Impacto do período da pandemia covid-19 na prática de atividades físicas e no comportamento das crianças em idade escolar
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Tipo
Tese
Data de publicação
2022-08-10
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Amorim, Ana Rita Avelino
Orientador
Blascovi-Assis, Silvana Maria
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Ronê, Paiano
Seabra, Alessandra Gotuzo
Rocha, Marina Monzani da
Pozzi, Denise Campos
Seabra, Alessandra Gotuzo
Rocha, Marina Monzani da
Pozzi, Denise Campos
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em pronunciamento oficial, classificou a COVID-19 como pandemia e em decorrência desse evento, a sociedade como um todo foi severamente afetada. Em particular, as crianças foram privadas do contato social, em escolas, parques, clubes, academias ou outras instituições e tiveram uma forte restrição de atividades motoras. Diante desse quadro, esse estudo teve como objetivo investigar o impacto do período de isolamento social, durante a pandemia COVID-19, nas práticas de atividades físicas e no comportamento de crianças, incluindo a validação de conteúdo de um questionário adaptado de atividades físicas e comportamento sedentário. A amostra foi composta por 68 pais e ou responsáveis por crianças com idades entre 6 e 11 anos, sendo 39 meninas e 29 meninos, destas 40 regularmente matriculadas na rede pública e 28 na rede privada do Ensino Fundamental I, de municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Os instrumentos utilizados foram o Questionário de Identificação, Questionário Socioeconômico da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa para o Brasil (ABEP), Breve Monitor de Problemas – Formulário para pais de crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos (BPM-P) e Questionário adaptado de Atividades Físicas e Comportamento Sedentário (QAFCS). A adaptação do QAFCS obteve índice de validade de conteúdo de 0,931. Os questionários foram encaminhados por aplicativo de mensagens ou por e-mail e respondidos no período de dezembro de 2021 a março de 2022. Os resultados indicaram que os impactos da pandemia foram percebidos pelos responsáveis na diminuição da prática de atividades físicas (média de 3,56 para 2,56 dias/semana), no aumento do sedentarismo (média de 5,1 para 9,8 horas/dia de tela e atividades sedentárias), observando se um incremento no tempo de uso de telas como recurso de interação entre criança-escola e de lazer, com ganho médio de peso de 5,4 quilos em um ano. O nível socioeconômico apresentou uma associação positiva antes da pandemia com a maior frequência de esporte individual (rs=0,468; p=0,001). Não foram apresentadas correlações entre problemas de comportamento e a prática de atividade física. Houve associação positiva entre problemas internalizantes e comportamento sedentário durante a semana (rs=0,263, p=0,030) e nos finais de semana (rs=0,342, p=0,004). As conclusões apontam que houve diminuição da prática de atividades físicas, aumento do sedentarismo e alterações de peso no período da pandemia, reforçando-se assim a recomendação de incentivo à prática e vivência psicomotora na infância. Além disso, os familiares e educadores devem estar atentos à associação observada entre comportamento sedentário e problemas internalizantes. Novos estudos são necessários para que se avalie os impactos da pandemia a longo prazo.
Descrição
Palavras-chave
atividade motora , comportamento sedentário , comportamento infantil , atenção