Princípios da Cirurgia - Dissertações - Medicina Curitiba
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Navegando Princípios da Cirurgia - Dissertações - Medicina Curitiba por Autor "Buffon, Viviane Aline"
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- DissertaçãoGliomas da ínsula : correlação entre o tipo de abordagem (transilviana x transcortical) com extensão de ressecção, morbidade e sobrevidaBuffon, Viviane Aline (2021)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Os tumores da ínsula são responsáveis por até 25% dos gliomas de baixo grau e 10% dos de alto grau. A ínsula apresenta uma anatomia complexa, incluindo um córtex eloquente e íntimo contato com uma vascularização responsável pelo suprimento arterial para o sistema motor e de linguagem. A escolha de corredores transsilviano ou transcortical para ressecção de gliomas insulares permanece controversa, e as principais preocupações são a lesão vascular durante a dissecção transilviana e o comprometimento funcional no acesso transcortical. O objetivo deste estudo é comparar se há diferença entre a extensão da ressecção da lesão, a morbidade pós operatória ou sobrevida entre as duas abordagens. Pacientes e Método: Foram avaliados 55 pacientes submetidos à ressecção de gliomas insulares e extraídos os dados referentes ao sexo, idade na data do procedimento cirúrgico, presença de epilepsia refratária no pré-operatório, lado da lesão, o volume da lesão em cm3 , calculados a partir da RM encefálica pré-operatória, classificação dos tumores insulares, a técnica cirúrgica utilizada, monitorização intraoperatória, grau histológico obtido através do exame anatomopatológico, extensão da ressecção cirúrgica no pós operatório, exame neurológico no pré-operatório, pós-operatório tardio, avaliado em 6 meses, além do seguimento evolutivo até dezembro de 2020. Resultados: Foram analisados dados de 55 pacientes com gliomas insulares de baixo ou alto grau. Trinta e um pacientes (56,4%) foram submetidos a abordagem transilviana, e 28 pacientes (43,6%) a abordagem transcortical. A extensão da ressecção (EOR) > 90% foi de 61,3% no grupo transsilviano e 45,8% no grupo transcortical (p = 0,385). A avaliação pós-operatória tardia para os 2 grupos foi semelhantes. No geral, 8 pacientes (25,8%) no grupo transsilviano e 5 pacientes (20,8%) no grupo transcortical apresentou déficit neurológico persistente no pós- operatório tardio. A sobrevida em 24 meses é de 81,3% no grupo transcortical e 92% no transcortical. Conclusões: A abordagem transilviana e transcortical não apresentam diferença significativa em relação ao grau de ressecção (P=0,385), na sobrevida (P=0,204) e na presença de déficit no pós operatório tardio.