Estudo comparativo de brasileiros quilombolas e não quilombolas em suas necessidades básicas sociais e bem-estar

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Tipo
Tese
Data de publicação
2022-05-13
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Sarmento, Janne Eyre Araújo de Melo
Orientador
Boggio, Paulo Sérgio
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Macedo, Elizeu Coutinho de
Dekaney, Elisa Macedo
Assis, Silvana Maria Blascovi
Brum, Evanisa Helena Maio de
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
A população quilombola ao logo dos tempos vem em suas lutas e conquistas se destacando como objeto de estudo em diferentes áreas do conhecimento. Entender como essas comunidades se enchergam enquanto cidadãos brasileiros no mundo é de grande relevância para se compreender o comportamento quilombola no nordeste brasleiro. Portanto, este trabalho objetivou investigar os indicadores de bem-estar em comunidades quilombolas e não quilombolas brasileiras. Para tanto foi realizado um estudo comparativo com brasileiros quilombolas e não quilombolas. Para os participantes da pesquisa denominados de brasileiros não quilombolas (GNQ), a pesquisa foi realizada por uma empresa que selecionou os participantes aleatoriamente e que responderam o questionário on line. Para os participantes da pesquisa que são quilombolas (GQ), devido às normas culturais dessas comunidades primeiramente foi feito contato com cada uma das quatro comunidades quilombolas, duas do Estado de Alagoas (Santa Luzia do Norte e Muquém) e duas do Estado de Sergipe (Patioba e Mocambo), via telefone e pelo aplicativo Whatsapp, em seguida marcamos um encontro presencial in loco com cada uma das lideranças, dentro do tempo e datas disponibilizadas pelas mesmas. A análise estatística foi feita, então, com 1000 participantes entre 18 e 62 anos (Média [M] =37,1 anos; Desvio Padrão [DP] = 11,9 anos), para o grupo dos brasileiros não-quilombolas, para os brasileiros quilombolas (M = 34,2 anos; DP = 10,7 anos. Apesar de ser um efeito pequeno, o GNQ apresentou média de idade maior que o grupo GQ (t1001 = 2,97, p = 0.003, d = 0.25). A partir desse contexto foram encontrados os seguintes resultados: O bem-estar é significativamente menor no GNQ que apresentou M = 6,00; DP = 2,42 em comparação ao GQ que apresentou M = 7,16; DP = 2,28. A autoestima foi significativamente menor no GNQ que apresentou a M = 6,79; DP= 2,54 em comparação ao GQ que apresentou a M = 7,23; DP= 2,49. O pertencimento foi significativamente maior para o GNQ que apresentou a = 7,28; DP = 1,90 em comparação ao GQ que apresentou M = 6,83; DP = 1,84, não foram observadas diferenças significativas no otimismo entre o GNQ que apresentou a M = 7,68; DP = 2,14 e o GQ que apresentou M = 7,99; DP = 1,91. O autocontrole foi significativamente menor para o GNQ apresentou M = 6,49; DP= 1,80 e o GQ que apresentou M = 6,86; DP = 1,64. Em seguida foi realizada uma análise de regressão linear que buscou verificar quais são os principais preditores de bem-estar. Foram consideradas como variáveis dependentes o bem-estar e como preditores as variáveis grupo (GNQ e GQ), pertencimento, autoestima, autocontrole e otimismo. A análise de regressão foi por passos e os modelos de cada passo foram comparados. Assim foi observado nesses modelos até a inclusão de pertencimento mostraram-se significativos, isto é, a inclusão de grupo, otimismo, autoestima e pertencimento representaram o melhor modelo para explicar o bem-estar em comunidades quilombolas do nordeste brasileiro
Descrição
Palavras-chave
estudo , comunidade , bem-estar , quilombolas
Assuntos Scopus
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