Motivação materna na escolha de tratamento para seu filho com transtorno do espectro autista
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Tipo
Tese
Data de publicação
2022-02-22
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Silva, Luciana Coltri e
Orientador
Paula, Cristiane Silvestre de
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Brunoni, Decio
Coutinho, Evandro da Silva Freire
Osório, Ana Alexandra Caldas
Coelho, Jorge Arthur Peçanha de Miranda
Coutinho, Evandro da Silva Freire
Osório, Ana Alexandra Caldas
Coelho, Jorge Arthur Peçanha de Miranda
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno do neurodesenvolvimento, que compromete diferentes áreas do desenvolvimento global do indivíduo. Como não existe uma diretriz clara porque há muitos tipos de intervenção, é um desafio para as famílias fazerem escolhas. Os objetivos do estudo foram: (1) caracterizar o uso de serviços das crianças com TEA, entre 6 e 12 anos; (2) verificar se o conhecimento sobre os TEA, a percepção sobre o transtorno e as condições sociodemográficas familiares afetam a tomada de decisão das mães na escolha de diferentes tratamentos; (3) explorar fatores contextuais associados às trajetórias e às escolhas de tratamento por mães de crianças com TEA. Foram realizados dois estudos, tendo o primeiro uma abordagem quantitativa para responder os objetivos um e dois. Já o segundo estudo utilizou uma metodologia qualitativa visando responder o objetivo três. O estudo um contou com uma amostra de conveniência de 151 mães. Para as análises quantitativas utilizou-se os seguintes instrumentos padronizados: (1) Questionário sócio-demográfico e de escolha de tratamentos (Intervenção Comportamental, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Farmacologia, Tratamentos Biomédicos e Abordagem Relacional); (2) Revised Illness-Perception Questionnaire modified for autismo - IPQ – RA (3) Maternal Autism Knowledge. A análise dos dados (regressão logística) foi realizada nos Programa SPSS versão 20.0 e JAMOVI e para todos os testes estatísticos foram adotados um nível de significância de 5%. |Para a análise dos dados qualitativos derivados de entrevistas semiestruturadas com 10 mães foi utilizado o software ALCESTE. Como parte dos resultados do estudo um, tivemos que dentre as abordagens terapêuticas, a com maior escolha foi a Intervenção Comportamental, com 86,8%, sendo que a variável Controlabilidade do Transtorno tornou-se estatisticamente significante como possível preditor (P = 0,05) somente quando ajustado com a variável Imprevisibilidade do Transtorno (P = 0,15). Já para a escolha da intervenção Fonoaudiológica, a idade da criança apresentou correlação negativa estatisticamente relevante (P = 0,01). Em relação aos dados qualitativos, verificou-se que há diversas barreiras encontradas na trajetória para de obtenção do diagnóstico e posteriormente na busca por tratamento, como o tempo longo de avaliação para o diagnóstico e dificuldades financeiras para avaliação e para manter as intervenções, além da dificuldade de encontrar profissionais especializados.
Descrição
Palavras-chave
tomada de decisão , autismo , TEA , mães , tratamento