Atividade física voluntária reverte estereotipia e prejuízos sociais em modelo animal de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)

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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2023-05-11
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Gonçalves , Fernando de Souza Amaral Guariento
Orientador
Ribeiro , Miriam Oliveira
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Camargo, Esther Lopes Ricci Adari
Bernardi, Maria Martha
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
O transtorno do espectro do autismo (TEA) é transtorno heterogêneo que tem como principais características prejuízos na comunicação e interação social e padrões repetitivos de interesses e atividades. Apesar das causas desconhecidas existem indícios de fatores genéticos e interferências ambientais para o quadro de TEA. Estudos em seres humanos e em modelos animais sugerem que a atividade física melhora os prejuízos na interação social exibida pelos indivíduos com TEA. Buscando alternativas terapêuticas para o TEA, esse estudo investigou se a atividade física voluntária (AFV) pode reduzir os prejuízos na interação social em modelo animal para TEA, resultante de exposição pré-natal a uma endotoxina bacteriana, o lipopolissacarídeo (LPS). LPS é uma molécula abundante na membrana externa das bactérias gram-negativas e que, em concentrações relativamente baixas, é um imunomodulador ativo que mimetiza uma infecção bacteriana. A administração do LPS no dia 9,5 gestacional causa alterações comportamentais compatíveis com um modelo animal para o TEA. Para testar a nossa hipótese, tratamos ratas gestantes com LPS (100µg/kg i.p.) no dia 9,5 de gestação. As proles dessas ratas foram submetidas ao protocolo de atividade física voluntária aos 30 dias de vida por meio da exposição permanente à roda de atividade física por 4 semanas. Animais nascidos de mães que receberam injeção de salina também no dia 9,5 de gestação foram estudados como grupo controle. Após o protocolo experimental de atividade física voluntária, os animais foram submetidos ao teste comportamental de interação social em três câmaras para a avaliação dos comportamentos repetitivos e determinação da sociabiliade. A atividade física reduziu o comportamento repetitivo e melhorou a interação social no modelo de TEA utilizado no presente estudo, sugerindo que a atividade física voluntária pode ser uma estratégia terapêutica para os sintomas do TEA observados em crianças e adultos.
Descrição
Palavras-chave
sociabilidade , estereotipia , LPS , locomoção
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