Gliomas da ínsula : correlação entre o tipo de abordagem (transilviana x transcortical) com extensão de ressecção, morbidade e sobrevida
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2021
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Buffon, Viviane Aline
Orientador
Isolan, Gustavo Rassier
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Ribas Filho, Jurandir Marcondes Ribas
Giovanini, Allan Fernando Giovanini
Dobrowolski, Samuel
Giovanini, Allan Fernando Giovanini
Dobrowolski, Samuel
Programa
Princípios da Cirurgia
Resumo
Os tumores da ínsula são responsáveis por até 25% dos gliomas de baixo
grau e 10% dos de alto grau. A ínsula apresenta uma anatomia complexa, incluindo
um córtex eloquente e íntimo contato com uma vascularização responsável pelo
suprimento arterial para o sistema motor e de linguagem. A escolha de corredores
transsilviano ou transcortical para ressecção de gliomas insulares permanece
controversa, e as principais preocupações são a lesão vascular durante a dissecção
transilviana e o comprometimento funcional no acesso transcortical. O objetivo deste
estudo é comparar se há diferença entre a extensão da ressecção da lesão, a
morbidade pós operatória ou sobrevida entre as duas abordagens. Pacientes e
Método: Foram avaliados 55 pacientes submetidos à ressecção de gliomas insulares
e extraídos os dados referentes ao sexo, idade na data do procedimento cirúrgico,
presença de epilepsia refratária no pré-operatório, lado da lesão, o volume da lesão
em cm3
, calculados a partir da RM encefálica pré-operatória, classificação dos tumores
insulares, a técnica cirúrgica utilizada, monitorização intraoperatória, grau histológico
obtido através do exame anatomopatológico, extensão da ressecção cirúrgica no pós operatório, exame neurológico no pré-operatório, pós-operatório tardio, avaliado em 6
meses, além do seguimento evolutivo até dezembro de 2020. Resultados: Foram
analisados dados de 55 pacientes com gliomas insulares de baixo ou alto grau. Trinta
e um pacientes (56,4%) foram submetidos a abordagem transilviana, e 28 pacientes
(43,6%) a abordagem transcortical. A extensão da ressecção (EOR) > 90% foi de
61,3% no grupo transsilviano e 45,8% no grupo transcortical (p = 0,385). A avaliação
pós-operatória tardia para os 2 grupos foi semelhantes. No geral, 8 pacientes (25,8%)
no grupo transsilviano e 5 pacientes (20,8%) no grupo transcortical apresentou déficit
neurológico persistente no pós- operatório tardio. A sobrevida em 24 meses é de
81,3% no grupo transcortical e 92% no transcortical. Conclusões: A abordagem
transilviana e transcortical não apresentam diferença significativa em relação ao grau
de ressecção (P=0,385), na sobrevida (P=0,204) e na presença de déficit no pós operatório tardio.
Descrição
Palavras-chave
glioma , córtex cerebral , veias cerebrais , mapeamento cerebral