Ciências Biológicas - TCC - CCBS Higienópolis
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- TCCO profissional biólogo em aeroportos: como gerenciar o risco de fauna e reduzir colisões entre aves e aeronavesAraújo, Bruna de Castro Silva (2022-06)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O gerenciamento do risco de fauna se refere às atividades realizadas por operadores de aeródromos e por profissionais biólogos, numa sequência de etapas, compostas por tarefas variadas e procedimentos técnicos específicos, com base em regulamentos e informações obtidas com a identificação das espécies que colidem com aeronaves em aeroportos. O objetivo primário desta pesquisa foi mostrar o papel do biólogo no gerenciamento do risco de fauna em aeroportos, e secundariamente trabalhar os dados de colisões entre aeronaves e a fauna em aeroportos brasileiros, em especial, sobre o Aeroporto Internacional de Guarulhos. Foi aplicado um questionário para buscar entender sobre as tarefas executadas pelo biólogo, além das suas qualidades, condições da sua atuação e outros aspectos atribuídos ao trabalho nessa área. Em complemento, foram analisados os dados disponíveis pelo Sistema de Gerenciamento do Risco Aviário, que mostrou as aves como principal grupo de animais envolvido nas colisões com aeronaves. As espécies Quero-quero (Vanellus chilensis), Carcará (Caracara plancus), Corujaburaqueira (Athene cunicularia), Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) e Corucão (Chordeiles nacunda) compunham as maiores frequências de colisões entre aves e aeronaves nos aeroportos brasileiros, enquanto que os aeroportos com maiores frequências de colisão com espécies identificadas foram o Presidente Juscelino Kubitschek (Distrito Federal -Brasília, GO), o Deputado Luís Eduardo Magalhães (Salvador, BA), o Afonso Pena (São José dos Pinhais, PR), o Salgado Filho (Porto Alegre, RS) e o Governador André Franco Montoro (Guarulhos, SP). Os aeroportos que apresentaram frequências maiores de colisões foram aqueles que possuíam elevado número de movimentações aéreas e de passageiros em operações comerciais, ao passo que aeródromos privados e militares tinham menos movimentações de aeronaves e possuíam frequências de colisão menores. O aeroporto Governador André Franco Montoro foi escolhido para um exame das características físicas e ambientais que favorecem a atração das principais espécies de aves envolvidas nas colisões nesse local. As espécies Carcará, Queroquero, Urubu-de-cabeça-preta, Andorinha-pequena-de-casa (Pygochelidon cyanoleuca) e Coruja-de-igreja (Tyto furcata) evidenciaram ser espécies que costumam habitar áreas de campo, sendo atraídas pelas pistas de pouso e decolagem do aeroporto, e serem adaptadas para a vida em áreas urbanas. Em conclusão, o biólogo usa conhecimentos sobre os hábitos de vida e os comportamentos das espécies da fauna para distinguir os atrativos localizados no ambiente aeroportuário e direcionar esforços na aplicação de metodologias adequadas, visando minimizar os riscos oferecidos pela fauna às operações aéreas.