Perfil epidemiológico da mulher vítima de violência sexual atendida em um hospital de referência

dc.contributor.advisorBecker, Ermelino Franco
dc.contributor.authorFigueiredo, Mariana Caetano
dc.contributor.authorTobias, Mirella Junqueira
dc.date.accessioned2023-05-29T22:50:33Z
dc.date.available2023-05-29T22:50:33Z
dc.date.issued2022
dc.description.abstractIntrodução: A violência sexual é um grave problema de saúde pública, pois fere a vítima de forma física e psicológica demandando uma equipe multidisciplinar para o atendimento, gerando alto custo para o sistema de saúde. Conhecer o perfil epidemiológico das vítimas é essencial para traçar medidas para prevenir ocorrências e amparar as que foram violentadas. Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico das mulheres vítimas de violência sexual, bem como as circunstâncias do ato, o tipo de violência sofrida e os procedimentos realizados pela equipe médica. Métodos: Estudo retrospectivo analítico desenvolvido a partir da avaliação de fichas de notificação individual de violência interpessoal/autoprovocada de pacientes vítimas de violência sexual atendidas no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (Curitiba-PR), entre os anos de 2016 e 2019, incluindo mulheres acima de 12 anos e não portadoras de deficiências intelectuais. Resultados: Das 244 fichas avaliadas, 60,25% das vítimas estavam na faixa etária de 12 a 20 anos, 3,69% gestantes, 63,87% de cor branca, quanto a escolaridade, 40,87% estavam em nível de ensino fundamental incompleto, 77,97% declaravam-se solteiras, com 9,28% de vítimas com alguma deficiência, sendo o transtorno mental isolado em 40,91% destas. A imensa maioria dos casos (99,58%) ocorreu no Paraná, sendo Curitiba em 57,79%. Os períodos do dia em que mais ocorreu a violência foram madrugada e noite (57,37%), existindo uma relação significativa (p=0,0007) quanto ao horário da ocorrência em vítimas mais novas, mais violentadas no período da tarde e noturno, e das adultas, mais violentadas no período noturno e madrugada. Residência foi o local de acontecimento em 50,43% dos casos. A recorrência da agressão foi relatada em 23.42% dos casos, com relação significativa (p=0,00001) com a violência familiar. A força corporal/espancamento ocorreu em 51,83% das ocorrências. A violência extrafamiliar predominou, com 82,16% e o estupro isolado foi o mais recorrente, em 62,11% dos relatos. Adentrando no atendimento médico, 92,50% das vítimas foram atendidas em até 72 horas após a agressão e foram submetidas a coleta de sangue (81,97%) e sêmen (44,67%), receberam profilaxia para IST (74,59%), HIV (73,36%) e hepatite B (72,95%) e tiveram contracepção de emergência (65,98%), o aborto foi realizado em 2,05% dos casos, nenhum dos procedimentos médicos teve diferença significativa em relação a idade da paciente. As lesões mais encontradas foram contusão (29,27%) e corte/perfuração/laceração (28,05%), com órgãos sexuais os mais atingidos (67,42%). O autor da agressão na maioria das vezes foi único (73,76%), do sexo masculino (94,69%), com idade entre 25 e 59 anos (65,5%) e desconhecidos as vítimas (47,26%), houve uma relação significativa (p=00001) de vítimas menores de 16 anos e agressão por familiares. Conclusão: Predomina-se vítimas jovens, de cor branca, com baixa escolaridade e solteiras. Sobressai agressões ocorridas em residência, entre 18 e 6 horas. Força corporal/espancamento foi mais utilizado, com agressor único, do sexo masculino, adultos, desconhecidos as vítimas. O estupro foi o mais relatado. Os procedimentos profiláticos e periciais foram realizados em mais da metade dos casos, exceto a coleta de sêmen. O aborto foi realizado em 55,55% das vítimas em que foi constatado gravidez.pt_BR
dc.identifier.urihttps://dspace.mackenzie.br/handle/10899/32779
dc.publisherUniversidade Presbiteriana Mackenziept_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectsaúde da mulherpt_BR
dc.subjectviolência sexualpt_BR
dc.subjectperfil epidemiológicopt_BR
dc.titlePerfil epidemiológico da mulher vítima de violência sexual atendida em um hospital de referênciapt_BR
dc.typeTCCpt_BR
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