O impacto de lugares verdes (lv) na percepção do conforto humano e no bem-estar autorreferido frente à pandemia de covid-19
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Tipo
Tese
Data de publicação
2022-06-03
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Celuppi, Maria Cristina
Orientador
Meirelles, Celia Regina Moretti
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Pisani, Maria Augusta Justi
Bruna, Gilda Collet
Degreas, Helena Napoleon
Tejas, Graziela Tosini
Bruna, Gilda Collet
Degreas, Helena Napoleon
Tejas, Graziela Tosini
Programa
Arquitetura e Urbanismo
Resumo
A literatura apresenta uma vasta discussão sobre os efeitos benéficos e positivos das
experiências humanas em lugares verdes (LV) tanto à saúde física quanto mental, contudo,
a pandemia de Covid-19 impôs um longo período de isolamento social com o objetivo de
controlar a disseminação do vírus e levou a um aumento de situações estressantes não só de
profissionais que atuam diretamente na linha de frente de combate ao vírus, como na
população em geral. Com base nisso, a presente pesquisa tem por objetivo avaliar o impacto
de LVs e sua influência na percepção humana do conforto, assim como no bem-estar
autorreferido frente à pandemia de Covid-19. A pesquisa se deu em caráter indutivo-
exploratório e conta com uma pesquisa bibliográfica (narrativa e sistemática) e estudos de
caso conduzidos nas cidades de São Paulo, SP, e Porto Velho, RO, com coleta de dados
primários. Os dados foram analisados qualitativa e quantitativamente e serviram de suporte
para uma discussão inédita sobre percepção humana, vegetação e Covid-19. Os resultados
mostram que a maneira como as pessoas se sentem é impactada pela disponibilidade de
vegetação nas cidades e que, quanto maior é a disponibilidade de vegetação intraurbana,
maior é a percepção de benefícios obtidos com as vivências em LVs. Verificou-se que o
isolamento social durante o período de investigação fez com que a população paulistana
diminuísse as vivências em LVs, o que por sua vez impactou no bem-estar autorreferido. Em
São Paulo, evidenciaram-se diferenças quando se agrupou a amostra por grupos
demográficos, em que um melhor estado geral de saúde mental foi observado para homens,
pessoas de meia-idade e idosos, assim como pessoas com escolaridade em nível de pós-
graduação; já em Porto Velho, isso foi verificado somente para pessoas de meia-idade e
idosos. Quando se analisaram diferenças entre as duas cidades, foi possível verificar que a
amostra populacional de Porto Velho apresentou maior probabilidade de discordar que LVs
contribuem para a restauração humana e, de acordo com as análises da distribuição de
vegetação entre ambas as cidades, esse resultado parece estar associado à falta de
vegetação intraurbana em Porto Velho. Além disso, evidenciou-se a importância de as cidades
oferecerem LVs de qualidade e que representem locais seguros para que a população possa
experenciar todos os benefícios à saúde proporcionados por ambientes vegetados. Por fim, a
presente pesquisa fornece subsídios importantes ao poder público, arquitetos, urbanistas e
planejadores no desenvolvimento de cidades voltadas ao bem-estar humano, capazes de
atuarem como meio ativo na qualidade de vida.
Descrição
Palavras-chave
percepção humana , vegetação , enfrentamento à pandemia