Resiliência em mães de escolares com transtorno do espectro autista: estudo de uma amostra

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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2021-08-19
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Almeida, Sylvia Regina Oguchi de
Orientador
Brunoni, Decio
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Teixeira, Maria Cristina Triguero Veloz
Trevisan, Bruna Tonietti
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
A maioria dos indivíduos com Transtorno do Espectro Autista não apresenta uma causa etiológica definida. Nessa situação a origem do transtorno é chamada de multifatorial ou herança complexa. Esse modelo pressupõe uma arquitetura genômica vulnerável e fatores ambientais perinatais associados. Entre os últimos a literatura internacional tem apontado o estresse materno como um possível fator coadjuvante. A base biológica seria a produção inadequada do cortisol diante de eventos estressantes. Pesquisas anteriores do nosso grupo do Laboratório TEA-MACK evidenciaram que mães de crianças com autismo apresentavam níveis de cortisol salivar mais estáveis e dentro da faixa da normalidade do que mães controle. Levantou-se a hipótese, que norteia essa pesquisa, de que as mães caso desenvolveriam mecanismos de resiliência mais efetivos para lidar com o quadro de autismo dos filhos. Assim o objetivo deste trabalho foi o de verificar indicadores de estresse, resiliência, sentimentos de raiva, sintomas internalizantes e externalizantes em um grupo de mães de escolares com autismo matriculados na rede municipal de ensino da cidade de Embu das Artes, São Paulo, em fevereiro de 2020. A hipótese da investigação foi a de que a resposta das mães aos indicadores citados, dependem de variáveis relacionadas ao quadro clínico dos filhos, como severidade dos sintomas, comorbidades e anos de diagnóstico. Foram entrevistadas por telefone 46 mães das quais se tinha informação prévia sobre o perfil clínico dos filhos de acordo com caracterização do DSM-5. Foram aplicados os seguintes instrumentos: Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos (ISSL); Inventário de Autoavaliação para Adultos entre 18 e 59 anos (ASR); Escala de Resiliência e Inventário de Expressão de Raiva Estado -Traço (Staxi 2). Por provável característica da amostra investigada, a variável idade materna é a que apresenta maior correlação com indicadores da severidade do quadro clínico dos filhos. Por outro lado, foi possível concluir que quanto maior a idade materna, maior será a resiliência e menores serão os indicadores de estresse, raiva e outras condições englobadas em sintomas internalizantes e externalizantes da mãe.
Descrição
Palavras-chave
autismo , cuidadoras , estresse , resiliência
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