Mackenzie e Gammon: trajetórias de transição (1952-1964)

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Tipo
Tese
Data de publicação
2022-08-10
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Rezende, Lucas Pereira
Orientador
Mendes, Marcel
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Souza Neto, João Clemente de
Meira, José Normando Gonçalves
Bitun, Ricardo
Costa, Hermister Maia Pereira da
Programa
Educação, Arte e História da Cultura
Resumo
Estabelecidos no Brasil nos anos de 1869 e 1870, respectivamente, o Instituto Presbiteriano Gammon na cidade mineira de Lavras, e o Instituto Presbiteriano Mackenzie na capital de São Paulo, representam, cada um em seu contexto específico, parte substancial do legado educacional presbiteriano no país. Por serem instituições fundadas por missões americanas em um mesmo período histórico e envolvendo valores, práticas administrativas e pedagógicas, e ainda personagens em comum, naturalmente se posicionam dentro de um campo de interação, que inclui em sua conformação, distintas trajetórias de transição relacionadas a estas instituições. Caracterizadas por movimentos decisivos, similares, e simultâneos de nacionalização e federalização, as trajetórias são apresentadas neste trabalho através de narrativas históricas paralelas, construídas a partir de conceitos básicos oriundos da concepção estrutural de cultura, concebida pelo sociólogo e professor da Universidade de Cambridge, John B. Thompson. Ligada à concepção estrutural de cultura, a “Hermenêutica de Profundidade” (HP), foi adotada como alternativa metodológica, tendo seus conceitos referenciais adaptados aos objetivos deste trabalho, configurando três momentos analíticos distintos e complementares dentro de um único “arco hermenêutico”. O primeiro momento foi fixado pelos objetivos gerais da pesquisa e se efetivou pela produção de narrativas históricas crítico-interpretativas relacionadas às trajetórias de transição das instituições na circunscrição do período de 1952 a 1964. Para esse propósito foram desenvolvidas interpretação de discursos que a partir da concepção estrutural de cultura são tratados como “formas simbólicas”, cujas análises são desenvolvidas em consideração aos contextos quotidianos de produção, construção e recepção, tendo sido acessadas pela utilização de cerca de 150 fontes históricas, incluindo documentos como atas e relatórios, discursos impressos, publicações de jornais e revistas, correspondências, arquivos audiovisuais, e pesquisas anteriormente empreendidas. O segundo momento analítico se estabeleceu em função dos objetivos específicos da pesquisa, e consistiu na identificação das assimetrias na estrutura social do campo de interação, tarefa viabilizada pela aplicação da pesquisa sócio-histórica em seus diferentes aspectos analíticos constitutivos: situação espaçotemporal, campo de interação, instituições sociais, e estrutura social, conceitos que foram adaptados por John B. Thompson a partir das contribuições do sociólogo francês Pierre Bourdieu. Com base nestes momentos distintos da pesquisa, tem-se o terceiro momento analítico, que oferece uma interpretação/reinterpretação do paralelo histórico entre as diferentes trajetórias das instituições, estruturada a partir das narrativas históricas crítico-interpretativas e pela pesquisa sócio-histórica, e que identifica e descreve as diferenças nas trajetórias institucionais a partir das assimetrias da estrutura social, consistindo em um espaço prévio de conclusões que são advindas do esforço investigativo empreendido. Em breves considerações finais, são apresentadas algumas implicações dos resultados alcançados no decorrer dos momentos analíticos distintos
Descrição
Palavras-chave
educação presbiteriana , Mackenzie , Gammon , nacionalização , federalização
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