitação de interesse social , reciclagem de edifícios