Do diário de bordo ao livro-objeto: proposições pedagógicas para a experiência na educação infantil
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2022-02-08
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Batista, Paulo Roberto Cosme
Orientador
Rizolli, Marcos
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Silveira, Isabel Orestes
Duarte, Keller Regina Viotto
Duarte, Keller Regina Viotto
Programa
Educação, Arte e História da Cultura
Resumo
A presente pesquisa teve como finalidade estudar a hipótese da criação de um livro-objeto em um formato cartográfico a partir das atividades realizadas por alunos da educação infantil de uma escola da rede pública localizada na Grande São Paulo, valorizando as experiências artísticas vividas pelos alunos e que foram sendo registradas em um diário de bordo, instrumento exclusivo do professor da turma e autor desta dissertação. As atividades que utilizamos para confeccionar nossos livros-objetos foram realizadas em um dia especifico da semana. Os alunos, além de produzirem as atividades propostas pelo professor, tiveram contato com as biografias de alguns artistas e suas obras (livros de artista e livros-objetos). A finalidade de apresentar tais produções foi preparar os estudantes e trazer esclarecimentos na construção de seus próprios livros-objetos, levando-os a experienciar o ato do fazer criativo e participativo, assumirem-se como protagonistas nessa etapa de suas vidas e produzirem cultura. Assim como o professor que em suas práticas pedagógicas utiliza o diário de bordo como instrumento de avaliação e reflexão, os artistas utilizam suas anotações (atualmente conhecido como caderno de artista) para registrar seus processos de criação para que, no futuro, possam revisitar e refletir sobre suas ideias. Desta forma, a pesquisa destacará significativos educadores cujas obras tornam as Artes protagonistas do processo pedagógico. Teixeira e Westbrook (2010) apresentam a teoria do pedagogo John Dewey, que defende a premissa da experiência de aprendizagem depender da organização do meio com estímulos e materiais adequados para que os interesses e forças da criança entrem em operação; para ele, a educação se dá pela reação do aluno a este ambiente, numa vivência que modifica a esses dois polos. Já os arte-educadores Barbosa e Cunha (2010) fortalecem a ideia do ensino por meio da arte, conhecida como Abordagem Triangular, sustentada em três pilares: conhecer a história, o próprio fazer artístico e saber apreciar uma obra de arte. Reafirmando a potência das Artes nos processos pedagógicos, apoiaremos nosso estudo em Hernández (2017) que propõe ao professor deixar o papel de mero transmissor de conhecimento para atuar como pesquisador junto com seus alunos; nessa perspectiva, o discente torna-se o centro de todo processo de ensino. Além disso, temos Schon (2018) que conduz o professor ao processo de reflexão-na-ação, um ensino cuja capacidade de refletir é estimulada através da interação educador-aluno em diferentes situações práticas. A pesquisa destacará, também, o ponto de vista da Arte sobre os Livros de Artista, através da obra de Silveira (2008); seu pensamento nos traz enorme contribuição ao discorrer sobre o início e os variados tipos de livros de artistas e livros-objetos, com base nos trabalhos de artista internacionais e nacionais. O autor sugere que os níveis atingidos não só são capazes como necessitam ser ferramentas da definição e tipificação da obra e da classe na qual ela se inclui, a partir de certas amostras de livro ilustrado até todo e qualquer livro-objeto.
Descrição
Palavras-chave
diário de bordo , livro de artista , livros-objeto , processos , educação infantil