Princípios da Cirurgia - Dissertações - Medicina Curitiba
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- DissertaçãoAvaliação do omento como doador de células tronco no miocárdio isquêmico através da análise imuno-histoquímica do CD34Kubrusly, Fernando Bermudez (2023)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. O uso de células precursoras hematopoiéticas e os recentes progressos feitos na bioengenharia de enxertos cardíacos oferecem uma nova modalidade terapêutica para a regeneração do tecido cardíaco pós-infarto do miocárdio (IM). O CD34 é um marcador expresso em todas as células precursoras hematopoiéticas e endoteliais, e funciona como fator de adesão celular. O anticorpo que correspondente a este marcador é utilizado na imunohistoquímica para avaliar a formação de novos vasos e a presença de células-tronco. OBJETIVO: O estudo teve por objetivo avaliar a eficácia da omentopexia na neovascularização e na doação de células tronco de corações suínos previamente infartados, a partir da análise imunohistoquímica do CD34. MATERIAL E MÉTODOS: O infarto do miocárdio foi gerado em 4 suínos, por ligadura do 1°e 2° ramos marginais da artéria circunflexa. Em 3 animais realizou-se abrasão cuidadosa do epicárdio infartado seguido de múltiplas perfurações miocárdicas e a mobilização do omento da cavidade abdominal para o mediastino, envolvendo a área infartada e as perfurações. No quarto animal não foi realizado a omentopexia sendo realizado apenas a abrasão e perfuração da área infartada. Todos os animais foram eutanasiados ao 30º dia pós operatório e os corações retirados para avaliação macroscópica, microscópica e Imunohistoquímica do CD34. RESULTADOS: Nas amostras do grupo submetido a omentopexia, ocorreu um aumento de 60% da angiogênese, sendo que nas amostras do animal controle houve marcação mínima. Foram avaliadas quatro amostras de diferentes sítios de cada coração dos animais, totalizando 16 amostras histopatológicas. Todas as amostras foram imunomarcadas para CD-34. CONCLUSÃO: O omento mostrou-se eficiente na indução de neovascularização pela presença de células tronco, vista através da marcação do CD34, demonstrando grande potencial como futura terapêutica para restaurar áreas de miocárdio isquêmico. - DissertaçãoAssociação entre receptores de membrana CD114 e mortalidade molecular em meduloblastomasMonteiro, Jander Moreira (2023)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: Os meduloblastomas são os tumores sólidos mais comuns da infância. Eles representam 8-30% dos cânceres cerebrais pediátricos. É um tumor de alto grau, de comportamento agressivo e prognóstico reservado, e cujo tratamento, que envolve cirurgia, quimioterapia e radioterapia, também apresenta uma alta morbidade. São classificados em 4 subgrupos moleculares: WNT, SHH, grupo 3 e grupo 4, com diferenças clínicas, genéticas e prognósticas importantes. Muitos estudos buscam desenvolvimento de novos quimioterápicos para os meduloblastomas através da identificação de genes cuja expressão sejam novos alvos moleculares para drogas, como receptores de membrana associados a replicação celular. Objetivo: Avaliar a associação da expressão de CD114 com a mortalidade de pacientes portadores de meduloblastoma. Metodologia: Foi analisado bancos de dados de consórcio mundial para estudo de meduloblastomas (MAGIC). Esses dados foram analisados quanto a expressão do receptor de membrana CD114 nos diferentes tipos moleculares dos meduloblastomas e sua possível associação com a mortalidade. Resultados: Os resultados evidenciaram diferença na expressão do receptor de membrana CD114 entre o grupo 3 e os demais grupos moleculares, além de diferença entre o subtipo molecular SHH γ e os subtipos moleculares Grupo 3 α e Grupo 3 β. