Avaliação prognóstica da acuidade visual pós-operatória através da eletrorretinografia em pacientes com catarata densa
Tipo
TCC
Data de publicação
2020
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Joly, Fahed Bark
Moreira, Rodrigo Caporrino
Moreira, Rodrigo Caporrino
Orientador
Moreira, Hamilton
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Programa
Resumo
Introdução: a catarata é a principal causa de cegueira no mundo. Essa doença ocorre, majoritariamente, em pacientes com mais de 60 anos sendo a baixa acuidade visual (AV) seu principal sintoma, especialmente se a catarata for classificada como hipermadura ou densa. O tratamento é feito através da facoemulsificação. Entretanto, uma das principais contraindicações é a presença de uma doença retiniana concomitante. Todavia, estudos recentes apontaram que a eletroretinografia de campo total (ffERG) tem se demonstrado um exame eficaz na avaliação da função retiniana. Objetivo: avaliar o potencial da acuidade visual em pacientes com catarata densa através do exame de eletrorretinografia de campo total. Métodos e casuística: foi feito um estudo transversal, prospectivo, observacional em coorte, realizado no serviço do Médico de Olhos SA. Desse modo, os pacientes foram divididos em quatro grupos: (A) pacientes com catarata densa; (B) pacientes com catarata e possível observação do fundo de olho (C) pacientes sem catarata;
(D) pacientes com maculopatia e sem catarata. Assim, as medidas da ffERG e AV dos
grupos em questão foram comparadas, através do teste estatístico t-student considerando sempre p <0,05 de significância. Resultados: foram estudados 13 olhos de 10 pacientes (6 homens e 4 mulheres), cuja a média de idade foi de aproximadamente 61,8 ± 13,83 anos. De acordo com os parâmetros estabelecidos pelo fabricante, quando comparamos o grupo A (n = 5) pré-cirúrgico de bom prognóstico da função macular com o grupo C (n = 3) houve diferença com pequena significância na magnitude (p = 0,04) e na fase (p = 0,04). A mesma comparação foi feita entre o grupo A pré-cirúrgico de mau prognóstico da função macular com o grupo D (n = 2), na qual foi constada uma leve semelhança na magnitude (p = 0,07), com diferença na fase (p = 0,007). Essas duas comparações indicam que a catarata densa pode influenciar no resultado do exame. Ademais, comparando o grupo B (n = 3) ao grupo C encontramos valores semelhantes para magnitude (p = 0,07) e fase (p = 0,08). Isso leva crer que mesmo cataratas leves trazem possível interferência para este exame, entretanto essa influência é tanto maior quanto mais densa é a catarata. Conclusão: foi possível verificar que a presença de catarata densa influência significativamente os resultados da eletrorretinografia. Logo, o prognóstico do exame em pacientes com catarata densa deve ser observado com reservas.
Descrição
Palavras-chave
Acuidade visual , Catarata , Eletrorretinografia