Análise epidemiológica em pacientes lúpicas

Tipo
TCC
Data de publicação
2022
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Decki, Letícia Azevedo
Kszan, Rafaela Sacoman
Orientador
Perotta, Bruno
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Programa
Resumo
INTRODUÇÃO: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) foi visto ao longo de muitos anos como fator impeditivo para que mulheres portadoras da doença pudessem engravidar, pelos acometimentos potencialmente fatais para a mãe e para o feto. Todavia, ao longo dos últimos anos, já se sabe que a gestação nesses casos não é contraindicada, desde que devidamente planejada e acompanhada. OBJETIVOS: Avaliar o perfil epidemiológico gestacional das pacientes portadoras de LES e a relação da doença no desenvolvimento gestacional e fetal, além da influência do LES na gestação. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo observacional, longitudinal e retrospectivo com participação de 60 pacientes, através de um questionário no formato Google Forms e análise de prontuário, entre abril de 2021 a outubro de 2021. As participantes responderam de forma voluntária. Foram incluídas mulheres acima de 18 anos com gestação prévia após diagnóstico de LES. RESULTADOS: A pesquisa foi respondida por 60 mulheres, com uma média de idade de 38 anos. A maioria dos participantes se declarou branca e com ensino médio completo. Dentre os resultados com significância estatística, temos que mulheres pretas portadoras de Síndrome Anticorpo Antifosfolípide (SAF) apresentaram mais exacerbação da doença e tiveram maior necessidade de realização de cesariana. A gestação das pacientes que manifestam nefrite lúpica tiveram desfechos importantes principalmente no que diz respeito ao neonato, apresentando na amostra uma relação à maiores incidências de baixo peso fetal, além de pré-eclâmpsia e outras complicações no momento do parto. Os medicamentos mais utilizados foram os antimaláricos (hidroxicloroquina) e os corticoesteróides. O uso do AAS foi relacionado a um menor número de complicações no momento do parto na amostra selecionada. CONCLUSÃO: Foram encontrados resultados significativos em relação as pacientes lúpica com SAF e nefrite lupíca e seus desfechos gestacionais e fetais, com maior predomínio de baixo peso ao nascer, complicações durante o parto e exacerbação do LES durante esse período. Conclui-se que a doença autoimune interfere na gestação.
Descrição
Palavras-chave
lúpus eritematoso sistêmico , gravidez , recém-nascido , complicações na gravidez
Assuntos Scopus
Citação