Correlação entre a estenose carotídea e a redução volumétrica encefálica em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico agudo
Tipo
TCC
Data de publicação
2023-06-15
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Alberti, Júlia Maria
Farah, Ricardo Martins Oliveira
Farah, Ricardo Martins Oliveira
Orientador
Bark, Samir Ale
Título da Revista
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Programa
Resumo
A estenose carotídea pode levar a um ataque isquêmico transitório ou acidente vascular cerebral. É comum na população de meia-idade e tem como fatores de risco hipertensão e hiperlipidemia. A aterosclerose carotídea tem relevante impacto na regulação do fluxo sanguíneo cerebral, pela hipoperfusão crônica, microembolização e comprometimento da reatividade cerebrovascular. A redução de volume cerebral parece ampliar a partir de fatores de risco, como a idade, a hemoglobina glicada, o diabetes melitus tipo 2 e a hipertensão. Objetivos: Correlacionar a presença de estenose carotídea e a redução volumétrica encefálica em pacientes acometidos com AVC isquêmico agudo. Metodologia: Análise transversal de pacientes admitidos por primeiro AVC isquêmico durante o ano de 2022. Realização de análise do laudo de ecodoppler das artérias carótidas e definição da estenose carotídea pelos critérios de NASCET em estenose leve (≥20%) à oclusão total (100%), com posterior avaliação do prontuário individual e da ressonância magnética cerebral e/ou tomografia computadorizada com avaliações visuais de atrofia cerebral e hiperintensidades de substância branca, quantificadas de acordo com as escalas de classificação visual de Fazekas, Atrofia Temporal Medial de Scheltens (MTA) e Atrofia Cortical Global (ACG) para avaliar o grau de atrofia cerebral. Resultado: Dos 143 pacientes portadores de estenose de carótidas, 92,31% apresentaram redução encefálica volumétrica quando avaliados pela escala Fazekas, 80,42% pela escala ACG e 97,20% pela escala MTA. Pelo teste não paramétrico qui-quadrado a escala ACG apresentou resultado inferior às escalas Fazekas e MTA ao avaliar a presença ou não de redução encefálica volumétrica em pacientes com estenose carotídea superior ou igual ao grau 2 de NASCET. Conclusão: A estenose carotídea está associada a redução encefálica volumétrica quando avaliada pelas escalas visuais Fazekas, ACG e MTA e, a utilização da escala ACG foi significativamente inferior às duas outras escalas na detecção de redução do parênquima. A escala Fazekas possui precisão ampliada na detecção de redução parenquimatosa na faixa etária acima de 70 anos.
Descrição
Palavras-chave
estenose das carótidas , fluxo sanguíneo cerebral , substância branca