O olho do dono engorda o gado? Controle familiar, controle e administração dos fundadores e o desempenho financeiro das companhias abertas brasileiras
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2010-02-10
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Fernandes Junior, Matheus
Orientador
Barros, Lucas Ayres Barreira de Campos
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Nakamura, Wilson Toshiro
Silveira, Alexandre Di Miceli da
Silveira, Alexandre Di Miceli da
Programa
Administração de Empresas
Resumo
As estruturas de controle e administração familiares são apontadas, por um lado, como eficientes e benéficas ao desempenho das empresas pelo seu potencial de redução de conflitos entre acionistas e administradores, menor miopia administrativa, reduzida assimetria de informação e possível influência social e política das famílias, entre outros fatores. Por outro, são apontadas como estruturas prejudiciais ao desempenho, por serem fonte de conflitos entre os acionistas majoritários e minoritários, estarem sujeitas ao nepotismo e particularismo, pela inibição de takeovers, por estenderem os conflitos familiares à empresa e assim por diante. As conclusões sobre a correlação (positiva, negativa ou inexistente) destes fatores com o desempenho das empresas seguem dúbias. Este trabalho investigou esta questão, trazendo duas contribuições principais: o estudo da relação entre controle familiar ou individual, famílias fundadoras e administração do fundador no contexto nacional e o uso de um índice específico para a medida da governança corporativa como variável de controle, o qual usualmente é tratado pela literatura estrangeira através de proxies. Na análise empírica foi investigado o desempenho das 230 empresas mais líquidas listadas na BM&FBOVESPA, nos anos de 2006, 2007 e 2008 frente ao controle familiar, ao controle da família fundadora da
empresa e ao fato do cargo de CEO ser ocupado pela pessoa que fundou a firma, comparandoas aos grupos de controle não familiares ou não geridos pelo fundador. Modelos econométricos indicaram que, sob o ponto de vista de mercado, não há evidências claras de diferenças de desempenho entre empresas cujo controle é familiar ou individual e das famílias fundadoras e as empresas em geral. Já as empresas administradas pelo fundador (CEO fundador) apresentaram desempenho de mercado (Valor de Mercado sobre o Valor Contábil e Q de Tobin) superior às demais. Por outro lado, o desempenho operacional, medido por critérios contábeis, foi menor para o controle familiar, da família fundadora e para a administração do CEO fundador, comparado às empresas em geral. Os resultados referentes
ao desempenho operacional diferem dos obtidos em estudos realizados nos Estados Unidos e Europa Ocidental que apontam relações positivas entre o desempenho de mercado e operacional - e o controle e administração familiares.
Descrição
Palavras-chave
controle familiar , desempenho financeiro , CEO fundador , family control , financial performance , founder CEO