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os demais grupos e subtipos. Em relação a mortalidade, o estudo não demonstrou, através de curva de Kaplan-Meier, significância estatística na relação entre expressões baixas e elevadas desse gene e a mortalidade. Discussão: O meduloblastoma é uma doença heterogênea, com bastante variação genética e de vias de sinalização intracelular entre suas variantes. Isso foi demonstrado na incapacidade do estudo de comprovar padrões de expressão do receptor de membrana CD114 entre os diferentes grupos. Assim como este, outros estudos que buscaram relacionar a expressão de CD114 com mortalidade também não conseguiram demonstrar associação direta. É possível que este gene seja parte de uma via de sinalização celular maior, com eventual associação com recidivas tumorais, já que muitos indícios apontam para a relação desse gene com as células-tronco cancerígenas. Conclusões: Este estudo demonstrou que não há relação direta entre a expressão do receptor de membrana CD114 e a mortalidade em pacientes portadores de meduloblastoma. Entretanto, são necessários estudos adicionais sobre as vias de sinalização intracelulares associadas a esse receptor e ao seu gene, o CSF3R. - DissertaçãoAvaliação do perfil epidemiológico e correlação do Neutrophil-Lymphocyte Ratio (NLR) e do Platelet-Lymphocyte Ratio (PLR) com complicações e sobrevida em um ano de pós-operatório na cirurgia para metástase óssea do esqueleto apendicularTeixeira, Matheus Silva (2023)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: A metástase óssea é a neoplasia maligna mais comum do esqueleto, e a tomada de decisão cirúrgica depende de múltiplos fatores, incluindo as complicações pós-operatórias e a expectativa de vida do paciente. A identificação de novos fatores prognósticos pode orientar os profissionais de saúde na tomada de decisão cirúrgica. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com metástase óssea em ossos longos, a incidência de complicações e taxas de sobrevida pós-operatória. Correlacionar o NLR e PLR com taxas de complicações e sobrevida em 1, 3, 6 meses e 1 ano de pós-operatório. Método: Estudo observacional retrospectivo, com a revisão de 160 prontuários eletrônicos de pacientes submetidos a cirurgia por metástase óssea no esqueleto apendicular durante o período de janeiro de 2010 a dezembro de 2019. Foi traçado o perfil epidemiológico com as seguintes variáveis: idade, gênero, sítio primário, localização da metástase óssea, cirurgia realizada, presença de outras metástases, comorbidade e radioterapia prévia. Foram determinados os valores de NLR e PLR e correlacionados com a sobrevida e com as complicações pós-operatórias. Resultados: A idade média foi 61,5 anos e 64,5% dos pacientes eram do sexo feminino. O sítio primário mais comum foi a mama (62,6%, n=57) e o osso mais acometido foi o fêmur proximal. A taxa de sobrevida média foi de 13,2 meses (0-99,6) e a sobrevida em um ano foi de 34,7% (n=49). A cirurgia de ressecção do tumor com substituição por endoprótese foi o procedimento mais comum. A taxa de complicação pós-cirúrgicas foi de 10% e o tempo médio para a ocorrência de complicações pós-operatórias foi de 27,9 dias (0-140). Foi encontrada a associação da variável neutrófilos com a complicação pós-operatória (p=0,04). A cada 100 unidades a mais de neutrófilos houve um aumento de 1% nas chances de complicações pós-cirúrgicas. Os valores médios do NLR e PLR foram, respectivamente, 5,3 (0,2-30,7) e 199,7 (32,1-676,7). O NLR e PLR não foram um fator de risco para complicação pós-operatória. A partir do 3° mês de pós-operatório, a sobrevida dos pacientes com NLR ≥ 2 (p0.001) diminui de 92,3% para 62,5%, de 69,2% para 41,4% com 6 meses e de 61,5% para 31,3% com 12 meses cirurgia. Os pacientes com PLR ≥ 209 (p0.001) apresentaram uma diminuição na taxa de sobrevida, variando de 69% para 59,3% no 3° mês e de 40,2% para 25,9% com um ano de pós-operatório. Conclusão: Houve uma predominância de pacientes do sexo feminino com tumor de mama. A cirurgia mais frequente foi a ressecção tumoral seguida de reconstrução com endoprótese e a taxa de complicação cirúrgica foi de 10%. A sobrevida em um ano foi de 34,7%. Tanto o NLR quanto