Campos de experiência : o processo de implementação do arranjo curricular proposto pela BNCC para a educação infantil
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2023-08-14
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Ladeia, Dislene Mercia Oliveira Sousa
Orientador
Vieira, Marili Moreira da Silva
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Andrade, Maria de Fátima Ramos de
Freitas, Marilce Ivama de
Freitas, Marilce Ivama de
Programa
Educação, Arte e História da Cultura
Resumo
Diante do cenário educacional brasileiro, em que houve a homologação de uma Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil, em dezembro de 2017, e a determinação do início de 2020 como o prazo final para adequação dos currículos das instituições, defini como propósito pessoal buscar a compreensão do processo de implementação do currículo organizado por campos de experiência nas escolas que atendem a crianças de 4 a 5 anos. Recorri, assim, à pesquisa bibliográfica e à realização de entrevistas com três coordenadoras pedagógicas da rede pública de ensino com intuito de responder à questão: Como os coordenadores pedagógicos da Educação Infantil percebem o processo de implementação da BNCC em suas unidades escolares? Para melhor compreensão do tema, busquei referencial teórico pautado nos documentos do Ministério da Educação que se referem à Educação Infantil e registram o percurso de construção da identidade dessa modalidade de ensino, como a Lei de Diretrizes e Base (Lei 9394/1996), Referenciais Curriculares Nacionais para Educação Infantil (1998), Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (1999, 2009), Base Nacional Comum Curricular (2017), entre outros, e autores, como Sonia Kramer (2011, 2013), Monique Deheinzelin (1994, 2018), Júlia Oliveira-Formosinho (2007), Tizuko Kishimoto (2007), Zilma Oliveira (2000, 2010, 2012, 2018), Maria Carmem Barbosa (2006, 2008, 2009) e Paulo Fochi (2017). Concluí que a modificação do arranjo curricular é muito mais profunda do que a alteração burocrática do documento, por envolver mudanças que rejeitam a proposta de antecipação da escolarização, assim como refutam a crença de que a criança aprende espontaneamente o que precisa nessa faixa etária. Ideias que, embora divergentes, estão latentes nas práticas pedagógicas desse segmento. O descompasso entre o vivido no interior da escola e o que está escrito nos documentos oficiais se faz presente, assim como a divergência de concepções que faz com que alguns professores consigam desenvolver práticas que consideram os princípios do trabalho por campos de experiência, enquanto outros, não. Nesse contexto, a formação continuada em serviço promove avanços quando favorece a postura ativa e investigativa dos professores refletindo sobre as práticas pedagógicas à luz de teorias. Fica evidente a necessidade de discussão, reflexão e avanço em relação às concepções de criança, professor, escola e aprendizagem que determinam o fazer docente. No entanto, para a implementação efetiva, há necessidade de engajamento do poder público e das universidades uma vez que, para além do que é formação em serviço, há barreiras estruturais em relação ao número de crianças por turma, rotinas escolares, formação inicial e continuada, carência de espaços e materiais e insuficiência de funcionários, o que inevitavelmente interfere nesse processo.
Descrição
Palavras-chave
base nacional comum curricular , currículo na educação infantil , campos de experiência