Trouxe a chave?: as materialidades do livro interativo analógico na literatura de infância, um convite a abrir as portas da percepção
Tipo
Tese
Data de publicação
2022-02-16
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Medeiros, Juliana Pádua Silva
Orientador
Lajolo, Marisa Philbert
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Lopes, Cristiano Camilo
Martins, Valéria Bussola
Debus, Eliane Santana Dias
Verano, Paulo Nascimento
Martins, Valéria Bussola
Debus, Eliane Santana Dias
Verano, Paulo Nascimento
Programa
Letras
Resumo
Quando se pensa em livro interativo, logo se vêm à cabeça os formatos digitais. Contudo, se tem notícia da existência de obras analógicas, que convidam à interação, desde o início do século XIII. Com o objetivo de investigar como se configuram os livros interativos analógicos na literatura de infância, editada no Brasil do século XXI, e de que forma as suas aterialidades estimulam a percepção ao longo da leitura, propõe-se: estabelecer a noção de livro enquanto objeto para além da ideia de suporte; delinear os três tipos de abertura para interação com a obra literária a partir dos arranjos estéticos; sintetizar os principais momentos da história do livro infantil literário até 1999 pelo viés dos experimentalismos com as linguagens; traçar as características mais expressivas da produção literária do século XXI que experimenta as materialidades na construção dos sentidos; discutir o quanto o objeto livro, na condição de signo, solicita uma leitura performática; reconhecer os tipos de inferências que são mobilizados, geralmente, durante os processos cognitivos e perceptivo-sensório-motores das/nas leituras performáticas, e traçar os estilos de interação a partir desses tipos de inferência. Para tanto, por meio de uma abordagem qualitativa, foram analisados mais de quinhentos livros infantis, editados no Brasil entre 2000 e 2020, observando-se o quanto as materialidades desses arranjos estéticos oportunizam ricas experiências de/com/pelas linguagens. A partir de um exercício analítico-crítico, sustentado por uma pesquisa exploratória, descritiva e explicativa, constatouse que a arquitetura de uma obra literária interativa analógica funciona como estímulo semiótico à percepção, que, por sua vez, é a chave para entrar no livro. Em outras palavras, verificou-se que as materialidades presentes em cada arranjo estético convidam a um tipo (ou mais) de interação guiado por processos cognitivos e perceptivo-sensório-motores.
Descrição
Palavras-chave
interação , leitura , literatura de infância , materialidades , percepção