o PLR estão associados com uma menor sobrevida em pacientes com MO submetidos ao tratamento cirúrgico, especialmente após 3 meses de pós-operatório. - DissertaçãoNRP1 como potencial alvo mole para MeduloblastomaAraujo, Moisés Augusto de (2023)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: Meduloblastoma (MB) é um tipo de tumor maligno, altamente agressivo e de rápido crescimento que surge no cerebelo ou no assoalho do quarto ventrículo e tronco cerebral, especialmente em crianças. Mesmo com avanços na terapia, a Morbi-Mortalidade permanece um grande desafio. Por isso, novos tratamentos são necessários para reduzir esses desfechos. A neuropilina-1(NRP1), uma proteína transmembrana codificada pelo gene NRP1, que atua como um co-receptor envolvido principalmente na neoangiogênese e progressão tumoral pode representar um potencial alvo molecular prognóstico para o câncer. Em meduloblastoma (MB), NRP1 está associado à promoção da sobrevivência e favorece um fenótipo indiferenciado nas células tumorais. Objetivo: Investigar a relação de niveis transcricionais dos receptores transmembrana - Neuropilina- rm meduloblastomas. Material e Método: Através de análise de amostras em Banco de dados (Datasets) avaliamos o potencial de NRP1 como alvo molecular prognóstico para meduloblastomas, através de análises in silico da expressão de mRNA e sobrevida global nos diferentes grupos moleculares tumorais. Resultados: Níveis de mRNA foram encontrados em todas as amostras (763) sendo o SHH com maiores níveis com relação ao Tipo 3 e Tipo 4. Ainda, baixos níveis transcricionais foram relacionados com menor sobrevida global. Conclusões: Nossos dados sugerem que tumores de MB apresentaram altos níveis de NRP1, porém a baixa expressão está associada a um pior desfecho clínico. - DissertaçãoInfluência dos anestésicos locais na inflamação, neovascularização de deposição de colágenos no processo cicatricial: estudo em ratosCarstens, Márcio Grande (2023)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: A cicatrização de feridas pós-operatórias é uma etapa crucial no processo de recuperação de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos. O uso de anestésicos locais tem sido associado a um melhor controle da dor e a uma recuperação mais rápida após a cirurgia. Além disso, a utilização de anestésicos locais pode ter um impacto na cicatrização das feridas. No entanto, os mecanismos moleculares envolvidos nesses processos ainda não são totalmente compreendidos. Objetivos: Avaliar as diferenças nas medidas das áreas cicatriciais entre os grupos L (Levobupivacaína), R (Ropivacaína) e C (Cloreto de Sódio a 0,9%), bem como as diferenças na inflamação, neovascularização e deposição de colágeno ao quinto dia após as lesões cirúrgicas. Material e Método: Trinta ratos Wistar machos foram divididos em três grupos para avaliar os efeitos da levobupivacaína, ropivacaína e uma solução de controle na cicatrização de feridas. Os animais foram submetidos à anestesia geral, marcados para a administração das soluções, e as áreas marcadas e infiltradas foram subsequentemente excisadas. Estudou-se a área cicatricial, neovascularização e deposição de colágenos. Resultados: Os dados histopatológicos obtidos indicam que, não houve diferenças entre as medidas das áreas cicatriciais entre os grupos estudados. Em relação à neovascularização, não houve diferenças significativas entre os grupos, todos apresentando níveis acentuados. No entanto, o grupo L apresentou inflamação mais intensa que os outros grupos. Quanto à deposição de colágenos, o grupo L demonstrou níveis de quatro a doze vezes mais altos de colágenos tipo I, II e III quando comparados aos grupos C e R. Conclusões: Não se observou diferenças entre os grupos em relação a variação das medidas cicatriciais, inflamação e à neovascularização. Verificou-se diferença estatística significativa na produção de colágenos com intensidade de seis a doze vezes maior de colágenos tipos I, II e III no grupo L.