A franquia God of War: da saga grega à nórdica
Tipo
Tese
Data de publicação
2021-09-02
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Almeida, Luciano Aparecido Borges
Orientador
Alvarez, Aurora Gedra Ruiz
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Santos, Elaine Cristina Prado dos
Mattos, Cristine Fickelscherer de
Diógenes, Nivaldo Medeiros
Ignatti, Angela Sivalli
Mattos, Cristine Fickelscherer de
Diógenes, Nivaldo Medeiros
Ignatti, Angela Sivalli
Programa
Letras
Resumo
Na era da convergência de mídias, a indústria de games tem se engajado para criar narrativas cada vez mais complexas para os seus jogos. A crítica especializada na última década registra um aumento expressivo de jogos digitais cujas narrativas são tão empolgantes e imersivas quanto a interatividade proporcionada pela jogabilidade, que é a atividade fim de um game. Se a jogabilidade de um game viabiliza a criação de uma história, questiona-se até que ponto a interatividade do leitor-jogador interfere nas categorias narrativas (tempo, espaço, personagens e ação) em God of war. Outro ponto a destacar é que em meio a essa narratividade, o leitor-jogador se vê diante de um texto digital, cuja representação narrativa é a de um mundo em que os cenários são capazes de oferecer uma leitura verbo-visual de cânones da literatura, povoado por indivíduos com dilemas com os quais o público pode se identificar e participar de ações captadas com tomadas de câmera em plano-sequência de modo similar ao cinema. No universo da franquia God of war, corpus deste trabalho, as categorias narrativas vinculam-se às mitologias grega e nórdica, relidas e atualizadas. Cada um desses objetos estabelece o seu enredo e atende aos meios da mídia em que foram forjados. Este estudo defende a hipótese de leitura de que a jogabilidade, compreendida como elemento nuclear da narrativa, cria vários mecanismos discursivos e intermidiais, que, no âmbito do herói, propiciam experimentações em diferentes culturas, as quais contribuem para a sua autoconsciência; e, na esfera do leitor-jogador, consolidam a imersão no game. Para desenvolver esta tese estabelecem-se dois objetivos: primeiro, identificar o modo pelo qual as numerosas referências intermidiáticas comparecem para dar amplitude aos conteúdos tratados ao longo dos games que conformam a história do protagonista; segundo, determinar o processo pelo qual a jogabilidade cria a história de um game ao operar as categorias narrativas de tempo, espaço, personagens e ação. A perspectiva teórica neste estudo é a da narratologia, particularmente no campo da intermidialidade, em que se examina no intertexto o tratamento da relação entre o verbal e o não verbal. Como suporte teórico, a tese conta, entre outros, com os importantes trabalhos de Joseph Campbell, Irina Rajewsky e Jeannine Novak.
Descrição
Palavras-chave
mitologias grega e nórdica , game , narratologia , intermidialidade