Tradução, adaptação transcultural e evidências de validade para o Brasil de um questionário sobre a percepção de ter um irmão com Síndrome de Down

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Tipo
Tese
Data de publicação
2025-02-12
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Almeida, Caroline Nóbrega de
Orientador
Assis, Silvana Maria Blascovi de
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Carreiro, Luiz Renato Rodrigues
Lacerda, Shirley Silva
Callegari, Marilia Rezende
Pinto, Carla Franchi
Programa
Ciências do Desenvolvimento Humano
Resumo
O objetivo deste estudo foi realizar a tradução, adaptação transcultural e busca de evidências de validade para o português do Brasil do Questionário para irmãos e irmãs, de 9 a 11 anos e Questionário para irmãos e irmãs, a partir de 12 anos. A SD, é uma das mais recorrentes condições genéticas diagnosticadas, sendo a principal causa de deficiência intelectual na população. A literatura indica repercussões positivas e negativas em se ter um irmão com SD, entretanto, são poucos os trabalhos que trazem objetividade na mensuração de dados relacionados à perspectiva de irmãos. O estudo foi de caráter exploratório, transversal, descritivo e comparativo. Após autorização do autor, a primeira etapa consistiu na elaboração da versão brasileira do instrumento a partir da tradução e retrotradução dos questionários. O índice de validade de conteúdo (IVC) foi obtido por meio da avaliação por seis juízes especialistas. O IVC do Questionário para irmãos de 9 a 11 anos foi de 0,91 e para o Questionário para irmãos a partir de 12 anos, 0,85, sendo considerados satisfatórios. A segunda etapa consistiu na aplicação dos questionários na população brasileira, com dados coletados remota, via Google forms. Participaram 231 irmãos ou irmãs, sendo 28 da faixa etária entre 9 e 11 anos e 203 na faixa etária acima de 12 anos. Os dados para a faixa etária de 9 a 11 anos foram tratados com estatística descritiva e foram realizados testes de Qui-quadrado ou teste exato de Fisher, considerando-se significantes os valores de p≤0,05. Para a faixa acima dos 12 anos foram realizados os mesmos testes, acrescidos da análise fatorial confirmatória e exploratória. A análise fatorial mostrou que a proposta de agrupamento em dois fatores (sentimentos e impacto percebido) não é a mais adequada para o modelo brasileiro. A partir da aplicação do instrumento na população brasileira foi identificada tendência à repetição de respostas, sendo encontradas pontuações altas para as assertivas positivas e baixas para as assertivas negativas sobre o fato de ter um irmão com SD. Algumas variáveis indicaram maior vulnerabilidade para irmãos que possuem famílias de menor nível socioeconômico, que estudam em escolas púbicas, que têm chefes de família com baixa escolaridade e que são do sexo feminino. Em relação às perguntas abertas, a palavra amor apareceu com maior frequência e os núcleos temáticos analisados sugerem perspectivas positivas dos irmãos de pessoas com SD. Conclui-se que, para a amostra brasileira, fatores culturais podem interferir nas manifestações dos sentimentos dos irmãos da pessoa com SD e que o instrumento teve maior receptividade para a faixa acima dos 12 anos.
Descrição
Palavras-chave
Irmãos , Síndrome de Down , Família
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